Sunday, November 24, 2024

Ao longo da história ditadores, déspotas e demagogos chegaram ao poder através da imposição do medo, mentiras e colocando populações inteiras umas contra as outras.

 

E é assim que esses 27 líderes mais brutais da história chegaram ao fim

This article was originally published on 12up.com and has been republished here with permission.

Ao longo da história ditadores, déspotas e demagogos chegaram ao poder através da imposição do medo, mentiras e colocando populações inteiras umas contra as outras. Desde antigos gregos e persas até tiranos como Genghis Khan e Vlad, o Empalador, líderes que fizeram homens comuns cumprirem suas ordens brutais de invadir, torturar, massacrar e executar. 

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Edoardo Fornaciari/GettyImages // Keystone/GettyIm...

O fascismo pode surgir em qualquer sociedade, dividindo e, no modernismo, conquistando através da tecnologia e dinheiro sujo, além das usuais falta de informação e cultos de personalidade para atiçar as chamas do racismo e da xenofobia. Vamos embarcar na história e ver como alguns dos governantes mais bárbaros, cujas agendas foram definidas e facilitadas para isso, encontraram seu fim ao longo dos milênios e em quatro continentes. Dá para imaginar que a maioria delas não tem nada de belo, provando que às vezes, porém, o karma se manifesta.

Xerxes I

Xerxes I, o Grande, o Rei da Pérsia, foi na verdade o quarto rei dos reis do Império Aquemênida, talvez você se lembre melhor dele no insano filme dirigido por Zack Snyder, 300. Ele foi retratado como um gigante deus-rei que mostrou seu gosto pela riqueza e status. Entretanto, na história, Xerxes I é famoso por sua fracassada invasão na Grécia, perdas em Salamina e Plateias, aniquilando revoltas no Egito e na Babilônia e construindo as cidades de Susa e Persépolis. Xerxes partiu na primavera de 480 a.C de Sardes com uma frota e um exército que o conhecido historiador, Heródoto estimou ter cerca de um milhão de soldados, junto a uma tropa de elite de 10.000, chamados Os Imortais… aí você pensa, ele venceu,certo?

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Agora, se você acha que ele morreu na batalha de Termópilas - quando uma pequena força de 300 soldados liderados pelo Rei Leônidas de Esparta derrotou as tropas persas muito maiores das de Xerxes – a resposta é não. Em agosto de 465 a.C, Artabanus teria assassinado Xerxes com a ajuda de um eunuco, Aspamitres, muito provavelmente por ordem de seu filho mais novo, que reivindicou o trono. A falência de todas as guerra travadas de seu pai e o assassinato de Xerxes foi o começo do fim do Império Aquemênida.

Júlio César 

Cleópatra foi namorada de Júlio César, ele trouxe o calendário juliano, expandiu amplamente o território romano invadindo a Grã-Bretanha e construiu uma ponte de madeira sobre o rio Reno em apenas dez dias. Em Roma, formou o Primeiro Triunvirato, centralizou a burocracia da República e acabou sendo proclamado ditador perpétuo, "ditador vitalício". De fato, ele é a razão pela qual temos as palavras César, Czar e Kaiser como sinônimos de "imperador". Interessante, não?

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Bem, acontece que nem todes achavam ele tão interessante assim. No Idos de Março, no calendário romano 15 de março, 44 a.C - você já sabe o que acontece - César é assassinado por um grupo de senadores rebeldes liderados por seu melhor amigo Brutus e seu cunhado Cassius, esfaqueando-o 23 vezes… até que ele estivesse morto. Caramba! O herdeiro adotivo de César, Otaviano (conhecido tempo depois como Augustus), subiu ao poder e a era do Império Romano então começava.

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Vlad, o Empalador

Um dos nomes mais lendários desta lista, talvez conheça melhor Vlad III, a inspiração de Bram Stoker em seu romance Drácula. Ele recebeu o apelido enquanto seus homens saqueavam aldeias saxãs e transportavam os capturados para sua região natal em Valáquia, onde os empalava em estacas.

