Thursday, November 28, 2024

ATROCIDADES

 

ATROCIDADES
Há uns anos circulou nas Redes Sociais e em muitos órgãos de comunicação social um vídeo retratando um militar, aparentemente das FADM, a metralhar uma senhora, tendo-se suspeito tratar-se de de um evento que tenha tido lugar algures nas zonas de conflito, em Cabo Delgado.
O impacto horripilante daquela cena, levou o MDN a distanciar-se da situação retratada.
Na mesma Provincia de Cabo Delgado, desapareceu um jornalista, de nome Mbaruco. A última vez que ele se comunicou telefonicamente, disse que estava rodeado de militares e não mais se soube do seu destino, até hoje.
Há semana passada, o Ministério da Defesa Nacional veio a público distanciar-se de atrocidades denunciadas por uma instituição internacional, entre outros relatos de atrocidades cometidas contra a população, em Cabo Delgado e, sempre, com desmentidos do MDN.
Ora, se em plena Avenida Eduardo Mondlane, perante câmaras de televisões, perante milhares de telefones a gravarem as cenas, um caro militar ousou fazer aquela atropelia intencional, repugnante e condenável em todos os aspectos, o que é que os mesmos militares estarão a fazer com as populações, nas zonas de guerra de Cabo Delgado, onde não há televisão, não há telefones a filmarem, não há pessoas a assistir e, os militares estão não somente na selva, como vegetação mas sim, na selva onde a lei é ditada pelos próprios militares?
Quem ousa fazer aquilo que vimos, em plena Cidade capital, aos olhos de tudo e todos, será que vai ter um comportamento melhor na mata ou nas zonas de operações militares?
Recordemos que, em certo momento, houve relatos de que as populações das zonas de conflito, em Cabo Delgado, nutriam mais simpatias com as tropas do Ruanda do que com as suas tropas, no caso, as FADM, sendo esta a solução mais simples de legitimar a venda da soberania do Estado.
É mais fácil avaliar o que a gente vê do que o que nos dizem. Ontem, todos vimos, amanhã, virão para nós fazer crer o que não vimos.
Pode ser uma imagem de 9 pessoas e rua
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Adriano Lázaro
E o que tem que se fazer para pôr fim essas atrocidades tanto nos teatros das operações assim como nas zonas urbanas caro Dr Damiao Cumbane
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José de Matos
Damiao Cumbane , bem haja pelas palavras sensatas, foram um balsamo para a minha alma depois de ler o que alguns escreveram sobre a barbaridade que todos vimos.
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Viegas Zunguene
Atrocidades na sombra, na selva o poder se impõe,
Onde não há câmeras, só o eco do medo que nos consome.
Se na cidade, a crueldade não teme testemunhas,
O que dizer da escuridão, onde a verdade se afunda em brumas?
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Claudio Lombene
Sempre pensei assi
M
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Phantima Vilankulu Khosa 
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Agradeço-lhe pela reflexão partilhada, que muito contribui para um debate necessário e urgente.
Permita-me começar por reiterar que a FRELIMO representa, de forma inequívoca, um regime de natureza autocrática – uma constatação que só não é evidente para aqueles que, por escolha ou conveniência, se recusam a encará-la. O que testemunhamos actualmente, e que interpreto como uma autêntica guerra declarada contra o povo, é a manifestação concreta das práticas de um regime autocrático que visa silenciar qualquer forma de oposição.
A violência que presenciamos não é apenas um instrumento de opressão, mas também um reflexo inequívoco da falência moral da FRELIMO e da sua manifesta incapacidade de governar com base no consenso. É essencial que estejamos cientes de que tais regimes se perpetuam precisamente pela normalização da violência e do terror, elementos que são transformados em pilares de sustentação do seu domínio.
As acções flagrantes da FRELIMO transmitem uma mensagem inequívoca: a impunidade é absoluta, e não existem barreiras, sejam éticas ou legais, às suas acções. Este comportamento tem um duplo propósito: esmagar a resistência (quer em forma de manifestação, quer em forma de desobediência civil) e intimidar a sociedade, enquanto expõe, de forma clara, o insucesso de qualquer tentativa de dissidência organizada.
Numa outra perspectiva, podemos interpretar que regimes como o da FRELIMO utilizam deliberadamente as atrocidades como uma estratégia de controlo social. A violência, exibida de forma pública e ostensiva, é um aviso inequívoco à população sobre a sua impotência perante a autoridade instituída. Esta demonstração pública de força, no entanto, é também um sinal de desespero – uma tentativa desesperada de afirmar uma autoridade absoluta que se aproxima perigosamente de uma autêntica ditadura.
Creio, contudo, que esta estratégia está condenada ao fracasso. Ainda assim, para evitar que esta violência continue a ceifar mais vidas, cabe-nos, enquanto cidadãos, agir com determinação. Não basta limitarmo-nos às redes sociais, como o Facebook; precisamos de traduzir a nossa indignação em acção concreta, tal como têm feito os jovens intrépidos e heróicos que saem às ruas. Alternativamente, podemos adoptar a estratégia da "revolução com caneta e papel", como sabiamente sugeriu Azagaia – uma revolução que mobilize ideias e propostas de transformação social, mas que ultrapasse o mero "activismo" virtual.
O que pensa desta abordagem?
Abraço fraterno,
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Luís Sitoe respondeu
 
4 respostas
Há 4 horas
Madjissa Mundau Nhakhwemu Yinguani
Estou com medo do futuro
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Joaquim Antonio Manhiçe
Eu não tenho dúvidas que foram as mesmas pessoas que mataram o Dr Elvino Dias e o Paulo Guambi.
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Felix Vicente
E como sempre, vem os bombeiros da TVM nos brindarem com isto:
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, televisão, sala de redação e texto
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Felix Vicente respondeu
 
2 respostas
há ± uma hora
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Armandinho Alberto
Eles vêm para nos obrigar crer o que não vimos e virão nos fazer não crer o que vimos. É triste 😭
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Zinha Waka Santos
O desespero e a crueldade da frelimo no seu estado activo, escrevo com letras minúsculas a palavra frelimo porque já perderam valor perante aqueles que juraram lhes servir. Que reponham a verdade eleitoral, estamos cansados deste regime.
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Sérgio Lino - Pássaro
Grandes atrocidades.
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Armindo China Mathe
Doutor Damião sempre com sua visão,,, tens a minha vênia.
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Mauro Fondo
Vimos todos a olho nu sem precisarmos de microscópio 🔬 até às crianças deram se atenção de assistir, e elas perguntavam aquelas pessoas que estão aí são humanos feitos de um homem e uma mulher? Ou são feitas de ração como os 🥚 k todos os dias estão a serem produzidos sem ter havido o cruzamento da galinha 🐣 e galo? Triste num país onde se diz haver democracia....
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Valdes Tomas
Uma realidade autêntica.
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Wutau Massango
Damiao Cumbanee como se explica que o caso do jornalista em Cabo Delgado tenham terminado assim sem responsabilização do Estado! O que se espera que essas pessoas façam amanhã!
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Aneves da Paz
Faltam -me palavras para descrever a magnitude horripilante do acto practicado à luz do dia por este regime desprezível. Esta gente não mais tem legitimidade para nos dirigir.
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Samuel Simango
Uma abordagem bem sensata de alguém que vive no país real.

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