© Anna Forostenko / Voz da Rússia
Durante
o jantar informal, os representantes de uma série de países se
pronunciaram a favor de medidas rápidas, apesar da ausência de decisões
internacionais. Isso foi relatado por Dmitri Peskov, secretário de
imprensa do presidente russo. Uma série de outros países apelou a que
não se desvalorizasse o direito internacional e que se tivesse em conta
que só o Conselho de Segurança da ONU tem o direito de decidir acerca do
uso da força.
A
votação no Congresso dos EUA da decisão do presidente Barack Obama de
realizar um ataque com mísseis contra a Síria deverá ter lugar a 11 de
setembro. Por enquanto, ninguém tem certezas que o Senado e a Câmara dos
Representantes aprovem a "solução militar" da Administração. Pelo
contrário, as contagens não-oficiais de votos dos adversários e dos
apoiantes de um ataque contra a Síria demonstram que na Câmara dos
Representantes a maioria dos republicanos está disposta a votar contra a
resolução sobre o ataque. Nancy Pelosi, líder dos democratas, respondeu
à pergunta se os democratas estavam prontos a apoiar o presidente com
um "não sei".
Entretanto,
os adversários de uma solução militar para o problema sírio obtiveram
um poderoso aliado na pessoa do Papa Francisco. Numa carta dirigida ao
presidente russo Vladimir Putin, ele apelou aos participantes da cúpula
de São Petersburgo que não permitissem uma intervenção militar no
conflito sírio. O Sumo Pontífice sublinha que a regulação deve ser feita
apenas por via pacífica. Francisco declarou o dia 7 de setembro como um
dia de oração e jejum pela paz na Síria.
A
Itália, tal como o Reino Unido e a Alemanha, já se absteve de
participar em qualquer ação militar unilateral de Washington, disse numa
entrevista à Voz da Rússia o premiê desse país Enrico Letta.
"Para
nós esta cúpula dos Vinte, dedicada à questão síria, é importante,
muito importante. Nós esperamos que o presidente russo Vladimir Putin,
no âmbito da sua presidência do encontro de Chefes de Estado, consiga
fazer que sejam empreendidos passos para a elaboração de uma decisão
política do problema sírio. A legislação italiana impede o país de
participar em quaisquer missões militares sem a sua aprovação pelas
organizações internacionais. Ou seja, nós não iremos participar em
qualquer operação militar sem uma decisão nesse sentido da Organização
das Nações Unidas."
Porém,
apesar de tudo, a administração norte-americana continuar a preparar um
ataque contra a Síria. No Mediterrâneo e no Mar Vermelho já estão
concentrados dois grupos de ataque de porta-aviões com os seus navios de
apoio. Se trata dos porta-aviões USS Nimitz e USS Harry S. Truman.
O comando militar estadunidense considera que a presença de navios de
guerra russos no Mar Mediterrâneo não irá impedir a realização da
operação militar na Síria. Isso foi declarado pelo Chefe de Operações
Navais dos EUA almirante Jonathan Greenert.
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