- 09 Fevereiro 2013
- Opinião
Fonte: Club-k.net
A data da fundação do MPLA é uma pura invenção, pois nunca se dignou apresentar ao povo a casa ou local onde este foi fundado, nem os seus fundadores. Ora fala-se de Ilídio Machado como quem fundou o MPLA, ora porque foi o Mário Pinto de Andrade, etc. é uma confusão total em torno desta fundação.
Lúcio Lara, um dos rostos mais visíveis do MPLA movimento, no seu livro não se refere ao 10 de Dezembro de 1956, como data em que esta formação política foi fundada. Sempre no quadro das suas mentiras, o MPLA usurpa o acto de “4 de Fevereiro de 1961” como sendo sua obra. Que mentira vergonhosa!
Em 1961, o MPLA nem sequer existia. Astucioso, o MPLA usa a máxima segundo a qual “Uma mentira repetida várias vezes, torna-se verdade”. O que não consegue concretizar, como o povo começa a despertar-se.
O saudoso presidente da FNLA, Álvaro Holden Roberto, citado por João Paulo Nganga, no seu livro “O Pai do Nacionalismo Angolano”, na página 105, refere que “Em 4 de Fevereiro de 1961, dá-se o assalto às prisões: cadeia de São Paulo, em Luanda, ataque à Casa de Reclusão e à esquadra da polícia móvel (os aracuaras) arquitectada pelo Cónego Manuel das Neves “Makarius” e pelos operacionais Neves Bendinha, Herbert Inglês, Viegas Paulo, Francisco Miguel Zau, Luís Inglês, Zacarias António Amaro, César Correia “Mekuiza Mekuenda”, todos ligados à UPA e outros nacionalistas como Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor, Francisco Pedro, e muitos outros.
Nesta gigantesca obra, o MPLA apenas cita os nomes de Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Mukongo, Engrácia, etc. omitindo os dos outros citados por Holden Roberto, e mesmo de intrépido comandante Virgílio Sotto Mayor, com o peso de consciência de que eles (do MPLA) que assassinaram este filho indígena de Angola.
O ex-deputado Makuta Nkondo foi abordado na Assembleia Nacional por um/a colega seu - membro do Bureau Político do MPLA - quem lhe revelou que ele/a saiu de Angola nos anos 60 com destino ao exílio no ex-Congo Leopoldville, com o apoio da UPA. Ele/a estava num grupo de outros candidatos ao exílio.
Em Luanda receberam guias de marcha e um guia (pessoa) da UPA (União das Populações de Angola) de Holden Roberto, que lhes conduzia através das matas dos Dembos e do distrito do Kongo, hoje província do Zaire, até chegar ao sector de Lufu, zona de Songololo, na actual República Democrática do Congo (RDC).
Sem a guia de marcha e um guia da UPA ninguém podia atravessar a zona de guerrilha que se estendia de Luanda a fronteira norte de Angola com o Congo Leopoldville. Na altura, o ex-Congo Belga era o único país vizinho independente: a Zâmbia era ainda Rodésia do Norte e a Namíbia o Sudoeste africano, ambos colónias.
No Congo viviam na aldeia chamada 70 (lê-se Septante) ou Ave Maria, situada junto ao caminho-de-ferro de Matadi-Kinshasa, na área do Lufu, província do Kongo Central (Hoje Baixo Congo).
A aldeia chama(va)-se assim, por se situar a 70 Quilómetros da cidade portuária de Matadi.
O/a mesmo/a acrescentou que em “Septante”, para sobreviverem, eles fazia Mpeya (biscates) nas lavras dos refugiados angolanos na sua maioria de etnia Kikongo para receber em recompensa alguns produtos agrícolas como mandioca, ginguba, banana, etc..
Só anos depois, quando começaram a ouvir falar do MPLA, que eles juntaram-se a este movimento em Leopoldville. O/a mesmo/a reiterou que quem disse ter saído de Luanda ou Angola para o exílio no ex-Congo e que não passou pela UPA, mente. “Todos éramos da UPA e esta era o único movimento que existia na altura”, disse.
Agora dizer que o “4 de Fevereiro de 1961” foi protagonizado pelos nacionalistas membros clandestinos do MPLA é uma pura mentira. O MPLA não existia naquela altura, nem ninguém sonhava que ele existiria.
Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Mukongo citados como únicos protagonistas da referida revolta eram todos activistas da UPA da célula de Luanda.
Paiva Domingos da Silva encontrava-se na região de Carmona hoje Uige, como activista da UPA.
O Mukongo adoptou este nome em alusão aos bravos independentistas da UPA de etnia Kikongo. Mukongo significa uma pessoa da etnia kikongo cujo plural prefixado é bakongo.
Em 1961, aconteceu igualmente a revolta seguida de massacres dos trabalhadores da empresa Cotonang na Baixa de Kasanzi (Cassanje), que o MPLA diz ter sido organizada e implementada por seus homens.
Mas, segundo Holden Roberto citado por João Paulo Nganga, “Rosário Neto foi um dos grandes organizadores da revolta, estimulando a greve numa região onde ele era natural e que conhecia bem”.
Rosário Neto foi vice-presidente da UPA/FNLA de 1960 a 1963. Outro dirigente da UPA que participou desta revolta foi Kamabaya. Como sempre, a bibliografia sobre a data por parte do MPLA é quase inexistente, para confrontar as versões.
Em 1961, não aconteceram apenas os referidos actos, “4 de Fevereiro” e “revolta da Baixa de Kasanzi”. Registaram-se vários outros acontecimentos trágicos para os indígenas angolanos.
Na sequencia dos tumultos resultantes da independência do ex-Congo Leopoldville, com os massacres dos antigos colonos belgas (este país foi colonizado pela Bélgica) e principalmente com a aparição do primeiro-ministro Patrice Emery Lumumba, em Angola, os portugueses começaram a prender e matar os intelectuais e outros elites das comunidades bantu, nomeadamente catequistas chamados em língua kikongo por Nlongi ou Minlongi (lê-se Nlongui ou Minlongui), enfermeiros, profissionais como mestres alfaiates, carpinteiros, pedreiros, motoristas, etc.
Assim, na sede do conselho do Tomboco, província do Zaire, um grupo de cerca de dez elementos dirigidos pelo antigo regedor Faustino Moreira dos Santos Nkabi, teve que fugir para o Congo Leopoldville perseguidos por parte dos portugueses por ter dirigido um abaixo-assinado ao chefe de posto colonial em que exigiam a independência de Angola.
Na sequência da mesma perseguição, dois catequistas católicos provenientes do Congo belga foram executados na aldeia do Yenga, na actual comuna de Kinsimba, província do Zaire, e as suas cabeças foram espetadas em paus plantados nas extremidades da aldeia. Um dos referidos catequistas chamava-se Bikakala.
Os populares que foram enterrar as cabeças que podreciam no ar livre e cujas carnes os cães comiam foram surpreendidos pelos portugueses que se dissimularam numa manada de cabritos. Um dos populares chamado Isidoro foi capturado, morto e queimado. Estas cenas aconteceram em vários cantos de Angola, antes mesmo do início oficial da luta pela independência de Angola.
Antes mesmo de eclodir esta luta, já tinha começado nas matas o treino de jovens guerrilheiros da UPA chamados Jeunesse (palavra francesa que significa Juventude em língua portuguesa). Mesmo assim, o MPLA usurpa a paternidade do início da luta armada pela conquista da independência de Angola.
Um velho antigo preso de São Nicolau, na província de Moçamedes, hoje Namibe, encontrado nas ruínas da antiga prisão, negou ter havido, no seu tempo, presos políticos pertencentes ao MPLA naquela casa de reclusão. Segundo o mesmo, os únicos presos políticos que estavam em S. Nicolau eram membros da UPA e do MDIA (Movimento de Defesa dos Interesses de Angola) de João Pedro Mbala.
Os outros presos eram seguidores de Simão Gonçalves Toko ou membros da igreja Tokoista, e os provenientes de Luanda eram maioritariamente delinquentes, assassinos e assaltantes.
O velho acrescentou que mesmo na Baia-dos-Tigres, por onde se encontravam preso, antes de ser transferido para S. Nicolau, não havia membros do MPLA e nem sequer se sabia da existência desta formação política.
Mesmo os ditos membros do Processo 50, não eram activistas políticos, mas eram acusados de terem cometidos crimes de delinquência, banditismo, roubo e violação sexual. Esta versão foi confirmada por vários mais velhos na cidade do Namibe, nomeadamente no Bairro Forte Santa Rita onde residem os antigos presos da Baia-dos-Tigres e de S. Nicolau.
