Alegados desvios de donativos para vítimas das cheias
“O povo está a ser usado como isca para enriquecer alguns dirigentes”
- diz Gany Mussagy, deputada da Assembleia da República pela bancada da Renamo
Inhambane (Canalmoz) – Uma brigada da Renamo trabalhou desde segunda-feira até ontem nos centros de acomodação da província de Inhambane, para ver de perto as centenas de pessoas que foram abrangidas pelas cheias. No terreno falta alimentação e um pouco de tudo que é básico para a sobrevivência das pessoas. A brigada deste partido da oposição não gostou do que viu e acusa os dirigentes governamentais de estarem a usar o povo afectado pelas cheias como isca para pedir ajuda humanitária, quando é para enriquecimento de quem governa.
Gany Mussagy, deputada da Assembleia da República pela bancada da Renamo, eleita pelo círculo eleitoral de Inhambane, depois de visitar o centro de Inhassune, no distrito de Panda, convidou a Imprensa para falar daquilo que a sua delegação encontrou nos locais onde as pessoas estão acomodadas.
“O cenário é muito triste e lamentável. Os dirigentes que estão em frente disto não têm coração, nem pena dos seres humanos que neste momento estão a sofrer”, disse Gany Mussagy para de seguida indagar o destino dado às doações que as pessoas de bem tiram em nome das vítimas das cheias.
“Onde é que vão parar as doações que as pessoas de boa vontade estão a oferecer aos nossos irmãos que estão a sofrer?”, questionou.
Gany Mussagy disse ainda que os produtos nestes centros de acomodação estão a chegar muito tarde, e como se trata de alimento muitas vezes chega no local em más condições de conservação.
População abandona centros por falta de condições
A nossa Reportagem visitou na última segunda-feira o centro
de acomodação do distrito de Panda, onde cerca de 437 pessoas foram abrigadas na Escola Primária Completa de Inhassune. Constatámos no terreno que as pessoas estão a deixar este centro por falta das mínimas condições de vida para um ser humano, aliás neste centro as pessoas apontam o governador como o principal culpado por falta da assistência e não transparência na gestão dos donativos.
Paulo Wezi diz que “o governador veio aqui na semana passada de visita e disse que o Governo está a trabalhar para oferecer melhores condições, mas isso não é notável. Veja só como é que nós estamos a passar mal”, disse para em seguida questionar: “onde é que vão parar os donativos que vemos na Imprensa, para vítimas das enxurradas?”
Governo diz que estão a voltar por livre vontade
A porta-voz do Governo provincial de Inhambane, Assissa Carimo, em relação ao abandono das pessoas reassentadas nos centros de acomodação por falta de comida, insuficiências de tendas, saneamento do meio, entre outras causas, disse que “estas pessoas estão a sair por livre vontade e não devido à falta de condições”. (Luciano da Conceição, em Inhambane)
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