Nyusi
não quebrou protocolo algum. Terá ele ido a Gorongosa sozinho, sem
segurança? Não houve antes contactos com a Renamo para preparar esse
encontro? Ainda que não tenha sido comunicado previamente ao público,
não quero crer que ele tenha acordado um dia e decidido ir a Gorongosa e
prontos.
Portanto, aquele acto foi oficial, logo não houve quebra de protocolo algum. Ademais, Nyusi não está a fazer mais do que o seu dever e portanto, nada de endeusamentos. Bolas baixíssimas!
Lembrando que o senhor Nyusi era ministro da defesa quando DHL foi ao mato e ficou encurralado. Quando o chefe do governo ao qual ele integrava e que lhe abriu as portas para ser presidente hoje, decidiu mandar passear DHL ele estava lá e não fez nada para dar um outro rumo aos acontecimentos. Portanto, está a fazer o que deve fazer: limpar a sujeira que fizeram e DHL, como parte do problema não faz nada mais nada menos que colaborar para retirarem-nos de uma chatice que eles próprios criaram.
Agora, tanto Nyusi, quanto DHL devem vir, explicar-nos, nós moçambicanos na qualidade de accionistas deste Estado e vítimas desse problema, o que andaram a concordar. Isso não é um favor que nos farão, mas um dever informar-nos.
Portanto, aquele acto foi oficial, logo não houve quebra de protocolo algum. Ademais, Nyusi não está a fazer mais do que o seu dever e portanto, nada de endeusamentos. Bolas baixíssimas!
Lembrando que o senhor Nyusi era ministro da defesa quando DHL foi ao mato e ficou encurralado. Quando o chefe do governo ao qual ele integrava e que lhe abriu as portas para ser presidente hoje, decidiu mandar passear DHL ele estava lá e não fez nada para dar um outro rumo aos acontecimentos. Portanto, está a fazer o que deve fazer: limpar a sujeira que fizeram e DHL, como parte do problema não faz nada mais nada menos que colaborar para retirarem-nos de uma chatice que eles próprios criaram.
Agora, tanto Nyusi, quanto DHL devem vir, explicar-nos, nós moçambicanos na qualidade de accionistas deste Estado e vítimas desse problema, o que andaram a concordar. Isso não é um favor que nos farão, mas um dever informar-nos.
59 comentários
Comentários
Spirou Maltese Tem
uma facção com ares criminosos neste país que não vê com bons olhos a
delicada situação desses dois homens : eles têm milhões de pessoas nas
costas. Bando de loucos
Gerir
Binesio De Fernandes Estou pouco me lixando com essas visitas, quero ver pessoas que individarao o país na cadeia.
Essa oposição que temos é qual mesmo?
GerirEssa oposição que temos é qual mesmo?
Binesio De Fernandes E ja estamos a ficar distraído todos. ..
Gerir
Raul Almeida Parabéns
Fátima pela forma correcta e histórica sobre este assunto que é de
todos os moçambicanos. É importante que os antigos comentadores na
televisão pública tirem umas férias para refrescarem as suas posições. O
PR não fez mais do que seu dever nada há a agradecer.
Gerir
Escreve uma resposta...
Elson Guila Lembrando
que, se não fosse por causa das emboscadas e aquele cerco na Beira, o
DHL já teria mantido um encontro com Nyusi antes mesmo do fim de ano de
2015. Eles quiseram que voltasse às matas, portando que vão lhe buscar.
Esse encontro é uma prova de que a confiança está voltando e isso é bom
para os moçambicanos.
Gerir
Fatima Mimbire E é sinal de que se quisessem antes, poderiam ter se reunido. Na tem razão... confiança leva tempo para ser construída.
Gerir
Elson Guila Aquela facção beligerante da Frelimo não deixavam o PR trabalhar. Pelo contrário, faziam-no de marionete.
Gerir
Joaquim Pita É
simples, com desestabilização, não seria possível pensar em estado
económico do país...a eles isso sempre foi primordial...penso eu que o
homem da oposição tem bons conselheiros...não interessava voltar ao mato
enquanto o comboio pode voltar aos carris sem derrame de sangue. .
Gerir
Elson Guila Acho
que perderam forças. Deixar nunca. Talvez afastaram-se para ver o que
acontece. É como um Pai que ensina o seu filho a andar de bicicleta.
Menos dia ou mais dia terá que o largar pedalar sozinho. Na estória do
filme GAMER, posso comparar com o que
acontece com o autor Gerard Butler (Kable). Em uma tecnologia futura,
inicialmente a sua mente é controlada pelo Logan Lerman (Simon
Silverton) num jogo mortal que, depois decide liverta-lo. Essas alas
dentro da Frelimo podem ter provocado um ambiente que garantiu a sua
libertação. Guebuza não iria para as matas.
Gerir
Escreve uma resposta...
Fatima Mimbire Spirou Maltese
e o que não veem é que nós não pedi o para ser compatriotas deles. Que
não pedimos para nos colocarem na situação que nos colocaram. Logo...
não nos fizeram nenhum favor e nem são heróis nenhuns.
Gerir
Cadu Moreira Concordo
plenamente consigo doctora Mimbire, neste processo, ainda que
reconheçamos o simbolismo da ida do PR Nyusi à gorongosa, nada de
estarmos aqui a ENDEUSAR o presidente da República, até porque esta foi
uma das suas promessas(fazer de tudo para devolver a paz aos
Moçambicanos) durante a sua tomada de posse como PR.
Gerir
Lazaro Filimone Pene Tanto
tempo para cumprir a promessa mais importante dos moçambicanos? Eu não
acredito em nada aqui e agora. O tema agora? DÍVIDAS ESCONDIDAS. Nada de
voltinhas e boltinhas...
Gerir
Escreve uma resposta...
Vasco Acha Acho que o assunto em Gorongosa era *Censo2017
Gerir
Escreve uma resposta...
Naine Mondlane Lembrando que o senhor Nyusi era ministro da
defesa quando DHL foi ao mato e ficou
encurralafo. Quando o chefe do governo ao
qual ele integrava e que lhe abriu as portas
para ser presidente hoje, decidiu mandar
passear DHL ele estava lá. E não fez nada para
dar um outro rumo aos acontecimentos.
Portanto, está a fazer o que deve fazer: limpar
a sujeira que fizeram e DHL, como parte do
problema não faz nada mais nada menos que
colaborar para retirarem-nos de uma chatice
que eles próprios criaram.
Agora, tanto Nyusi, quanto DHL devem vir,
como accionistas deste Estado e vítimas desse
problema, explicar-nos o que andaram a
concordar. Isso não é um favor que nos farão,
mas um dever informar-nos.
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Gerirdefesa quando DHL foi ao mato e ficou
encurralafo. Quando o chefe do governo ao
qual ele integrava e que lhe abriu as portas
para ser presidente hoje, decidiu mandar
passear DHL ele estava lá. E não fez nada para
dar um outro rumo aos acontecimentos.
Portanto, está a fazer o que deve fazer: limpar
a sujeira que fizeram e DHL, como parte do
problema não faz nada mais nada menos que
colaborar para retirarem-nos de uma chatice
que eles próprios criaram.
Agora, tanto Nyusi, quanto DHL devem vir,
como accionistas deste Estado e vítimas desse
problema, explicar-nos o que andaram a
concordar. Isso não é um favor que nos farão,
mas um dever informar-nos.
👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Orlando Makhaza Força aí, Fatima Mimbire pela sua sabia intelectualidade,no seu ponto de vista.
Gerir
Kuyengany Produções
Gerir
Traduzido do Inglês
Vai irmã mimbire vai! Diz-lhes a verdade.Ver Original
Spirou Maltese Mesmo
que digam que foi quebrado o tal protocolo como dizemos : CHEFE É
CHEFE...e ademais o patrão povo aprovou o gesto.... Esses nacionalistas
que mudem de pais.
Gerir
Spirou Maltese Proponho
que troquem com o DHL: se acham que a soberania de Gorongosa com a
renamo lá, podem mudar pra lá e deixar o homem ir a cidade. TSc
Gerir
Ariel Sonto Mas quando falam de quebra de protocolo, estão a dizer o quê na verdade? tsc
Gerir
Escreve uma resposta...
