Wednesday, November 20, 2024

FRELIMO É UM PARTIDO MÁGICO

 Damiao Cumbane


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FRELIMO É UM PARTIDO MÁGICO
Vão ser necessários aprofundados estudos e ensaios para se descobrir a lógica que possa explicar o facto de um país quase todo ele descontente, a todos os níveis, tenha votado em mais de 75% a favor do partido que é teoricamente é responsável por esse estágio.
A Frelimo é o partido do Governo, ele é que lidera os destinos do país e do povo, motivo pelo qual, é a ele que se faz questionamentos e se cobra resultados.
No Moçambique de hoje, os médicos estão descontentes, os enfermeiros estão descontentes, o restante pessoal de Saúde está descontente, a generalidade dos funcionários públicos está descontente, os professores estão descontentes, os juizes estão descontentes, os procuradores estão descontentes, os empresários estão descontentes, os estudantes estão descontentes, os desempregados estão descontentes, o comum dos cidadãos está descontente, todos, mas todos, estão descontentes. A situação não está nem fácil, nem boa para o comum dos cidadãos.
Que explicação lógica é trazida para o consumo público, para justificar este paradoxo de as pessoas descontentes terem ido às urnas e terem decidido confiar e votar massivamente no partido responsável pela sua actual condição.
Uma coisa teria sido a de se ter estado perante uma eleição difícil e renhida, na qual a vitória ou a derrota tivessem sido tangencias, para um ou para o outro dos lados e, portanto, compatíveis e justificativas da actual situação do país e das pessoas e, outra, bem diferente é, estar-se perante um descontentamento generalizado e o partido do Governo ter sido votado pelos descontentes, nas percentagens apresentadas pela CNE.
A percentagem eleitoral atribuída pela CNE aos vencedores, além de não ter qualquer lógica, por si só, é ilustrativa de que as instituições de gestão das eleições estão de avesso, perderam o pudor, elas não se envorgonham em vir a público e se exibirem desprovidas de quaisquer escrupulos.
Os órgãos responsáveis pelas percentagens que nos apresentam, a favor do partido do Governo são de um mundo só deles, um mundo devastado pelas máfias.
A Frelimo, como um partido libertador abdicou completamente do seu papel histórico, de ser um partido do povo, de ser o partido da independência.
A Frelimo, movida pelas fantasias de pretender viver eternamente no poder, deixou-se assaltar por mafiosos, uma estirpe de contrabandistas daqueles que, quem conta são somente eles, são os seus anseios, numa equação, na qual o povo não conta e, o pouco que se faz para o povo, o seu único objectivo é faze-lo funcionar como um sonífero, para o tornar ainda mais dócil e dorminhoco.
A Frelimo para levar o país ao estágio em que se encontra, ela própria começou por se deixar introduzir uma ditadura misturada com máfias e, sobre isso, a senhora Graça Machel, numa dessas reuniões da Frelimo chamou atenção para o facto de se estar a pagar ou comprar inconsciências para as pessoas galgarem na hierarquia do partido, descendo de paraquedas, evitando-se as escadas ou os habituais degraus para se subir.
Em reacção, Graça Machel abdicou de apresentar qualquer candidatura para a sua manutenção, como membro do Comité Central e, as máfias internas da Frelimo aplaudiram à decisão dela porque era menos uma confusa.
No estágio seguinte, as emergentes e visíveis máfias começaram a distribuir soníferos às organizações sociais da Frelimo: a OMM deixou-se qualquerizar às vontades das máfias, incluindo as máfias masculinas.
De seguida, entulhou-se a OJM de jovens-repolho, cuja função era cantar hossanas à dupla Filipe Nyusi e Roque Silva e superiormente teleguida por aquele super-ministro das máfias.
A ACLLN, denotando o peso da idade dos seus membros e a senilidade de outros, pouco podia fazer, para contrariar os novos ventos que sopravam no seio do partido Frelimo.
As eleições internas passaram a ser mero exercício de máfias e de inculcação de vontades de alguns assaltantes do partido. Desde às bases, os candidatos aos diferentes cargos deixaram de poder-se candidatar, para serem aprovados ou reprovados por outros membros ou militantes, tendo passado a serem pessoas indicadas por chefes, segundo as suas vontades, incluindo a vontade contida nas suas roupas, onde o dinheiro não fosse bastante e onde meros discursos lembecionistas não fossem bastantes.
Em face desse cenário, os novos titulares dos órgãos do partido passaram a ser "eleitos" com margens invariavelmente que rondassem 100%. Depois começaram a nascer deuses dentro do partido. Tudo era feito para agradar esses deuses. A maior parte do tempo de uma determinada reunião era gasta em duscursos de endeusamento a chefes, em verdade, palhaços e líderes das máfias.
