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Magaia was made defense at second Frelimo reorganization. Joao Brito Munguambe was
e3lected not as treasurer in the first Frelimo on June 25,1962. After Mabunda and
Gumane were expelled M.Chiteji was appointed as secretary general of Frelimo. We have
all original documents here, and including on documents of ACORDO DE LUSACA, and
photos.
Sou um Jovem Mocambicano que foi brindado literalmente pela Historia didactica e oficial, Historia de Mocambique que segundo a Vossa informacao ela e totalmente omitida. A minha Questao e: O que esta por detraz desta vontade dos dirigentes actuais e algumas figuras que participaram na formacao da FRELIMO, em manterem-se no silencio, ignorando estes factos e negando que seus proprios filhos conhecam a sua Historia.
Porque razao um Pais como Mocambique que teve tamanho sucesso na Luta de Libertacao, levada a cabo pela FRELIMO o que entendo ser Frente de Libertacao de Mocambique e nao um partido, ainda mantem-se na situacao de guerra entre e contra seu proprio povo.
Para mim, Frente de Libertacao de Mocambique, deveria ja ter deixado de existir apos a Libertacao de Mocambique da Colonizacao Portuguesa. Quem oprime o Pais hoje? Quem sao os inimigos do Pais Hoje? De Quem Mocambique deve se Libertar?
Por outro lado, encontro situacoes curiosas. Dizem voces que Eduardo Mondlane, Samora Machel, Marcelino dos Santos, Joaquim Alberto Chissano entre outros, sao nomes que sao exaltados ofuscando os verdadeiros martires da fundacao do movimento da Luta de Libertacao de Mocambique. Porque razao Samora Machel se expressou bastante em seus discursos fazendo frente a males sociais, matou pessoas que presumidamente de tal forma agiam mas hoje, acontece tudo ao contrario, confiase mais nos que roubam, nos que nao servem o povo.
Porque Samora Machel foi ou pareceu combatente da corrupcao, roubo, abuso do poder etc e actualmente so vemos estes males acontecendo como se fosse uma moda no actual governo.
and Timothy Uriah Simango. Correctly, I put Dr.Eduardo Chivambo Mondlane, and Rev.Uriah Timoteo Simango. Anybody who is doing this in the website, is the same injustice that Portuguese colonialists did. As for Frelimo's declarations, it was not in May 1962. Declarations was released in Accra and Dar Es Salaam on February 3,1962. In my interview, I ask everybody interested to research information to go to Kenya,read Daily Nation,East African Standard,Tanganyika Standard,and Ngurumo newspapers. Why you people do not ask Marcelino dos Santos who was in Accra?. Is he a cobra?,and even cobra can be attacked. He may not tell you all he has been political opportunist since 1960's. Dr.Marihino do Campos,Raul Peres da Silva,and Jose Horta told me about Marcelino's activities in Algeria in 1964. To continue this comment later.
Please note,to those people who read english version of Jaime Khamba's interview with Savana on September 5,2003, should Portuguese version which more correct. The person who transilated into english has contributed to the distorting the truth. Please read Portuguese interview to seek correct. For example, the paragraph said Khamba suggested that "THOSE PEOPLE WHO DO NOT READ,SPEAK,AND WRITE ENGLISH",they should also be elected, and their deputies should, it is not true. In my interview, it said "THOSE PEOPLE WHO DO NOT WRITE OR SPEAK PORTUGUESE LANGUAGE, should be elected to the positions but their deputies or vices should be able to write and speak Portuguese. Shame,and do not repeat Frelimo lies. Fanuel Gedion Mahluza never contacted Mondlane in 1961.Mondlane was not known by either leaders of UDENAMO in 1961.Mondlane was known by Uria Simango,my brother Gouveia,Filipe Madzodzere, who received him at former Salisbury Airport then Rhodesia under Mozambique East African Society. The comment and correction will continue.
Uns dizem que o acordo sobre a formação da Frelimo foi feito em Dar-es-Salam a 24 de Junho de 1964. Faça o favor de fazer algumas perguntas a Marcelino dos Santos acerca do local onde a Frelimo foi formada, em Acra, Gana, a 2 de Fevereiro de 1962. Mahluza nunca escreveu a Mondlane em 1961. Todos os moçambicanos que se encontravam em Dar-es-Salam em 1961 nunca haviam tido conhecimento de um moçambicano muito instruído na América. Mondlane era conhecido em 1961 pelo Rev. Uria Simango e pelo meu irmão, Gouveia, que se avistaram com ele no Aeroporto de Salisbury, quando Mondlane seguia dos Estados Unidos para Moçambique. Eles faziam parte da Mozambique East Africa Society, mais tarde Portuguese East Africa Society. Faça o favor de consultar o meu nome, o do Rev. Simango e de outros nas páginas 237 a 244 do livro, "HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE", segunda edição, publicado pela Universidade Eduardo Mondlane.
Sr. Gil, solicito a publicação desta carta em defesa da minha entrevista.
Com os meus agradecimentos,
Jaime Maurício Khamba
Estados Unidos
Não temos soluçoes para tal?
essas mentiras neste momento são incovenientes para a viragem.
Quando o Mahluza escreveu ao Mondlane a Frelimo ainda nao tinha existência. Mahluza escreveu em Abril de 1961. Nessa epoca nao havia debate sobre unificaçao dos partidos. Nem se falava da Frelimo.
Como era possível Mahluza desejar que Mondlane fosse a dirigir uma coisa que nao tinha existência material e concreta?
Parece me que estou a gostar de conversar consigo. A sua sinceridade, a sua honestidade, o seu sentimento puramente humano e tudo me agradam. Você parece ter calma. Nao sei que diferença existe entre machope e rongas. Mondlane proprio disse-nos numa conferência quando o convocamos para ele nos esclarecer a situaçao do tribalismo na Frelimo e quando o acusamos de favorecer as pessoas to sul, os tais changaanas. Para nos entao todos la no sul eram changaanas,"eu sou ronga." Mahluza era puro changaana. Um puro kokwana.
Apesar de muitas falhas de Mondlane, na verdade se podia falar com ele e desafia-lo, o que nao queria dizer que ele era um democrata --muito longe daquilo. E so se podia desafia-lo em Dar Es Salaam. Brincavamos com ele em Dar Es Salaam, onde as autoridades tanzanianas tinham muita simpatia connosco os rapazes do Instituto moçambicano. Nao teriamos ousado fazer isto em Nachingwea ou algueres fora de Dar Es Salaam onde ele tinha o poder irrestringivel pelas autoridades tanzanianas.
Samora Machel era complexado, um semi-analfabeto e bruto. Nunca veio confrontar nos em Dar Es salaam por nao ter a capacidade de faze-lo . A unica vez que veio foi quando ele, Chissano, Manave, Arrancatudo e outros vieram nos atacar no Instituto na noited e 3 de Março depois dum estudante ter batido Xadreque, que acusavamos de ser um PIDE dos dirigentes. Chissano e Samora ficaram presos momentaneamente naquela noite por um oficial da policia tanzaniana quando a policia interveio para parar o ataque. O policia agarrou no Samora Machel pela barba. Foram libertos e fugiram de Dar Es Salaam logo aquela noite.
Depois tinham que ir a policia para prestar declaraçoes. Samora Machel usou um homem de nome Isa para enterpreta-lode portugues para o swahili. E Isa dizia tudo ao contra-lo daquilo que Samora Machel dizia. Isa logo fugiu de Dar Es Salaam depois daquilo para evitar a vingança de Samora Machel.
Manave que se tinha escondido na palha debaixo dum conqueiro, o desenterramos dai. Foi algemado e marchado para a esquadra da policia. A policia deu a liberdade aos estudantes que lhe davam pontapés, socos, porradas e cuspiam sobre ele. Depois, na policia, foi despido e severamente chamboqueado até que grunhiu e ranho lhe correu das narinas enquanto estudantes gritavam com punhos no ar que se batesse o malfeitor mais e mais.