Fatima Mimbire Sim
e está la um senhor de camisa azul a falar umas coisas mais profundas
que esse debatezinho que fazemos de ir a gorongosa e acabou. A questão
de fundo é: depois de tudo isso viveremos de facto em paz? E o que é
viver em paz? A paz não foi só ameaçada
com as armas que fizeram cruzar balas entre a frelimo/governo e a
renamo, mas com tudo o que nos atormenta, Tudo que nos roubaram como
povo.
Que depois de calarem as armas, nos devolvam tudo o que nos roubaram como povo: a esperança, as oportunidades, o livre pensar, a imaginação e criatividade, e por aí.
GerirQue depois de calarem as armas, nos devolvam tudo o que nos roubaram como povo: a esperança, as oportunidades, o livre pensar, a imaginação e criatividade, e por aí.
Proprio Indomavell Aurélio Miguel Eu
estou ciente das dificuldades que atravessamos e espero mudança nisso e
que sejam responsabilizados os autores da dívida pública que o publico
ou povo não teve benefícios com a mesma e hoje leva vida negra ao pagar
essas dívidas ocultas. Boa noite
Gerir
Fatima Mimbire Temos
é de ter as antenas ligas e lembrar que queremos soluções para todos os
problemas. Temos de mudar s paradigma s pensamento. Passemos a pensar
como as mulheres, meu povo: antenas bem ligadas em todos assuntos e ao
mesmo tempo. Estou a dizer!
Gerir
Proprio Indomavell Aurélio Miguel Assino por baixo estou ligado e tenho dito desta vez meu voto irá mesmo contar pra mudança
Gerir
Proprio Indomavell Aurélio Miguel Cansei dessa gente camuflada
Gerir
Nelson Badaga Hehehehehe gostaria imenso de saber como é que as mulheres pensam
Gerir
Orlando Makhaza Pergunta a dna, a mim também surpreendeu
Gerir
Escreve uma resposta...
Alfredo Luís Cumbana A
verdadeira missão de encontro deve ser analisada nos estatutos de
ganhos políticos do Presidente e seu Partido diante do Partido RENAMO, o
renomado atentado em suas construções políticas. Eu como parte do povo,
quero saber dos tratados de Gorongosa. A
saída do líder da Renamo para as matas de Gorongosa deveu se a um facto
que penetrou o saber do actual Presidente da Republica, em contra
partida, desde as pastas que liderava anteriormente. Um convite a todos
que reflectem pela atenção politica, devem ser cautelosos em verificar
as partes da vontade do Presidente da Republica em se deslocar para as
matas de Gorongosa para realizar um encontro com o líder. Acusando
liberalmente, a FRELIMO está de volta, mas devo revogar este pensamento,
que o voltar da FRELIMO deve ser entendido dentro da sua História. A
FRELIMO mutilou e despejou, e quase a estratégia continua ser a mesma.
Continua se ver na FRELIMO uma ideologia candente a contradição, que
actuam de massacrar os outros partidos em seus elementos.
Gerir
Dércio Tsandzana Em
meio a tudo isto há aqueles analistas habituais (e alguns
newcomers/recém-chegados) que de forma insistente tentam vangloriar a
figura do Chefe de Estado como o único arquitecto da Paz por causa deste
encontro. São os mesmos cidadãos que ontem diziam que as conversações da paz só podiam decorrer na "capital política" do país, Maputo.
Recorde-se Fátima, a Procuradora-Geral da República chegou a defender em plena Assembleia da República que a Renamo devia ser ilegalizada. Houve ainda quem defendesse uma eliminação política de Dhlakama e outros que diziam que não se devia negociar duas vezes com o mesmo bandido.
Admitamos, há comentários dispensáveis que só atrapalham o ambiente animador de Paz que se está a tentar criar no país. A ida do Presidente da República a Gorongosa foi uma acção que encontrou muitos de surpresa, uma demonstração de que é preciso criar distância desses que se colocam sempre na frente para comentar/defender as acções do chefe, mesmo sem serem solicitados.
Ontem tivemos um grupo que defendia tudo e mais alguma coisa, mas hoje mudou da cor da pele de forma instantânea como um autêntico camaleão. É preciso dizer, de uma vez por todas, que esses "pseudo-ANAlistas" estão a mais no processo da paz, só atrapalham.
Porém, de fotos e apertos de mãos os moçambicanos não têm memória curta e já viram esse tipo de "flashs", aguardemos pelos resultados concretos e palpáveis. Aliás, o Presidente da República não está a fazer nada a mais do que prometera no dia 15 de Janeiro de 2015.
GerirRecorde-se Fátima, a Procuradora-Geral da República chegou a defender em plena Assembleia da República que a Renamo devia ser ilegalizada. Houve ainda quem defendesse uma eliminação política de Dhlakama e outros que diziam que não se devia negociar duas vezes com o mesmo bandido.
Admitamos, há comentários dispensáveis que só atrapalham o ambiente animador de Paz que se está a tentar criar no país. A ida do Presidente da República a Gorongosa foi uma acção que encontrou muitos de surpresa, uma demonstração de que é preciso criar distância desses que se colocam sempre na frente para comentar/defender as acções do chefe, mesmo sem serem solicitados.
Ontem tivemos um grupo que defendia tudo e mais alguma coisa, mas hoje mudou da cor da pele de forma instantânea como um autêntico camaleão. É preciso dizer, de uma vez por todas, que esses "pseudo-ANAlistas" estão a mais no processo da paz, só atrapalham.
Porém, de fotos e apertos de mãos os moçambicanos não têm memória curta e já viram esse tipo de "flashs", aguardemos pelos resultados concretos e palpáveis. Aliás, o Presidente da República não está a fazer nada a mais do que prometera no dia 15 de Janeiro de 2015.
Luis Beula Concordo MinBire-Endeusar Uma Ova d Facto Ele deve Limpar as TranFuLhises q Ele Cometeu qndo Estava na DeFesa
Gerir
Abinelto Bié Heheheheh
Fátima Mimbirre sempre feliz nas suas colocações. Concordo consigo - de
facto, Nyusi não faz mais do que o seu dever enquanto chefe de
Estado... E foi ele, enquanto ministro da defesa que, através das suas
forças, afugentou Dhlakama da sua base e provou este alarido todo.
Gerir
Helder Mario Prof
J.J.C ja foi respondido pelo post ao afrimar no linha /aberta de stv q o
PR n quebrou o protocolo mais sim quebrou a maneira de comunicar com o
Lider da oposicao.
Homer Wolf, no seu post ja previa este tipo de analistas levianas
GerirHomer Wolf, no seu post ja previa este tipo de analistas levianas
Homer Wolf Eu
não sei se com a expressão "quebrar o protocolo", o Salomão quis
"exacta e literalmente" referir-se à... "quebra de protocolo", no
sentido "protocolar", de facto...😃
Acho que ele falou em "quebrar protocolo" no sentido corrente, de quebrar as regras (habituais), como por exemplo, aceitar ir à Gorongosa...
GerirAcho que ele falou em "quebrar protocolo" no sentido corrente, de quebrar as regras (habituais), como por exemplo, aceitar ir à Gorongosa...
De Oliveira Homer Wolf...também tive a mesma percepção...
Gerir
Spirou Maltese Mas a questão é : foi bom ou não essa quebra?
Gerir
Homer Wolf Se os resultados esperados foram alcançados, é óbvio que sim... Eficiencia, eficácia e efectividade
Gerir
Spirou Maltese Ehehh
de facto em casa alheia só a convite podes lá ir... essa tendência de
colocar o PR como o único e principal protagonista é que é errada.
Gerir
Escreve uma resposta...
Antonio Acacio É
bom para a Nação, e principalmente pára retomar robustez desta
economia, ver se mudamos o rumo da Pobreza que alguém disse estar nas
nossas cabeças, não gosto de política mas me sinto envolvido e
mergulhado numa situação calamitosa social e economicamente, sabias
palavras Fatima
Gerir
Fatima Mimbire Irmã Gabriela Das Neves Santos,
vai lá ler bem o post para não seres justamente o que escreveste e eu
acrescentaria mais: criticam sem ler. Note que ler não é só juntar
palavra é compreender o que as palavras juntas dizem.
E o que é criticar? Que do são um livro novo ou um filme, uma música ou peça teatral há crítica. Ser Isso De criticar um diabinho?
GerirE o que é criticar? Que do são um livro novo ou um filme, uma música ou peça teatral há crítica. Ser Isso De criticar um diabinho?
Lúcio Langaa Leitura e interpretação do texto mana Fatima Mimbire, coisa da escola primária
Gerir
Escreve uma resposta...
