Comments
2
J Wolf said...
Os
que "verdadeiramente" VIVERAM, VIRAM e PARTICIPARAM, façam o favor de
escrever. As memórias de alzheimer dos SV não convencem ninguém.
3
MUSSANDIPATA said...
"Estou
a organisar-me para eu escrever aquilo que vi, vivi... antes que
responda a chamada dos meus antepassados para me ajuntar a eles no outro
mundo."
CONVÉM...DR. MOSES NOTA.
MESMO QUE SEJA SÓ PARA CONTRAPONTO DA HISTÓRIA MOÇAMBICANA.
CONVÉM...DR. MOSES NOTA.
MESMO QUE SEJA SÓ PARA CONTRAPONTO DA HISTÓRIA MOÇAMBICANA.
4
umBhalane said...
Francisco Nota Moises
Todos lhe esperamos.
O meu incondicional apoio.
Abraço
Todos lhe esperamos.
O meu incondicional apoio.
Abraço
5
Francisco Moises said...
Com
razao, Sr. Armando. Vou prestar atençao especial a este assunto, e ver
que escreva apesar de muitas tarefas. Os frelimistas como Sergio Vieira,
Armando Guebuza e os demais entendem que escrever é fabricar mentiras
para cobrir as suas falhas e crimes. Eu entendo que escrever quer dizer a
verdade. Nao deve ser para agradar este ou aquele
Francisco Nota Moises
Francisco Nota Moises
6
Armando said...
Sr.
Francisco Nota Moisés, para quando as suas memórias? Estamos à espera.
Não demore muito. Estamos cansados de ouvir estes comunistas
arrependidos.
Cumprimentos
Cumprimentos
7
Francisco Moises said...
Espantado
em ver que nenhum renamista aparece por aqui para desmantelar a
"dizinformatzia", como diziam os sovieticos quando plantavam informaçoes
falsas contra o Ocidente. Porque é que tem que ser outras pessoas e
nao a propria Renamo a dar contra-pontapés no Sergio Vieira? Sera que
nenhum renamista comprou a Biblia de mentiras de Sergio Vieira ou sera
que nao ha quem possa ler na Renamo, analisar e contrapor o que Sergio
Vieira diz? Cada dia que passa, os tais dizinformatziantes da Frelimo
tais como Paul Fauvet e Sergio Vieira vao vomitando a sua dizinformatzia
contra a Renamo, e tem que ser pessoas nao ligadas a Renamo que os
contrapoem, dando assim a razao a Paul Fauvet de descrever "Canal de
Moçambique, o porta-voz da Renamo."
É preciso que Afonso Dhlakama organise bem a sua organisaçao. Nao ha excusas, quaisquer que sejam, para a Renamo estar calada todo o tempo. Por onde passa Mazanga, porque nao diz nada quando a historia da sua organisaçao esta ser deturpada por Sergio Veiria?
A coisa que eles, o renamistas, nao comprendem é que os frelimistas, principalmente Pauvet Fauvet e Sergio Vieira, sao alunos da instituiçao propagandistica de Joseph Goebbels, o ministro de Propaganda do regime nazi alemao. Goebbels disse: uma mentira repetida muitas vezes, torna-se numa verdade. Pois, nos sabemos que isto é falso. Uma mentira sera sempre uma mentira, mas se a mentira nao é contraposta, ela vai parecer como uma verdade.
Dai muitas mentiras que a Frelimo dizia e ensinava até nas escolas pareciam verdades, até que houve algumas pessoas que desmascararam as mentiras. Ironicamante, uma das pessoas que desmascarou a mentira da Frelimo foi o proprio Chissano Joaquim. Lembram-se os leitores como é que Marcelino dos Santos reagiu quando Chissano lapsou, dizendo que Mondlane encontrara a morte na casa da sua amiga Betty King? Marcelino dos Aantos -- foi como um bufalo furibundo e ferido numa manha de frio com vapor a lhe sair das narinhas, a espuma de furia nos labios, doidamente cossando o chao com as suas patas antes de montar um ataque. Um jagunço do bufalo ferido frelimista actuou mesmo contra um reporter de Canal de Moçambique que, imprudentemente,insistia em lançar perguntas.