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O sultão otomano, Mehmed II (Maomé II, o Conquistador), ordenou que Vlad Drácula prestasse homenagem a ele pessoalmente, já Vlad mandou capturar e empalar os dois enviados do sultão. Em 1462, ele atacou o território otomano massacrando dezenas de milhares de turcos e búlgaros. Mehmed contra atacou Valáquia e Vlad foi para a Transilvânia em busca de ajuda de Matthias Corvinus, Rei da Hungria, mas Corvinus o prendeu. Ele acabou sendo solto para lutar em um outro dia e acabou morto durante a batalha; seu corpo foi então cortado em pedacinhos, e sua cabeça foi enviada para o seu inimigo, Mehmed II. Após a sua morte, russos e alemães fizeram de seu nome um marco do folclore, tornando-o uma espécie de bicho-papão em contos infantis.

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Oliver Cromwell 

Considerado um defensor da liberdade por John Milton, um gênio estrategista militar por Winston Churchill e um ditador regicida por outros, para cada boa ação que Oliver Cromwell fazia, havia algo em seu histórico que era sangrento e brutal. Ele lutou na Guerra Civil inglesa, estabeleceu a Comunidade das Nações (Commonwealth), liderou uma revolta monarquista e executou Carlos I em 1649 e se estabeleceu como Lorde Protetor da Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda. As políticas de Cromwell aniquilaram milhares na Irlanda e na Escócia.

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Se Cromwell seguiu uma força para o bem ou para mal, ele faleceu aos 59 anos no palácio de Whitehall em 3 de setembro de 1658 por envenenamento no sangue após uma infecção urinária. Ele foi enterrado cheio de requinte e cerimônia num funeral na Abadia de Westminster. Mas esse ainda não era o seu fim! Seu corpo foi exumado três anos depois, pendurado por correntes e decapitado. Sim, você leu corretamente, ele foi “executado” três anos depois de morrer. Você sabe que fez algo ruim quando te desenterram para matá-lo de novo… você sabe, vai ver estava… proibindo o Natal! 

Maximilien Robespierre

Como já dizia o promotor público, Attorney Harvey Dent, em Batman: O Cavaleiro das Trevas, “Ou você morre como herói ou vive o suficiente para se tornar o vilao”. E foi exatamente o que aconteceu com Maximilien Robespierre. Bem, na verdade, ele virou um vilão e foi prontamente executado. Cortem-lhe a cabeça! 

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Seu objetivo era criar uma França unida e forte, a igualdade perante a lei, abolir as prerrogativas e defender os princípios da democracia direta. Ele também desempenhou um papel para o fim da escravidão, mas seu fervoroso Reinado de Terror, configurado por uma série de massacres e execuções, o viu se tornar o inimigo número um, ele se via quase que como um ser supremo. Apesar de ser uma das figuras mais conhecidas e influentes da Revolução Francesa, acabou se encontrando sob a mesma guilhotina da qual tão alegremente exaltava as virtudes. Ele foi decapitado em 19 de junho de 1794.

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Nicolau II da Rússia

Nicolau II foi o último imperador de toda a Rússia, governando de 1894 até sua abdicação forçada em 1917. Conhecido na igreja ortodoxa russa como São Nicolau, o “Sanguinário”, o povo russo o culpava pela Tragédia Khodynka (um pisoteamento em massa que assassinou 1.389 pessoas), perseguição antissemita, o movimento Domingo Sangrento, a repressão violenta da Revolução Russa de 1905, a repressão de oponentes políticos, derrota na guerra russo-japonesa e perdas severas na Primeira Guerra Mundial. Junte todos esses acontecimentos e você terá o pior álbum de memórias do mundo.

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Grigori Rasputin se tornou seu conselheiro, inclusive o aconselhando sobre assuntos do campo de batalha – e o Monge Louco previu o fim da dinastia Romanov. Em 1917, Nicolau II foi obrigado a desistir do trono após 300 anos de governo Romanov e fugiu para Ecaterimburgo. Sob as ordens de Vladimir Lenin, ele, sua esposa Alexandra e suas quatro filhas e filho foram executados pelos bolcheviques. Seu túmulo (exceto os corpos do filho, Alexei, e da filha Maria, que foram encontrados em 2007), foi descoberto em 1979, eles foram enterrados em São Petersburgo em 1998, oitenta anos depois de sua execução. 