Bom, o senhor compreendara que tudo aconteceu em seu. Naquele tempo, Mondlane era um adversario e inimigo nosso. A gente se ria dele e de todos os lideres da Frelimo. Se eles nos tivessem apanhado, seria o nosso fim tambem.
Quando uma bela noite, Mondlane caiu ao sair do seu carro no Instituto moçamnicano, alguem viu a queda. Veio a correr para nos informar que o "BObo" (nosso alcunha para Mondlane)tinha caido e tocamos a nos rir a bom rir. Obviamente, criancice era parte daquilo para alem de nao gostarmos do Mondlane.
Por exemplo, a gente nao devia se rir quando ouvimos que Mondlane tinha morrido, mas a gente riu-se. Infeliz. Mas aconteceu. Muitos refugiados na Africa do Sul, Suazilandia, Zimbabwe, Zambia, Malawi e Tanzania riram-se e celebraram a morte de Samora Machel, de acordo com informaçoes veiculadas pela BBC. Nao devia ter sido assim, mas aconteceu. Aquilo acontece quando pessoas nao gostam de alguem que foi muito mau como Samora Machel.
Na minha lingua, a sabedoria diz: "kufa nkhabe sekwa munthu(nunca se rir da morte de alguem)". Em regra, mesmo se esta pessoa é um inimigo e satanica como obviamente foi Samora Machel. Afinal a morte é comum para toda a gente. Se Samora Machel tivesse tomado isto em conta, nao estaria engajado em matar pessoas a torto e a direito. Onde é que ele esta agora? Nao morreu tambem como toda a gente que ele matou ou mandou matar? O que lhe valeu matar tanta gente?
O que faço aqui neste blog é apresentar aquilo que penso que foi a verdade, mesmo se esta verdade nao agrada muita gente e me expoe numa ma luz e no ridiculo. Nunca gostei de mentiras. Nao podemos contar a historia de Moçambique com mentiras. Mentiras nao nos ajudam a nos emendarmos e a corrigir as nossas falhas.
Certas pessoas se admiram como é que eu conto certos incidentes que me dizem respeito quando tais incidentes foram uma grande himilhaçao para mim proprio. Eu nao sei... sou assim mesmo. Compreendo porque tais pessoas se admiram. Aposto que dizer a verdade nao é a nossa caracteristica de nos os pretos, em geral. É que, em geral, o preto mente muito. E aposto que nao estou a ofender os pretos. Eu tambem sou um preto. Nao me acusem de ser um racista. Se alguem me acusar de ser um racista, entao aceitarei que sou um racista contra outros pretos.
Em geral, gostamos muito de dizer mentiras enquanto que a verdade é diferente. La ficou apanhado Sérgio Vieira, chefe das mentiras. Fica apanhada a Frelimo que nada num mundo de mentiras enquanto que a verdade sobre ela é outra.
Nyirenda nao esta desposto para dar ajuda ao homem visto que o fugitivo ainda nao se registado como refugiado. Eu disse a Nyirenda em swahili: "por amor de Deus, ajude o homem. Este homem precisa de ajuda urgente antes que seja registado." Nyirenda logo me disse: "mestre Nota, o que voce diz é lei e ordem para mim." Nyirenda logo deu roupa, sabao, comida e azeite ao homem.
Quando Nyirenda dada ordens para por tudo o que podia dar ao homem, Costa Magiga perguntou ao fugitivo: " camarada vem do interior. Diga-nos como vai a guerra?
o Homem que se tinha revelado como chefe sectorial das operaçoes no Niassa oriental abriu a sua boca com o tipo de português que o velho Solomon, o analfabeto que era director da escola da Frelimo de Tunduru do qual ja falei aqui e disse:
Ji irmau, ji irmau (irmaos). Ji nau perguntar como ji vai ji guerra. Ji perguntar como ji inimigo bombardea. Ji de manha ji de manha cedo, ji voce ji ouvir ji ji ji ji ji... Ji ser o que? Ji ser ji aviao. Ji voce ji ouvir bum bum bum.... Ji ser jibombas, ji meu irmau. Depois ji voce ouvir: tatata tatata tatata... Ji ser o que? Ji ser metralhador ji du aviao. Ji voce, irmau, ji corre e ji entra na buraco. Ji la ji voce ji encontrar ji porco do ji do mato. Ji porco ji do mato ji nao atacar ji voce. Ji porco ji comprender ji seu tabu (swahili para sofrimento). Ji porco do mato e ji voce ji ser irmaus ansim -- disse o homem pondo os seus dedos indicadores junto e ao mesmo nivel para indicar que ja solidariedade em sofrimento entre voice e um porco do mato.
Ji porco do mato, ji perguntar ji voce: "irmau, como ji vai ji guerra la fora?
Ji eu ji nao aguentar mais ji aquele situaçau. Ji cuambucou (kwambuka é swahili, nyanja e tambem sena para significar "atravessar") ji Ruvuma para ji chegar ji aqui ser ji refugiadu.
Rimo-nos com ele. Apanhou uma palhota abandonado e começou a viver ai, tendo recebido enxadas e outro material para começar a cultivar. Havia terra em Rutamba e quem tivesse a força podia trabalha-la. Voilà, uma historia dum comandante da Frelimo. Muitos na Frelimo falavam aquele tipo de português, pelo que Solomon e aquele homem nao eram unicos que falavam daquela forma. Samora Machel ja falava melhor do que eles.
No Museu da Revoluçao tem cartas do Mondlane no portugues puro. Se calhar foi ajudado por outros porque nao tem erros da conjugaçao dos verbos.
Preciso nao esquecer que colonialismo nao tinha escolas em todos distritos. Missoes tambem nao eram em todo espaço. Apesar da falta das escolas o Mondlane consegui fazer estudos primarios aqui e depois foi la no Transval acabou matriculaçao antes do tempo numa lingua que nao era a sua materna. Depois seguiu na universidade Vits lá no Jone. Tambem na lingua que nao era sua. Ficou um doutor na America na lingua dos americanos. Ele era professor da universidade e respeitado la na America, Nacoes Unidas. Os portugueses queria dar serviço ao Mondlane na universidade de Lisboa.
Nao é bom rir quando Mondlane nao conjugava verbos.
Era bom leader. Tinha calma a falar com estudantes em Dar. Nao lhes amarrava. Era moderado com paciencia com jovens. Foi a pena nao estar ca em 1975 porque nao iria haver campos lá no Niassa. SNASP tambem.
Estudantes do Instituto podem explicar diferenca de leaderes. Mondlane e Samora. Quem tinha mais calma e moderaçao? Podiam ter o dialogo com Samora? Conseguiam de puxar barbas dele? Picar rabo dele com lapis e ele ficar sozinho a olhar?
Estudantes sempre sao malandros quando sao criança.
É possivel que Chissano e R. Pachinuapa tivessem facilitado a fuga de Miguel Murrupa, sabendo ou nao sabendo que este terminaria no lado dos portugueses e que os portugueses fariam uso da sua capacidade contra a Frelimo, o que veio acontecer? Posso ver Chissano a fazer jogos,que certamente fazia com os portugueses atraves do Malawi. Que o senhor Veritas et Visus nao veja a minha pergunta como uma maneira de querer reprova-lo. O que disse é valido e tem que ser aprofundado, deixando a porta aberta para quem tenha mas provas para nos apresentarem. Se eu conseguir algumas, regressarei aqui.
As minhas ligaçoes com a Frelimo terminaram em Julho de 1968 quando o governo de Nyerere exilou os que restavam no Instituto moçambicano para o campo de refugiados de Rutamba. Falo dos estudantes que restavam no Intistuto moçambicano visto que muitos --para nao falarmos dos militantes que desertavam da Frelimo -- ja saiam e fugiam para Nairobi ou para outras partes para irem viver, estudar sem incomodos e muitos ja nao aguentavam aquela situaçao com a Frelimo que se tinha tornado altamente assassina.