Talvez que depois daquilo, Marcelino dos Santos foi ter "uma reuniao na casa de banho" com Joaquim Chissano.
A expressao "ter uma reuniao na casa de banho" é historica. A nossa resistencia contra a liderança de Mondlane em Dar Es Salaam em 1968 é uma lenda que tem que estar escrita antes os poucos de nos, que a presenciamos e nela participamos, desapareçamos tambem como os saudosos Mondlane, Samora Machel e os outros gigantes adamastores da Frelimo que se consideravam de imortais.
Encarados com uma resistencia renhida que as vezes tomava proporçoes fisicas, Mondlane estava doido e tonto, nao sabendo mais como e o que fazer. Embora ninguem jamais tocou fisicamente no Mondlane, Armando Emilio Guebuza foi luta-livrado (wrestled down) para o chao por um estudante, que gritava enquanto em cima do Guebuza na lingua sena: "ine ndime mwana nsena, ine ndine mwana nsena.... (literalmente: eu sou um filho sena, eu sou um filho sena....)
Triste que o tribalismo que Mondlane tinha implantado na Frelimo desgostava tanta gente que o rapaz, na sua batalha vitoriosa com Guebuza, que estava estendido no chao,transformou a oposiçao nacional contra os ditadores da Frelimo numa luta tribal. Quem tinha culpa nisto? Pois, eles os criadores do tribalismo -- Mondlanes e os seus companheiros.
Numa destas ocasioes frente a uma resitencia aberta e nao sabendo o que fazer, Mondlane diz entao a Guebuza: "vamos ter uma reuniao na casa de banho." Literalmente, os dois entraram na casa de banho que estava mesmo perto para discutirem a sua estratégia para como enfrentar os estudantes rebeldes. Nao ouvimos o que se diziam. Quando sairam, retiraram-se do lugar onde estivemos e nos continuamos com a nossa resistencia.
Esta resitencia so terminou quando em resistencia a ordem do comité central recusamos ir a Nachingwea. Marchamos ao escritorio do vice-presidente Rashid Kawawa - coisa que sempre faziamos cada vez que Mondlane queria fechar o Instituto moçambicano que se tinha tornado na verdadeira oposiçao a sua dirigencia ou o seu leadership. Kawawa anulava a decisao de Mondlane, ordenando que o estudantes permaneçam na escola. Mas nao havia aulas e as coisas ficaram assim de Fevereiro a Julho de 1968. Durante este tempo a populaçao estudantil diminuia. Ja estudantes saiam para o Kenya.
Desta vez, a historia foi diferente. Quando, quase todos estivemos no recinto do escritorio de Kawawa, depois de apresentarmos a nosssa queixa contra a decisao dos lideres da Frelim, fomos dito para aguardamos. Quando aguardavamos, apareceram caros (vans) da policia. Quando chegaram os policias, sairam dos seus caros. Um oficial velhote, delgado e seco com uma pistola na sua ancha diz-nos em Swahili: "kutoka sana, wanafunzi mumekamatwa" (desde este momento, voces estudantes estao detidos). Quando queriamos levantar as vozes, este mesmo policia dizia em ingles: "sit down. be quiet. sit down. be quiet... (permaneçam-se assentadosos e calem-se, permaneçam-se assentados e calem-se....) Mutapata tabu wanafunzi (...(se brincarem), voces estudantes vao sofrer."
Dai fomos todos conduzidos a prisao central de Dar Es Salaam onde ficamos detidoss por tres dias antes de sermos postos em machimbombos com guardas armados para um destino desconhecido. Para alem de tudo aquilo, das armas, nao fomos maltratados nem na prisao nem durante a viagem.
Durante a viagem, os guardas nunca tinha as suas armas nos gatinhos apontadas as nossas cabeças. Estiveram realmente a nos dar protecçao. Pela tarde, numa aldeia, os guardas nos tiravam em grupos dos machimbombos para irmos comer numa cantina. Os guardas pagaram ao cantineiro. os gaurdas nao apareciam na cantina com as suas armas. Nao nos tratavam como prisioneiros. As vezes falavam e riam-se connosco, mas nao revelavam aonde iamos.