Enver Pasha 

Ismail Enver Pasha, foi um oficial militar otomano e líder da Revolução dos Jovens Turcos de 1908. Ele se tornou líder do Império Otomano nas Guerras dos Balcãs (1912–1913) e na Primeira Guerra. Chegou a ser homenageado em casa como o "herói da revolução", os europeus muitas vezes se referiam a Turquia Otomana como "Terra do Enver", (alusão a Neverland, Terra do Nunca)... mas não pegou. Como ministro da Guerra, ele foi um dos principais criminosos dos genocídios armênio, assírio e grego. Em números Isso significa que ele foi responsável pela morte entre 800.000 e 1.800.000 armênios, 300.000 assírios e 350.000 gregos. 

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Em agosto de 1922, enquanto permitia que suas tropas celebrassem a Festa do Sacrifício (Kurban Bayramı), próximo a Dushanbe, a cavalaria do exército vermelho de basquires sob o comando de um etnico armênio Hakob Melkumian (Yakov Melkumov), atacou de surpresa. De acordo com algumas fontes, Enver e mais 25 de seus homens montaram em seus cavalos e atacaram as tropas que se aproximavam, e nesse momento Enver foi morto a tiros de metralhadora. Dizem que ele foi decapitado mesmo depois de morto. 

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Josef Stalin

Revolucionário georgiano e político soviético que governou a União Soviética meados de 1920 até sua morte em 1953, Joseph Stalin serviu como secretário-geral do Partido Comunista (1922-1952) e foi primeiro-ministro (1941-1953) durante a Segunda Guerra até sua morte. Sua marca enfurecida de marxismo-leninismo levou a 799.455 execuções já registradas na União Soviética entre 1921 e 1953, a fome ucraniana de 1932-33 e o início dos gulags. Seu regime foi responsável por nove milhões de mortes, seis delas por genocídio. Seu exército vermelho representou um papel massivo (e muitas vezes esquecido) na vitória da Segunda Guerra, com 15 milhões de soviéticos que deram suas vidas. 

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No dia 1 de março de 1953, seus guardas o encontraram no chão, coberto de urina e já quase sem vida. Sofrendo um derrame, as pessoas chegaram a pensar em um possível envenenamento. De qualquer forma, ele teve uma morte lenta e dolorosa, chegando ao fim em 5 de março. Seu corpo foi embalsamado e exposto na Casa dos Sindicatos de Moscou por três dias. Havia uma multidão aglomerada que cerca de 100 pessoas morreram pisoteadas.

Adolf Hitler

Humilhado, ainda se recuperando da Primeira Guerra Mundial e pagando indenizações, Hitler e seu partido nazista chegaram ao poder prometendo tornar a Alemanha grande novamente durante a década de 1930. Seu culto à personalidade narcisista fez lavagem cerebral na nação até que eles invadiram a Polônia e a França em 1939, levando à Segunda Guerra, ao Holocausto e à morte de 85 milhões de pessoas. Jamais em toda história houve tanta morte e destruição associadas ao nome de um único homem.

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Em 1945, dizem que quando as tropas britânicas e estadunidenses encontraram seu esconderijo (búnquer) do Ocidente e tropas russas do leste, acreditam que Hitler tenha tirado a própria vida com uma pistola. O cadáver de Hitler foi identificado por registros da arcada dentária. Sua esposa, Eva Braun, se suicidou ingerindo cianeto. 

Benito Mussolini

Depois de tentar construir um império se apegando as atrocidades de Hitler e da Alemanha nazista, Benito Mussolini levou a Itália para a Segunda Guerra, mas para o lado sombrio da história. O criador do fascismo, como o conhecemos hoje, foi deposto pelo próprio Grande Conselho Fascista em julho de 1943, após a invasão aliada da Sicília. Mussolini ficou preso numa prisão no topo de uma montanha, porém uma unidade da S.S. o libertou em um ousado ataque aéreo de planadores em setembro de 1943. Mussolini foi reinstalado como ditador do que sobrou da República Social Italiana, neste momento sob domínio alemão.