Orlando Makhaza Acho
legítimo, o sr de camisa azul lançar todas culpas ao deputado da
assembleia da república, porque isso podia muito bem ser evitado. Fatima Mimbire
Gerir
Nito Ivo Francamente. Vivemos de novelas mesmo. O PR é a pessoa mais bem guardada e segura do país.
Nenhum chefe de segurança ou dos Serviços de Informação aconselharia o PR a deslocar-se a uma zona de guerra, a um local onde o exército não conseguiu penetrar, onde ainda é palco de uma guerra de guerrilha, sem leis e que pode haver artefatos que possam explodir a qualquer momento.
Nalguns países há leis que impedem aos seus presidentes de fazer o que nosso fez. Achar que isso não é quebrar protocolo é no mínimo novelistico.
Vamos apoiar este processo porque quem ganha é o país e não Nyusi. Vamos parar com esses nhenhenhes de confusão.
GerirNenhum chefe de segurança ou dos Serviços de Informação aconselharia o PR a deslocar-se a uma zona de guerra, a um local onde o exército não conseguiu penetrar, onde ainda é palco de uma guerra de guerrilha, sem leis e que pode haver artefatos que possam explodir a qualquer momento.
Nalguns países há leis que impedem aos seus presidentes de fazer o que nosso fez. Achar que isso não é quebrar protocolo é no mínimo novelistico.
Vamos apoiar este processo porque quem ganha é o país e não Nyusi. Vamos parar com esses nhenhenhes de confusão.
Escreve uma resposta...
Constantino Panguene Excelente explanação Fatima Mimbire é imperioso que o chefe de estado e o DHL nos de um argumento plausível sobre o seu encontro.subscrevo...
Gerir
Valquiria Mangule In fully agreement with you.
Sim, deve-se reconhecer o "bom passo" dado por ambos lados, mas sem endeusamentos nenhuns.
É obrigação de qualquer pessoa arcar com as consequências de seus actos, portanto, estes Srs não devem fugir à regra.
Para aqueles que defendem a exaltação da ida do PR às matas, afinal o quê deveria então o PR fazer para mostrar alguma reacção positiva quanto à questao da paz?
Então, este passo é o cumprimento de uma de tantas obrigações que eles têm para com o povo.
Agora queremos feedback.
GerirSim, deve-se reconhecer o "bom passo" dado por ambos lados, mas sem endeusamentos nenhuns.
É obrigação de qualquer pessoa arcar com as consequências de seus actos, portanto, estes Srs não devem fugir à regra.
Para aqueles que defendem a exaltação da ida do PR às matas, afinal o quê deveria então o PR fazer para mostrar alguma reacção positiva quanto à questao da paz?
Então, este passo é o cumprimento de uma de tantas obrigações que eles têm para com o povo.
Agora queremos feedback.
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Dino Said Bufalo Já
deviam ter tomado essa atitude no ano passado. Agora entramos em
suspense até Dezembro. Merecemos? Espero não ter ofendido ou ferido
suscetíbilidades! Atentamente!
Gerir
Nelson Mimbir A
ida do Nyusi a Gorongosa está o tornar um Herói, essa é a realidade
triste do povo Moçambicano, um dos autores do problema quando decide
limpar a sua sujeira se torna Herói.
Moçambicanos esquecem rápido
GerirMoçambicanos esquecem rápido
Jose Eduardo No
seu maior estilo, Dlhakama sempre apresentou-se de camisa azul e
sentado em cadeiras plasticas. De quem eram aquelas metalicas, dobraveis
e moderninhas com que recebeu Nyusi? Se nao eram dele quem e quando as
levou la? É isso Fatima Mimbire. Houve um previo. Houve preparacao e outro acordo secreto.
Ai está um assunto para os nossos HANALISTAS hanalisarem. Nos vamos analisando seu comportamento dubio, esperando esclarecimentos, estes devidos pela dupla do momento.
GerirAi está um assunto para os nossos HANALISTAS hanalisarem. Nos vamos analisando seu comportamento dubio, esperando esclarecimentos, estes devidos pela dupla do momento.
Escreve uma resposta...
Manuel Maleve Nós moçambicanos pensamos o favor oque de nosso direito.
O presidente e o líder fizeram oque deviam ter feito ha muito tempo.
GerirO presidente e o líder fizeram oque deviam ter feito ha muito tempo.
Antonio Amine Pensei que queriam trocar de residencias....um na parte incerta e vice-versa....
Gerir
Egidio Vaz Noutras
democracias tem sido normal um chefe do estado reunir de forma
previsível e rotineira com o chefe da oposição. O Presidente Nyusi, tal
como o próprio presidente Dhlakama, sempre afirmaram que falavam
frequentemente em virtude das tais conversas
surgiram tantos avanços no processo negocial. Alguns aqui, viveram
semeando dúvidas sobre a seriedade do processo; até falavam sobre a “Paz
aos pingos”, exigiam acordos escritos e outros mimos.
Ora, olhando para os avanços alcançados desde Dezembro do ano passado até hoje, o encontro-surpresa não deve surpreender a ninguém. Foi uma demonstração da confiança existente, uma oportunidade para reafirmar a vontade de avançar com o processo e, se calhar, o encontro serviu para actualização mútua das oportunidades e desafios que o processo negocial está enfrentando. Aliás, precisamos notar que aquele encontro ao mais alto nível não é importante por si. Cá em baixo, duas equipas trabalham em matérias de descentralização e em questões militares. Com um pouco de esforço era possível saber o que o PR foi lá fazer. O líder da Renamo está com pressa. Porém, os assuntos em discussão são complexos, ainda num contexto de bloqueio internacional, fazia todo sentido um encontro presencial para concordar num novo roteiro.
Doravante, as chamadas entre as duas lideranças terão um novo sabor. E é esse novo sabor que precisamos. A confiança mútua, confiança nas equipas de trabalho e consciência da seriedade e complexidade dos processos.
Agora deixe-me especular: é também provável que esteja já em curso os preparativos do regresso de Dhlakama a Maputo. Ora, como ele pode vir a Maputo sem que tenha logrado algo de concreto? Um meio-termo deve ser alcançado com urgência. Quando? Provavelmente depois do Congresso da Frelimo e início da sessão ordinária da AR. Isso que acabei de escrever é especulação. Não levem muito a sério pois não tenho bases. Fiz apenas uma analogia dado a pertinência da presença de Dhlakama para organizar o seu partido para as eleições autárquicas.
GerirOra, olhando para os avanços alcançados desde Dezembro do ano passado até hoje, o encontro-surpresa não deve surpreender a ninguém. Foi uma demonstração da confiança existente, uma oportunidade para reafirmar a vontade de avançar com o processo e, se calhar, o encontro serviu para actualização mútua das oportunidades e desafios que o processo negocial está enfrentando. Aliás, precisamos notar que aquele encontro ao mais alto nível não é importante por si. Cá em baixo, duas equipas trabalham em matérias de descentralização e em questões militares. Com um pouco de esforço era possível saber o que o PR foi lá fazer. O líder da Renamo está com pressa. Porém, os assuntos em discussão são complexos, ainda num contexto de bloqueio internacional, fazia todo sentido um encontro presencial para concordar num novo roteiro.
Doravante, as chamadas entre as duas lideranças terão um novo sabor. E é esse novo sabor que precisamos. A confiança mútua, confiança nas equipas de trabalho e consciência da seriedade e complexidade dos processos.
Agora deixe-me especular: é também provável que esteja já em curso os preparativos do regresso de Dhlakama a Maputo. Ora, como ele pode vir a Maputo sem que tenha logrado algo de concreto? Um meio-termo deve ser alcançado com urgência. Quando? Provavelmente depois do Congresso da Frelimo e início da sessão ordinária da AR. Isso que acabei de escrever é especulação. Não levem muito a sério pois não tenho bases. Fiz apenas uma analogia dado a pertinência da presença de Dhlakama para organizar o seu partido para as eleições autárquicas.
Manuel Maleve Mas essa especulação é a mais provável.
A pressa que o DHL tem deve ao contra tempo e que o seu partido está precisando dele.
Lá vem às autarquias.
GerirA pressa que o DHL tem deve ao contra tempo e que o seu partido está precisando dele.
Lá vem às autarquias.
Fatima Mimbire Essas são boas notícias Egidio Vaz.
