Breves comentários sobre o encontro do Presidente da Republica e o Líder da Renamo
Uma das palavras que domina o ciclo da história política a nível da mídia e debates públicos em Moçambique é o termo “vontade política”. Paradoxalmente, poucas vezes somos esclarecidos sobre o sentido do termo. A imagem abaixo, quando bem analisada em termos semióticos, pode definir em 70% o conceito em causa. Ora, em rigor teórico pode-se dizer que vontade política se materializa quando a sociedade possui uma necessidade e torna pública essa necessidade de forma racional, sensibilizando os poderes públicos, e muitas vezes até o sector privado. Ou seja, o Presidente da Republica e o Líder da Renamo estão numa acção de vontade política. Portanto, não é menos certo dizer que todo moçambicano almeja a Paz longínqua, também não é menos verdade afirmar que tanto o Presidente da Republica assim como o líder da Renamo estão a evidenciar esforços para que tenhamos a esperada Paz.
Nesta ordem de ideia, Thomas Hobbes, refere que vontade política só pode existir se duas condições forem satisfeitas ao mesmo tempo:
1. Que cada um submeta a sua vontade a de um outro que seja único.
2. Que esta vontade seja considerada como vontade de todos.
Assim, fica claro que a vontade política não pertence a ninguém. Não é uma determinada autoridade pública que tem a vontade política para a satisfação de uma necessidade social, é mais do que isso. A vontade política não pertence a ninguém; é um sentimento social resultante da integração das vontades de cada um dos integrantes de uma sociedade sobretudo os políticos. Partindo desta premissa é possível aferir que vontade politica não é nenhum instrumento de monopólio de qualquer líder que seja, mas sim é o reconhecimento da ideia do outro. Ou seja, respeito pela alteridade.
1. Que cada um submeta a sua vontade a de um outro que seja único.
2. Que esta vontade seja considerada como vontade de todos.
Assim, fica claro que a vontade política não pertence a ninguém. Não é uma determinada autoridade pública que tem a vontade política para a satisfação de uma necessidade social, é mais do que isso. A vontade política não pertence a ninguém; é um sentimento social resultante da integração das vontades de cada um dos integrantes de uma sociedade sobretudo os políticos. Partindo desta premissa é possível aferir que vontade politica não é nenhum instrumento de monopólio de qualquer líder que seja, mas sim é o reconhecimento da ideia do outro. Ou seja, respeito pela alteridade.
Espero que este novo ciclo da “historia cíclica politica” de Van Vogt, confirme que tudo o que acontece já havia ocorrido, de alguma forma. E que a ideia básica é que houve re-acontecimentos de muitos temas gerais que agora voltam a ocorrer sem a intervenção de seu exemplar passado. Coadunando com essa linha de pensamento, devemos recordar que num passado recente, já houve dois encontros entre o Presidente da Republica e o Lider Renamo, sendo este último, o (terceiro) na contagem histórica.
Portanto, uma falha óbvia nessa teoria é que a vida real não é assim tão fútil, e se trabalhar duro o bastante pode até ser que se consiga alterar a história, para a melhor ou para a pior, mas então se viveria numa teoria linear da História. Em termos estruturais pode se dizer que a retórica do protagonismo é que coloca em causa a vontade comum. Eu como cidadão, gostaria que os líderes deixassem a busca do protagonismo e respondessem a vontade politica. Deixemos do lado a história palaciana, vamos incluir a todos nessa história. Bem-vinda esta meia caminhada.
Penso que não falta muito para que em coro cantemos aquelas músicas de Jeremias Ngoenha de reconciliação.
Penso que não falta muito para que em coro cantemos aquelas músicas de Jeremias Ngoenha de reconciliação.
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