sábado, 2 de fevereiro de 2013

Costa: «Se acham que sou útil para secretário-geral, estou disponível»

O autarca socialista diz que está de «boa fé» nas negociações com Seguro, mas lembra que o «PS tem um problema interno e um problema de afirmação na sociedade portuguesa».
 
No final da entrevista à TSF e ao DN, António Costa volta ao tema da liderança socialista para reafirmar que não foge de cargos nem corre para cargos, procurando «ser útil em cada momento», acrescentando que «se acham que eu sou útil como secretário-geral do PS, eu estou disponível para ser secretário-geral do PS. Se acham que eu sou útil para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, eu estou disponível para ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa». Costa afirma também que «são duas funções para as quais [se sente] capaz de dar um contributo importante».
O autarca de Lisboa garante que não fez nenhum ultimato ao líder do PS e que a data de 10 de Fevereiro para ter um documento consensual pronto é «definida pelos dois», acrescentando que propôs a Seguro adiar a Comissão Nacional, mas o líder não aceitou.
Para António Costa, o Partido Socialista «hoje não está bem, tem um problema interno e isso implica que tem de haver um trabalho da liderança para unir o partido». Costa reafirma que disse na Comissão Política que «ou o secretário-geral é capaz de unir o partido e reforçar a capacidade do se afirmar como alternativa forte na sociedade portuguesa ou então eu candidato-me a secretário-geral».
António Costa considera que «o PS é um partido que está na oposição, mas não é um partido de oposição«. Por isso, tem de estar presente «com as suas alternativas» nos debates essenciais, como «a sustentabilidade do Estado Social, a Reforma do Estado, ou a reforma administrativa». Para Costa, «o PS não pode ser um partido esquivo. O PS não pode ter uma atuação passiva, aguardando simplesmente que, por desgraça alheia, o poder lhe caia no colo».
Costa considera que as acusações que lhe fizeram dois membros da direção Socialista, o porta-voz João Ribeiro e o deputado Miguel Larangeiro, «revelam bem que era preciso ter bom senso para evitar que o processo interno da vida do PS descambasse numa arruaça». Questionado sobre se a atual polémica no PS pode fragilizar na sua corrida em Lisboa, o candidato socialista considera que «a única fragilidade» que pode ter são «as referências feitas por camaradas», mas acrescenta que está certo que «já se arrependeram e que ninguém regista para memória futura».
Paulo Baldaia

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