Mesmo quando uma vez Chissano apareceu no campo depois de ter permissao dos tanzanianos para conversar connosco para nos convencer para regressarmos a Frelimo, eu e um outro individuos que aceitamos falar com ele, recusamo falar com ele em portugues depois de lhe dizermos que nao tinhamos nada a ver com a Frelimo e com Moçambique. Forçamo-lo a conversar connosco em francês. Eu e o meu amigo ja falavamos o françês fluentemente no Seminario de Zobue. Na verdade no Seminario de Zobue, eu falava muito francês com muitos seminaristas.
Quando os tanzanianos nos exilaram para Rutamba, disseram-nos que se vissemos lideres da Frelimo no campo deviamos lhes avisar para eles tomarem medidas contra tais presenças. O campo embora sob controlo tanzania pertencia as Nacoes unidas. Chissano soube que devia receber permissao dos tanzanianos antes de falar connosco e veio na verdade acompanhado por tanzanianos.
No Instituto moçambicano, houve um tempo em que cada manha contavamos com um ou dois menos estudantes. Confrontado no Insituto moçambicano numa reuniao pelo malogrado Tiago Olesse se nao via estas fugas como um grande retrocesso para a Frelimo, Mondlane, zangado, disse que nao importava e terminou peremptoriamente: "Quem quiser fugir que fuga(sic)." Depois dai passei o dia a me rir e a dizer aos outros estudantes que Mondlane nao sabia conjugar o verbo fugir no subjuntivo presente. E um rapaz nhunguè, ex-zobuista, disse-me na sua lingua nhunguè:" Chipwitikizi chimbanentsa kwene kwene (Português é muito dificil)". Depois rimo-nos.
Eu cheguei de fugir de Rutamba para Nairobi onde estudei, vivi e continue a crescer. Vivi no Quénia durante 17 anos.
Quando em Rutamba, seguia o que se passava na Frelimo para radio, incluindo a morte de Eduardo Mondlane da qual ouvi primeiro pelas 20 horas do dia 3 de Fevereiro de 1969 do boletim noticioso da Radio Tanzania em Swahili. Aquilo veio como uma explosao duma grande bomba.
Houve satisfaçao da parte de estudantes. O senhor Kamtawa, um dos chefes tanzanianos do campo, nao ficou contente com os estudantes exilados quando foi informado com tinha havido um jubilo na parte dos estudantes pela morte de Mondlane. Estive no grupo que foi convocado ao seu escritorio, onde ele nos ralhou sem nos dar tempo para nos explicarmos. Disse que aquilo tinha sido a primeira bomba a explodir e matar alguem um individuo no territorio tanzaniano. Que era lamentavel e nao alguma coisa com que se alegrar....
Teria muito calafrios em descrever Joaquim Chissano como um homem que respeita direitos humanos. Mas as vezes apresenta-se como enigmatico, capaz de gestos de amizade. Em Dar Es Salaam em 1968, alguem me acautelou sobre este aspecto de Chissano:"tenha muito cuidado com Chissano. É capaz de rir-se consigo mesmo se esta muito zangado consigo. Mas em momento oportuno e lugar oportuno lhe colocara a faca no pescoço."
É verdade que Orlando Cristina esteve na Tanzania envolvido com assuntos moçambicanos antes de se ver forçado a sair dai. Li sobre isto, mas tenho que refrescar a memoria. Quando tiver algo, regressarei para dar dados.
Nao sei se o senhor Veritas et Visus leu o artigo de Mahluza no qual falou dele e doutros terem escrito a Mondlane numa lingua local de Gaza para pressionar Mondlane para ir a Tanzania dirigir a Frelimo?
Sim, sei que a frase não é do Veritas et Visus. Creio que todos sabem que é do Sr. Moisés.
Murupa foi ele que disse que o Raimundo é que lhe deixou fugir.
Devem visionar a película A Guerra.
Raimundo nao decidiu sózinho. Na Frelimo disciplina era forte. Talvez o Chissano nao aceitava a eliminaçao de um homem da diplomacia como ele.
O Malhuza nao escreveu ao Mondlane por causa de chingondos. Udenamo tinha lider que nao era chingondo. Era Gwambe que era de Inhambane. Mahluza tinha visao internacional de apoios à causa e porque os tanzanianos andavam a manobrar com os da MAA.
O Malhuza nao foi expulsado por causa da zanga com o Milas mas porque deu a sua casa em Cairo aos que tinham sido expulsados em Dar (companhia Mabunda e outros). O Mahluza nao estava em Dar durante a zanga com o Milas. Estava em Cairo. Mas o Joao Mungwambe retornou às fileiras.
Sr Beirense da Manga, desconheço o caso do Cristina. Nao testemunhei.
Francamente, e da primeira vez que oico que Chissano ou Pachinuapa teria facilitado a fuga de Murrupa. E possivel que o Veritas et Vusus saiba mais -- tenha mais informacoes. O mundo mocambicano esta cheio de aspectos estranhos e misterios.
Depois da sua fuga para o lado portugues, Murrupa deu entrevista na qual falou dos bombardeamentos intensos pela aviao portuguesa (fotografia da imprensa saiu na imprensa queniana em Nairobi). E possivel que durante um bombardeamento a base onde estava detido a espera duma morte certa nas maos dos camaradas, aproveitou-se da desordem e fuga precipitada dos guerrilheiros para fugir, deambulando pela mata ate que caiu numa patrulha portuguesa.
Esta foi a grande sorte de Murrupa. Muitos outros nao tiveram a mesma sorte. Depois daquilo pode se perceber porque Murrupa estaria na guerra psicologica do exercito portugues contra a Frelimo.
A ironia veio depois que Mondlane mais tarde o expulsou depois da agressao fisica contra o Leo Milas. Expulsou-o juntamente com David Mabunda, Joao Munguambe e Paulo Gumane.
Que razoes teria Chissano, chefe do DS, para deixar escapar Murupa???? porque deu essa ordem a Pachinuapa???
LIVRO - PRECISA COM URGENCIA!!!! A SER PUBLICADO NESTA TERRA ABENCONHADA (COMO DIZ MIA COUTO) SERIA UM GGGOOOOLLLLLLPE TERRIVEL NO REGIME!!! POR FAVOR UM LIVRO O MAIS BREVE POSSIVEL!!!
O MEU OBRIGADO A TODOS: SRS NOTA MOISES, BEIRENSE DA MANGA, VERITAS ET VISUS....
Gostaria apenas de solicitar aos Srs se souberem de alguem que eu conheci...e de que gostaria de ter mais informacao, se me puderem dizer se conheceram JOrge Martins??? fez ao que sei arquitectura no Malawi; fugiu de Mocambique e la viveu muitos anos antes de abalar para os EUA. Alguem sabe???
O Veritas et Visus colocou aspas na frase:
“Os que falava melhor português eram na verdade os centristas, productos dos seminarios das Amatongas, de Zobue e de Namaacha e das escolas missionarias catolicas.”
Significa quer a frase não é dele, que apenas a reproduz na sua narração, atribuindo-a a outrem!
Tudo bem com o senhor?
Cito a afirmação:
“Os que falava melhor português eram na verdade os centristas, productos dos seminarios das Amatongas, de Zobue e de Namaacha e das escolas missionarias catolicas.”
Não se pode descurar o importante contributo dado à educação no nosso país por outras instituições religiosas, para além da Católica
As missões anglicanas, as missões americanas, e, como não podia deixar de ser, a Missão Suíça, todas elas, mais a Católica, desempenharam um papel de primordial importância no Sul e em outras regiões recônditas do nosso país.
Julgo que o autor de afirmação tão descabida, infundada e incoerente devia retirar o que disse e apresentar desculpas às partes lesadas.
Aconselho-o a documentar-se sobre o papel de todas essas missões, consultando os trabalhos de colegas seus que leccionam em Moçambique e no estrangeiro. Entre outros, a Dra. Teresa Cruz e Silva e o Professor Severino Ngoenha, este último também catedrático na Universidade de Lausana.