Ninguém reconheceu ter tido na prisão um colega membro do MPLA. Muitos até disseram nunca ter ouvido falar do MPLA naquela altura. Este partido não existia e ninguém falava disto. Só se falava da UPA, do MDIA e de Simão Toko.
As pessoas apresentadas hoje como nacionalistas presos por motivos políticos a favor da independência de Angola, eram na verdade delinquentes, gatunos e violadores de mulheres.
Três movimentos lutaram pela libertação de Angola, FNLA, MPLA e UNITA. Mas o MPLA usurpa a paternidade de todas as vitórias da libertação de Angola, dando-se o luxo de organizar sozinho as festas aniversarias alusivas às datas importantes da independência do país, e de se auto-intitular o único libertador de Angola. Exclui os outros movimentos, FNLA e UNITA.
Acontece o mesmo no desporto com as selecções nacionais de futebol, basquetebol e andebol, que são confundidas com as células do MPLA cujas vitórias pertencem a esta formação política.
O mundo ficou boquiaberto ao assistir “bebés” políticos espalhados pelo MPLA em vários cantos de Angola onde inoculavam mentiras sobre o “4 de Fevereiro”. Acontece o mesmo com a Revolta da Baixa de Kasanji e o “11 de Novembro”. “Bebés” políticos, pois muitos destes ditos dirigentes do MPLA ou governantes nem sequer tinham sido nascido quando começou a luta pela independência de Angola.
A maior tristeza foi provocada pela presença no ecrã da TPA (Televisão Publica de Angola) de alguns ditos analistas políticos e intelectuais, um dos quais considerados como eminentes historiador que integrou um centro cultural continental, que ao abrir a boca apenas vociferou cobras e lagartos sobre o “4 de Fevereiro” evitando colocar o dedo na ferida.
Em Angola, mesmo os intelectuais não defendem a dignidade e o diploma, mas sim o pão. Um outro “jornalista” e “nacionalista” do MPLA apareceram na TPA a falar de “4 de Fevereiro” citando alguns participantes, mas infeliz e propositadamente omitiu o nome de Virgílio Sotto Mayor, por motivo acima descrito.
A data da fundação do MPLA é uma pura invenção, pois nunca se dignou apresentar ao povo a casa ou local onde este foi fundado, nem os seus fundadores. Ora fala-se de Ilídio Machado como quem fundou o MPLA, ora porque foi o Mário Pinto de Andrade, etc. é uma confusão total em torno desta fundação.
Lúcio Lara, um dos rostos mais visíveis do MPLA movimento, no seu livro não se refere ao 10 de Dezembro de 1956, como data em que esta formação política foi fundada. Sempre no quadro das suas mentiras, o MPLA usurpa o acto de “4 de Fevereiro de 1961” como sendo sua obra. Que mentira vergonhosa!
Em 1961, o MPLA nem sequer existia. Astucioso, o MPLA usa a máxima segundo a qual “Uma mentira repetida várias vezes, torna-se verdade”. O que não consegue concretizar, como o povo começa a despertar-se.
O saudoso presidente da FNLA, Álvaro Holden Roberto, citado por João Paulo Nganga, no seu livro “O Pai do Nacionalismo Angolano”, na página 105, refere que “Em 4 de Fevereiro de 1961, dá-se o assalto às prisões: cadeia de São Paulo, em Luanda, ataque à Casa de Reclusão e à esquadra da polícia móvel (os aracuaras) arquitectada pelo Cónego Manuel das Neves “Makarius” e pelos operacionais Neves Bendinha, Herbert Inglês, Viegas Paulo, Francisco Miguel Zau, Luís Inglês, Zacarias António Amaro, César Correia “Mekuiza Mekuenda”, todos ligados à UPA e outros nacionalistas como Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor, Francisco Pedro, e muitos outros.
Nesta gigantesca obra, o MPLA apenas cita os nomes de Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Mukongo, Engrácia, etc. omitindo os dos outros citados por Holden Roberto, e mesmo de intrépido comandante Virgílio Sotto Mayor, com o peso de consciência de que eles (do MPLA) que assassinaram este filho indígena de Angola.
