quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Verdades escondidas podem virar armas perigosas

Verdades escondidas podem virar armas perigosas

A paz também se pode conquistar com a força das armas, sim. A rendição da Alemanha Nazi, depois da queda de Berlim (08/05/1945), e a capitulação do Japão (15/08/1945), depois de deflagração das bombas atómicas em Hiroshima (06/08/1945) e Nagasaki (09/08/1945), são exemplos inesquecíveis ilustrando de forma inequívoca que a força é um recurso a considerar para a conquista da paz.
Não posso, pois, entender, como pode ser problema ou acto que compromete o diálogo pela paz efectiva em Moçambique, dizer—por ser verdade—que a disponibilidade do Afonso Dhlakama para conversar decorre fundamentalmente do sucesso das acções de perseguição empreendidas pelas forças de defesa e segurança (FDS) de Moçambique contra os homens armados da Renamo, que andavam a perpetrar ataques de guerrilha contra alvos civis e militares na região Centro do território da República de Moçambique.
Tenho comigo que o alcance da paz efectiva em Moçambique não depende de esconder verdades. Aliás, verdades escondidas podem virar armas perigosas! A Segunda Guerra Mundial terminou quando a Alemanha Nazi e o Japão foram forçados a capitular, pelas forças dos aliados. Igualmente, o conflito armado em Moçambique está a conhecer o seu fim (potencialmente) definitivo, porque o braço armado ilegal da Renamo foi forçado capitular pelas acções de perseguição que lhe eram movidas pelas FDS de Moçambique. Isto é uma verdade, e deve ser dita tal e qual, ainda que tal não agrade a certos círculos de opinião!
Em retrospectiva, tinha sido dito que não havia condições geopolíticas favoráveis para a Renamo voltar a considerar que poderia fazer valer a sua vontade política pela força das armas. Isso foi provado pelas FDS, na serra de Gorongosa. Dizer isto não é ser apologista da guerra, mas sim relatar correctamente os eventos da nossa história.
Enfim, estamos a edificar um Estado de Direito Democrático. Logo, é melhor fazermos TODOS política debaixo da lei, para que NUNCA mais seja derramado sangue de compatriotas por causa de futilidades políticas e megalomanias das lideranças.
Comentários
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe E se eu disser que a ida do PR a Goro foi por ter topado que o "desarmamento compulsivo" fracassou, estarei errado? Alias, o primeiro gesto desanuviador das tensões que o PR fez foi mesmo quando anunciou a paragem do referido processo de "desarmamento compulsivo" que, como disséramos, seria um fracasso e, de facto o foi. Os seus mentores ainda nao nos mostraram uma única espingarda como troféu. Penso que o PR receia um novo derramamento do sangue, uma nova paralisação do pais, precisamente no momento em que a economia mostra sinais de vitalidade. O PR compreendeu que os factos não se repetem. O que a história demonstra, é que quando continuam a actuar sobre um povo ou um grupo de indivíduos os mesmos elementos que o levaram á primeira revolta, a revolta se faz revolução. Isto é o que a história demonstra. Portanto, o Presidente Filipe Nyusi agiu bem ao contrariar os defensores da guerra para acabar com a guerra.
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Brazao Catopola
Brazao Catopola Acho que me leste o pensamento.
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Elson Cuna
Elson Cuna Comungo da mesma opinião
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane São opiniões, são pensamentos. Eu tenho outro pensamento, diferente do vosso. Qual é o problema, Brazao Catopola, Elson Cuna e outros?...
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Calton Cadeado
Calton Cadeado Eusébio! Eu só posso dizer-lhe que há muito detalhe estratégico que escapou e não se pode falar, aqui!
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Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Calton Cadeado, acho que vale a pena partilhar algum do "muito detalhe estratégico" de que fala.