E colocou bem o seu argumento. Estou de acordo com tudo o que diz,
sobretudo por reconhecer que não há nada de extraordinário no acto,
portanto Nyusi não é Deus é nem temos de ajoelhar nos a agradecer-lhe
por isso. Foi mais um passo,
importantíssimo, num processo em curso e conduzido por um moçambicano
que BENEVOLAMENTE direi que quer constar nos anais da história como quem
remediou um conflito que retrocedia o pais. E obrigado pelos possíveis
cenários.
Contudo... não negoceiem nada de que nos possamos arrepender como moçambicanos. Queremos sustentabilidade.
Contudo... não negoceiem nada de que nos possamos arrepender como moçambicanos. Queremos sustentabilidade.
Lopes Cocotela Vasco Sim porque quermos a paz. Paz e .ais nada
Gerir
Linette Olofsson Concordo plenamente contigo, é o que tenho vindo a defender num dos posts do Egidio Vaz
e tenho sido criticada por alguns! É isso mesmo Fátima ! mais, não era
preciso ter morrido tanta gente, terem bombardeado a serra da Gorongosa
, tentar assassinar AD. Emocionam -se
pá! Quando era ministro da Defesa invadiu Santujira, com a sorte dos
Deuses e dos homens , safou-se! Como bem o dizes, foi resolver algo que
ele próprio arranjou.
Gerir
Eddie Magalhães Mas
também sabemos que as eleições estão as portas, e, pretende-se aqui
criar harmonias para criar condições que tudo corra bem, o maior
interesse deles para continuarem com os seus projectos que todos vemos,
que é a forma como conduzem o país.
Gerir
Fernando Sande Mana mi fintaste dessa vez estava na stv a noit?ou posso aguardar amanha?
Gerir
Linette Olofsson Destruir
, matar, para hoje de joelhos tentar corrigir...morreu muita gente
inocente, milhares de jovens sem experiências foram enviados para o
combate para zona de conflito miúdos, quantos ? Milhares para quê? A
Divindade vos mostrou de que nada vos valeu.
Conhecem as causas... eleições fraudulentas, manutenção do poder a
força, usam forças armadas como braço armado da Frelimo , falam em nome
do Estado, dos mais de 20 milhões de habitantes, esclareçam aos
Moçambicanos as vossas agendas ocultas, parem com esses telefonemas,
incluam o MDM , força representada no parlamento - Bancada Parlamentar Mdm
sociedade civil, religiosos , coloquem a agenda na mesa e vamos
discutir! FRELIMO e seus dirigentes são atípicos, a história assim nos
tem demonstrado, Egidio Vaz não compare com outros Estadistas, olhem para o exemplo do processo de paz na Colômbia!
Gerir
Zungas Zungas Quebrando
ou não o protocolo, interessa nos a paz. A sua heroicidade não pode ser
vista por se ter deslocado as matas da Gorongosa, mas a vontade
demonstrada de resolver uma parte do problema. Importa salientar que
Nyusi fez parte da guerrilha que tornou DHL em um bicho do mato.
Gerir
Linette Olofsson Não é vontade!!!! Vontade é outra, congresso está a porta....não tinha outro caminho.
Gerir
Zungas Zungas Ate pode ser congresso ou outros interesses, ou mesmo uma forma de tentar trazer ao povo a confiança perdida.
Gerir
Joao Moreno Moçambique
não tem dinheiro. Este aperto de mão é para as câmaras dos bajuladores
dos doadores. Cuidado Djakama. Se esse aperto de mão não tem manha
então iremos ver o céu.
Fernando Sande Linette
mandaste bem,tdo isso gira em volta disso tornaram moz em estado
militar titulo d exemplo caia onde a fadm faz patrulha na hora que xega o
comboio de passageiro exigindo BI e exorquir pessoas
Gerir
Escreve uma resposta...
Carlitos Malemane Simba Pensando
bem,eu acho um pouco de arrogancia quando alguns nao reconhecemos o que
o presidente Nyusi fez,quem reconhece os seus erros esse sim e homem de
verdade se ele foi pra la em forma de querer limpar o que eles mesmo
provocaram ja e um acto positivo porque
demosntra o arrependimento pelos erros que ele cometeu Ele e homem sim
deixemos de criticar o tempo todo.nos aqui em Maputo estamos tranquilo
porque nao passamos pelas situacoes que os nossos irmaos passaram la em
gorongosa ,pra quem passou por aquela sitiacao aquilo que o PR fez e uma
autentiva alegria e um sucego.nos de Maputo apena criticamos
,criticamos,sem pensar naquelas pessoas que a propria guerra lhes passou
na pele elas sentiram na pele,vamos parar de criticar o tempo todo.a
sua reflexao nao esta mal Mas antes tinha que pensar naqueles que
sentiram na pele.
Gerir
Fatima Mimbire Carlitos Malemane Simbareleia
bem o post. Ele fez bem. E o que se espera dele é fazer de facto o que
ele fez bem. Agora... não me venha aqui com essa de endeusar o Sr Nyusi
que hoje é presidente porque foi ao mato falar com DHL. Este post é
sobre isso. Se não entendeu, lamento.
E deixem de se preocupar com as críticas. Precisamos delas para crescer. Lembre-que que existe de todo o tipo de pessoas no mundo: as que veem tudo bem e bom (as optimistas e super optimistas), as que vêm tudo mal (as cepticas e pessomistas). Depois temos os do cima do muro, a opinião delas se forma contra a opinião dos outros. Portanto, deixem casa um ser. Coloquem o vosso ponto como eu fiz em relação ao acto do presidente e me deixem criticar a vontade. Eu nunca me opus aos elogios exacerbado embora ache nogento. Endeusar Nyusi por ter ido a Gorongosa é demais.
GerirE deixem de se preocupar com as críticas. Precisamos delas para crescer. Lembre-que que existe de todo o tipo de pessoas no mundo: as que veem tudo bem e bom (as optimistas e super optimistas), as que vêm tudo mal (as cepticas e pessomistas). Depois temos os do cima do muro, a opinião delas se forma contra a opinião dos outros. Portanto, deixem casa um ser. Coloquem o vosso ponto como eu fiz em relação ao acto do presidente e me deixem criticar a vontade. Eu nunca me opus aos elogios exacerbado embora ache nogento. Endeusar Nyusi por ter ido a Gorongosa é demais.
Escreve uma resposta...
Linette Olofsson Chama-isso democracia Egidio Vaz?
Democracia é outra coisa é precisamente ter-se evitado tudo o que
aconteceu, violação dos direitos humanos, mortes via assassinatos,
investimento em material bélico, diálogo exclusivo a 2 ( não inclusivo)
FRELIMO está de rastos , com a guerra que deu inicio e com as dívidas
ocultas.
Gerir
John Wetela TENS razão mãe Fatima Mimbire,
nós não queremos, simples encontro destes dois, porque o problema não
está com nhussy nem Dhlakama, mas sim, família guebuza e frelimo,
SIMPLESMENTE, grupo naxingueia quer matar Dhlakama, porque carrega
toneladas dos problemas do grupo, no
tempo do colono, então, querem limpar as pistas dos registos que ele
possui na cabeça, um dos maiores rebeldes as suas tiranias.
Eu costumo dizer. Nada do encontro destes dois porque nada trará para que Dhlakama não seja procurado pela frelimo,
Ou a frelimo não deixará de aplicar fraudes eleitorais, Presseguição aos opositores do regime.
É verdade que nos digam do que vão mudar até Desembro.
Se a renamo de novo se deixar manipular, já não é o povo o culpado. Já demostramos tanto apoio a eles dai que façam algo benéfico, não assinar linguagens in atinge e preta bel ao publico.
Os direitos é para todos, a questão de impunidade do grupo naxingueia acabar.
GerirEu costumo dizer. Nada do encontro destes dois porque nada trará para que Dhlakama não seja procurado pela frelimo,
Ou a frelimo não deixará de aplicar fraudes eleitorais, Presseguição aos opositores do regime.
É verdade que nos digam do que vão mudar até Desembro.
Se a renamo de novo se deixar manipular, já não é o povo o culpado. Já demostramos tanto apoio a eles dai que façam algo benéfico, não assinar linguagens in atinge e preta bel ao publico.
Os direitos é para todos, a questão de impunidade do grupo naxingueia acabar.
Pedro David Vilanculos Verdade verdadeira mana Fátima. Paz
Gerir
Joao Moreno Agora
só falta apontarem se os dedos dos ladrões do dinheiro que foi oculto.