Na cantina foi bom aquilo: aroz com a tilapia (o tal peixe pedra) que por muitos anos eu nao tinha comido, por cinco anos estive em Zobue, fora da minha zona de Mutarara onde uma das minhas comidas tradicionais. Nao ha rios e nem lagos em Zobue e os indigenas la da tribo zimba nao comem o peixe.
Houve somente, um alarme durante a noite num certo lugar, quando os machimbombos pararam e vimos certos dos guardas a correrem para frente. Havia um camiao com alguem ou com pessoas da Frelimo e os guardas pensavam que se tratava duma emboscada. Disseram ao camiao para desaparecerem o mais depressa possivel. Mas parece que o camiao estava avariado. Este camiao seguia na mesma direcçao que nos -- para Lindi e Mtwara no sul da Tanzania. Dai seguimos e no dia seguinte chagamos no Campo das Naçoes unidas para Refugiados moçambicanos em Rutamba, distrito de Lindi, provincia de Mtwara, um lugar seco e quase inhospitavel, da tribo dos Mweras.
Qual foi a razao de nos depositar ai? Rashid Kawawa,que estava farto connosco e com as brincadeiras de Mondlane, tinha tomado a decisao de nos separar, segundo fomos ditos mais tarde. A nossa detençao por tres dias era alegadamente para nos proteger dos lideres da Frelimo, visto que os tanzanianos tinham descoberto que os lideres da Frelimo queria agir drasticamente contra nos, coisa que ja tinha tentado e nao tinham conseguido no passado. o escritorio das Nacoes Unidas em Rutamba diringo por tanzanianos foi dito para nao permitir que os dirigentes da Frelimo viessem la nos ameaçar e que informasse ao governo tanzaniano, se os dirigentes da Frelimo aparecessem por ai. Mas apareceu la uma vez o Chissano, muito pacificamente, eu e um colega meu recusamos falar com ele em portugues. Forçamos o gajo a falar connosco em frances, lingua que eu e o meu colega ja falavamos fluentemente desde os nossos dias em Zobue. Dissemos ao gajo que nao eramos moçambicanos do tipo dele.
Quanto a Frelimo e Instituto mçambicano, Rashid Kawawa queria resolver a desordem "(the mess)" na Frelimo, segundo ele e reorganisar o instituto antes que o governo nos rechamasse para Dar Es Salaam. Rashid Kawawa estava farto com Mondlane, mas o seu chefe, Julius Nyerere, era amigo intimo de Mondlane e nada aconteceu.
Dai os estudantes -- muitos de nos fugimos para Nairobi, Kenya, onde vivemos com o estatuto de refugiados das Nacoes unidas e continuamos com a nossa educaçao em escolas quenianas, que eram como escolas do sistema ingles. Mas tarde certos foram a Zambia, Etiopia, Ghana, Portugal, França, Alemanha, Estados Unidos, Canada e outros permaneceram no Kenya.
Pois, neste momento tenho imensas tarefas academicas incluindo pesquisas academicas que devo apresentar aos interesssados que empregam e a minha vida depende disto. Faço pesquisas, escrevo e pagam me. Estou a organisar-me para eu escrever aquilo que vi, vivi... antes que responda a chamada dos meus antepassados para me ajuntar a eles no outro mundo.
É preciso que Afonso Dhlakama organise bem a sua organisaçao. Nao ha excusas, quaisquer que sejam, para a Renamo estar calada todo o tempo. Por onde passa Mazanga, porque nao diz nada quando a historia da sua organisaçao esta ser deturpada por Sergio Veiria?
A coisa que eles, o renamistas, nao comprendem é que os frelimistas, principalmente Pauvet Fauvet e Sergio Vieira, sao alunos da instituiçao propagandistica de Joseph Goebbels, o ministro de Propaganda do regime nazi alemao. Goebbels disse: uma mentira repetida muitas vezes, torna-se numa verdade. Pois, nos sabemos que isto é falso. Uma mentira sera sempre uma mentira, mas se a mentira nao é contraposta, ela vai parecer como uma verdade.