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A essa altura, a maré da guerra se voltou contra o Eixo, e o banal ditador esgotou suas boas-vindas com o povo italiano; em 27 de abril de 1945, os guerrilheiros o pegaram junto com sua amante enquanto fugiam perto das forças aliadas. No dia seguinte, foram baleados e seus corpos pendurados de cabeça para baixo em ganchos de carne na praça da cidade de Milão.

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Vidkun Quisling

Quisling foi um oficial militar norueguês, político e colaborador nazista que nonimalmnte chefiou o governo da Noruega durante a ocupação do país pela Alemanha nazista. Embora quase impossível imaginar que noruegueses não fossem igualitários, ele liderou um movimento autoritário ao estilo fascista em seu país. Ele permaneceu uma figura política menor até que ele aproveitou seu grande triunfo em 1940, cortesia da invasão alemã nazista de sua terra natal em abril de 1940. 

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Vendendo covardemente a independência política norueguesa, Quisling manobrou para se tornar o ditador da Noruega apoiado pelos nazistas, enquanto seus compatriotas continuaram a resistir à ocupação alemã até o final da Segunda Guerra. Quisling foi preso por partisans noruegueses em maio de 1945, julgado em agosto, foi condenado à morte em setembro (apesar das tentativas de se distanciar de seus apoiadores nazistas e alegações de problemas de saúde), sendo executado por fuzilamento em 24 de outubro. Até hoje na Noruega, seu sobrenome é visto como sinônimo de traidor, assim como o renegado revolucionário Benedict Arnold é para os Estados Unidos. Lembrem-se pessoal, a punição sempre vem para os ditadores e seu nome carrega o legado mesmo depois de sua morte.  

Kōki Hirota

Kōki Hirota foi um diplomata e político japonês que serviu como primeiro-ministro do Japão de 1936 a 1937. Ele assinou um pacto com a Alemanha nazista e a Itália fascista, mas serviu apenas um ano como primeiro-ministro depois de se desentender com o ministro da guerra. Após o Japão se render, Hirota foi preso por crime contra a paz e levado perante o Tribunal Militar Internacional para o extremo oriente. Ele não apresentou nenhuma defesa e foi considerado culpado por travar guerras de agressão,  guerra(as) de violação do direito internacional, criando guerra contra a República da China e desrespeito ao dever de evitar violações das leis. 

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Ele foi condenado à morte, enforcado e executado na prisão de Sugamo. Mas sua execução ainda gera polêmica. Dizem que ele só recebeu a sentença de morte pelo fato de ter sido informado, do que conhecemos hoje como o Massacre de Nanjing, que ele supostamente telegrafou para a embaixada japonesa em Washington D.C.

Ion Antonescu

Ion Antonescu foi um soldado romeno e político autoritário que, durante o final da década de 1930, a postura política antissemita e de direita o levou ser impedido pelo Rei Carlos II. No entanto, ele subiu mais uma vez ao poder, se declarou marechal da Romênia e presidiu duas sucessivas ditaduras como primeiro-ministro e condutor da maior parte da Segunda Guerra. Ele entrou na Romênia em aliança com a Alemanha nazista e o Eixo e foi um dos percusores do Holocausto. A imposição de suas políticas foram responsável pela morte de 400.000 pessoas, principalmente bessarábios, ucranianos e judeus romenos. 

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A Romênia perdeu 150.000 soldados para o exército vermelho Russo na batalha de Stalingrado. Em maio de 1946, Antonescu foi processado no primeiro de uma série de Tribunais Populares sob a acusação de crimes de guerra. Ele foi julgado, condenado e executado por fuzilamento como cúmplice de inúmeros genocídios, massacres e assassinatos.

Hideki Tojo

Hideki Tojo embarcou nas forças armadas do Japão para se tornar ministro do exército, ajudando a projetar a desastrosa aliança do Japão com a Alemanha nazista e a Itália fascista na Segunda Guerra Mundial. Ele também desempenhou um papel fundamental no ataque do Japão contra a China e a Indochina Francesa. Em outubro de 1941, o Imperador Hirohito o nomeou como primeiro-ministro, o que o tornou responsável pelo ataque furtivo a Pearl Harbor. Tojo foi agente de vários outros crimes de guerra, como a marcha da morte de Bataan dos prisioneiros dos Estados Unidos e Filipinas, a escravização “mulheres de conforto” e incontáveis massacres de civis desarmados e prisioneiros de guerra em territórios ocupados pelos japoneses na Ásia-Pacífico.

