Defende Lula da Silva.
O antigo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sugere que o Governo moçambicano e as empresas privilegiem políticas de criação de oportunidades para os mais pobres. Trata-se uma experiência que foi bem sucedida no Brasil, tendo contribuído para tirar 28 milhões de pessoas da fome em apenas oito anos.
“O que é importante é, todos os dias, pensarmos qual será a parte do pobre no orçamento do país. Qual será a parte das pessoas mais pobres no orçamento das empresas. Porque se a gente não pensar assim, a gente vai perceber que quem tem condições de viver continua a sobreviver”, disse o antigo presidente.
Falando sobre a experiência do seu Governo neste aspecto, Lula revelou que, durante oito anos (de 2003 a 2011), os salários dos mais pobres cresceram mais de 500% do que os salários mais altos. Explicou que isso não significou que os ricos tivessem ficado pobres, mas que as desigualdades ficaram menores, em benefício da economia.
Lula da Silva, de visita ao país desde domingo passado, falava ontem em Maputo durante uma palestra envolvendo empresários brasileiros e moçambicanos, com o tema “Brasil e África: opção pelo desenvolvimento sustentável”.
Para o antigo presidente brasileiro, o segredo do crescimento socioeconómico está na expansão do consumo e da produção, sendo que na agricultura é importante a mecanização e a formação de recursos humanos.
No encontro, Lula reiterou a disposição do seu povo em apoiar o desenvolvimento socioeconómico do país em vários domínios, com destaque para a produção alimentar. De uma série de recomendações a Moçambique, o ex-presidente apelou a uma maior atenção para com as pessoas mais pobres.
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