Dai muitas mentiras que a Frelimo dizia e ensinava até nas escolas pareciam verdades, até que houve algumas pessoas que desmascararam as mentiras. Ironicamante, uma das pessoas que desmascarou a mentira da Frelimo foi o proprio Chissano Joaquim. Lembram-se os leitores como é que Marcelino dos Santos reagiu quando Chissano lapsou, dizendo que Mondlane encontrara a morte na casa da sua amiga Betty King? Marcelino dos Aantos -- foi como um bufalo furibundo e ferido numa manha de frio com vapor a lhe sair das narinhas, a espuma de furia nos labios, doidamente cossando o chao com as suas patas antes de montar um ataque. Um jagunço do bufalo ferido frelimista actuou mesmo contra um reporter de Canal de Moçambique que, imprudentemente,insistia em lançar perguntas.
Talvez que depois daquilo, Marcelino dos Santos foi ter "uma reuniao na casa de banho" com Joaquim Chissano.
A expressao "ter uma reuniao na casa de banho" é historica. A nossa resistencia contra a liderança de Mondlane em Dar Es Salaam em 1968 é uma lenda que tem que estar escrita antes os poucos de nos, que a presenciamos e nela participamos, desapareçamos tambem como os saudosos Mondlane, Samora Machel e os outros gigantes adamastores da Frelimo que se consideravam de imortais.
Encarados com uma resistencia renhida que as vezes tomava proporçoes fisicas, Mondlane estava doido e tonto, nao sabendo mais como e o que fazer. Embora ninguem jamais tocou fisicamente no Mondlane, Armando Emilio Guebuza foi luta-livrado (wrestled down) para o chao por um estudante, que gritava enquanto em cima do Guebuza na lingua sena: "ine ndime mwana nsena, ine ndine mwana nsena.... (literalmente: eu sou um filho sena, eu sou um filho sena....)
Triste que o tribalismo que Mondlane tinha implantado na Frelimo desgostava tanta gente que o rapaz, na sua batalha vitoriosa com Guebuza, que estava estendido no chao,transformou a oposiçao nacional contra os ditadores da Frelimo numa luta tribal. Quem tinha culpa nisto? Pois, eles os criadores do tribalismo -- Mondlanes e os seus companheiros.
Numa destas ocasioes frente a uma resitencia aberta e nao sabendo o que fazer, Mondlane diz entao a Guebuza: "vamos ter uma reuniao na casa de banho." Literalmente, os dois entraram na casa de banho que estava mesmo perto para discutirem a sua estratégia para como enfrentar os estudantes rebeldes. Nao ouvimos o que se diziam. Quando sairam, retiraram-se do lugar onde estivemos e nos continuamos com a nossa resistencia.
Esta resitencia so terminou quando em resistencia a ordem do comité central recusamos ir a Nachingwea. Marchamos ao escritorio do vice-presidente Rashid Kawawa - coisa que sempre faziamos cada vez que Mondlane queria fechar o Instituto moçambicano que se tinha tornado na verdadeira oposiçao a sua dirigencia ou o seu leadership. Kawawa anulava a decisao de Mondlane, ordenando que o estudantes permaneçam na escola. Mas nao havia aulas e as coisas ficaram assim de Fevereiro a Julho de 1968. Durante este tempo a populaçao estudantil diminuia. Ja estudantes saiam para o Kenya.
Desta vez, a historia foi diferente. Quando, quase todos estivemos no recinto do escritorio de Kawawa, depois de apresentarmos a nosssa queixa contra a decisao dos lideres da Frelim, fomos dito para aguardamos. Quando aguardavamos, apareceram caros (vans) da policia. Quando chegaram os policias, sairam dos seus caros. Um oficial velhote, delgado e seco com uma pistola na sua ancha diz-nos em Swahili: "kutoka sana, wanafunzi mumekamatwa" (desde este momento, voces estudantes estao detidos). Quando queriamos levantar as vozes, este mesmo policia dizia em ingles: "sit down. be quiet. sit down. be quiet... (permaneçam-se assentadosos e calem-se, permaneçam-se assentados e calem-se....) Mutapata tabu wanafunzi (...(se brincarem), voces estudantes vao sofrer."
Dai fomos todos conduzidos a prisao central de Dar Es Salaam onde ficamos detidoss por tres dias antes de sermos postos em machimbombos com guardas armados para um destino desconhecido. Para alem de tudo aquilo, das armas, nao fomos maltratados nem na prisao nem durante a viagem.