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Após a rendição incondicional do Japão em 1945, o general estadunidense Douglas MacArthur ordenou a prisão de quarenta supostos criminosos de guerra, incluindo Tojo. Cinco soldados americanos foram enviados para cumprir o mandado de prisão. Enquanto a casa de Tojo estava cercada, ele atirou em si mesmo mas errou o coração. Ele foi enforcado em 23 de dezembro de 1948. Por um momento durante esses três anos, seu dentista militar americano gravou “lembre-se de Pearl Harbor”, mas em código Morse na parte de trás da dentadura de Tojo como lembrete constante.  

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Josip Broz Tito

Na Segunda Guerra, Tito foi o líder dos partisans iugoslavos, considerado um dos movimentos de resistência mais potentes na Europa ocupada. Ele também ocupou o cargo de Presidente da República Socialista Federativa da Iugoslávia de 1953 a 1980. Uniu vários grupos étnicos, religiosos e culturais e os fez aliados. Tito conseguiu construir a economia da Iugoslávia após a Segunda Guerra. Para alguns historiadores Tito é visto como um comandante benevolente, já outros comparam sua brutalidade a Stalin. 

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Entretanto, Tito ficou cada vez mais doente ao longo de 1979. Sua perna esquerda chegou a ser amputada devido um coágulo, ele faleceu tempo depois de gangrena no centro médico de Liubliana em 4 de maio de 1980, faltando três dias para completar 88 anos. Seu funeral recebeu a presença de quatro reis, 31 presidentes, seis príncipes, 22 primeiros-ministros de ambos os lados da Guerra Fria, de 128 países periféricos e 154 membros da delegação na época.

O chefe Mao Zedong

Embora Hitler ficou na história como o tirano mais maquiavélico, o pai fundador da República Popular da China, o líder Mao chefiou um reinado de terror que deixou cerca de 40 a 80 milhões de chineses mortos. Apesar desse genocídio atroz, cultos de personalidade e boas ações de Mao, tirando o imperialismo da China, ou seja, ele desfrutou do poder absoluto até o fim de sua vida. Ele faleceu pacificamente em 9 de setembro de 1976, aos 82 anos. 

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Ainda que parecesse não haver justiça para Mao, sua morte levou à queda da notória “Gangue dos Quatro”, um grupo de radicais liderados por sua esposa Jiang Qing e responsável por muitos dos extremismos da Revolução Cultural. Após sua morte, o corpo de Mao foi embalsamado para ser adorado como espécie de deus vivo. Um milhão de chineses foram prestar suas homenagens. Em 1978, Deng Xiaoping assumiu as rédeas do governo e projetou a China em um curso de reforma e rápido crescimento econômico que continua hoje sob o poder de Xi Jinping.

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Kim Il-Sung

Nascido em 1912, Kim Il-Sung foi o fundador da Coreia do Norte, governando desde que se estabeleceu, em 1948, até sua morte em 1994. Guerrilheiro e exilado, subiu ao poder em 1945 após o fim do domínio japonês. Sob sua liderança, a Coreia do Norte foi estabelecida como um estado comunista de economia de propriedade pública e planificada. Em 1950, supervisionou a invasão da Coreia do Sul, que matou cinco milhões de pessoas. Na década de 1960, seu culto à personalidade elevou seu status quase a figuras como Marx, Lenin, Mao e Stalin no panteão comunista e se tornando um líder supremo divino. 

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Em 8 de julho de 1994, Kim Il-Sung desmaiou de uma parada cardíaca em sua residência no norte de Pyongyang. Seu filho, Kim Jong-il, ordenou que a equipe médica, que acompanhava seu pai a todo tempo, o deixassem e se encarregou de preparar o transporte do que ele considerava os melhores médicos do país. Apesar de seus esforços, Kim Il-Sung morreu tempo depois naquele dia, aos 82 anos. Kim Jong-il assumiu seu reinado de 1994 até sua morte em 2011. Hoje, seu filho, Kim Jong-un, é o líder da Coreia do Norte. 