Eu estive no Instituto mocambicano. Muitos estudantes nao estavam satisfeitos com o status quo do insituto e havia aspiracoes que o Instituto fosse transformado numa verdadeira escola como o Instituto americano para os estudantes da Africa Oriental, The Kurasini Institute, alguns metros do Instituto mocambicano, onde alguns estudantes mocambicanos tambem aprendiam.
Os estudantes queriam que os lideres da Frelimo nao interviessem nos assuntos do Instituto, mesmo se esta escola era financiada com o dinheiro que Mondlane conseguia na America.
Os estudantes eram grandes simpatisantes dos militares e militantes da Frelimo, dai que o instituto se tornou foco de revolta na Frelimo apoiando os esforcos do padre Gwenjere e de Baraza la Wazee (o comite dos ancioes)-- a razao que fazia com que Mondlane e os seus aliados tentassem fechar a escola para enviar os estudantes em Nachingwea. Finalmente, foram os tanzanianos que decidiram enviar os estudantes para o campo de refugiados de Rutamba para separa-los estudantes dos dirigentes da Frelimo e para o governo de Tanzania "limpar as desordens na Frelimo", segundo Rashid Kawawa, o vice-presidente da Tanzania. Ele nunca chegou de fazer aquilo.
Lembro-me do dia em que Uria Simango colou-se aos outros de Jose Manhique enquanto que um estudante agarava o Simango pela barba. Simango a tremer dizia a Manhique: "nao deixe estes rapazes me matar." Uns tres rapazes macondes corriam por toda a parte a procura de gasolina, dizendo vamos "queirmar estes gajos". Um outro grupo incluindo eu proprio cercamos Marcelino dos Santos e o batemos a valer e eu piquei-o cum uma lapizeira.
Ambons tinham sido enviados por Mondlane e o comite central para anunciar que o Instituto se fechava e os estudantes deviam seguir para Nachingwea. A decisao foi depois anulada por Rashidi Kawawa. E ficamos ali. Entre Fevereiro e Julho, quando a escola ficou fechada, nao havia classes.
A luta se tinha transformado em guerra entre os estudantes e os lideres da Frelimo. Os estudantes estavam de acordo que os lideres da Frelimo eram vendilhoes. Como revoltosos da escola, viamos quase tudo em termos comunistas.
Vivi o que escrevo aqui, nao ouvi dizer e nem obtive o que escrevo de pesquisas.
Sr Veritas, obrigado pela sua contribuição.CONSERTOU!Bravo!
Faz lembrar a Guerra de Cartago, protagonizada por Amílcar e Aníbal Barca, há centenas de anos.Principalmente "as causas próximas"!
Essa contradição (que ainda continua lactente na Frelimo), foi protagonizada pelo Gen.Chipande, algures em 1984, ao dizer ao Comandante-Chefe, que também tinha o direito de estudar, para melhor
entender e expressar-se na lingua de Camões!
Pedido-Onde é que entra o Orlando Cristina, quando vivia em Dar Es Salam-no tempo da criação da própria Frelimo-talvez o Sr Veritas nos possa elucidar!
Os estudantes tinham nível educacional superior aos quadros da Frelimo na média. Especialmente os militares que falavam mal o português.
Os estudantes afastaram-se desses quadros. Não havia convivencia social. Havia segregação. Fundamentalmente, uma questão de “nós, os educados versus vós, os não-educados”.
Uma orientacão elitista que permanece ainda hoje. As seguintes frases comprovam.
“Mondlane tendo feito até quarta classe nao dominanava o português para nao falarmos d semi-analfabeto Samora Machel.”
“Armando Guebuza que reclama ter feito quarto ano, cinco ano e mais recentmente o setimo é um desmazelado que nunca mencionou os nomes das escolas por onde teria passado. O que reclama é pura mentira.”
“O português de Chissano nunca encantou a quem quer que seja.”
“Pascoal Mocumbi tem uma cabeça dura.”
“Armando Panguene é semi-analfabeto.”
“Os que falava melhor português eram na verdade os centristas, productos dos seminarios das Amatongas, de Zobue e de Namaacha e das escolas missionarias catolicas.”
Não se deve de falar no plural quando se quer envolver os estudantes no conflito entre as tendências da Frelimo. Isto é,
“Fomos abafados…nao tinhamos armas.”
“Foi a liçao que tiramos.
“Tentamos o que pudemos, mas nao tivemos sucessos…”
“… visto que queríamos…”
Os estudantes do Instituto não tiveram que ver com essas disputas a nível da direcção da Frelimo. Eram jovens. Nao tinham influencia.
As disputas deles eram reclamações associativas. Melhores subsídios. Mais alimentação. Diziam que o cão da familia Mondlane comia melhor comida. Afastamento de professores brancos. Os que eram de Moçambique.
Havia também esquerdistas. Viam o Mondlane como agente do capitalismo e do imperialismo. Diziam que Mondlane era o Tchombe moçambicano.
Nessa fase nao era um problema como sendo uma questão dos nao-comunistas contra os comunistas. Ate podia ser de comunistas contra capitalistas.
Os estudantes podiam ser a corrente comunista na Frelimo. Por causa do radicalismo da esquerda deles. Criticas à direcção da Frelimo. A direcção era conotada com imperialismo americano, capitalismo.
Não eram um conjunto unificado, no plural não. Quando Mondlane morreu aqueles que opunham à corrente mondlanista estavam divididos.
Ou seja, Simango perdeu confiança do Gwengere porque ele concordou que o segundo congresso deveria de ser no Niassa. Em vez de no Tanganyka. Como queriam os macondes e os comités do Lazaro e com os ditos o Gwengere estava coligado.
Simango queria resolver na legalidade da orientação partidária, como nos diz Barnabé Nkomo, autor da biografia dele.
Os estudantes do Instituto Moçambicano nao apoiavam o Mondlane. Mas também desgostavam o Simango. Um deles puxou as barbas do Reverendo durante a confusão no Instituto. O Simango era traidor deles.
E depois do fim do colonialismo o Gwengere continuou desentendido com o Simango. Nao avisou a este para nao ir no Malawi conforme a carta do Jardim que o padre nao mostrou ao reverendo.
Magna est veritas, et prevalebit
Os centristas e nortenhos com cargos sao meros fantoches.
Os educados do centro e do norte sao descartados um por um.
Samora Machel viria a dizima-los sem tardar antes e depois da independência.
Fomos abafados porque nao tinhamos armas.
Nao se deve lutar contra a frelimo pacificamente -- sem armas.
Foi a liçao que tiramos.
Foi a luta armada da Renamo que depois veio a disciplinar a Frelimo, mas a Renamo fez o erro de cortar o rabo da cobra em vez de esmagar a sua cabeça e a sua coluna vertebral.
O que explica porque a cobra é ainda perigosa e ainda domina a mata de Moçambique."
"Nao se deve lutar contra a frelimo pacificamente -- sem armas.
Foi a liçao que tiramos."
"Uma cobra será sempre uma cobra" - provérbio Árabe
VERITAS INVICTA - A verdade não é vencida. A verdade tudo vence.
A LUTA É CONTÍNUA.
Afinal?!
"Madzwiti" quer significar gente de Zwide. Zwide era um dos comandantes do Soshangane e que chegou até ao centro, lá no Zambeze.
Os primeiros a serem oferecidos bolsas de estudo na America pelo Mondlane foi o Samuel Brito Simango, que é mandau, e o Filipe Samuel Magaia que era lomwe.
Foi o Mondlane que arranjou dinheiro da Ford Corporation para construir o Instituto Moçambicano no Tanganika e os estudantes lá eram maioria do centro da nação.
