terça-feira, 9 de julho de 2019

Gregório Leão, o ex-director do SISE, a secreta moçambicana, ainda é influente.


Justiça Nacional
4 h
A cartada de Gregório Leão!
Gregório Leão, o ex-director do SISE, a secreta moçambicana, ainda é influente. Foram as suas influências que jogaram Samo Gonçalves à reforma, depois de há duas semanas o então director nacional de Operações Penitenciárias, no Serviço Nacional das Prisões (SERNAP), ter mandado uma equipa à cadeia especial do Língamo para perturbar o sossego dos detidos das dívidas ocultas. Retiraram-lhes chaleiras eléctricas, televisores e reduziram a quantidade de comida que estes recebiam de casa. Tudo ordens de Samo Gonçalves.
Aliás, há um tempo que Samo Gonçalves já estava na mira de Gregório Leão. Foi ele quem deu ordens à directora da Cadeia Civil para que Ângela Leão, a esposa do ex-director do SISE, não fosse autorizada a sair para clínica para consultas rotineiras. Ângela Leão sofre de uma doença que precisa de um acompanhamento médico rotineiro. Antes da sua detenção, fazia as suas consultas numa clínica em Nelspruit. Em Moçambique só existe uma clínica especializada para tratar essa doença.
As consultas médicas de Ângela Leão só foram autorizadas depois de o seu advogado escrever para a juíza Evandra Uamusse e esta consultar à Procuradoria. E Samo Gonçalves comprou um desafecto.
A notícia da reforma "compulsiva" de Samo Gonçalves deu azo para uma pequena confraternização no SERNAP. Ele há muito que só coleccionava inimigos e era visto como um corrupto inveterado. Foi pela sua mão que a esposa chegou ao cargo de directora da cadeia feminina de Ndlavela e influenciou para que o seu próprio cunhado fosse nomeado director da cadeia de Boane.
Informações dúbias de Samo Gonçalves à Procuradoria levaram à detenção de Castigo Machaieie, ex-director da Cadeia Central da Machava. Acusava-o de ter facilitado a fuga de um recluso. Depois de meses a amargar na cadeia, a sua inocência foi provada e restituído à liberdade.
Foi o mesmo Samo Gonçalves quem esteve por trás das detenções de Ramos Zambuco, director da Cadeia Central da Machava, José Machado, ex-director da BO e mais três outros quadros. Acusava-os de homologarem o atestado de bom comportamento de certos reclusos. Quarenta dias depois, todos foram restituídos à liberdade.
Samo Gonçalves, num processo que já está no Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), é acusado de ter montado um esquema sofisticado de corrupção junto com o director financeiro do SERNAP. Efectivamente, adjudicaram directamente as obras da reabilitação de um pavilhão denominado especial, na BO. As obras começaram em 2012 e até aqui continuam, sendo que o dinheiro investido ultrapassa largamente o que inicialmente havia sido orçamentado. É a sua vaca leiteira!
O fiscalizador das obras é um duvidoso engenheiro de nome Luís que, em coordenação com um outro engenheiro, de nome Alex, cria malabarismos para defraudar o Estado, por via de inovações que se arrastam para além do tempo previsto para a duração das obras. São homens de Samo Gonçalves!
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