Que alguém até hoje ainda não leu o relatório. Aí teremos paz. Não
crucifiquem os homens ensinem os a pedir desculpa. Tem a cabeça muito
grande.
Gerir
Inacio F. Menete Fatima Mimbire, veja a linguagem que usa para tratar Sua Excia o Presidente da Republica.
Gerir
Fatima Mimbire É
senhor Nyusi. Porque? Devia chamá -lo como? Eu não me ver o perante
pessoas como eu e estou me nas tintas para essas coisas de protocolos
que foram criados para subalternizar uns em relação aos outros. E porque
irei eu andar aí em floreados com o meu empregado?
Chamem vocês de suas não sei o que. Eu não. Só escrevo isso em carta oficial. Só.
GerirChamem vocês de suas não sei o que. Eu não. Só escrevo isso em carta oficial. Só.
Kuyengany Produções Keep It Up Strong Positive and Smiling sweet MimbireVer Tradução
Gerir
Escreve uma resposta...
Marcos Catopola Srs/a deixem o chefe do estado trabalhar por favor.
Gerir
Fatima Mimbire Alguém o impede? Se sim, esse alguém não somos nós.
Ps: quando você contrata o empregado na sua casa, você deixa ele fazer tudo e como quer sem de vez em quando o "vigiares" e dares recados?
GerirPs: quando você contrata o empregado na sua casa, você deixa ele fazer tudo e como quer sem de vez em quando o "vigiares" e dares recados?
Marcos Catopola Por acaso vejo todos os programas que participas admiro te.mais aixo eu que o presidente esta preocupado com a paz.
Gerir
Escreve uma resposta...
Crespim Mabuluko Não
somos fáceis juro, no meio a tudo isto há factos indiscutíveis e de
salutar. O pais está em paz e não preciso estar a tentar mostrar o sabor
da mesma. As duas partes vem mostrando mais aproximação que
distanciamento. Agora os mecanismos e contornos deixo para os
historiadores.
Gerir
Constantino Chonze Linette
Olofsson e os demais, correctamente escreve-se Sadjungira e não
Santujira. Trata-se de um regulado. Pode consultar perfil distrital de
Gorongosa.
A FACE OCULTA DO CONFLITO
Existem algumas coisas sobre as quais já não tenho dúvidas: o comportamento dos políticos é determinado pelos seus cidadãos; aliás, nenhum de nós devia duvidar disso. Um adágio popular que diz que cada povo tem o governo que merece. Mas quero alargar esse quadro normativo para abranger toda classe política nacional. O meu argumento é de que nós cidadãos, somos produtores da nossa classe política e dos problemas que ela enfrenta. Tentarei nas linhas que se seguem, demonstrar como isto tem sido possível, tirando proveito dos recentes eventos e progressos da política nacional.
Desde 2010 que tenho escrito sobre as condições produtoras do conflito armado. A minha análise centra-se essencialmente sobre a qualidade dos cidadãos, do impacto do acesso ou não à informação, da qualidade da informação disponibilizada aos cidadãos e o discurso político produzido em Moçambique. Por último, tenho reflectido também sobre o papel dos formadores da opinião bem como dos intelectuais no geral. Na verdade, postulo que o conflito político-militar tem muito a ver também com o tipo de cidadãos que somos do que necessariamente com os políticos em si.
Com relação ao conflito político-militar, sempre despoletado a seguir a cada pleito eleitoral, temos um problema concreto que é o desafio de transformação da Renamo em partido político totalmente civil. Aqui, o gato com rabo-de-palha consiste em apenas acusar os governos nacionais anteriores de não terem contribuído para na desmilitarização da Renamo, quando TAMBÉM a própria história da Renamo apresenta evidências fortes de falta de vontade da própria Renamo (ou dificuldade) em se institucionalizar.
A falta da institucionalização dos partidos políticos tem sido um tema subvalorizado, apesar de estudos de cientistas moçambicanos terem já discutido o tema amplamente. A Renamo enfrenta problemas sérios no processo de transformação de um partido militar para um partido totalmente civil. NÃO CONHEÇO PROÉM, NENHUM DEBATE NACIONAL QUE TENHA SIDO FEITO PARTINDO DE PRINCÍPIO CONSENSUAL INEGOCIAVEL SOBRE O IMPERATIVO DA DESMILITARIZAÇÃO DA RENAMO. NÃO CONHEÇO. Já em 2004, pouco antes das eleições gerais, o advogado Máximo Dias, lançou um livro intitulado “pacto de Regime” em que chamava atenção para o facto de na eventualidade de uma derrota eleitoral, a Renamo recorreria as armas.
Ao longo de anos, vi, li e ouvi alguns académicos a defenderem o direito de a Renamo continuar a ter armas, com argumento de que a Frelimo também tinha seus militares. Por outra, assumiram o princípio de que se as instituições do estado estavam partidarizadas era legítimo que a Renamo continuasse armada, já que “esses militares não fazem nada quando não são provocados”.
Ou seja, passamos tantos anos acomodando a ideia de que caso os militares da Renamo “não fossem provocados” não haveria problemas, por um lado. E por outro, acomodamos igualmente a ideia de que os homens armados da Renamo são produto da falha da implementação dos acordos de Roma. Porém, vinte anos da nossa democracia e 4 eleições gerais não foram suficientes para conhecermos e antever quando é que esses homens armados são activados.
Como cidadãos, vivemos uma contradição tremenda em que por um lado reconhecemos e auguramos a paz mas por outro acomodamos princípios dilemáticos. Tentarei colocar as coisas da seguinte forma:
1. Todos conflitos armados nasceram depois das eleições;
2. O caderno de encargos apresentado à mesa das negociações foi para além da própria reivindicação eleitoral, abarcando também um conjunto de reformas legais incluindo a questão militar;
3. Nós, cidadãos, concordamos com a ideia da negociação entre o governo e a Renamo não para desmilitarizar a Renamo mas para o alcance da Paz.
4. Porque as negociações sobre questões candentes acontecem com o canhão à cabeça, o resultado é que as leis produzidas no calor das armas são imperfeitas e incompletas. Vide por exemplo TODAS emendas à lei eleitoral ou o acordo sobre os princípios da despartidarização, que, apesar de consensualizados, nunca na prática puderam contribuir para extirpar o espetro do conflito.
Hoje, a Renamo é de novo um partido militar, com muitos soldados por desmobilizar e eventualmente muitos generais por afectar.
Outra ideia peregrina que alguns académicos e até intelectuais ventilaram ao longo dos anos, só para reforçar o direito da Renamo às armas foi assumir o princípio falacioso segundo o qual A FRELIMO SÓ OUVE COM TIROS ou com cano encostado à cabeça. Não conheço nenhuma outra forma de luta política feita pela Renamo senão pela ameaça a guerra. Felizmente o país tem exemplos válidos sobre como se chega ao poder sem recurso as armas. O MDM conseguiu pelo menos vencer alguns municípios. O MDM é um partido não armado e em democracia, o segredo da vitória é a organização e o trabalho de mobilização política. Esta é a verdade.
É uma contradição enorme e insanável falarmos da democracia e quando surgem conflitos de natureza democrática, recorrermos às armas para resolver um problema da democracia. E mesmo em relação a implementação do AGP, desde 1992 até hoje, é interessante notar como a sociedade civil não foi capaz de seguir o caso.
Pessoalmente, não conheço nenhum episódio em que antigos guerrilheiros da Renamo se tenham manifestado exigindo o seu direito à reintegração. Ninguém conhece os homens armados senão as Forças de Defesa e Segurança.
Em 2011 publiquei um artigo intitulado a “A desordem funciona. Buscando coerência no discurso de Dhlakama” (Revista Comunicação e Sociedade número 1, 2011) em que argumentava que o recorrente discurso belicista era mutuamente funcional tanto para a Renamo como para a Frelimo, pois tal permitia a “privatização do campo político”. Só que este modelo está esgotado por ser já insustentável. A lógica de privatização do campo político ancora-se num princípio neopatrimonialista de partidos de cartel (na política, um partido de cartel ou um partido político de cartel é um partido que usa os recursos do estado para manter sua posição dentro do sistema político). Só que, porque os recursos são escassos e finitos, este modelo não satisfaz a todos. Logo, os conflitos são inevitáveis.