Brazao Catopola
Brazao Catopola Parabéns Julião João Cumbane, fora os narcisistas é dos poucos que julga (ainda hoje) que o lançamento das bombas foi sucesso para paz. Nisso tudo só me questiono o segundo: se há mecanismos que podem forçar a paz definitiva porque não usa-los? Se calhar questionar também, porque negociar se há instrumentos que legitimam a não negociação? Deve haver quem gosta de situação de guerra e não não quer acabar. Deve haver uma razão muito forte para expoôr os soldados ao frio, para fazer gastos elevados com a estadia do exercito em prontidão combativa. Devemos procurar e encontrar quem não quer a paz e prefere negociar com Djakama ou melhor, quem quer manter esse clima reticente para os investidores, negócios, para a população. temos de o encontrar e castigar. AGORA: não diga que quem gosta de Guerra é só Djakama pois há quem pode acabar e não o faz
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane É teu pensamento, Eusébio A. P. Gwembe. Eu respeito-o. Respeita também o meu. É assim que debate de ideias DEVE começar: com respeito devido à opinião contrária. Não com insultos ou ridicularização de quem pensa diferente. Vamos discutir as nossas diferentes ideias. Dizer que a Renamo capitulou não é ser "defensor" da guerra. Afonso Marceta Dhlakama estava cercado ou não estava? Ficou sem a sua base logística ou não ficou? ... Respondes, Eusébio A. P. Gwembe. Tu, que és historiador, tens obrigação de contar bem a história deste conflito... Não me vem aqui com suposições sobre o pensamento do Presidente Filipe Nyusi, sem antes teres feito uma leitura do que se estava a passar em Gorongosa poucos meses antes das tréguas sucessivas anunciadas por Afonso Dhlakama...!
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Estás fora do eixo desta conversa, Brazao Catopola! Ataca o meu argumento, que é de que a Renamo capitulou tacitamente. Podemos não falar abertamente deste facto, porque queremos a paz o mais rapidamente possível, mas tal não muda os factos ocorridos. Ou muda?...
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Brazao Catopola
Brazao Catopola O Eusébio A. P. Gwembe disse algo interessante. Não vimos esses troféus que dizes existirem. Eu te pergunto: o teu texto diz que a RENAMO capitulou porque estava sem saída. Eu pergunto, porque negociar com quase morto se o quase morto me transtorna a vida?
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Calton Cadeado
Calton Cadeado Brazão Catapola! Mesmo nos casos histórico de guerras que terminaram com a derrota militar, sempre contemplaram uma componente negocial. Por isso, essas perguntas que colocas tem pouca ou quase nenhuma pertinência ou deixaram de ser big issue academicamente. Mas, em termos políticos, posso ajudá-lo a ver um pouco. Primeiro, a importância de negociar com um quase morto tem um valor político. Reduzir ou minimizar a humilhação do derrotado e retirar ou minimizar qualquer sentido de arrogância dos vitoriosos, apesar dessas coisas serem evidentes. Mas, a percepção conta. Em segundo lugar, negociar com um quase morto tem o valor político-jurídico. Isto significa que sem um elemento política-jurídico, nem o derrotado, nem o vitorioso podem reclamar direitos ou poder na ausência do acordo! Veja os exemplos recentes de Sri Lanka e de Angola. Veja o exemplo antigo da Primeira Guerra Mundial. Posso sugerir, igualmente, literatura que fala sobre reconciliação em contexto de derrota militar e reconciliação em contexto de ausência de vitória militar!
Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Essa vossa [Eusébio A. P. Gwembe e Brazao Catopola] de querer ver troféus de guerra num conflito é de baixo nível intelectual, na minha opinião. Há outras provas que podeis considerar para aferir que as FDS forçaram a capitulação tácita do braço armado da Renamo. Agora, o Presidente Filipe Nyusi, inteligentemente, não prefere usar o discurso de vitória militar, porque não era isso que interessava na acção das FDS. O que interessava era que a Renamo respeitasse a lei e não usasse o seu braço armado ilegal para fazer valer a sua vontade política anticonstitucional de governar as províncias onde obteve a maioria de votos nas eleições de 2014. Esse objectivo foi conseguido, e foi pela força das armas sim, ainda que não queiramos falar disso...!
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Tony Ferreira
Tony Ferreira Prof. Não vale a pena tentar convencer a quem já está formatado com uma ideia fixa..
A verdade é que os negociadores sumiram do nada, as províncias autónomas ainda estão em poder do vencedor de 2014, a Renamo está a se preparar politicamente para os próximos pleitos eleitorais. ..


Agora qual foi a mágica só os políticos e os não distraídos é que sabem.
Estevao Pangueia
Estevao Pangueia Nao podemos continuar amarrados aos ditames do passado num pais que pretende um futuro com outras mentalidades. 