Foi nesse escopo que foram preparadas as eleições de 2019, nas quais Filipe Nyusi tinha de as vencer com percentagens para ficarem na história do partido e do país.
Para a Assembleia da República, a dose aplicada igualmente, foi a mesma mas, com o cuidado de não eclipisar a reluzente percentagem com que se queria que Filipe Nyusi vencesse as eleições.
De seguida veio o exercício partidário que antecedeu as Eleições Autárquicas de 2023. Dentro do partido, Roque Silva passeou a sua classe, a ponto de ter passado a ter empregados que serviam para atar os seus sapatos. Pais de filhos transformaram-se em verdadeiros empregados, só para se fazerem presentes e visíveis, perante o grande chefe. Das mulheres pretendentes aos diversos cargos dentro do partido, que dão acesso às Assembleias Autárquicas e da República, só o Satanás, como o único convidado, conhece as vicissitudes.
Foi nesse exercício que é proferido o célebre ditado " não basta você se querer, é preciso que nós queiramos, para que você se queira. Quem disse para você se querer?" e, em reacção, os jovens-repolhos da OJM aplaudiram até às mãos precisarem de analgésicos.
Foi nesse tipo de exercícios que, em todos os escalões, se revitalizaram os Secretariados da OJM, da OMM e do próprio partido Frelimo, onde o próprio Roque Silva foi eleito por mais de 97 por cento de votos expressos. O Filipe Nyusi, para continuar como luz reluzente, sem igual, o Congresso elegeu-lhe com quase, se não tiver sido em 100% de votos expressos.
Por cima desse exercício de máfias estava instalado um super-ministro feito operador de uma Torre de Controlo da navegação aérea, manipulando tudo e todos.
A arrogância da Frelimo subiu a níveis completamente inaceitáveis, perante a cegueira dos beneficiários dela, o lambebotismo ganhou contornos de malvadez e estupidez sem igual, ele passou a ser premiado de diversas formas, culminando com o encaixe de parte dos seus membros em Empresas Públicas, desempenhando cargos de Administradores de Nada.
Foi nesse cenário que se partiu para as Eleições Autárquicas de 2023 que, representaram o maior exercício eleitoral fraudulento jamais visto na República.
Verdadeiros vencedores da Eleições Autárquicas foi-lhes negado o direito de dirigirem as autarquias nas quais o povo votou neles.
O exercício das máfias foi o mais público de sempre, o que não precisou de quaisquer lentes, até então e, em consequência dele, negou-se o direito, por exemplo, de Venâncio Mondlane e António Muchanga dirigirem as autarquias das Cidades de Maputo e Matola, num acto que superioriormente, veio a ter o beneplácito, baptismo e homologação daqueles dois órgãos ou extensões de células partidárias designadas Comissão Nacional de Eleições e Conselho Constituconal, representados pelo Bispo D. Carlos Matsinhe e pela Doutora Lúcia Ribeiro.
Em troca dos favores que o Conselho Constituconal fez ao partido da posição, aquela instituição submeteu uma proposta de incremento de suas regalias ou melhor, de agradecimentos, para que fosse aprovada pela Assembleia da República que, por mero acaso, não passou.
Se aquela pretensão absurda tivesse passado, neste momento, teríamos ratos, gatos, cães, campas etc das suas casas, casas dos juízes do Conselho Constituconal a receberem vitaliciamente, subsídios do Estado, em troca da miséria do povo.
Como o poder não sacia vieram as Eleições de 2024, as que estão em crise, com todas as máfias requintadas de diversas formas e feitios.
As eleições de 2024 vieram encontrar um povo totalmente desencontrado com a Frelimo e, mesmo o esforço feito por toda a máquina partidária, de nada serviu.
Como sempre, como bóia de salvação foi preparada a infalível máquina eleitoral que é paga pelo Estado, de modo socorrer o partido Frelimo nas suas pretensões, que são de domínio de toda a gente.
Esta é que é em parte a explicação que está por detrás do facto de um candidato como Venâncio Mondlane estar a ser visto por diversos seguimentos como o "salvador".
Entre dois males, escolhe-se um. Assim reza o princípio de conflito de deveres.
Com todos os defeitos que os detratores de Venâncio Mondlane tentaram vender a sua imagem ao povo inteiro, este preferiu não comprar o que lhe foi vendido.
Está-se perante um suspense que, para uns, não passa de um espectáculo enfadonhos engendrado pelo Conselho Constituconal que, tudo o que está à procura, é de vocábulos ajustados, para vir dizer que os resultados apresentados pelo Bispo D. Carlos Matsinhe, procedem na sua plenitude...
Termino recordando que:
Tal como escrevi há uns meses, as premissas para um conflito armado não os vislumbro como estando muito dustantes.
Os distraidos, os cegos, os obsecados e gananciosos pelo poder, até podem não estar atentos aos sinais.
A pólvora só precisa de um único palito de fósforo.