O ex-deputado Makuta Nkondo foi abordado na Assembleia Nacional por um/a colega seu - membro do Bureau Político do MPLA - quem lhe revelou que ele/a saiu de Angola nos anos 60 com destino ao exílio no ex-Congo Leopoldville, com o apoio da UPA. Ele/a estava num grupo de outros candidatos ao exílio.
Em Luanda receberam guias de marcha e um guia (pessoa) da UPA (União das Populações de Angola) de Holden Roberto, que lhes conduzia através das matas dos Dembos e do distrito do Kongo, hoje província do Zaire, até chegar ao sector de Lufu, zona de Songololo, na actual República Democrática do Congo (RDC).
Sem a guia de marcha e um guia da UPA ninguém podia atravessar a zona de guerrilha que se estendia de Luanda a fronteira norte de Angola com o Congo Leopoldville. Na altura, o ex-Congo Belga era o único país vizinho independente: a Zâmbia era ainda Rodésia do Norte e a Namíbia o Sudoeste africano, ambos colónias.
No Congo viviam na aldeia chamada 70 (lê-se Septante) ou Ave Maria, situada junto ao caminho-de-ferro de Matadi-Kinshasa, na área do Lufu, província do Kongo Central (Hoje Baixo Congo).
A aldeia chama(va)-se assim, por se situar a 70 Quilómetros da cidade portuária de Matadi.
O/a mesmo/a acrescentou que em “Septante”, para sobreviverem, eles fazia Mpeya (biscates) nas lavras dos refugiados angolanos na sua maioria de etnia Kikongo para receber em recompensa alguns produtos agrícolas como mandioca, ginguba, banana, etc..
Só anos depois, quando começaram a ouvir falar do MPLA, que eles juntaram-se a este movimento em Leopoldville. O/a mesmo/a reiterou que quem disse ter saído de Luanda ou Angola para o exílio no ex-Congo e que não passou pela UPA, mente. “Todos éramos da UPA e esta era o único movimento que existia na altura”, disse.
Agora dizer que o “4 de Fevereiro de 1961” foi protagonizado pelos nacionalistas membros clandestinos do MPLA é uma pura mentira. O MPLA não existia naquela altura, nem ninguém sonhava que ele existiria.
Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Mukongo citados como únicos protagonistas da referida revolta eram todos activistas da UPA da célula de Luanda.
Paiva Domingos da Silva encontrava-se na região de Carmona hoje Uige, como activista da UPA.
O Mukongo adoptou este nome em alusão aos bravos independentistas da UPA de etnia Kikongo. Mukongo significa uma pessoa da etnia kikongo cujo plural prefixado é bakongo.
Em 1961, aconteceu igualmente a revolta seguida de massacres dos trabalhadores da empresa Cotonang na Baixa de Kasanzi (Cassanje), que o MPLA diz ter sido organizada e implementada por seus homens.
Mas, segundo Holden Roberto citado por João Paulo Nganga, “Rosário Neto foi um dos grandes organizadores da revolta, estimulando a greve numa região onde ele era natural e que conhecia bem”.
Rosário Neto foi vice-presidente da UPA/FNLA de 1960 a 1963. Outro dirigente da UPA que participou desta revolta foi Kamabaya. Como sempre, a bibliografia sobre a data por parte do MPLA é quase inexistente, para confrontar as versões.
Em 1961, não aconteceram apenas os referidos actos, “4 de Fevereiro” e “revolta da Baixa de Kasanzi”. Registaram-se vários outros acontecimentos trágicos para os indígenas angolanos.
Na sequencia dos tumultos resultantes da independência do ex-Congo Leopoldville, com os massacres dos antigos colonos belgas (este país foi colonizado pela Bélgica) e principalmente com a aparição do primeiro-ministro Patrice Emery Lumumba, em Angola, os portugueses começaram a prender e matar os intelectuais e outros elites das comunidades bantu, nomeadamente catequistas chamados em língua kikongo por Nlongi ou Minlongi (lê-se Nlongui ou Minlongui), enfermeiros, profissionais como mestres alfaiates, carpinteiros, pedreiros, motoristas, etc.
Assim, na sede do conselho do Tomboco, província do Zaire, um grupo de cerca de dez elementos dirigidos pelo antigo regedor Faustino Moreira dos Santos Nkabi, teve que fugir para o Congo Leopoldville perseguidos por parte dos portugueses por ter dirigido um abaixo-assinado ao chefe de posto colonial em que exigiam a independência de Angola.