Eu defendo a paz sem vencedores. Nao acredito que o conflito armado no pais conheca seu fim por causa da perseguicao das FDS ao braco arm
ado da renamo, o inverso tambem pode ser verdade!
Ficou claro que via armada seria dificil acabar com a guerra no pais.
Eu avanco como causas imediatas para o fim da instabilidade em Mocambique:
a) O futuro politico do presidente Nyusi;
b) A reconquista da estabilidade economica e confianca externa.
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane E por que a tua opinião tem que ser a única válida, ó Estevao Pangueia? Só porque a minha não te agrada?... Apresenta argumentos válidos, para podermos conversar! O que sustenta a tua tese? Eu já indiquei o que sustenta a minha: enquanto a base logística do braço armado da Renamo não foi tomada pelas FDS, Afonso Afonso Marceta Dhlakama recusou vários convites do Presidente Filipe Nyusi para conversar a dois. ...
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Brazao Catopola
Brazao Catopola Obaaa. Troféu de guerra meu camarada é a rendição, capitulação, derrota do adversário isso é um troféu. Agora a nossa questão é quem tem o trofeu é o vencedor e o vencedor dita as regras do jogo. Se dita as regras do jogo não se submete as questões que não lhe são agradáveis. Então porque negociar com o perdedor (quem não faz as regras)? porque continuar arrastar o país na incerteza se pode-se dar certeza de paz e os investidores, o povo avançar firme? a citação seguinte: " ...inteligentemente, não prefere usar o discurso de vitória militar, porque não era isso que interessava na acção das FDS". contraria qualquer proposito de acção militar contra inimigo. quem vai a guerra nao vai negociar, vai ganhar
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Teoria vazias, sem fundamento lógico razoável, essas tuas, Brazao Catopola. O Estado moçambicano não decretou guerra contra ninguém. Apenas usou legitimamente da força que detém para impor a ordem. É preciso negociar o desarmamento dos homens armados da Renamo (HAR), nos termos acordados em entendimentos anteriores e incorporando elementos novos, a serem recomendados pela comissão especializada que está a tratar do assunto. Também é preciso negociar a descentralização da administração pública, nos termos a serem recomendados por outra comissão especializada que está a tratar desta matéria. Agora, estas negociações DEVEM decorrer num clima sem violência armada. Foi simplesmente para isso que as FDS escalaram a serra de Gorongosa em perseguição dos HAR. Nesta operação, não havia obrigação de as FDS reportar, ao Brazao Catopola, ou ao Buene Boaventura Paulo, ou ao Eusébio A. P. Gwembe, quantas armas confiscaram. Pensar que assim tinha que ser para a vossa satisfação é simplesmente uma heresia.
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Brazao Catopola
Brazao Catopola Ok... essa confusão toda de mistura de assuntos complica-me. o estado não decretou guerra. Lembraste de ter falado em savimbinização? esse processo foi de guerra. Sabes qual é a diferença entre policia e exercito? se fosse assunto de ordem chamaria a policia era mais do que isso. usou-se o exercito. para descentralização precisa savimbinização? Teacher, esta a fugir do ponto que colocou como premissa para o debate. ahhh. Aqui o ponto é rendição/capitulação por falta de condições para prosseguir com as atrocidades devido as FDS
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Buene Boaventura Paulo
Buene Boaventura Paulo Um reparo só: As conversações estão a decorrer há bastante tempo e não são fruto de nenhuma capitulação. Se fores a verificar o momento em que elas iniciaram Dhlakama tinha a mesma postura de hoje - conversar com a Frelimo na montanha depois que se viu que cidade (Beira) havia muita contra - ordem ao Chefe de Estado.
Concluindo: o diálogo não é fruto de nenhuma capitulação e tão pouco a visita de Nyusi à toca do lobo
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Brazao Catopola, tu só vês a fuga dos outros, quando és tu que estás a fugir. Sendo eu físico, até te entendo: o movimento é relativo a um referencial... Ora, para o teu conhecimento, na perseguição dos HAR, quem estava a liderar as operações era a Polícia da República de Moçambique (PRM), e não as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Isto porque se tratava de repor a ordem interna, cuja responsabilidade de manutenção é da PRM. As unidades das FADM foram solicitadas para intervir onde a alteração da ordem tinha características de guerra de guerrilha. Ou seja, nas perseguições aos HAR foram mobilizadas unidades da PRM e das FADM, razão pela qual se fala FDS, que significa a combinação das duas forças, e até do SISE! A tese deste meu 'post' é a tomada da base logística dos HAR na serra de Gorongosa pelas FDS forçou a capitulação da Renamo e viabilizou o diálogo entre o Presidente Filipe Nyusi e Afonso Marceta Dhlakama. Contraria isto, validamente, se podes; o resto é cantiga!