O segundo problema como cidadãos é a nossa postura pública como guardiões da democracia. Em cada eleição o debate que se faz é sempre promotor de violência. Somos cidadãos que apesar da idade da nossa democracia, não assumimos a política como um jogo sem muita ética e apostamos todas nossas expectativas sobre um ou outro candidato, não cogitando se quer com a possibilidade de derrota-que em democracia é um resultado expectável. O resultado é que somos essencialmente “perdedores surpresos”. E por causa disso, endossamos as causas da derrota sempre ao agente externo e retirarmos qualquer possibilidade de atribuir a derrota a causas internas também. Uma explicação mais detalhada sobre isso encontra-se num texto por mim publicado em 2015 intitulado “Perdedores surpresos! O papel das expectativas eleitorais na violência pós-eleitoral; os efeitos da exposição à mídia na satisfação para com a democracia”.
Em suma, a principal mensagem que gostaria de passar é de que nós como cidadãos somos também responsáveis pela promoção da violência ou no mínimo complacentes para com ela. Fazemos isso aceitando a dualidade de critérios na abordagem dos assuntos e na nossa excessiva parcialidade, obliterando, ignorando e fazendo vista grossa a aspectos igualmente centrais para a solução dos problemas.
Em mais de 20 anos da nossa democracia, experimentamos mesmas soluções. Já é tempo para testar outras. E faz sentido. É ASSIM como pessoas adultas agem.
1. É PRECISO ajudarmos a Renamo a se desmilitarizar para que ela tenha a oportunidade de acelerar a sua modernização como partido político civil. Diga-se em abono da verdade, por enquanto, Afonso Dhlakama é a única pessoa capaz de controlar os tais homens armados. Porém, longe de ser uma garantia, isto representa um risco para a sustentabilidade do próprio movimento, por duas razões:
a. Como mortais, devemos pensar no que pode acontecer numa infortuna ausência do líder da Renamo. A história de guerra apresenta inúmeros exemplos de diferentes sortes que as organizações tiveram após o desaparecimento do líder.
b. Nalguns casos, o desaparecimento do líder por causas naturais ou não deu azo a grupos de milicianos já por si difíceis de controlar - ou seja, desdobramento de outras guerrinhas.
c. E noutros, deu azo ao processo de pacificação, mas numa base extremamente frágil para o partido em causa. Pensem por exemplo na UNITA pós-Savimbi e no partido que dela nasceu, a CASA-CE, que está encontrando seu espaço.
2. Por causa disso, há urgência para a própria Renamo acelerar o passo para a desmilitarização, até porque está no seu interesse. A Renamo não viverá para sempre com Dhlakama. Para a Renamo, o maior investimento que pode fazer seria apostar agora na sua desmilitarização e modernização política.
Temos um Presidente da República disponível para tal e os consensos que estão sendo alcançados devem também reflectir-se na transformação da própria Renamo.
PS: Notei com um misto de alegria e surpresa a reacção de alguns intelectuais quando souberam do encontro entre o PR e Afonso Dhlakama. Ficaram felizes por verem esse encontro realizado. Porém pensei num detalhe.
• São ou foram os mesmos que quando as Forças de Defesa e Segurança recuaram oito posições, contestaram. Para eles, para esses, as FDS (apesar de terem o mandato para estar em qualquer parte do país) deveriam se retirar para as casernas. Exigência igual nunca vi feita a Renamo (ah, o argumento é de que esses vivem lá; é casa deles)
• Desta vez, quando o PR foi ao encontro do seu irmão, o argumento mudou. O PR, afinal, governa em todo território nacional. Por causa disso, pode se encontrar com qualquer um, em qualquer lugar. Dualidade de critérios!
Existem algumas coisas sobre as quais já não tenho dúvidas: o comportamento dos políticos é determinado pelos seus cidadãos; aliás, nenhum de nós devia duvidar disso. Um adágio popular que diz que cada povo tem o governo que merece. Mas quero alargar esse quadro normativo para abranger toda classe política nacional. O meu argumento é de que nós cidadãos, somos produtores da nossa classe política e dos problemas que ela enfrenta. Tentarei nas linhas que se seguem, demonstrar como isto tem sido possível, tirando proveito dos recentes eventos e progressos da política nacional.
Desde 2010 que tenho escrito sobre as condições produtoras do conflito armado. A minha análise centra-se essencialmente sobre a qualidade dos cidadãos, do impacto do acesso ou não à informação, da qualidade da informação disponibilizada aos cidadãos e o discurso político produzido em Moçambique. Por último, tenho reflectido também sobre o papel dos formadores da opinião bem como dos intelectuais no geral. Na verdade, postulo que o conflito político-militar tem muito a ver também com o tipo de cidadãos que somos do que necessariamente com os políticos em si.
Com relação ao conflito político-militar, sempre despoletado a seguir a cada pleito eleitoral, temos um problema concreto que é o desafio de transformação da Renamo em partido político totalmente civil. Aqui, o gato com rabo-de-palha consiste em apenas acusar os governos nacionais anteriores de não terem contribuído para na desmilitarização da Renamo, quando TAMBÉM a própria história da Renamo apresenta evidências fortes de falta de vontade da própria Renamo (ou dificuldade) em se institucionalizar.
A falta da institucionalização dos partidos políticos tem sido um tema subvalorizado, apesar de estudos de cientistas moçambicanos terem já discutido o tema amplamente. A Renamo enfrenta problemas sérios no processo de transformação de um partido militar para um partido totalmente civil. NÃO CONHEÇO PROÉM, NENHUM DEBATE NACIONAL QUE TENHA SIDO FEITO PARTINDO DE PRINCÍPIO CONSENSUAL INEGOCIAVEL SOBRE O IMPERATIVO DA DESMILITARIZAÇÃO DA RENAMO. NÃO CONHEÇO. Já em 2004, pouco antes das eleições gerais, o advogado Máximo Dias, lançou um livro intitulado “pacto de Regime” em que chamava atenção para o facto de na eventualidade de uma derrota eleitoral, a Renamo recorreria as armas.
Ao longo de anos, vi, li e ouvi alguns académicos a defenderem o direito de a Renamo continuar a ter armas, com argumento de que a Frelimo também tinha seus militares. Por outra, assumiram o princípio de que se as instituições do estado estavam partidarizadas era legítimo que a Renamo continuasse armada, já que “esses militares não fazem nada quando não são provocados”.
Ou seja, passamos tantos anos acomodando a ideia de que caso os militares da Renamo “não fossem provocados” não haveria problemas, por um lado. E por outro, acomodamos igualmente a ideia de que os homens armados da Renamo são produto da falha da implementação dos acordos de Roma. Porém, vinte anos da nossa democracia e 4 eleições gerais não foram suficientes para conhecermos e antever quando é que esses homens armados são activados.
Como cidadãos, vivemos uma contradição tremenda em que por um lado reconhecemos e auguramos a paz mas por outro acomodamos princípios dilemáticos. Tentarei colocar as coisas da seguinte forma:
1. Todos conflitos armados nasceram depois das eleições;
2. O caderno de encargos apresentado à mesa das negociações foi para além da própria reivindicação eleitoral, abarcando também um conjunto de reformas legais incluindo a questão militar;
3. Nós, cidadãos, concordamos com a ideia da negociação entre o governo e a Renamo não para desmilitarizar a Renamo mas para o alcance da Paz.
4. Porque as negociações sobre questões candentes acontecem com o canhão à cabeça, o resultado é que as leis produzidas no calor das armas são imperfeitas e incompletas. Vide por exemplo TODAS emendas à lei eleitoral ou o acordo sobre os princípios da despartidarização, que, apesar de consensualizados, nunca na prática puderam contribuir para extirpar o espetro do conflito.
Hoje, a Renamo é de novo um partido militar, com muitos soldados por desmobilizar e eventualmente muitos generais por afectar.
Outra ideia peregrina que alguns académicos e até intelectuais ventilaram ao longo dos anos, só para reforçar o direito da Renamo às armas foi assumir o princípio falacioso segundo o qual A FRELIMO SÓ OUVE COM TIROS ou com cano encostado à cabeça. Não conheço nenhuma outra forma de luta política feita pela Renamo senão pela ameaça a guerra. Felizmente o país tem exemplos válidos sobre como se chega ao poder sem recurso as armas. O MDM conseguiu pelo menos vencer alguns municípios. O MDM é um partido não armado e em democracia, o segredo da vitória é a organização e o trabalho de mobilização política. Esta é a verdade.