Park Chung-hee 

Depois de uma carreira militar no exército da Coreia do Sul, Park Chung-hee serviu como ditador militar e presidente da Coreia do Sul desde 1963, inaugurou a Terceira República e posicionou a Coreia do Sul ao mundo desenvolvido. Ele tinha uma tendência ao que era favorável, criou uma série de políticas econômicas que transformou a Coreia do Sul numa das nações que mais cresceram durante as décadas de 1960 e 70. Mas nem tudo foram jogos e diversão. Em 1972, ele liderou um autogolpe, inspirado por seu amigo, o presidente das Filipinas, Marcos. Em 1975, Park decretou que moradores de rua fossem retirados das ruas de Seul. Milhares deles foram capturados e enviados aos campos de concentração de trabalho forçado. Muitos morreram sob tortura.

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Em 26 de outubro de 1979, Park foi assassinado por um de seus amigos mais próximos, Kim Jae-gyu, chefe da Agência Central de Inteligência Coreana. Ele e seus homens atiraram em vários outros oficiais de Park, só para garantir. 

Anwar Sadat

Sadat e seu movimento Oficiais Livres derrubaram o Rei Farouk na Revolução Egípcia de 1952. Ele se instalou como o terceiro presidente do Egito, a partir de outubro de 1970. Em seu tempo, liderou o Egito na Guerra de Yom Kippur de 1973 para recuperar a Península do Sinai do Egito, que Israel ocupava desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, tornando Sadat um herói no Egito e em todo o mundo árabe. Mais tarde, ele se envolveu em negociações com Israel, culminando no Tratado de Paz entre Egito e Israel, o que rendeu a ele um prêmio Nobel da Paz.

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Em setembro de 1981, os homens de Sadat cercaram 1500 pessoas, incluindo muitos membros da Jihad, papa copta e clérigos, intelectuais e ativistas de todas as ideologias. Toda a imprensa não-governamental foi proibida. No entanto, o cerco falhou em uma célula militar jihadista comandada pelo tenente Khalid Islambouli, que estava prestes a liderar uma revolta. Durante o desfile anual da vitória realizada em Cairo, Islambouli descarregou seu rifle em Sadat na frente da arquibancada, matando o presidente e mais onze. Uma fátua foi emitida contra Islambouli e ele foi executado por fuzilamento em abril de 1982.

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Idi Amin

Idi Amin tomou o poder de Uganda e se tornou presidente entre 1971 e 1979. No poder, o “Açougueiro de Uganda”, desencadeou massacres contra grupos étnicos, africanos rivais, matando cerca de 300.000 pessoas. Ele também foi responsável por perseguir e confiscar a propriedade de dezenas de milhares de imigrantes do sul da Ásia. Talvez seu evento mais ousado foi tentar dar abrigo a sequestradores palestinos que forçavam um avião da Air France a pousar no aeroporto de Entebbe, Uganda, provocando uma operação de comandos sangrenta pelas forças especiais de Israel para libertar reféns israelenses. Ah, acreditam que ele tenha assassinado e esquartejado sua esposa e ainda há rumores de canibalismo!

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Depois de ser derrubado por uma invasão rebelde da Tanzânia em 1978, a família real saudita financiou uma vida luxuosa em seu exílio na cidade árabe de Jedá. Em 2003, a quarta esposa de Amin relatou que ele estava em coma e à beira da morte sofrendo por uma insuficiência renal num hospital na Arábia Saudita. Ela implorou ao então Presidente de Uganda, Yoweri Museveni, para deixá-lo voltar a Uganda. A resposta de Museveni foi que Amin deveria "responder por seus pecados a partir do momento que voltasse". A família de Amin desligou seu aparelho e Amin faleceu em Jedá em 16 de agosto de 2003.

Francisco Franco

Por vezes esquecemos que a Espanha já esteve sob domínio de um autocrata fascista até 1975. Após a vitória na Guerra Civil - junto aos nazistas e italianos para o bombardeio ao País Basco de Guernica, matando de 400 a 1.654 pessoas. Franco comandou entre os anos de 1936-1975, durante esse tempo mais de 30.000 opositores políticos foram executados sob o seu comando. No entanto, esse ditador literalmente saiu impune. Franco quase sempre escapava dos crimes de assassinato, apoiado por seu artefato favorito de execução extrajudicial, o garrote. Parte do motivo dele se safar tão facilmente era sua fime postura anticomunista, o que o tornou um aliado dos EUA durante a Guerra Fria.