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Tua opinião, Buene Boaventura Paulo. A minha é contrária à tua e a considero igualmente válida, até provado o contrário. Não tens obrigação de concordar comigo; eu também não tenho obrigação de concordar contigo. Agora, aportares aqui para me rotular só porque temos diferença de opinião, isso é heresia tua!
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Brazao Catopola
Brazao Catopola hhahahahahahahaaha, nada disso. Todo mundo que me conhece sabe que qundo debato um ponto enfrento-o sem complicar trago argumentos que podem ser refutados, mas nunca que desviem o debate
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane «Todo mundo que me conhece sabe...». Só presunção, Brazao Catopola! Isto mata debate; é falácia!
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Brazao Catopola
Brazao Catopola não vamos discutir portugues agora e desforcarmo-nos do tema. Tão simples como as pessoas com quem debato e nos debates tenho esse comportamento
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Edio Matola
Edio Matola Bedford não é militar?
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Buene Boaventura Paulo
Buene Boaventura Paulo Deixemos heresia à parte, com efeito há que construirmos as nossas posições com base em factos. Nada prova a sua posição de que a tal distribuição da base logística enfraqueceu a Renamo e seu lider ao ponto de este pedir encontro com Nyusi. As tréguas foram para facilitar o diálogo que já decorria em Maputo. Este é o roteiro que levou Nyusi à montanha e não as façanhas de Bedford, totalmente extemporâneas. Dhlakama reclamou a razão das ofensivas militares (vitórias e derrotas exporadicas em ambos lados) estando a decorrerem negociações e pediu a retirada de algumas posições, como fruto de tréguas; isto é o que foi acontecendo.
Havendo compreensão por parte de Comandante em chefe há, no entanto quem não está de acordo com esses ganhos e tenta passar a mensagem de VITÓRIA militar, que nunca houve de facto, senão pequenas conquistas e revés
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Brazao Catopola
Brazao Catopola é exactamente aqui que se situa o problema para alguns. há que construir essa imagem de vitória que em nada, nada mesmo abona o processo para paz.
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Buene Boaventura Paulo, não tenta me contaminar com as tuas crenças. Os "factos" a que te referes são as tuas crenças. O Bedford é militar e falou nessa qualidade. Não tinha que falar para agradar a ti ou quejando. Também é falácia dizer que fala de vitórias não abona o processo para a paz, qual Brazao Catopola tenta fazer crer.
Isaias Adelino Joao
Isaias Adelino Joao A tregua nao foi uma doacao que surgiu do nada. O doador fez um estudo de viabilidade e concluiu que sairia com ganhos enormes no lugar de perpetuar com orgulho no vazio. A quantidade e qualidade de bases e posicoes desmanteladas na serra da Gorongosa e o posterior anuncio de tregua unilateral, nos remete inequivocamente a uma situacao de capitulacao implicita da renamo. Ademais, as declaracoes expressas do coronel Windi Uane Bedford atraves do canal televisivo da TVM em que afirma por excelencia que foi na base de Nhamadjiua em que os HAR perderam a batalha, consubstanciam a posicao do professor. O desarmamento compulsivo dos HAR ee de menos em comparacao com o desmantelamento das bases estrategicas dos mesmos. Eu corroboro com Juliao.
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane É isso mesmo, Isaias Adelino Joao! E não vejo nenhum mal em analisarmos este assunto friamente, com fundamento nos factos ocorridos em Gorongosa. A História precisa disso, ó Eusébio A. P. Gwembe e Brazao Catopola. Temos que não dizer o que se sabe que aconteceu, porque se não "perturbamos" o diálogo pela paz? Come on, man! Vós sois académicos de que calibre, preferindo escamotear a verdade para "ficar de bem" com aqueles que recorrem ao uso da força para fazer valer as suas vontades?...
