Neste livro Sérgio Vieira fala-nos das suas origens e da sua infância e
adolescência em Tete. Fala-nos da crise de consciência que o levou a
abandonar o catolicismo e da sua subsequente militância no movimento
estudantil e na Casa dos Estudantes do Império. Aborda também o êxodo
dos estudantes ‘ultramarinos’ de 61/63, e a participação em Paris e no
Norte de África na luta anti-colonial. Acompanhamos ainda a sua
‘descida’ para Dar-Es-Salaam, com a obrigatória escala em Argel, e a
entrada no movimento de libertação, bem como a sua colaboração estreita
com Eduardo Mondlane e Samora Machel.
São informativos os capítulos dedicados às relações entre os movimentos filiados na antiga CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas) e, a fase das negociações que conduziram à assinatura dos Acordos de Lusaka. Chegada a Independência, é o exercício dos Países da Linha da Frente, o dossier Zimbabwe e a Guerra de Desestabilização. A opção socialista da República Popular de Moçambique e as relações com os países do antigo Bloco de Leste são, também, áreas onde Sérgio Vieira se demora.
São informativos os capítulos dedicados às relações entre os movimentos filiados na antiga CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas) e, a fase das negociações que conduziram à assinatura dos Acordos de Lusaka. Chegada a Independência, é o exercício dos Países da Linha da Frente, o dossier Zimbabwe e a Guerra de Desestabilização. A opção socialista da República Popular de Moçambique e as relações com os países do antigo Bloco de Leste são, também, áreas onde Sérgio Vieira se demora.
Notável e refrescante é a capacidade que estas páginas possuem de fazer reviver o drama, o sofrimento, a entrega, a solidariedade à volta do ideal da libertação da pátria e a exaltação dos momentos altos da luta. Reviver ou, mais importantemente, descobrir e compreender.
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Luís Bernardo Honwana
Fazia
falta este livro. Que ele sirva de estímulo, a que outros actores dessa
independência ganhem nele inspiração para repetir a proeza, e cumprir
esse dever. O conhecimento pelas novas gerações do heroísmo dessa gesta é
um capital precioso para o orgulho de ter nascido em Moçambique, e a
consciência do significado da correspondente cidadania.
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António de Almeida Santos
António de Almeida Santos
BIOGRAFIA
Sérgio Vieira
nasceu em 1941 na província moçambicana de Tete. A sua formação
superior foi diversas vezes interrompida. Estudou Direito em Portugal
até ao 2.o ano, em 1961. Em 1962 frequentou o Collége d` Europe em Bruges.
Entre 1962 e 1963 frequentou o Instituto de Estudos Políticos em Paris, onde interrompeu os estudos no ano seguinte. Licenciou-se com distinção no Instituto de Estudos Políticos de Argel em 1967.
Em Portugal foi dirigente associativo, incluindo da RIA, Reunião Inter-Associações. É Professor Auxiliar da Universidade Eduardo Mondlane. Foi investigador do Centro de Estudos Africanos da mesma instituição, a qual dirigiu entre 1987 e 1992. É membro fundador da FRELIMO.
Entre 1964 e 1967 fez parte da representação da FRELIMO em Argel e esteve também no Cairo em 1969 e 1970. Ainda antes da Independência de Moçambique foi secretário da Presidência nas direcções de Eduardo Mondlane, entre 1967 e 1969 e de Samora Machel entre 1970 até 1975. Após a Independência ocupou diversas pastas, de entre as quais destacamos: director do Gabinete do Presidente da República, 1975-1977; governador do Banco de Moçambique, 1978- 1981; ministro da Agricultura, 1981- 1983; Governador da Provínvia de Niassa e vice-ministro da Defesa, 1983-1984; ministro da Segurança, 1984- 1987; deputado da Assembleia da República onde passou por diversos cargos desde a I até a V legislaturas; Desde 2001 é director-geral do Gabinete do Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.
Entre 1962 e 1963 frequentou o Instituto de Estudos Políticos em Paris, onde interrompeu os estudos no ano seguinte. Licenciou-se com distinção no Instituto de Estudos Políticos de Argel em 1967.
Em Portugal foi dirigente associativo, incluindo da RIA, Reunião Inter-Associações. É Professor Auxiliar da Universidade Eduardo Mondlane. Foi investigador do Centro de Estudos Africanos da mesma instituição, a qual dirigiu entre 1987 e 1992. É membro fundador da FRELIMO.
Entre 1964 e 1967 fez parte da representação da FRELIMO em Argel e esteve também no Cairo em 1969 e 1970. Ainda antes da Independência de Moçambique foi secretário da Presidência nas direcções de Eduardo Mondlane, entre 1967 e 1969 e de Samora Machel entre 1970 até 1975. Após a Independência ocupou diversas pastas, de entre as quais destacamos: director do Gabinete do Presidente da República, 1975-1977; governador do Banco de Moçambique, 1978- 1981; ministro da Agricultura, 1981- 1983; Governador da Provínvia de Niassa e vice-ministro da Defesa, 1983-1984; ministro da Segurança, 1984- 1987; deputado da Assembleia da República onde passou por diversos cargos desde a I até a V legislaturas; Desde 2001 é director-geral do Gabinete do Plano de Desenvolvimento do Vale do Zambeze.
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