Durante a viagem, os guardas nunca tinha as suas armas nos gatinhos apontadas as nossas cabeças. Estiveram realmente a nos dar protecçao. Pela tarde, numa aldeia, os guardas nos tiravam em grupos dos machimbombos para irmos comer numa cantina. Os guardas pagaram ao cantineiro. os gaurdas nao apareciam na cantina com as suas armas. Nao nos tratavam como prisioneiros. As vezes falavam e riam-se connosco, mas nao revelavam aonde iamos.
Na cantina foi bom aquilo: aroz com a tilapia (o tal peixe pedra) que por muitos anos eu nao tinha comido, por cinco anos estive em Zobue, fora da minha zona de Mutarara onde uma das minhas comidas tradicionais. Nao ha rios e nem lagos em Zobue e os indigenas la da tribo zimba nao comem o peixe.
Houve somente, um alarme durante a noite num certo lugar, quando os machimbombos pararam e vimos certos dos guardas a correrem para frente. Havia um camiao com alguem ou com pessoas da Frelimo e os guardas pensavam que se tratava duma emboscada. Disseram ao camiao para desaparecerem o mais depressa possivel. Mas parece que o camiao estava avariado. Este camiao seguia na mesma direcçao que nos -- para Lindi e Mtwara no sul da Tanzania. Dai seguimos e no dia seguinte chagamos no Campo das Naçoes unidas para Refugiados moçambicanos em Rutamba, distrito de Lindi, provincia de Mtwara, um lugar seco e quase inhospitavel, da tribo dos Mweras.
Qual foi a razao de nos depositar ai? Rashid Kawawa,que estava farto connosco e com as brincadeiras de Mondlane, tinha tomado a decisao de nos separar, segundo fomos ditos mais tarde. A nossa detençao por tres dias era alegadamente para nos proteger dos lideres da Frelimo, visto que os tanzanianos tinham descoberto que os lideres da Frelimo queria agir drasticamente contra nos, coisa que ja tinha tentado e nao tinham conseguido no passado. o escritorio das Nacoes Unidas em Rutamba diringo por tanzanianos foi dito para nao permitir que os dirigentes da Frelimo viessem la nos ameaçar e que informasse ao governo tanzaniano, se os dirigentes da Frelimo aparecessem por ai. Mas apareceu la uma vez o Chissano, muito pacificamente, eu e um colega meu recusamos falar com ele em portugues. Forçamos o gajo a falar connosco em frances, lingua que eu e o meu colega ja falavamos fluentemente desde os nossos dias em Zobue. Dissemos ao gajo que nao eramos moçambicanos do tipo dele.
Quanto a Frelimo e Instituto mçambicano, Rashid Kawawa queria resolver a desordem "(the mess)" na Frelimo, segundo ele e reorganisar o instituto antes que o governo nos rechamasse para Dar Es Salaam. Rashid Kawawa estava farto com Mondlane, mas o seu chefe, Julius Nyerere, era amigo intimo de Mondlane e nada aconteceu.
Dai os estudantes -- muitos de nos fugimos para Nairobi, Kenya, onde vivemos com o estatuto de refugiados das Nacoes unidas e continuamos com a nossa educaçao em escolas quenianas, que eram como escolas do sistema ingles. Mas tarde certos foram a Zambia, Etiopia, Ghana, Portugal, França, Alemanha, Estados Unidos, Canada e outros permaneceram no Kenya.
Pois, neste momento tenho imensas tarefas academicas incluindo pesquisas academicas que devo apresentar aos interesssados que empregam e a minha vida depende disto. Faço pesquisas, escrevo e pagam me. Estou a organisar-me para eu escrever aquilo que vi, vivi... antes que responda a chamada dos meus antepassados para me ajuntar a eles no outro mundo.
Francisco Nota Moises
Com muita e toda a razao, Sérgio Vieira esta perdido, tonto e enlouquecido. Estamos universalmente acordados que ele é um mentiroso. Mas o estado de Sérgio Vieira vai alem de ser um simples mentiroso. Esta num estado avançado de alzheimer.
