1/11/2012 11:06, Por Redação, com Reuters - de Pequim 0
O plano, proposto na quarta-feira a Lakhdar Brahimi, o enviado de paz das ONU e da Liga Árabe para a Síria que está de visita na China, é “uma extensão do esforço da China para pressionar por uma resolução política da questão síria”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.
A revolta de 19 meses contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, causou pelo menos mais 28 mortos nesta quinta-feira, quando rebeldes atacaram três postos militares no norte do país, segundo ativistas que monitoram a violência.
Na quarta-feira, seis pessoas morreram na explosão de uma bomba, informaram a mídia estatal e ativistas.
As novas mortes acontecem após o colapso da proposta mais recente de cessar-fogo, intermediada por Brahimi, em um esforço para encerrar as lutas durante o feriado muçulmano de Eid al-Adha. O conflito já deixou estimados 32.000 mortos.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Hong Lei disse em entrevista coletiva que, sob a nova proposta de Pequim, “há novas sugestões construtivas, como um cessar-fogo de região por região e fase por fase, e a criação de um órgão de transição do governo”.
Brahimi reuniu-se na quarta-feira com o chanceler chinês, Yang Jiechi, que afirmou que o mundo deve agir com a maior urgência para apoiar os esforços de mediação de Brahimi.
- Mais e mais países têm percebido que a opção militar não oferece nenhuma saída, e um acordo político tornou-se uma aspiração cada vez mais compartilhada – disse Hong.
- A nova proposta da China tem como objetivo construir um consenso internacional e apoiar os esforços de mediação de Brahimi e pressionar para que as partes envolvidas na Síria cheguem a um cessar-fogo e ao fim da violência, e lançar um processo de transição política liderada pelo povo sírio em uma data próxima.
China e Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, vetaram três projetos de resolução da ONU apoiados pelo Ocidente condenando o governo de Assad pela violência.
Mas a China está interessada em mostrar que não está tomando partido no conflito sírio e pediu ao governo Assad para conversar com a oposição e tomar medidas para atender às demandas por uma transferência política.
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