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Prince Bonzo

Convido ao Dr para vir aqui nas bandas do meu Distrito.




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Dercio Antonio Rafael

Damiao Cumbane

Parabéns pelo post.
Sou um leitor assíduo,mas acho que este é o melhor de todos.




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Zélio João Ibraimo ·
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O problema é que, há quem come com guerra, por isso não teme




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Victor Massaiete

O bispo a serviço do demônio, chama-se Carlos Matsinhe, não Inácio.




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Vilage Imobiliario

Que muitos vê o post, sinceramente.
O povo está cansado.




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Jamaldine Zainadine

Parabéns pela radiografia meu caro! Assino por baixo!




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Janeth André Robate

Esplanaçao que requer ler com a mente aberta para perceber os contornos que fizeram com que chegassemos na situação actual.




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Tomas Pinti Langa

Anotado e assino.




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Nelson Lucilio Xavier

Well done.
Botswana tiveram eleições e em 48 horas ja se sabia quem ganhou. Não seria o caso de Moçambique fazer o mesmo? Divulgar os resultados em 48 horas para evitarmos barrulho




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Paulo Bento

A máfia é tão grande que até atinge renomados religiosos. Esses tem passado estes dias nas Televisões a condenar as manifestações, mas nunca condenam as abominações que as antecederam.




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Nynu Come

Me parece mais uma última cartada para o memeiro nato se manter no poder.




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Suleima Suleima






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José Jofre






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Policarpo Zambeze

Um texto super lúcido e elucidativo.




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Sulemane Rachide

Ganância desmedida isso sim




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Ernesto Cossa

Damiao Cumbane ganância Dr. A Frelimo sofreu por pessoas gananciosas, um Egidio Vaz é para servir oque ao nosso país? Um senhor sem atitudes como cidadão ou nunca sofreu na vida. Muitos enganam-se por residir em Maputo.




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Mubaraca Saide Mombassa

Venias ilustre e que radiografia da nossa perola. Com muita pena ver a decadencia de um partido historico que deficilmente iremos perdoar tao cedo.




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Fidalgo Salomao Mauai

Kkkklk




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Andre Jorge Chifeche

Agora já estão a exigir as guias de marcha aos viajantes., prendem pessoas nos controis humilham cidadãos. Convido já Egidio Vaz, elísio de Sousa e Julião João Cumbane para aportarem aqui e ler isto.




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Francisco Franque

Meus parabéns Dr, o texto é muito elucidante.




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Bruno Silva

Esses da Frelimo estão loucos mas este ano vamos lhes mostrar o caminho da Verdade




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Madala Nhanombe

Gil, Egidio, Mavie, JJC, O Barba Elisio, a OJM, a OMM, Sibinde, Matsinhe, e fauna que se cuidem.




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Moussa Sadique

Como sempre Dr, muito didático este artigo. Pena que os já, não chamaria jovens repolho mas membros repolho, não lêem esses artigos de opinião de alguma forma educativos para daqui tirar o essencial.
Quanto aos números anunciados, para os membros repolho há justificação para isso. Como é sabido por todos nós,a narrativa construída é de que os que votaram e votaram bem na frelimo são os supostos e famigerados 5 milhões de membros. Para eles, os membros da frelimo são cativos. Venha o que vier, ela está lá com os seus membros leais e fiéis.
É só olhar para os números de voto para frelimo como um todo, aproximam aos 5 milhões. Ou seja, perante tamanha abstenção verificada nessas eleições, somente a mesma fez-se sentir para os partidos da oposição enquanto para a frelimo todos membros foram depositar o seu voto nela mesmo diante da impopularidade vigente.
Definitivamente, quanto ao futuro como país, é incerto. A continuarmos com esse rumo das coisas, a klker altura esse país vai conhecer uma nova guerra, não falta muito. Muito embora, os dirigentes actuais ignoram os sinais muito por conta dema obsessão que têm pelo poder




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Editado




Guilherme Matecane

Parabéns pelo texto elucidativo da máfia que tomou o controle da FRELIMO, o mais estranho é ver figuras emblemáticas do partido num silêncio de cortar o coração.




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Lúcio Langaa

E Nyusi com combustível para apagar o fogo




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Inocencio Eugenio Zucule

Concordo plenamente consigo. De entre tantas razões, essas foram algumas delas. Este partido foi infestado sob olhar impávido dos que tomam decisões dentro dele.




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Como sempre Dr, muito didático este artigo. Pena que os já, não chamaria jovens repolho mas membros repolho, não lêem esses artigos de opinião de alguma forma educativos para daqui tirar o essencial.
Quanto aos números anunciados, para os membros repolho há justificação para isso. Como é sabido por todos nós,a narrativa construída é de que os que votaram e votaram bem na frelimo são os supostos e famigerados 5 milhões de membros. Para eles, os membros da frelimo são cativos. Venha o que vier, ela está lá com os seus membros leais e fiéis.
É só olhar para os números de voto para frelimo como um todo, aproximam aos 5 milhões. Ou seja, perante tamanha abstenção verificada nessas eleições, somente a mesma fez-se sentir para os partidos da oposição enquanto para a frelimo todos membros foram depositar o seu voto nela mesmo diante da impopularidade vigente.
Definitivamente, quanto ao futuro como país, é incerto. A continuarmos com esse rumo das coisas, a klker altura esse país vai conhecer uma nova guerra, não falta muito. Muito embora, os dirigentes actuais ignoram os sinais muito por conta dema obsessão que têm pelo poder




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