É uma contradição enorme e insanável falarmos da democracia e quando surgem conflitos de natureza democrática, recorrermos às armas para resolver um problema da democracia. E mesmo em relação a implementação do AGP, desde 1992 até hoje, é interessante notar como a sociedade civil não foi capaz de seguir o caso.
Pessoalmente, não conheço nenhum episódio em que antigos guerrilheiros da Renamo se tenham manifestado exigindo o seu direito à reintegração. Ninguém conhece os homens armados senão as Forças de Defesa e Segurança.
Em 2011 publiquei um artigo intitulado a “A desordem funciona. Buscando coerência no discurso de Dhlakama” (Revista Comunicação e Sociedade número 1, 2011) em que argumentava que o recorrente discurso belicista era mutuamente funcional tanto para a Renamo como para a Frelimo, pois tal permitia a “privatização do campo político”. Só que este modelo está esgotado por ser já insustentável. A lógica de privatização do campo político ancora-se num princípio neopatrimonialista de partidos de cartel (na política, um partido de cartel ou um partido político de cartel é um partido que usa os recursos do estado para manter sua posição dentro do sistema político). Só que, porque os recursos são escassos e finitos, este modelo não satisfaz a todos. Logo, os conflitos são inevitáveis.
O segundo problema como cidadãos é a nossa postura pública como guardiões da democracia. Em cada eleição o debate que se faz é sempre promotor de violência. Somos cidadãos que apesar da idade da nossa democracia, não assumimos a política como um jogo sem muita ética e apostamos todas nossas expectativas sobre um ou outro candidato, não cogitando se quer com a possibilidade de derrota-que em democracia é um resultado expectável. O resultado é que somos essencialmente “perdedores surpresos”. E por causa disso, endossamos as causas da derrota sempre ao agente externo e retirarmos qualquer possibilidade de atribuir a derrota a causas internas também. Uma explicação mais detalhada sobre isso encontra-se num texto por mim publicado em 2015 intitulado “Perdedores surpresos! O papel das expectativas eleitorais na violência pós-eleitoral; os efeitos da exposição à mídia na satisfação para com a democracia”.
Em suma, a principal mensagem que gostaria de passar é de que nós como cidadãos somos também responsáveis pela promoção da violência ou no mínimo complacentes para com ela. Fazemos isso aceitando a dualidade de critérios na abordagem dos assuntos e na nossa excessiva parcialidade, obliterando, ignorando e fazendo vista grossa a aspectos igualmente centrais para a solução dos problemas.
Em mais de 20 anos da nossa democracia, experimentamos mesmas soluções. Já é tempo para testar outras. E faz sentido. É ASSIM como pessoas adultas agem.
1. É PRECISO ajudarmos a Renamo a se desmilitarizar para que ela tenha a oportunidade de acelerar a sua modernização como partido político civil. Diga-se em abono da verdade, por enquanto, Afonso Dhlakama é a única pessoa capaz de controlar os tais homens armados. Porém, longe de ser uma garantia, isto representa um risco para a sustentabilidade do próprio movimento, por duas razões:
a. Como mortais, devemos pensar no que pode acontecer numa infortuna ausência do líder da Renamo. A história de guerra apresenta inúmeros exemplos de diferentes sortes que as organizações tiveram após o desaparecimento do líder.
b. Nalguns casos, o desaparecimento do líder por causas naturais ou não deu azo a grupos de milicianos já por si difíceis de controlar - ou seja, desdobramento de outras guerrinhas.
c. E noutros, deu azo ao processo de pacificação, mas numa base extremamente frágil para o partido em causa. Pensem por exemplo na UNITA pós-Savimbi e no partido que dela nasceu, a CASA-CE, que está encontrando seu espaço.
2. Por causa disso, há urgência para a própria Renamo acelerar o passo para a desmilitarização, até porque está no seu interesse. A Renamo não viverá para sempre com Dhlakama. Para a Renamo, o maior investimento que pode fazer seria apostar agora na sua desmilitarização e modernização política.
Temos um Presidente da República disponível para tal e os consensos que estão sendo alcançados devem também reflectir-se na transformação da própria Renamo.
PS: Notei com um misto de alegria e surpresa a reacção de alguns intelectuais quando souberam do encontro entre o PR e Afonso Dhlakama. Ficaram felizes por verem esse encontro realizado. Porém pensei num detalhe.
• São ou foram os mesmos que quando as Forças de Defesa e Segurança recuaram oito posições, contestaram. Para eles, para esses, as FDS (apesar de terem o mandato para estar em qualquer parte do país) deveriam se retirar para as casernas. Exigência igual nunca vi feita a Renamo (ah, o argumento é de que esses vivem lá; é casa deles)
• Desta vez, quando o PR foi ao encontro do seu irmão, o argumento mudou. O PR, afinal, governa em todo território nacional. Por causa disso, pode se encontrar com qualquer um, em qualquer lugar. Dualidade de critérios!
Comentários
Jay Cee Malôa Willy Piassa, gostaria de comparativamente ouvir sua opiniao sobre este artigo.
Gerir
Saidoskitas Iglesia Bom
discurso...O povo Sul africano é um bom exemplo em termos de busca de
justiça, movida pela oposição... sem medo da Polícia... e eles vão
conseguir estar livres dos corruptos... e nós moçambicanos até quando
teremos essa visão... lançarmos o medo para
bem longe e irmos nas ruas a busca da liberdade política contra
políticos corruptos... será que não estamos cansados de toda vez que
formos ligar a TV sermos cada vez mais sobre carregados com mais um caso
de corrupção perpetrado por políticos do mesmo regime partidário... a
justiça total não está nas mãos das instituições do estado que devem
velar por ela, mas sim a justiça total deve ser conquistada pelo povo...
povo aquele que se sente oprimido... não basta pensar somente dizer que
vou fazer a mudança na hora do VOTO POPULAR... a justiça é muito
extensa e complexa.
Gerir
Milla Mabjeca Na
minha humilde opinião, o povo sul africano assim como outros do mundo
conseguem manifestar a sua vontade e exigir do governo boas maneiras de
gestão da coisa pública porque em algum momento os seus direitos são
respeitados. Exemplo nas manifestações
populares não são amedrontados de armas que usam palas reais, e que
alvejam mortalmente aos cidadãos e nada acontece. Ou se te manifestantes
dia seguinte ficas sem emprego
Gerir
Lenon Arnaldo ......
"toda vez que formos ligar a TV sermos cada vez mais sobrecarregado com
mais um caso de corrupção perpetrado por políticos do mesmo regime
partidário". Afinal, a alternância governativa/política que se pretende é
para permitir que só mude a cor do partido dos corruptos e tudo resto
mantém-se? Quem raio de democracia e essa amigo?
Gerir
Zito Mubay Bom dia Egidio Vaz
ja tiveste acesso aos documentos dos acordos de paz pra ver oque esta
la acordado e porque e que fazem reunioes a porta fechada acredito que
quem da essas artimanhas e o governo que oculta oque diz que e pra o bem
do povo
Gerir
Egidio Vaz O
AGP é claro quanto a desmobilização e quanto ao numero de guardas. Não
quero, não gostaria de desaguar nesse ponto dado que está mais que claro
que houve falhas e desconfiança mútuas. A Renamo ficou com homens
armados a mais, superiores aos estipulados
no AGP. Mas também a ONUMOZ fez um mau trabalho ao não ter conseguido
desmobilizar a Renamo. Até a data da sua saída em Moçambique, mais
homens ficaram acantonados a espera da desmobilização. E daí em diante,
todo mundo sentou em cima do assunto.
O que quero frisar aqui é o nosso papel como cidadãos, que, conscientes disso, pouco fizemos para ajudar na conclusao dos processos. Mais uma vez, o foco neste texto não são politicos, somos nós, cidadãos.
GerirO que quero frisar aqui é o nosso papel como cidadãos, que, conscientes disso, pouco fizemos para ajudar na conclusao dos processos. Mais uma vez, o foco neste texto não são politicos, somos nós, cidadãos.
Milla Mabjeca Caro
amigo Vaz, na sua opinião o que como cidadãos devemos fazer para
resolver este dilema? Quando a sociedade civil, pede para fazer parte
destas negociatas, tem visto o seu direito negado. Quando o MDM, que é
um partido que representa uma maioria significativa
dos moçambicanos tenta intervir acontece o mesmo. Quando a multidão
manifesta-se é alvejado mortalmente e nada acontece com quem atirou.