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Brazao Catopola
Brazao Catopola vamos concordar que a situação era essa. Vamos concordar que não houve propaganda militar (afinal ouvimos uma versão). a Pergunta é: afinal quem esta se sentindo bem em deixar o país em condições de não confiança interna e externa! Porque não forçar o DJK a assinar algo e tomar-se as armas!? isso é que não entendo
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Acho que só o Afonso Marceta Dhlakama e o Presidente Filipe Nyusi te podem responder, Brazao Catopola. Mas eu posso te recordar que, quando o Presidente Filipe Nyusi tomou posse, a sua primeira acção depois de anunciar a composição do Governo foi convidar o Afonso Marceta Dhlakama para um frente-à-frente. Sabes o que aconteceu? Afonso Dhlakama fez-se tarde ao local do encontro! Depois disso, ouvimos o próprio Dhlakama a ameaçar literalmente o Presidente da República. Depois ouvimos deputados pela bancada palamentar da Renamo a chamar "periquitos" às FDS. Depois ouvimos o Afonso Dhlakama a perguntar «quem pensa que pode bater estes (meus) rangers?». Ora, os "periquitos" fizeram os "rangers" galgar desesperadamente a serra de Gorongosapara as grutas de Gorongosa, onde não tem acesso à água potável nem comida decente. Esta é a realidade, Brazao Catopola e Buene Boaventura Paulo, o resto é cantiga!
Carlos Chivambo
Carlos Chivambo Afinal as coisas estavam assim! Há então eu acho que o Presidente FJN não tomou a melhor decisão , devia deixar as FDS colocar esse bandido de DHKM onde colocaram Khadafi ou Savimbi ( calarmos o gajo de vez), não podemos confiar nesse Matchanga . é perdiz esse gajo, um dia pode vir voltar ao mato e voltar a matar nossos irmãos. depois ficava a tratar de Paz com seus comparsas não muito perdizes.
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Elson Cuna
Elson Cuna Com esse seu descurso, ponho-me a pensar " Não imagino se este homem um dia tivesse sido tropa, se fosse comandante"!
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane És adivinho, Elson Cuna? Eu detesto pessoas excessivamente presunçosas e demonstrando muita falta de tino sem se aperceberem. Tu [Elson Cuna] e o Buene Boaventura Paulo, entre outros, sois intelectualmente preguiçosos, com muito amor ao óbvio. Não tenho NADA contra isso, porque não é da minha conta. Agora, começo a ter problemas convosco quando aportam aqui para me ensinar pensar ao vosso gosto. Ide pentear macacos!
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Elson Cuna
Elson Cuna Desculpa se o ofendí Profe, mas questionava ao Carlos Chivambo
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Se ofendo dando importância ao que não importa. Fica descansado, Elson Cuna!
Buene Boaventura Paulo
Buene Boaventura Paulo Pondo alguns pontos nos iis. Primeiro dizer que a tua grande virtude, professor é ser Duro e Persistente, mesmo no erro - são poucos como tu (desculpe - me o tratamento na segunda pessoa).

Segundo, não é de todo relevante a eliminação física dos guard
as de Renamo e seu principal protegido Afonso Dhlakama, pois por esse ângulo Moçambique entra no espiral de guerra, com consequências imprevisíveis. Alguém já sonhou com essa solução e o tempo tratou de lhe rediculariza-lo. Hoje está mais cabisbaixo do quem nunca e pior deixa uma herança de incongruências, pois não havia razão de comprar muito armamento, por causa de algumas dúzias de guardas armados; hoje quase todos sabem que tal era para justificar comissões e não propriamente combater, até essa altura menos de 1 milhar de homens quase desarmados.

É prudente da tua parte formular soluções políticas para assuntos políticos; ninguém capitulou aqui. As FDS não devem ser usadas para sucesso político e económico de uma pessoa ou pequeno grupo de malcriados; digo te que terá sido por aí que, tomando consciência, abstiveram - se de eliminar fisicamente Dhlakama.

Deixe o Nyusi procurar soluções políticas para a política, mas para mim deve punir os malcriados que burlaram o País, sob pena de virar conivente da nossa desgraça.
