sábado, 7 de maio de 2016

Partido MDM disse a Marcelo que Moçambique vive guerra não declarada

O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido moçambicano, considerou hoje perante o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que o país vive uma guerra não declarada e o desafio da dívida pública.

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"Tivemos a oportunidade de colocar a posição do MDM em relação à situação que se vive no nosso país e nós fomos muitos claros em dizer que Moçambique hoje enfrenta dois grandes desafios: estamos a enfrentar a guerra não declarada e estamos a enfrentar a questão da dívida pública", disse aos jornalistas o chefe da bancada parlamentar do MDM, Lutero Simango, transmitindo o teor do encontro com chefe de Estado português.
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Descrevendo a reunião como interessante, Simango disse que o MDM defendeu perante o chefe de Estado português que os moçambicanos devem mobilizar-se para a resolução dos problemas que enfrentam, responsabilizando os autores da situação em que o país se encontra.
"Os moçambicanos têm a responsabilidade de dar uma resposta adequada, para que possamos nós todos renovar a esperança dos moçambicanos, acima de tudo, construir um país para as futuras gerações", declarou o chefe da bancada parlamentar do MDM.
O encontro com o MDM inseriu-se na iniciativa de Marcelo Rebelo de Sousa de promover reuniões com antigos governantes e com os principais dirigentes políticos moçambicanos, incluindo da oposição, para uma auscultação sobre a situação política e económica do país.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, termina hoje uma visita de Estado de quatro dias a Moçambique, a primeira desta natureza desde que tomou posse, e que foi dominada pelos apelos à paz no país.
A situação económica de Moçambique também marcou a visita do chefe de Estado português, que confirmou na quarta-feira a suspensão dos desembolsos do grupo de doadores do orçamento do estado, atualmente presidido por Portugal, após a revelação de dívidas ocultadas nas contas públicas.

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