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Franco desenvolveu problemas de saúde, como a doença de Parkinson, por fim entrando em coma e falecendo em 20 de novembro de 1975, aos 82 anos. Mas todo esse assassinato e crueldade teve um final feliz; antes de morrer, Franco estabeleceu bases para uma restauração de uma monarquia constitucional dada ao Rei Juan Carlos, nomeando-o chefe de Estado para uma Espanha democrática.

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Pol Pot 

O Khmer Vermelho foi um dos movimentos políticos mais genocidas da história moderna. O ludismo sanguinário e marxistas fanáticos declararam guerra à modernidade e à tecnologia, alegando transformar o Camboja em uma simples utopia agrícola. Eles massacraram uma cidade inteira, comerciantes, professores e intelectuais. Ao todo, o Khmer Vermelho aniquilou cerca de dois milhões de companheiros cambojanos entre os anos de 1975-1979 em nome de Pol Pot. Seu desejo de violência era tão tolo ao mesmo tempo sem limites. Uma invasão deliberada do Vietnã provocou uma contra invasão vietnamita em 1978-1979, expulsando Pol Pot e forçando o Khmer Vermelho a recuar para as selvas do oeste cambojano, que abraçaram a fronteira tailandesa.

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Pol Pot de alguma forma se agarrou ao poder e depois uma nova revolta na década de 1990. Em 1996, ele sobreviveu a um motim entre seus seguidores, e foi mandado direto para uma prisão domiciliar após um julgamento interno do Khmer Vermelho em 1997. Em 15 de abril de 1998, Pol Pot morreu dormindo, ao que se sabe por uma parada cardíaca. Sua morte o salvou da indignidade de um julgamento planejado por genocídio frente ao tribunal de crimes de guerras de Haia.

Augusto Pinochet

Apesar de soar como uma uva deliciosa de vinho tinto, Augusto Pinochet foi um cruel general militar que, em 1973, tomou o poder do Chile através de um golpe de estado apoiado pelos EUA. Ele derrubou o governo democraticamente eleito de Allende, sob seu partido Unidade Popular, e encerrou o controle civil. Sua junta militar controlou o Chile por dezessete anos, indo até 1990. Seu governo autoritário de direita matou pelo menos 3.000 pessoas e cerca de 29.000 em campos de concentração. 

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Ele foi preso em Londres em 1998 sob o princípio da jurisdição universal e detido em prisão domiciliar na Grã-Bretanha até que o governo britânico decidiu não extraditar Pinochet para ser julgado na Espanha, mas sim deixá-lo solto! Na época de sua morte, por parada cardíaca e edema pulmonar em 10 de dezembro de 2006, cerca de 300 acusações criminais ainda estavam pendentes contra esse déspota pseudo-populista no Chile, foram inúmeras violações dos direitos humanos durante seu governo de 17 anos, incluindo sonegação fiscal, peculato, contas bancárias secretas e negociações de arma durante e após o seu mandato. 

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Nicolae Ceaușescu

Fugindo da prisão em agosto de 1944 pouco antes da ocupação soviética da Romênia, Ceaușescu serviu como secretário da União da Juventude Comunista. Ele foi eleito secretário geral em março de 1965, três dias após a morte de seu dirigente, Gheorghiu-Dej. Um de seus primeiros atos foi mudar o nome do partido de Partido dos Trabalhadores Romenos ao anterior Partido Comunista da Romênia. Em seu tempo como presidente da Romênia, desde 1974, seu serviço secreto mantinha um controle rígido sobre a liberdade de expressão, a mídia e zero consenso. Ele permitiu contracepções e aborto ilegais, negligenciou o povo Rom, submetendo-os ao crime de ódio, e suas políticas de exportação em massa levaram à escassez de alimentos, combustível, energia e medicamentos.