Agradeço-lhe pelas perguntas sobre porquê individuos do sul, mais de Gaza do que do sul, vieram a controlar a Frelimo e porquê é que parece que eram so os nortenhos que eram assassinados. Falemos do controlo da Frelimo por um grupo de individuos do sul e nao pelo sul. Descartemos a falacia do chamado tribalismo sulista. Isto nao existe. O povo do sul de Moçambique nao é tribalista. Os ribalistas sao meramente um pequeno grupo de bandidos de Gaza que incluiam Mondlane, Chissano e seus aliados. E isto foi devido a acçao tribalista e tribalisante de Eduardo Chivambo Mondlane.
Em 1962, mMuitos nao tinham ouvido falar de Eduardo Mondlane e os poucos que o conheciam ligavam-no a visita que ele fizera a Moçambique em 1961 durante a qual falou "do meu orgulho em ser português."
Mondlane foi chamado a Tanzania por Julius Nyerere para ir liderar a Frelimo. Nyerere era quem o conhecia tendo se encontrado com ele na América quando Nyerere batalhava para a independência do Tanganyika da Gra-Bretanha que foi por via pacifica. Mondlane era muito intransigente. Estava muito orgulhoso da sua profissao de professor associado da Sociologis na Universidade de Syracuse em Nova Iorque. Nao queria deixar a sua profissao.
Mondlane finalmente cedeu a pressao dos americanos que queriam que ele estive na Tanzania para ser "os novos ouvidos e os nossos olhos" durante aquela época da guerra fria como lhe disseram os americanos e tambem visto que a CIA tinha lhe guarantido finanças depois de ser apresentado a CIA pelo senador Edward Kennedy (Professor Ungar, Africa, Stanford University, 1982).
Mondlane, que tinha ido para America partido de Portugal com um passaporte português, foi depois a Lisboa para recruitar pessoas com quem queria trabalhar na Frelimo tais como Joaquim Chissano, Mariano Matsinhe vindo de Tete, Pascoal Mocumbi que eram pessoas do sul. Nao quiz recruitar estudantes moçambicanos na América por muitos serem predominantemente do centro e do norte de Moçambique.
O unico que Mondlane recrutou da America entao é o tal problematico Leo Milas cujas raizes sempre apresentaram um mistério para os militantes da Frelimo e para o proprio Mondlane.
O que é muito ridiculo na questao de Leo Milas é que Mondlane obrigou a sua eleiçao para secretario da publicidade quando Milas ainda estava na América. Sera que faz sentido quando se diz no Opello cujo livro citei que Mondlane decidiu investigar Leo Milas depois de muito tumulto contra Leo Milas que era acusado de ser negro americano e "da CIA" e depois dele ser batido por moçambicanos que nao o queriam nos assuntos moçambicanos?
Como se a absurdez nao bastasse, em consequência da agressao contra Leo Milas, Mondlane expulsa sem ceremonias e sem mais tardar David Mabunda, secretario-geral da Frelimo; Paulo Gumane, vice-secretario-geral, Joao Mungwambe, secretario para a organisaçao, e Manual G. Mahluza, o representante da Frelimo em Cairo -- todos estes do sul e nao do centro ou do norte de Moçambique. Mondlane tinha problemas com estes. Estes homens o opunham, nao queriam serem meros fantoches da sua liderança. Foi por isto que actuou contra eles.
Mondlane, embora tivesse vivido na América era muito autocratico e concordava que pessoas fossem mortars. Nao tinha nada de democracia. E os seus mestres, os americanos nao querim que ele fosse democratico.
Chegado a liderança da Frelimo, Mondlane em pouco tempo fortica e consolida o controlo da Frelimo com pessoas predominantemente da sua provincia de Gaza. Os centristas e nortenhos com cargos sao meros fantoches. Os educados do centro e do norte sao descartados um por um. Samora Machel viria a dizima-los sem tardar antes e depois da independência.
A teoria de que os do sul eram os que melhor falava português nao passa duma falacia. Mondlane tendo feito até quarta classe nao dominanava oportuguês para nao falarmos d semi-analfabeto Samora Machel. Armando Guebuza que reclama ter feito quarto ano, cinco ano e mais recentmente o setimo é um desmazelado que nunca mencionou os nomes das escolas por onde teria passado. O que reclama é pura mentira. O português de Chissano nunca encantou a quem quer que seja. Pascoal Mocumbi tem uma cabeça dura. Armando Panguene é semi-analfabeto que se descreveu a este autor como maçaroca seca no campo de educaçao.
Os que falava melhor português eram na verdade os centristas, productos dos seminarios das Amatongas, de Zobue e de Namaacha e das escolas missionarias catolicas. Eram individuos de sul mais proximos da cultura portuguesa? Talvez. Mas nao penso.
Penso que os individuos de Gaza eram mais aventureiros por causa do seu espirito guerreiro -- o que em parte explica porque um individuo como Samora Machel, um semi-analfabeto e praticamente inculto, nao so se apoderu do poder da Frelimo, mas possivelmente eliminou o proprio Mondlane depois dele e Mondlane e a sua companhiam terem eliminado Filipe Samuel Magaia.
Sejamos muito claros. Cada tribo em Moçambique tem o seu orgulho. Ninguem, por exemplo, ha-de convencer os senas, que pensam que sao os melhores seres humanos no mundo -- nem os brancos nao sao nada na mente dos senas embora estes dominaram a grande naçao Sena no Malawi, Moçambique e partes da Rodesia do Sul -- que as pessoas de Gaza sao superiores, principalmente quando na terra dos senas canta-se ainda a lenda de "nkhondo ia Madzwiti" (a guerra contra os changaenes) em 1895 durante a qual os senas travaram a marcha dos guerreiros de Gungunhana no Zambezia e puxaram-nos de regresso a Gaza. Naquele mesmo ano Gungunhana viria a ser preso por Mouzinho de Alburqueque e transportado para Lisboa onde foi exibido pelas ruas da capital portuguesa antes de ser exilado para os Açores onde viria a morrer.
Gostaria de ser muito claro. Uma outra falacia é a do tribalismo sulista. Nao existe uma tal coisa. A historia diz que durante a guerra contra Gungunhana, inhambanenses aliaram aos portugueses contra o impis (guerreiros changaanes). Muitas vitimas de matanças na Frelimo viriam tambem a incluir pessoas de Inhambane. A guerra estando no norte, houve mas vitimas da chacina frelimista entre os centristas e nortenhos.
Mas depois da independenica, os sulitas sentiram a quente o selvagismo da Frelimo quando milhares e milhares de pessoas do sul, principalmente de Maputo, foram exilados para os campos de concentraçao do norte no Niassa, cabo Delgado e Nampula e la muitos foram dizimados.
A presença dos sulistas na Frelimo era muito pequena por causa de logistica. Os sulistas encaravam muitos problemas tentando transitar através da Africa do Sul e da Rodésiado sul para irem a Tanzania. Muitos eram presos e devolvidos aos portugueses.
Obviamente, como sempre disse, houve uma grande revolta conta a liderança da Frelimo em 1968. Fomos abafados porque nao tinhamos armas. Nao se deve lutar contra a frelimo pacificamente -- sem armas. Foi a liçao que tiramos. Foi a luta armada da Renamo que depois veio a disciplinar a Frelimo, mas a Renamo fez o erro de cortar o rabo da cobra em vez de esmagar a sua cabeça e a sua coluna vertebral. O que explica porque a cobra é ainda perigosa e ainda domina a mata de Moçambique.
Muitos de nos sobrevivemos depois da revolta indo a esconderijos ou fugindo para paises vizinhos da Tanzania. Tentamos o que pudemos, mas nao tivemos sucessos visto que queriamos fazer as coisas democraticamente numa organisaçao como a Frelimo cuja natureza é extremamente bruta, cruel e sangrenta.
Penso que o Licos esta fazer perguntas genuinas mesmo se uma ou a outra soe duma maneira que uma outra pessoa nao gosta. Argumentemos aqui sem lançarmos palavras duras contra outros. Felizmente, este blog esta a me ensinar a ser mais paciente do que a teoria que tinha sobre a liberdade de expressao. A liberdade e a democracia consolidam-se praticando as para que se tornem uma tradiçao.