Agora, que meios devemos usar se nas negociações não querem mais
ninguém. Até estrangeiros ficaram sem entender nada sobre esse asdunto.
Foram convidados para dar contributo, quando o dão, já não prestam ou
porque estão a favor do inimigo
Gerir
Lenon Arnaldo Milla
Mabjeca não estás feliz pelo facto de estarmos resolver nossos
problemas sozinhos e sem envolvência de estrangeiros. Autoestima e
urgente.
Gerir
Samuel Dos Santos Nao
creio que o Governo esteja a ocultar algo sobre o AGP. E se isso fosse
verdade porquê é que a própria Renamo não se responsabiliza na sua
divulgação?
Gerir
Carlos De Sousa Tivir Falou
muito bem sobre o trabalho mal feito pela ONU... E a parte sobre a
inserção dos guerrilheiros da renamo foi cumprida? Não achas que esse
foi o maior erro? Acha que esses homens optariam em ficar no mato se
lhes tivessem dado a oportunidade de se juntar ao governo?
Gerir
Marcos Manejo Pakhonde Pakhonde Outra coisa é que nos pleitos eleitorais sejamos justos e crediveis.
Gerir
Constantino Joao A
questão da desmilitarização da RENAMO reside na actuação ISENTA na
Policia. A polícia tem que actuar obedecendo a constituição e os
estatutos da instituição. Há necessidade urgente da polícia parar de
cumprir ordens SUPERIORES do comité central do partido
FRELIMO. Só assim, a RENAMO não terá necessidade de ter homens armados.
Os homens armados da RENAMO constituem um fardo enorme a suportar em
termos de dispesas para o próprio partido.
Quem é que não viu ou ouviu o que aconteceu a comitiva do MDM em Gaza aquando da campanha eleitoral para as eleições gerais passadas? Qual foi a actuação da polícia? Quantos membros da FRELIMO foram detidos e levados a barra do tribunal?
GerirQuem é que não viu ou ouviu o que aconteceu a comitiva do MDM em Gaza aquando da campanha eleitoral para as eleições gerais passadas? Qual foi a actuação da polícia? Quantos membros da FRELIMO foram detidos e levados a barra do tribunal?
Lenon Arnaldo DHL
e sua Renamo são uns feiticeiro do caraças pah; com que então, quando
esconderam armas/pessoal já sabiam que a polícia não obedeceria a CFM e
os estatutos da instituição kkkkkkkk
Logo, enquanto a PRM não mudar ( o que é desejável) a Renamo está autorizada a ficar militarizada.
Leia o post irmao, e isso que EV condena a nós como sociedade, e é por isso que somos parte do problema.
GerirLogo, enquanto a PRM não mudar ( o que é desejável) a Renamo está autorizada a ficar militarizada.
Leia o post irmao, e isso que EV condena a nós como sociedade, e é por isso que somos parte do problema.
Constantino Joao Eu
nao disse que a RENAMO está autorizada a estar militarizada, mas sim
que a falta de isenção na actuação da nossa Policia, faz com que se
sinta segura quando tem guardas da sua confiança. Esse ponto é que é a
chave desse todo processo.
Somos parte do problema quando paramos de ver o problema duma forma desapaixonada para atacarmos com profundidade a questão. Há que identificar todos os pontos que nos levam ao impasse para daí procurarmos saídas.
Não é atribuindo adjectivos pejorativos que teremos a solução.
Eu pessoalmente, gostaria de ver todos os partidos desmilitarizados, mas estaria ainda feliz a ver a nossa polícia a ter uma actuação isenta.
GerirSomos parte do problema quando paramos de ver o problema duma forma desapaixonada para atacarmos com profundidade a questão. Há que identificar todos os pontos que nos levam ao impasse para daí procurarmos saídas.
Não é atribuindo adjectivos pejorativos que teremos a solução.
Eu pessoalmente, gostaria de ver todos os partidos desmilitarizados, mas estaria ainda feliz a ver a nossa polícia a ter uma actuação isenta.
Gitandra Valoyi Boa
leitura! Concordo com ela, por saber que é feita a partir de um ângulo,
e por ser válida quando posicionada no ângulo oposto, com a
substituição de alguns termos por outros. De facto, constitui um perigo
um partido militarizado, tal como constitui um
perigo um Estado partidarizado. Conhecido o "punctum dolens" do
problema, resta-nos superá-lo. É preciso que nos coloquemos à mesma
distância em relação àqueles dois problemas, porque, no fundo, são
expressões da mesma necessidade: aumentar o próprio "território" (o
imperialismo do Mesmo, que tem como clímax engolir o Outro).
Gerir
Egidio Vaz Então, com a mesma força que condenamos a partidarizacão, façamos o mesmo em relação a desmilitarização. O que acha?
Gerir
Gitandra Valoyi Concordo contigo, meu caro! E é isso que eu escrevi acima, mas usando outras palavras. Trato de explicitar:
1. Com a mesma força com que condenamos a partidarização do Estado, condenemos a militarização de qualquer partido que se queira político (mensagem dirigida à oposição e, não-só).
2. Com a mesma força com que condenamos a militarização de algum partido que se queira político, condenemos a partidarização do Estado (mensagem dirigida à situação e, não-só).
Lembremo-nos: "Uma acção é política enquanto subordinar o particular/privado ao Bem-comum". É partido político? Então, que esteja subordinado ao que é supra-partidário: O BEM COMUM.
Gerir1. Com a mesma força com que condenamos a partidarização do Estado, condenemos a militarização de qualquer partido que se queira político (mensagem dirigida à oposição e, não-só).
2. Com a mesma força com que condenamos a militarização de algum partido que se queira político, condenemos a partidarização do Estado (mensagem dirigida à situação e, não-só).
Lembremo-nos: "Uma acção é política enquanto subordinar o particular/privado ao Bem-comum". É partido político? Então, que esteja subordinado ao que é supra-partidário: O BEM COMUM.
Augusto De Almeida Até eu que quase nunca comento aqui devo concordar que sim, há muita coisa com a qual concordo aqui.
Gerir
Francey Zeúte Excelente
análise, Vaz! Mas do que ninguém, a Renamo em si não tem conseguido
construir um discurso que a transforme num partido civil. Prova disso é
que fora do período eleitoral a mesma não discute, prblematiza o
crescimento dela mesma.
Gerir
Muhamad Yassine Francey Zeúte tens certeza do que dizes ? Alguma base para isso ? Ou te deixaste embalar no post sobre a Renamo ?
Gerir
Francey Zeúte Muhamad Yassine,
um exemplo, que discussão, se é que em algum momento foi feita, sobre a
renovação na liderança do partido? Não acha que para os anos do próprio
partido esse fosse um debate que já devesse ser encarado de frente? Os
guerrilheiros a que o partido recorre
nos vários conflitos com as forças governamentais, que esforço,
internamente se tem feito para transitarem de simples guerrilheiros para
civis? Quão tem sido útil o papel da liga feminina e dos jovens no
partido no alargamento da base de apoio do partido...?
Gerir
Gitandra Valoyi Caro Francey,
O líder deve ser substituído quando for necessário. A democracia não deve ser definida como a substituição das lideranças, mas como o serviço ao Bem-comum. Quando Muammar Kadhafi estava em vida, eu sempre escrevia: “Qual é o problema que resulta do facto de se perpetuar no poder, enquanto estiver ao serviço do Bem-comum?”. Se, em Moçambique, tivéssemos uma boa alternativa para a Frelimo, eu proporia a sua substituição, não em nome da democracia, mas em nome do Bem-comum, que me parece esquecido. Quero, com isto, dizer que com a Frelimo a subordinar os interesses privados aos nacionais, não veria a necessidade de substituí-la (o mesmo diria de um líder que reunisse consensos no seio da Frelimo).
O líder deve ser substituído quando for necessário. A democracia não deve ser definida como a substituição das lideranças, mas como o serviço ao Bem-comum. Quando Muammar Kadhafi estava em vida, eu sempre escrevia: “Qual é o problema que resulta do facto de se perpetuar no poder, enquanto estiver ao serviço do Bem-comum?”. Se, em Moçambique, tivéssemos uma boa alternativa para a Frelimo, eu proporia a sua substituição, não em nome da democracia, mas em nome do Bem-comum, que me parece esquecido. Quero, com isto, dizer que com a Frelimo a subordinar os interesses privados aos nacionais, não veria a necessidade de substituí-la (o mesmo diria de um líder que reunisse consensos no seio da Frelimo).
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