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O povo romeno se voltou contra ele em 1989, parte de uma série de revoltas anticomunistas e antisoviéticas no Leste Europeu, seu poder rapidamente foi destruído. Ele foi preso, julgado e executado por fuzilamento junto com a sua esposa. A Revolução Romena foi um dos catalisadores para o colapso do Império Soviético. Para o seu azar, a pena de morte foi definitiamente retirada no ano seguinte. 

Samuel Doe

Samuel Doe foi um político líder da Libéria entre 1980 a 1990, primeiro como militar e depois como civil. No posto de sargento nas Forças Armadas da Libéria, Doe planejou um violento golpe de estado em abril de 1980, executando o então presidente na época William Tolbert, junto a maioria de seu partido True Whig, fazendo Doe, de fato, chefe de estado. 

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Apoiado por muito tempo pelos Estados Unidos por causa de sua postura anticomunista, que diminuiu após o fim da Guerra Fria, uma guerra civil começou em dezembro de 1989, quando rebeldes, incluindo seu ex-aliado Charles Taylor, que fugiu da penitenciária dos EUA, entraram na Libéria pela Costa do Marfim. Doe foi pego em Monróvia em 9 de setembro de 1990, pelo Príncipe Y. Johnson. Para provar que não estava protegido por forças sobrenaturais, Johnson, para torturá-lo, ordenou cortar suas orelhas, enquanto mastigava uma delas ele bebia uma cerveja. Os dedos das mãos e dos pés de Doe também foram cortados. Doe morreu depois que Johnson o torturou por 12 horas e seu corpo nu foi exposto pelas ruas. A tortura ficou registrada em um vídeo e foi vista por emissoras no mundo todo.

Saddam Hussein

Saddam Hussein propagou o terror por onde passava. Durante seu reinado opressor de 24 anos, seu cruel serviço secreto, Mukhabarat, matou milhares de pessoas. Ele envenenou 100.000 curdos e xiitas durante o genocídio de Anfal entre os anos de 1986-1989. Ele invadiu o Irã em 1980, deixando um milhão de iraquianos mortos, invadiu o Kuwait em 1990, levando à Primeira Guerra do Golfo e ainda massacrou um número significativo de xiitas nas rebeliões seguintes. Ele também tentou assassinar George H.W. Bush.

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O presidente George W. Bush em resposta ao atentado mandou tropas estadunidenses invadir o Iraque em março de 2003 e, depois de supostamente fugir das forças americanas por quase nove meses, Hussein foi capturado em um buraco no chão em 13 de dezembro de 2003. Ele foi julgado pelo tribunal iraquiano sob a acusação de genocídio pelas mortes em 1982 de 148 xiitas iraquianos. Foi considerado culpado em 5 de novembro de 2006 e executado em 30 de dezembro. Nos seus últimos momentos, um dos membros das Forças Iraquianas pegou uma câmera e gravou ilegalmente a execução enquanto o ditador era enforcado e testemunhas gritavam; o filme snuff do enforcamento de Hussein viralizou de forma macabra na Internet. 

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Colonel Gaddafi

Muammar Mohammed Abu Minyar al-Gaddafi, chefiou um grupo de jovens oficiais militares da Líbia contra o rei Idris I num golpe de Estado sem nenhum derramamento de sangue em 1969. Ele governou a Líbia como presidente revolucionário da República Árabe da Líbia entre 1969 a 1977 e posteriormente a transformou em um novo estado socialista, "Liderança Fraternal", a Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia, de 1977 até sua morte em 2011. Neste tempo, expulsou a população italiana e judaica da Líbia, militares dos EUA e, ainda que alguns o defendam afirmando que ele tinha uma preocupação genuína com os outros, trazendo riqueza aos cidadãos, ele violou os direitos humanos e financiou o terrorismo global. Os EUA tentaram, sem sucesso, tirá-lo do trono por décadas por seus crimes de cirurgia plástica na face.

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Wikimedia
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Com a ajuda da tecnologia e do celular com câmera, em 2011 a captura e morte de Colonel Gaddafi por milícias rebeldes foi transmitida ao vivo em todos os noticiários. Um vídeo amador mostra o que se acredita ter sido o temido ditador espancado por uma multidão enfurecida antes de ser abusado e  baleado várias vezes. 

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