DUMA BOKO versus ALCINDA ABREU
DUMA BOKO é o novo Presidente do Botswana. Ele venceu as eleições da semana passada. Ele é da oposição. 2 dias depois tomou posse num estádio, perante milhares de pessoas. Ele venceu as eleições contra o candidato do governo, liderado pelo partido da independência do Botswana.
Não se ouviu falar em polícia a matar pessoas, por negar a vitória da oposição, ninguém ouviu falar em nenhuma Comissão Nacional de Eleições, nem no respectivo presidente, nem ninguém conheceu nome do chefe do STAE de lá.
Quem venceu as eleições é um cidadão tswana e a vida está a correr normalmente.
Em Moçambique, veio a público uma Alcinda Abreu que devia estar no Museu, para vir-nos dizer que todos os que pensam e falam diferentes do que o partido dela faz ou deixa de fazer, incluindo o que faz muito mal, é sinónimo de que há quem esteja contra a independência do país.
Em Moçambique, para se ser patriota, para se ser moçambicano, é preciso ser do partido da independência.
Malta Alcinda Abreu provoca alvoroço desnecessário só e só para que o seu establisment não seja tocado.
Eles são uma nova geração de colonos negros muito violentos do que os colonialistas portugueses que subjugaram Moçambique durante 500 anos.
Alguém fez uma publicação na qual se refere que "Alcinda de Abreu, a tal que veio a terreiro afirmar, em som alto e em viva voz, que o país estava perante um golpe de Estado, é dona das empresas mineradoras South Orient, Limitada; Vindigo, S.A. Ovahana Minerais Limitada; Mota Mineral Moçambique Limitada; Minas Moatize, entre outras, que expoliam os recursos dos moçambicanos e garantem fiambre e queijo a granel para a sua família".
Alcinda Abreu ou quem a represente, não desmentiu.
Não sei se nos arquivos da História de Moçambique consta algum colonizador português que tenha sido detentor de tantas concessões minerais tais como as que Alcinda Abreu tem. Se houver, tragam o nome.
Ela faz parte de uma nova geração de expoliadores dos recursos naturais, mais agressiva do que os colonos.
Ela tem motivos bastantes para que, no seu discurso não se tenha esquecido de recordar que "Moçambique é um país rico, em recursos naturais". Ela não falou à toa. Sabia o que falava e de que falava. Ela falava de um bife que ela acha que somente assenta bem se for para a sua boca.
Ela e a gang dela não querem que mais alguém mexa em nada do que julgam ser exclusivamente deles e, todos os discursos sobre patriotismo não passam de um sonifero para pôr o povo a dormir. Não é por acaso que na República da Alcinda Abreu proliferam fábricas e fabriquetas de bebidas alcoólicas altamente venenosas que não são aceites em mais nenhum país da África Austral. São bebidas com as quais se envenena e se enfraquece a juventude para que esta nunca desperte.
É uma forma de matar a juventude e condicionar o seu futuro. É uma forma de manter a juventude num estado de coma permanente de modo a nunca ameaçar a nova cúpula colonial de negros, expoliadora e altamente devastadora, que preza por intocabilidade.
Quando ela sente que alguém arranha nos seus interesses, corre à público para içar a bandeira do patriotismo ameaçado.
No Botswana, os diamantes enriquecem o país, em Moçambique, os rubis enriquecem um punhado de novos colonos enquanto incentivam a pobreza.
É aqui onde reside a diferença entre a pátria de Tseretse Kama, o percursor da Independência do Botswana e a pátria da Alcinda Abreu e outros patriotas como ela.
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Simões António José
Uma análise realística , oportuna e que ao mesmo tempo, trás uma reflexão sobre quem é verdadeiramente a FRELIMO de hoje. Vénia dr Damiao Cumbane .
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