O senhor Che tem toda a liberdade de contradizer o Licos, mas seria melhor faze-lo duma maneira que promova o entendimento entre voce e ele para assim encorajarmos mais individuos a contribuir o seu conhecimento para o bem daqueles que realmente queiram aprender da historia de Moçambique.
Gostaria de apelar a todos e a mim proprio para evitarmos ridiculisacao e gozaçao de outros cujas ideias nao nos apetecem, que é para nao afongetarmos a ninguem deste blog. Se alguem deixa de contribuir neste blog que o faça sem sentir-se que foi insultado ou abusado.
Gosto de todos os que ca participam e contribuem com ideas, embora nao os conheça pessoalmente. Comprendo tambem que cada um de nos tem as suas tendencias. Regressarei para responder as perguntas que Licos colocou.
O problema que se coloca é a diferença do tempo. Estou atras da Europa e da Africa por entre 8 à 11 horas, para alem de estar continuamente engajado com muitas tarefas cada dia.
.......Murupa era da Zambezia. Lomué, embora livros e o internet o identiquem como macua..........O Dr.Francisco mais uma vez tem razao. O Miguel é um lomue. Do Naburi!Cheguei de conhecer o Miguel em Ligonha- perto de Naburi quando ele esteve envolvido com o Governo Portugues am Campanha contra a Frelimo
E o Pachinuapa deixou o Murupa escapar com o Abdul Sefo Assuade porque tinha sido dado ordens pelo chefe do DS......
Para nós outros ,que não participamos à esta guerra nao sabemos o que é ou era a DS...e quem era o chefe do DS na altura? Pelos vistos o Miguel Murupa teve muita muita sorte
Uma outra pergunta por favor:
A maioria dos combatentes na Frelimo eram do Norte.Mas os lideres do movimento eram quase todos eles do Sul.Mas como foi isto possivel? Por favor aos leitores, nao me caracterizem como tribalista ou regionalista, simplesmente quero realmente descobrir os factos....porque tudo isto faz parte da Historia Moçambicana
Veritas et Visus
Eu sempre tive a sensaçao que a Frelimo nuunca nos contou os factos reais sobre o passado desta Frelimo. Nao ha duvidas que há ainda muito que saber. De 1975 até 1990 deviamos dizer sempre sim, sim camarada e se alguem fizesse certas perguntas era considerado reaccionario, confusionista, xiconhoca....Sr. Dr. Nota, meus sinceros sinceros agradecimentos. Outra pergunta por favor:
-Talvez estou errado mas porque é que os ditos "reaccionarios" na Frelimo eram quase todos eles do Norte?? Mas o que se passou na Frelimo, realmente? O grupo do Sul tentou marginalizar os elementos do Norte?
Mas entre voces do Norte, porque nao se organizaram contra este grupo do Sul? Mas o que se passou realmente, caro Sr.Dr.Francisco?
Não me acusem de ser tribalista mas vejam bem os factos:
- o verdadeiro poder real ainda hoje continua nas maos de individuos do sul.Tivemos 3 presidentes, todos eles do Sul.
Por favor, por favor eu não tenho nada contra os elementos do sul mas a mairioa dos elementos fuzilados na Frelimo foram os do Norte. Pura Concidencia??.Houve problema tribais lá a Tanzania?
Obrigado e esteja bem
licos
Veritas et Visus
Da fantochada da dita "democracia".
Plenamente, totalmente, na totalidade, de acordo.
Mesmo uma fantochada.
"Como se sabe, quando Samora Machel enviava alguem para o interior de Moçambique, era para a pessoa ser morta como aconteceu com..."
Samora/frelimo quando enviavam alguém para o interior de Moçambique, era para as pessoas serem assassinadas, como aconteceu com inúmeros indesejáveis da nomenclatura, do grupo restrito e tribalista que assaltou o poder, até hoje, ainda, ainda, ainda.
Confere totalmente, na totalidade, com aquilo que já é sabido de fonte segura, e está comprovado.
Muitas ilações se extraem destes testemunhos vivos,
Que contradiz aquilo que a maçonaria/esquerdalhos portugueses propagandeiam para tapar a traição, os actos vergonhosos que a soldo, e em concluo/pacto/subordinação, com a URSS/satélites praticaram a favor dos comunistas da frelimo, contra os Povos Moçambicanos, e cujos factos, consequências, estão à vista desarmada de TODOS, de tal forma que até os cegos as vêem.
Causas próximas da guerra civil em Moçambique, com o seu cortejo de 1,5 a 2 milhões de mortos, e as mais desastrosas consequências no tecido social, económico, e outras várias.
A HISTÓRIA, A VERDADEIRA, ESTÁ A ASSOMAR.
A LUTA É CONTÍNUA.
Veritas et Visus
Leia o que coloquei neste blog em 10/05/2010. Samora Machel nao gostava de intelectuais por ele ter sido um semi-analfabeto. Penso que foi a razao principal porque Murupa caiu na desgraça depois da morte de Mondlane. Veja neste comentario o que a secçao militar portuguesa que acolheu a sua deserçao em Cano Delgado disse.
SOBRE MIGUEL MURUPA
Li todas as observaçoes que foram colocadas aqui pelos caros leitores de Moçambique para todos sobre Artur Miguel Murupa. Contactei alguem que pensei que teria informaçao segura sobre Murupa. O individuo em Ottawa, ca no Canada, disse-me que ele, Murupa,esta em Portugal, confirmando que ele tinha na verdade vivido na Alemanha onde tentara estudar a Economia.
Uma fonte no www.google.com, citando um antigo combatente das forças armadas portuguesas com identificaçao de LC123728, diz:
"1970 - Dezembro 7- (2a feira): No nordoeste de Moçambique uma patrulha militar, em operaçoes na area de Macomia (Cabo Delgado), recebe a rendiçao de Miguel Artur Murupa, dito: 'ministro dos Negocios estrangeiros' da Frelimo."
Uma outra fonte (Sweden and National Liberation in Southern Africa, vol. 1: Formation of Popular Opinion) identificou Murupa como tendo sido secretario das relaçoes externas da Frelimo. Educado em Economia na Universidade de Howard(Washington DC), diz a fonte, Murupa foi um protegido de Mondlane. Depois da sua rendiçao, Murupa trabalha entao com o Departamento da Guerra psicologica do Exercito portugues.
Recordando me do drama de Murupa, lembro-me te-lo visto uma vez em Dar Es Salaam em 1968. Em Agosto de 1969, deixei a Tanzania para Nairobi, Kenya. Em 1970, depois da morte de Mondlane, Murupa caiu na desgraça e foi enviado para o interior, Cabo Delgado, com castigo, de acordo com o jornal nairobense The East African Standard em 1970 no qual li sobre a fuga de Murupa para os portugueses.
Como se sabe, quando Samora Machel enviava alguem para o interior de Moçambique, era para a pessoa ser morta como aconteceu com Silverio Nungu de que ja falei nas colunas de Moçambique para todos. Todavia, aconteceu que Murupa conseguiu escapar-se e entregar-se aos portugueses onde ele teria trabalhado contra a Frelimo, com raiva contra aquilo que o dirigente da Frelimo, na sua campanha anti-intelectual e tribal, lhe tinha feito.
Antes dos Portugueses chegarem ao seu acordo com a Frelimo, Murupa bem melhor ligado que estava com os antigs governantes, conseguiu sair de Moçambique para se refugiar em Portugal onde vive e nao regressou a Moçambique, mesmo de visita, depois do chamado acordo de paz e da fantochada da dita democracia.
