O retorno ao trabalho de estágio pré-profissional nas unidades sanitárias a nível de Nampula está condicionado à assinatura dos contractos individuais entre os médicos estagiários do sexto ano do curso de medicina na faculdade de ciências de saúde da Universidade Lúrio e a direcção provincial de saúde.
A celebração de contractos é fundamental para que o grupo de 27 médicos estagiários da Universidade Lúrio possa beneficiar dos subsídios que, segundo a lei, representa 80 por cento do salário básico que é pago no país aos médicos em exercício.
Os médicos estagiários reconhecem as dificuldades orçamentais que o país em geral e a província em particular enfrenta, neste momento, mas consideram que o contracto é importante por constituir a base para exigirem os seus direitos ao Estado quando as carências financeiras estiverem ultrapassadas.
“Estamos disponíveis para fazer parte dos esforços do governo relativamente à prestação de cuidados de saúde à população em qualquer unidade sanitária deste país, mas as nossas exigências não devem ser entendidas como uma chantagem”, disse um dos componentes do grupo de 27 finalistas da Universidade Lúrio em Nampula, que pediu para não ser identificado.
Sublinharam que acreditam no governador de Nampula, Victor Borges, que, alegadamente, está empenhado na procura de uma solução para as suas exigências legais. A promessa nesse sentido foi feita semana passada quando o grupo foi recebido pelo governante,em audiência no seu gabinete de trabalho, para perceber o fulcro das exigências.
Entretanto, a Universidade Lúrio distribuiu um comunicado de imprensa, dando conta que recebeu em 19 de Julho passado uma carta dos estudantes em que comunicavam a paralisação das actividades do estágio devido à não assinatura dos contratos.
O mesmo documento refere, ainda, que a Unilúrio respondeu à aludida carta, frisando sobretudo, por um lado, que ela própria havia encetado contactos com a Direcção Provincial de Saúde, entidade responsável pela assinatura dos contratos exigidos e, por outro, alertando que o estágio fazia parte da actividade curricular e, por conseguinte, era imprescindível a respectiva frequência dos estudantes.
“É importante esclarecer que nestes encontros e, inclusive, na resposta enviada ao grupo de estudantes nunca houve por parte da direcção da Faculdade, para além do esclarecimento da necessidade de se garantir o cumprimento integral do plano curricular, que obriga a presença de estudantes no campo do estágio, qualquer tentativa de ameaça, como foi propalado por alguns meios de comunicação social”, frisa-se no comunicado.Wf
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