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Brazao Catopola
Brazao Catopola
Traduzido do Inglês
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane "Good" que NADA, Brazao Catopola! Não vejo razoabilidade nenhuma nessa estória de Buene Boaventura Paulo. Que ponto em que este pensa que colocou em quais "ii"
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Buene Boaventura Paulo
Buene Boaventura Paulo Os pontos nos iis são: (1) Que és irredutível; (2) As FDS nunca estiveram interessadas em cumprir uma missão sem sentido; (3) Para política apenas soluções políticas; (4) O actual conflito tem sua origem na mão criminosa de alguns, movidos pelas comissões na aquisição de bens do estado.

Os outros já demonstraram por a e b que não houve capitulação nenhuma, pois a ser isso Dhlakama teria saído de Gorongosa para o local escolhido pela Comissão Política da Frelimo, mas antes a opção seria elimina-lo, uma vez enfraquecido, mas não há evidências deste último cenário, senão a propaganda de tal Bedford
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Julião João Cumbane
Julião João Cumbane Heresia MORALISTA só, Buene Boaventura Paulo!
Elson Cuna
Elson Cuna Carlos Chivambo, Quem o garante que quem matava civís nas nossas estradas eram só guerrilheiros da Renamo? Porquê antes não espreitar o caso em todos os ângulos? Porquê esse todo ódio? Porquê não analisar-se e comentar sem animosidade!? Acredito que se fosse um Comandante em chefe/ ministro de defesa, seria como alguns que quando movidos por ódio e emoção, levam e obrigam muidos sem eficaz preparação militar à aventuras militares sem precedente. Viva a paz, viva Felipe Jacinto Nyusi, viva Afonso Marceta Macacho Dlhakama.
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Raúl Salomão Jamisse
Raúl Salomão Jamisse O Carlos Chivambo ironizou a ideia meu irmão, relaxe.
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Carlos Chivambo
Carlos Chivambo Sr Elson Cuna, eu apenas coloquei a minha posição em relação ao post do prof, agora não sei quem te disse que se eu fosse comandante ou ministro faria isso, volta a reler e analisar o meu comentário, começo por afinal.
Mouzinho Zacarias
Mouzinho Zacarias Com a tomada da casa banana no passado o governo na altura não cantava a vitória sobre bandidos armados? ?
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Calton Cadeado
Calton Cadeado Mouzinho Zacarias! Atenção aos contextos, atenção aos contextos, caro amigo. Quando foi tomada a casa banana, em 1985, a Renamo contava com uma fonte de logística de guerra muito forte que vinha da máquina de guerra do Apartheid. Sugiro que veja o livro do Stephan Emerson (2013). The Battle for Mozambique... Hoje? Onde é que está a fonte forte de logística de guerra da Renamo? Hoje? Como é que se caracteriza o discurso político de Dhlakama sobre a guerra? Hoje? Como é que se caracteriza o discurso da Renamo sobre a guerra. Hoje? Qual é o posicionamento dos ex-guerrilheiros da Renamo? Preste atenção as diferenças entre esses actors e/ou níveis de análise. Hoje? Como é que está a geopolítica da SADC?
Calton Cadeado
Calton Cadeado Grande verdade! Quem conhece a realidade no terreno tem dados concretos do que o Julião Cumbana chama de capitulação. Quem conhece as teorias de guerra, quem conhece os exemplos de negociação em guerra, sabe que dificilmente um grupo "rebelde" vai a "correr" a mesa de negociações quando sabe que tem vantagem estratégica e tactics no campo de batalha. Esta atitude da Renamo diz muita coisa, sobretudo neste ano politicamente sensível para a FRELIMO e para o PR. Quem conhece teorias de negociação, consegue ver que todo o protagonismo que o PR confere a Dhlakama nos anúncios das tréguas (que na verdade são declarações unilaterais de cessar-fogo) estamos numa clara negociação em desequilíbrio de poder. Nessas situações, existe uma tendência de empowerment of powerless para evitar humilhação. Por último, quem faz comparative analysis constata que não se negoceia...!
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Calton Cadeado
Calton Cadeado O grande problema da nossa sociedade, quando o assunto é guerra e paz é colocarmos o moralismo no lugar do científico. O grande problema da nossa sociedade, agora, é que porque queremos a paz à todo o custo e com urgência (o que é legítimo) marginalizamos e demonizamos quem diz as coisas com a devida frontalidade, fora de euforias e fora de simples moralismos. Queremos paz, todos queremos paz, mas não devemos basear as nossas leituras dos factos somente no moralismo, sobretudo quando existem pessoas que estudam paz, guerra, negociação, todos dias e tem dados empíricos... Eu, pessoalmente, estou há um tempo com um texto que se assemelha ao pensamento deste post do Julião Cumbana, mas porque sou conotado como instigador de guerra, agora só assisto o moralismo e a euforia dominante. Parabéns JJC por não ser apenas moralista, neste post.
