Procuradores de Nova Iorque rejeitam anular condenação de Trump, mas aceitam adiar
Gabinete do procurador distrital de Manhattan argumentou que a próxima Presidência de Trump não é motivo para abandonar um caso que já foi julgado.
Procuradores de Nova Iorque opuseram-se esta terça-feira a qualquer tentativa de anular a condenação do Presidente eleito, Donald Trump, num caso de suborno, mas expressaram abertura para adiar o caso até ao final do seu segundo mandato.
O gabinete do procurador distrital de Manhattan argumentou esta terça-feira que a próxima Presidência de Trump não é motivo para abandonar um caso que já foi julgado.
Contudo, "dada a necessidade de equilibrar interesses constitucionais concorrentes", assinalaram os procuradores, "deve-se considerar" potencialmente congelar o caso até que o magnata republicano deixe o cargo presidencial, ou seja, em 2029, mais de uma década após o início da investigação sobre pagamentos ilegais à actriz de filmes pornográficos Stormy Daniels.
Em Maio, um júri decidiu em Nova Iorque que Trump era culpado de 23 casos de falsificação de documentos, durante a campanha presidencial de 2016, para ocultar o pagamento de um suborno de 130 mil dólares (122 mil euros) a uma actriz de filmes pornográficos com quem tinha tido uma relação extraconjugal.
A sentença estava inicialmente marcada para Julho, mas o juiz Juan Merchan, do tribunal de Nova Iorque que julgou o caso, concordou em adiá-la até depois das eleições presidenciais de 5 de Novembro, das quais Trump saiu vencedor.
Juan Merchan deu aos procuradores até esta terça-feira para compartilharem as suas ideias sobre como prosseguir com o caso.
Os procuradores indicaram hoje ao juiz que "estão cientes das necessidades e obrigações da Presidência" e percebem que o regresso de Trump à Casa Branca "levantará questões legais sem precedentes".
“Também respeitamos profundamente o papel fundamental do júri no nosso sistema constitucional”, acrescentaram.
Agora, é esperado que os advogados do magnata republicano apresentem uma resposta e, posteriormente, o juiz decidirá que medidas tomar.
Trump deverá tomar posse em 20 de Janeiro.
Donald Trump é a primeira pessoa na história norte-americana a vencer a Presidência após ser condenado criminalmente, além de também ser o primeiro ex-presidente a enfrentar um julgamento criminal.
Apesar da condenação, Trump nega ter cometido qualquer crime e acusa os adversários democratas de conduzirem uma “caça às bruxas” contra ele. Procuradores de Nova Iorque rejeitam anular condenação de Trump, mas aceitam adiar
Gabinete do procurador distrital de Manhattan argumentou que a próxima Presidência de Trump não é motivo para abandonar um caso que já foi julgado.https://www.publico.pt/2024/11/19/mundo/noticia/procuradores-nova-iorque-rejeitam-anular-condenacao-trump-aceitam-adiar-2112550
Apoie o jornalismo do Público. Para ler o artigo completo, junte-se à nossa comunidade de leitores. Saiba mais aqui.
Se já é assinante do jornal PÚBLICO, saiba que tem direito a oferecer até 6 artigos exclusivos por mês a amigos ou familiares, usando a opção “Oferecer artigo” no topo da página. É tão simples e é outra forma de contribuir para a vida democrática do país.
Todos os conteúdos do PÚBLICO são protegidos por Direitos de Autor ao abrigo da legislação portuguesa, conforme os Termos e Condições.
No comments:
Post a Comment