Comandante da Air Seychelles conseguiu evitar colisão com avião da Emirates que voava no sentido oposto
Um
piloto italiano da Air Seychelles conseguiu evitar centenas de mortes
ao efetuar de forma rápida uma manobra que impediu o avião que pilotava
de colidir com uma outra aeronave que voava na direção oposta.
Segundo
a imprensa internacional, tudo aconteceu na passada sexta-feira. Um
Airbus A380 da Emirates, que pode levar até 615 passageiros, partira do
Dubai com destino às Maurícias e tinha já recebido autorização da torre
de controlo para descer até aos 38 mil pés, cerca de 11 mil metros, para
fazer a aproximação à ilha e aterrar.
Ao
mesmo tempo, um Airbus A330 da Air Seychelles - que pode transportar
até 277 pessoas - descolava das ilhas Maurícias, indo na direção oposta
ao voo da Emirates, cuja tripulação, por erro, informou que o aparelho
se encontrava a 36 mil pés.
Os
alertas dispararam logo que, nos radares, foi percetível que o voo da
Emirates estava a voar a maior altitude do que aquela que transmitira e,
por isso, se encontrava na rota exata do voo da Air Seychelles. As
tripulações dos dois aviões chegaram mesmo a ter contacto visual antes
de o piloto italiano do A330 fazer uma curva apertada à direita para
evitar a colisão.
As aeronaves acabaram por passar uma pela outra à mesma altitude, mas com uma distância de 14 quilómetros, indica o Aviation Herald.
Um
porta-voz da Air Seychelles veio entretanto elogiar a rápida ação do
piloto da companhia, o comandante italianho Roberto Vallicelli, e do
copiloto Ronny Morel, natural das Seychelles, que operavam o voo HM054
das ilhas Maurícias para as Seychelles. "O treino e os protocolos de
operações entraram em ação, o que demonstra a exigência do treino a que
são submetidos os pilotos da Air Seychelles. Elogiamo-los pelo que
fizeram", informou a companhia em comunicado.
Já
a Emirates admitiu ter recebido um relatório sobre um "episódio" que
aconteceu no dia 14 de julho, relativo a uma "separação de aviões" que
envolveu o voo EK703 da companhia enquanto sobrevoava o espaço aéreo das
Maurícias, tendo garantido que irá colaborar numa eventual
investigação. "A segurança dos nossos passageiros e da nossa tripulação é
da maior importância", frisou a companhia.
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