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Simbe Alberto
Simbe Alberto Quem pede paz deve enfrentar a guerra.

1 comentário:

Anónimo disse...

SENHOR CUMBANE, OS NEGOCIADORES FORAM SXPULSOS DE MOÇAMBIQUE PORQUE PERDERAM A GUERRA?
OS NEGOCIADORES TENTARAM IR A GORONGOSA PARA PRESSUADIR A RENAMO PARA PARAR A GERRA, RECORDA-SE?
A RENAMO FOI CONVIDADA PELA COMUNIDADE INTRENACIONAL A ABANDONAR A GUERRA PARA ELES TOMAREM A DIANTEIRA, COMO ESTÃO A FAZER.
O (PR) FOI A GORONGOSA DEPOIS DE RECEBER A CARTA DOS DOADORES AO ORSSAMENTO DO ESTADO, QUE ESIGE A BOA GOVERNAÇÃO E A TRNSPARENCIA COMO CONDIÇÃO PARA VOLTAREM A APOIR A ECONOMIA DE MOÇAMBIQUE.
SENHOR CUMBANE A GUERILHA DE MOÇAMBIQUE SOBREVIVEU 16 ANOS .
SENHOR CUMBANE, NESTE MOMENTO, EXISTEM BASES DA RENAMO EM QUASE TODAS AS PREOVINCIAS, NÃO É SÓ EM GORONGOSA.
SENHOR CUMBANE ONDE PÕE OE ESQUADRÕES DE MORTE, QUE É CRIME CONTRA A HUMANIDADE?
SENHOR CUMBANE, ONDE POE OE 500 MIL DOLARES QUE O SENHOR GOVERNADOR DE MANICA ESTÁ A SER COBRADO PARA DEVOLVER POR NÃO TER CONCEGUIDO CUMPRIR A MISSÃO DE MATAR UM CIDADÃO,(MISSÃO ATRIBUIDA PELA FRELIMO)?
O QUE É IMPORTANTE NÃO É A DERROTA OU NÃO DERROTA DA RENAMO, O IMPORTANTE É A CRIAÇÃO DA DEMOCRACIA VERDADEIRA DE MOÇAMBIQUE.
NO PRIMEIRO CONGRESSO DA FRELIMO EM 1964 FOI DECIDIDO QUE A FRELIMO DEVIA DEIXAR DE EXISTIR LOGO DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA PARA DAR LUGAR A FORMAÇÃO DE PARTIDOS PARA CONCORREREM NAS ELEIÇÕES GERAIS.MUITOS DIRIGENTES DA FRELIMO FORAM MORTOS PARA ISTO NÃO TOMAR LUGAR.
AGORA SENHOR CUMBANE RESPONDA, A RENAMO É INIMIGO DOS MOÇAMBICANOS?
ENTÃO DURANTE OS 16 ANOS DE GUERRA QUEM ERA OS INIMIGOS DA FRELIMO? AQUELAS ARMAS PESADAS ESTAVAM A MATAR A QUEM?
SE O SENHOR ME PERGUNTAR SE A RENAMO TAMBÉM NÃO MATOU DURANTE A GUERRA?
A MINHA RESPOSTA É: QUE TEM A FACA E O QUEJO É QUEM DIVIDE O PÃO.
A RENAMO EXIGE A AUTONOMIA DAS PROVINCIAS E A AUTARQUIZAÇÃO DE TODOS OS DISTRITOS. SENHOR CUMBANE PORQUE ACHA QUE ISTO É CRIME, COMO A FRELIMO PENSA A PONTO DE MOVER GUERA ATÉ PAGAR 500 ILM DOLAR PARA MATAR O PROMOTOR DA IDEIA?
A AFRICA DO SUL TEM 250 DISTRITOS E TODOS SÃO AUTARQUIAS, ISTO NÃO É BOM, SENOR CUMBANE?SÓ É BOM QUANDO VOCEIS COMEM SOZINHOS?