Os dois treichos da Wikipédia do mesmo sitio de Google em frances relata a tragedia dos prisioneiros politicos que foram humilhados e "julgados" por Samora Machel, Marcelino dos Santos e Sergio Vieira antes de serem mortos. O segundo treicho fala dos campos de concentraçao, ditos de re-educaçao na linguagem da Frelimo, para onde os chamados "traidores" e "inimigos" eram enviados e CONFIRMA QUE MURUPA CONSEGUIU REFUGIAR-SE EM PORTUGAL. Eis os treichos para aqueles que podem ler e comprender a bela lingua francesa:
Dès la période de neuf mois de transition qu’il partage avec le Portugal avant l’indépendance, le FRELIMO écrase toute opposition. Les anciens militants Lázaro Kavandame, Uria Simango, Paulo Unhai, Kambeu et Prêtre Mateus Gwengere sont détenus, sous le prétexte de s’être alliés à des éléments de la communauté blanche lors du soulèvement du 7 septembre 1974 contre l’octroi du pouvoir exclusivement au FRELIMO (Mateus Gwengere est kidnappé au Kenya, où il s’était exilé, et ramené secrètement au Mozambique). La même vague attrape Joana Simeão, qui n’avait jamais été membre du FRELIMO mais avait créé un parti (GUMO – Groupe Uni du Mozambique) prétendument pro-occidental, lequel proposait un modèle basé sur le pluralisme et l’économie libre (ironiquement, le FRELIMO adopterait ce modèle quelques années plus tard, lorsqu’il renonça au marxisme).
Tachés de «traîtres» et d’«ennemis», ils purgent un certain temps dans des campos de reeducação (camps de rééducation) et, après un jugement sommaire présidé par Machel lui-même selon les lignes dites «révolutionnaires» et «populaires», ils sont exécutés. Un autre dissident du FRELIMO, Miguel Murupa, réussit à se réfugier au Portugal, de même que Máximo Dias (n.º 2 du GUMO), Domingos Arouca et Pereira Leite (bien que ces deux derniers avaient autrefois été des adversaires du régime colonial). L’avocat Willem Gerard Pott, qui avait eu une activité considérée comme progressiste pendant l’époque coloniale, est décrié, du fait de ne pas avoir démontré une fidélité inconditionnelle au FRELIMO, et finit par mourir en prison suite à des humiliations (comme, par exemple, être exhibé à moitié nu sur la voie publique).
A boa nova é que a ele nao aconteceu aquilo que aconteceu aos outros tais como Padre Mateus, que como o primeiro teich afirma "foi raptado de Nairobi, Quénia,e tomado secretamente para Moçambique," Uria Simango e a sua esposa Celina, Paulo Gumane, Faustino Kambeu, Narcisio Mbule, Gente Bande, Joao Unhai, Joao Nhaunga,Lazaro Nkavandame, Basilio Banda e os demais.
Que talvez que um dia, brevemente, se ouvira que Murupa esta algures em Portugal, se nada de mal lhe aconteceu com a sua saude. Ele escapou-se das garras das feras da Frelimo.
Miguel Murupa foi um estudante do seminario menor de Zobuè em Tete que servia de escola para estudantes dos entao distritos (hoje provincias)da Zambezia, Tete, Manica e Sofala. Murupa era da Zambezia. Lomué, embora livros e o internet o identiquem como macua.
Foi ao seminario maior de Mamaacha antes de abandonar a vocaçao para o sacerdocio e foi estudar nos Estados Unidos a partir do Malawi e nao foi la enviado pela Frelimo. Ele e Artur Vilanculos foram dos unicos estudantes que abandonaram America para se aderirem a Frelimo na Tanzania.
Vilanculos viria-se forçado a abandonar a Tanzania onde trabalhava na Voz da Frelimo, transmissoes anti-portuguesas que se faziam nas antenas da Radio da Tanzania. De acordo com Sergio Vieira, no seu recente livro, a Frelimo chutou Vilanculos visto que ele identificava os nomes dos familiares dos militares da Frelimo na radio o que fazia com que a Pide prendesse os familiares de tais militantes da Frelimo. Nao ha fantasia de Sergio Vieira pior do que este boato. Sergio Vieira da entender que Vilanculos tinha a lista dos guerrilheiros da Frelimo. Mas, no entanto, sabe-se que havia pouca relaçao entre individuos que viviam em Dar Salaam e os que se treinavam seja em Kongwa e mais tarde em Nachingwea ou os que operavam contra os portugueses em Moçambique.
Vilanculos escapou devido ao facto de ter uma esposa branca americana que trabalhou, forte e feio, com o governo americano e a embaixada americana em Dar Es Salaam para que ele fosse evacuado para America e nao fosse preso e morto pela Frelimo (Artur Lambo Vilanculo falando com o autor em Nairobi em 1989). O que é muito infeliz é que Vilanculos deixa esta mentira de Sergio Vieira passar sem manda-la para o lixo das mentiras e deshonrar o seu autor, o mentiroso Sergio Vieira.
Posted by: Francisco Moises | 10/05/2010 at 07:
Era muitos que diziam que Marcelino dos Santos era um cabo verdeano. Algures alguns moçambicanos até escreveram dizendo que Marcelino dos Santos era madagascarino.
"Em 1963, Leo Milas foi fisicamente agredido por um gruop de 18 individuos da Frente Anti-imperialista Popular Africana de Moçambique (FUNIPAMO),o que causou a expulsao do comité central da Frelimo em Janeiro de 1963 de David Mabunda, secretario-geral da Frelimo; Paulo Gumane, vice-secretario-geral, Joao Mungwambe, secretario para a organisaçao, e Manual G. Mahluza, o representante da Frelimo em Cairo" -- todos estes que foram expulsos era do sul e nao do centro ou do norte de Moçambique. Mondlane tinha problemas com estes.
"Tais expulsoes nao reduziram a suspeita contra o Milas. Foi entao que Mondlane engajou uma agência privada de investigaçao nos Estados unidos e veio a descobrir que Leo Milas era um negro americano que tinha feito estudos na esfera latina na Universidade de California do sul. Foi entao que L. Milas foi expulso da Frelimo em 1964. Estabeleceu-se depois em Cartum, Sudao, donde usando o nome de Seif-Aziz emitia ataques de essência maoista contra a Frelimo em nome da MANU, um dos partidos que se tinha fundido com UDENAMO E UNAMI para formar a FRELIMO."
Isto é verdadeiramente uma salada. Que leitores leiam e releiam para que vejam ha muita coisa que nao soa bem nesta passagem que traduzi em forma dum resumo compreensivo.
Opell Jr, Walter C. Pluralism and Elite Efforts in an Independence Movement: Frelimo in the 1960. Journal of Southern African Studies, vol. 2, No.1, October 1975.(Entre paginas 66-82).
Uma deturpaçao: nao é verdade que Mondlane nao sabia quem era Leo Milas. Leiam o que segue.
Two other cleavages which were used ideologically in elite competition early on were Mozambique's racial and regional differences and involved Leo Milaswho had been elected in absentia as FRELIMO's first publicity secretary andwas later to become secretary for defence and security. Milas was sent by
Mondlane from the United States to Dar es Salaam, probably to attempt to quash the animosity that had developed among some Central Committee members concerning the presence in FRELIMO of Marcelino dos Santos, a highly educated mestifo, and his election to the position of secretary of external affairs. Resentful and suspicious of dos Santos because he was a mestifo, some black Mozambicans, primarily from ethnic groups situated in the central and northern regions, charged that dos Santos was not a Mozambican at all but a Cape Verdian and should, therefore, be expelled from the party.Milas's presence only made the situation worse because questions had beenraised about his identity ever since his nomination by Mondlane during the FirstCongress. There were accusations that he was an agent of the American Central
Intelligence Agency who had been sent to Dar es Salaam to gather informationon FRELIMO.
Mondlane, who had made Milas' acquaintance in the United
States, was reluctant to investigate these charges for fear of exacerbating an already delicate situation. Consequently Milas was seen by his detractors as an agent of the party leadership because by that time blacks from northern and central ethnolinguistic groups perceived the movement as dominated by mestivos
and assimilados from southern groups. In December 1962 Milas was beaten up18 Frente Unida Anti-imperialista Popular Africana de Mo9ambique (FUNIPAMO),Memoranda Supporting Declaration of Dissolution of FRELIMO, Kampala, mimeographed, 27
May 1963.
