- 09 Fevereiro 2013
- Opinião
Luanda – Conheci o João Van-Duném (JVD) em Lisboa bem no inicio dos anos 80, tendo o Zeca Van-Dúnem, seu primo e meu amigo, sido o responsável pela nossa apresentação, se a memória não me falha.
Fonte: Club-k.net
O JVD trabalhava então como chefe de redacção para o África Jornal, que julgo ter sido a primeira publicação angolana/africana a surgir em Portugal no pós-25 de Abril de 1974.
Na altura fiquei a saber que eu e ele, afinal de contas, em Luanda tínhamos sido hóspedes da mesma cadeia em 77, embora colocados em unidades distintas, eu no São Paulo e ele na Casa de Reclusão, para onde tinha sido encaminhado, depois de o terem ido buscar de barco a Cuba onde se encontrava a estudar.
Este primeiro encontro de Lisboa selou uma amizade de verdade e para sempre, tendo colocado anos depois o JVD como uma das grandes referências da minha própria trajectória profissional, pois ele foi o responsável pela minha ida para a BBC, onde como correspondente em Luanda, trabalhei durante cerca de 18 anos.
Depois de Lisboa, JVD foi para Londres trabalhar para BBC, tendo sido graças à sua indicação/convite que eu me tornei no inicio dos anos 90 no "stringer" deles em Luanda, onde fui o primeiro jornalista angolano a ter autorização oficial para trabalhar para uma emissora estrangeira como correspondente.
A minha relação profissional com o JVD/BBC foi fundamental no meu processo de "requalificação", sendo responsável em grande parte pelo tipo de jornalista que hoje sou, sendo certo, que muito dificilmente seria o mesmo, se os nossos caminhos não se tivessem cruzado na distância que separa Luanda de Londres.
Nesta difícil hora "di bai", só lhe posso estar imensamente grato e reconhecido por tudo quanto ele representou para mim em termos pessoais e profissionais.
Mas há tanto para dizer do JVD, da sua afabilidade, da sua lealdade, da sua amizade. Oportunidades não me faltarão para continuar a celebrar esta amizade que apenas foi interrompida pela eternidade que chegou cedo de mais.
Como é João?
Fonte: Club-k.net
O JVD trabalhava então como chefe de redacção para o África Jornal, que julgo ter sido a primeira publicação angolana/africana a surgir em Portugal no pós-25 de Abril de 1974.
Na altura fiquei a saber que eu e ele, afinal de contas, em Luanda tínhamos sido hóspedes da mesma cadeia em 77, embora colocados em unidades distintas, eu no São Paulo e ele na Casa de Reclusão, para onde tinha sido encaminhado, depois de o terem ido buscar de barco a Cuba onde se encontrava a estudar.
Este primeiro encontro de Lisboa selou uma amizade de verdade e para sempre, tendo colocado anos depois o JVD como uma das grandes referências da minha própria trajectória profissional, pois ele foi o responsável pela minha ida para a BBC, onde como correspondente em Luanda, trabalhei durante cerca de 18 anos.
Depois de Lisboa, JVD foi para Londres trabalhar para BBC, tendo sido graças à sua indicação/convite que eu me tornei no inicio dos anos 90 no "stringer" deles em Luanda, onde fui o primeiro jornalista angolano a ter autorização oficial para trabalhar para uma emissora estrangeira como correspondente.
A minha relação profissional com o JVD/BBC foi fundamental no meu processo de "requalificação", sendo responsável em grande parte pelo tipo de jornalista que hoje sou, sendo certo, que muito dificilmente seria o mesmo, se os nossos caminhos não se tivessem cruzado na distância que separa Luanda de Londres.
Nesta difícil hora "di bai", só lhe posso estar imensamente grato e reconhecido por tudo quanto ele representou para mim em termos pessoais e profissionais.
Mas há tanto para dizer do JVD, da sua afabilidade, da sua lealdade, da sua amizade. Oportunidades não me faltarão para continuar a celebrar esta amizade que apenas foi interrompida pela eternidade que chegou cedo de mais.
Como é João?
OBS: Texto extraído no mural do autor no facebook.
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