Na sequência da mesma perseguição, dois catequistas católicos provenientes do Congo belga foram executados na aldeia do Yenga, na actual comuna de Kinsimba, província do Zaire, e as suas cabeças foram espetadas em paus plantados nas extremidades da aldeia. Um dos referidos catequistas chamava-se Bikakala.
Os populares que foram enterrar as cabeças que podreciam no ar livre e cujas carnes os cães comiam foram surpreendidos pelos portugueses que se dissimularam numa manada de cabritos. Um dos populares chamado Isidoro foi capturado, morto e queimado. Estas cenas aconteceram em vários cantos de Angola, antes mesmo do início oficial da luta pela independência de Angola.
Antes mesmo de eclodir esta luta, já tinha começado nas matas o treino de jovens guerrilheiros da UPA chamados Jeunesse (palavra francesa que significa Juventude em língua portuguesa). Mesmo assim, o MPLA usurpa a paternidade do início da luta armada pela conquista da independência de Angola.
Um velho antigo preso de São Nicolau, na província de Moçamedes, hoje Namibe, encontrado nas ruínas da antiga prisão, negou ter havido, no seu tempo, presos políticos pertencentes ao MPLA naquela casa de reclusão. Segundo o mesmo, os únicos presos políticos que estavam em S. Nicolau eram membros da UPA e do MDIA (Movimento de Defesa dos Interesses de Angola) de João Pedro Mbala.
Os outros presos eram seguidores de Simão Gonçalves Toko ou membros da igreja Tokoista, e os provenientes de Luanda eram maioritariamente delinquentes, assassinos e assaltantes.
O velho acrescentou que mesmo na Baia-dos-Tigres, por onde se encontravam preso, antes de ser transferido para S. Nicolau, não havia membros do MPLA e nem sequer se sabia da existência desta formação política.
Mesmo os ditos membros do Processo 50, não eram activistas políticos, mas eram acusados de terem cometidos crimes de delinquência, banditismo, roubo e violação sexual. Esta versão foi confirmada por vários mais velhos na cidade do Namibe, nomeadamente no Bairro Forte Santa Rita onde residem os antigos presos da Baia-dos-Tigres e de S. Nicolau.
Ninguém reconheceu ter tido na prisão um colega membro do MPLA. Muitos até disseram nunca ter ouvido falar do MPLA naquela altura. Este partido não existia e ninguém falava disto. Só se falava da UPA, do MDIA e de Simão Toko.
As pessoas apresentadas hoje como nacionalistas presos por motivos políticos a favor da independência de Angola, eram na verdade delinquentes, gatunos e violadores de mulheres.
Três movimentos lutaram pela libertação de Angola, FNLA, MPLA e UNITA. Mas o MPLA usurpa a paternidade de todas as vitórias da libertação de Angola, dando-se o luxo de organizar sozinho as festas aniversarias alusivas às datas importantes da independência do país, e de se auto-intitular o único libertador de Angola. Exclui os outros movimentos, FNLA e UNITA.
Acontece o mesmo no desporto com as selecções nacionais de futebol, basquetebol e andebol, que são confundidas com as células do MPLA cujas vitórias pertencem a esta formação política.
O mundo ficou boquiaberto ao assistir “bebés” políticos espalhados pelo MPLA em vários cantos de Angola onde inoculavam mentiras sobre o “4 de Fevereiro”. Acontece o mesmo com a Revolta da Baixa de Kasanji e o “11 de Novembro”. “Bebés” políticos, pois muitos destes ditos dirigentes do MPLA ou governantes nem sequer tinham sido nascido quando começou a luta pela independência de Angola.
A maior tristeza foi provocada pela presença no ecrã da TPA (Televisão Publica de Angola) de alguns ditos analistas políticos e intelectuais, um dos quais considerados como eminentes historiador que integrou um centro cultural continental, que ao abrir a boca apenas vociferou cobras e lagartos sobre o “4 de Fevereiro” evitando colocar o dedo na ferida.
Em Angola, mesmo os intelectuais não defendem a dignidade e o diploma, mas sim o pão. Um outro “jornalista” e “nacionalista” do MPLA apareceram na TPA a falar de “4 de Fevereiro” citando alguns participantes, mas infeliz e propositadamente omitiu o nome de Virgílio Sotto Mayor, por motivo acima descrito.
Sem comentários:
Enviar um comentário