E analisado em termos africanos, Sérgio Vieira esta contaminado pelos espiritos vingativos das pessoas que ele matou ou mandou matar ou ainda mata. É por isto que ele e os seus chefes negros, que sao na verdade os seus moleques, estao estonteados e dizem coisas confusamente e improprias.
Como é que se explica que este Sérgio Vieira ontem disse que os politicos oposionistas foram mortos num ataque da Renamo. E agora ele e o seu colega em crimes, Joaquim Chissano, dizem que os politicos morreram durante um ataque rodesiano. Isto aconteceu em 1977 quando a luta da Renamo estava ainda longe do Niassa, e pelo que se sabe os rodesianos nao montaram ataques naquela provincia nortenha. Os crimes que ele e o seu colega Chissano cometeram fazem com que eles vivam hoje num pesadelo e falem as atoas.
A historia contemporanea de Moçambique escrita por Sérgio Vieira e ensinada nas escolas de Moçambique é uma grande desgraça. É um desmazelo -- uma conjuntura de mentiras e aldrabices puramente doidas. Em situaçoes normais, com é que é que sao sempre os outros que tem culpa e nunca jamais a Frelimo. Contar uma historia quer dizer admitir aquilo que nao é nos favoravel. Basta os leitores lerem o primeiro artigo desta coluna da minha autoria para se aperceberem do meu ponto de vista que conta a historia da Frelimo na qual e e os meus colegas fomos derrotados e ficamos humilhados na batalha contra a liderança de Eduardo Mondlane e os seus colegas.
Depois da independencia, as acçoes altamente criminosas da malgovernaçao da Frelimo nao sao apontadas pela Frelimo como sendo a causa da guerra civil, preferindo estes homens da Frelimo falarem em guerra de destabilisaçao, do racismo rodesiano, do apartheid, dos colonos portugueses como Joaquim Chissano disse noutro dia muito recentemente, dos reacionarios, dos xiconhocas, de forças obscurantistas, dos curandeiros, dos feiticeiros, dos chipocos, do colonialismo-fascismo salazarista, do imperialismo, do lobolo e de tanta outra asneira que Sergio Vieira e os seus subditos negros podem imaginar...
Entendo que as pessoas gostariam que aqueles que viveram a historia escrevessem principalmente na lingua portuguesa para os moçambicanos lerem. A perspectiva nao é tao boa para os moçambicanos que estao em Moçambique esperarem obter uma obra minha. É que os dirigentes da Frelimo nao vao permitir que uma publicaçao deste autor circule em Moçambique. Sou o diasporiano de que a Frelimo sempre teve mais medo. O estrago que fiz a psicologia da Frelimo ao nivel internacional é imenso e os camaradas nao estao agradados comigo.
A Frelimo tem mais medo daqueles que estiveram na Frelimo e que vivem na disapora. A Frelimo nao os querem e nem vai favorecer as suas obras. Um exemplo da sabotagem da Frelimo: mal que que a guerra civil acabou em Moçambique, o doutor Antonio Disse Zengazenga, radicado na Alemanha e intelectual da p^rimeira ordem, chegou em Moçambique com um manuscrito escrito em portugues sobre a historia da Frelimo com a intençao de publica-lo em Moçambique. A Frelimo frustrou por completo a intençao de Zengazenga que regressou a Alemanha sem ter conseguido publicar o seu livro em Moçambique.
Meus planos estao em andamento com a intençao de publicar uma obra que sera talvez imprimida e publicada em Portugal ou no Brasil com uma versao da mesma obra em ingles.
Como é claro que a Frelimo nao admitira que a minha obra entre em Moçambique, limito-me por enquanto a produzir alguns aspectos da historia de Moçambique aqui nas colunas de Moçambique para todos sem medo e nem favor visto que nao falo em nome da Frelimo nem da Renamo e nem do povo moçambicano. Falo de acontecimentos sem querer agradar a quem quer que seja nem a mim mesmo. A razao porque sou muito critico da Frelimo e da Renamo, reconhecendo somente onde as virtudes estao e onde os vicios abundam. E este sera o meu estilo de apresentaçao dos factos historicos sobre Moçambique.
Francisco Nota Moises