FRELIMO in the 1960s 73 by about twenty suspicious FRELIMO members. A month later, inJanuary 1963,David Mabunda, FRELIMO's secretary-general, Paulo Gumane, his deputy,Joao Mungwambe, the organizing secretary, and Manual G. Mahluza, the movement's representative in Cairo, were expelled from the Central Committee because of their alleged involvement in the beating.19
These expulsions did not, however, reduce suspicions concerning Milas' identity. Consequently, while on a trip to New York, Mondlane, with the aid of a private detective agency, investigated Milas' background which revealed that he was in fact a black American called Leo Clinton Aldridge, who had taken an MA
degree in Romance Languages at the University of Southern California. Milas was expelled in August 1964 from the party after which he went to Khartoum, where he added Seifak-Aziz to his name, denounced FRELIMO, and began issuing pro-Chinese anti-FRELIMO propaganda in the name of the defunct Mozambique
African National Union.20
licos ivar,
Como pode ver, o proprio Jaime Khamba teve cuidado de dizer que ele e os outros na Frelimo entao nao sabiam donde que Leo Milas vinha. Penso que o problema foi criado pelo proprio Mondlane que o trouxe para os assuntos moçambicanos e disse que Leo Milas era um moçambicano em vez de dizer que o senhor L. Milas era o que era e que tinha simpatia pelos moçambicanos e queria militar com eles para a sua independência.
Os militantes da Frelimo descobriram que havia uma coisa que nao correspondia com a verdade. Com provas, ou sem provas, concluiram que Leo Milas fosse um africano-americano e "da CIA."
Um negro americano de nome Gilbert escreveu um livro (cujo titulo darei mais tarde se o encontrar) sobre os movimentos ditos "de libertaçao na Africa Austral" no qual diz que o nome real de Leo Milas é Leo Clinton Aldridge. Identifica-o com um negro americano e amigo do colegio de Mondlane nos Estados Unidos.
E depois ha tantas outras historias sobre ele como sendo "etiope" ou das Caraibas. O que parece ser certo é queo acento hispanico quando fala português nao tem nada de comum com a maneira como muitos moçambicanos falam o português seja com um acento africano ou com um acento aportugesado. O seu inglês tambem nao contem muito da maneira como os africanos americanos falam o inglês.
Pelo que seria imprudente dizer cabalmente que Leo Milas é um negro americano ou que nao é moçambicano. Penso ainda que tenho que ter muito cuidado com o que Gilbert escreveu, embora possa ser considerado como uma referência de fonte segura que se pode citar sem problemas.
Se pode ler em inglês, va a www.google.om veras la um artigo ou artigos que dizem que ele "foi um infiltrado da CIA" (ponho aqui aspas para que tais palavras nao sejam atribuidas a mim).
Senhor licos ivar, sou na verdade de Tete. Foi prazer em saber que o senhor vem da Zambézia. Tinhamos alunos da Zambézia no seminario do Zobue, rapazes lomués, macuas, xuabos, senas. O malogrado seminario de Zobue , que foi destruido pelos frelimos e renamos, aceitavam estudantes da Zambézia, Tete, Manica e Sofala -- seja do centro de Moçambique.
Penso que ja escrevi sobre a tragédia de Miguel Murrupa da Zambézia e antigo estudante do seminario de Zobueézia fez até o seminario maior de Namaacha. Voltarei a repitir os detalhes mais tarde, senao hoje, amanha.
A questao de da divisão das riquezas deveu-se a desequalidade politica imposta pela Frelimo logo apõs a Independencia.
Recorde-se que depis da independencia a maioria dos Administradores, Governadores incluindo situaçao ainda continua e so acabarã depois duma visão que possa ser ambla para Moçambique.
Quer dizer uma visão que possa ser comunicavel com um lider fiel e com um proposito. Uma viao e unidade, pois uma visao sem unidade nao adianta. Visão e pessoal mas deve ser compartilhada e benificiaria para todos.
O sr.Dr. é de Tete? Eu sou Zambeziano. Tive a sorte de visitar Tete e ver a famosa barragem de Cabora Bassa.É uma magnifica obra que infelizmente o Governo da Frelimo não usou (e ainda hoje não)para o beneficio do Povo Moçambicano. O que não compreedo nesta Frelimo é que as estruturas economicas estao quase todas elas no norte mas é o norte que está mais pobre.Isto não compreendo. Por favor não me chamem de tribalista ou regionalista.Recordo-me daquelas plantaçoes de chá no Gurue ex-Vila Junqueiro. Plantaçoes estas, que davam um panorama lindo de Vila Junqueiro.Recordo-me da grande pesca na Baia de Pemba-ex Cabo Delgado.Esta Pemba,uma cidade pequena mas muito muito linda....E Mocimboa da Praia? A baia mais bonita que vi na minha vida.Sr. Dr.Francisco estamos muito agradecidos a si porque pouco a pouco estamos a conhecer o que se passou no passado desta Frelimo....e a Frelimo infelizmente não quer dizer a verdade.
Por favor, falando da Historia da Frelimo porque o Miguel Murrupa (de Naburi)teve que abandonar a Frelimo e entregar-se ao Governo Portugues? Ainda hoje ninguem falou deste assunto. O que se passou na Frelimo para ele fugir?
Obrigado e esteja bem
Licos
Jaime Mauricio Khamba anda com todos os dados da historia dos movimentos nacionalistas que culminaram na fundaçao da Frelimo. Ele é a nossa enciclopédia ambulante. Onde eu sou a colina, ele e a montanha sobre a historia da Frelimo,para parafrasear o poeta Joao de Deus quando num poema compara poetas portugueses com Luis de Camoes.
Ultimante tenho recebido por e-mail notas da historia da tal época, muitas notas, do Dr.Jaime Khamba. Ontem recebi do Dr. Antonio Zengazenga material historico que contem notas do Zengazenga e e tambem do Khamba sobre a historia da fundaçao da Frelimo com certas fotografias historicas.
Zengazenga é uma outra grande fonte da historia da Frelimo. Conto utilisar este material numa obra que preparo. Infelizmente, o tempo é a coisa que muito me falta nesta altura -- ando entre 12-18 horas por dia com trabalho de pesquisas que tenho que apresentar em Abril.
Agora que é Leo Milas e porque houve uma revolta contra ele na Frelimo? Antes que diga algo sobre Leo Milas, tenho que dizer que conheço Leo Milas e é um grande amigo meu. Nao o conheci na Frelimo, mas vim a conhecê-lo em Nairobi. Um individuo muito alto e bastante amigavel, ele fala um português com um acento de espanhol, tipo de acento que nao se houve nos moçambicanos.
Dizem que é de Nampula. Inverso a esta historia, ha uma outra versao que diz que Leo Milas é um negro americano que foi colega da escola de Mondlane nos Estados unidos e que ele é africano-americano. Mondlane foi quem o trouxe para Frelimo e para assuntos moçambicanos e que o seu verdadeiro nome é Leo Clinton Aldridge(google)e foi um infiltrado da CIA. As ligaçoes do Mondlane com a CIA nao sao nenhum segredo, mas isto nao quer dizer que a alegaçao de que Leo Milas foi da CIA é correcta.
Ha uma outra versao ainda que diz que ele é ethiope. Isto parece ser infundado, embora ele fale o amharico da Ethiopia. E era popular com os ethiopes, mais por falar o amharico do que por etnicidade. Um etiope umas vez me perguntou em Nairobi se eu conhecia o Leo Milas, um moçambicano? Disse-lhe que conhecia o moçambicano Leo Milas muito bem.
A revolta contra Leo Milas na Frelimo era que ele nao era moçambicano mas sim um americano. Mas quem é realmente Leo Milas? o mistério continua.