Friday, July 21, 2017

Piloto italiano evita colisão em voo com o maior avião de passageiros do mundo


Um A380 da Emirates
Comandante da Air Seychelles conseguiu evitar colisão com avião da Emirates que voava no sentido oposto
Um piloto italiano da Air Seychelles conseguiu evitar centenas de mortes ao efetuar de forma rápida uma manobra que impediu o avião que pilotava de colidir com uma outra aeronave que voava na direção oposta.
Segundo a imprensa internacional, tudo aconteceu na passada sexta-feira. Um Airbus A380 da Emirates, que pode levar até 615 passageiros, partira do Dubai com destino às Maurícias e tinha já recebido autorização da torre de controlo para descer até aos 38 mil pés, cerca de 11 mil metros, para fazer a aproximação à ilha e aterrar.
Ao mesmo tempo, um Airbus A330 da Air Seychelles - que pode transportar até 277 pessoas - descolava das ilhas Maurícias, indo na direção oposta ao voo da Emirates, cuja tripulação, por erro, informou que o aparelho se encontrava a 36 mil pés.
Os alertas dispararam logo que, nos radares, foi percetível que o voo da Emirates estava a voar a maior altitude do que aquela que transmitira e, por isso, se encontrava na rota exata do voo da Air Seychelles. As tripulações dos dois aviões chegaram mesmo a ter contacto visual antes de o piloto italiano do A330 fazer uma curva apertada à direita para evitar a colisão.
As aeronaves acabaram por passar uma pela outra à mesma altitude, mas com uma distância de 14 quilómetros, indica o Aviation Herald.
Um porta-voz da Air Seychelles veio entretanto elogiar a rápida ação do piloto da companhia, o comandante italianho Roberto Vallicelli, e do copiloto Ronny Morel, natural das Seychelles, que operavam o voo HM054 das ilhas Maurícias para as Seychelles. "O treino e os protocolos de operações entraram em ação, o que demonstra a exigência do treino a que são submetidos os pilotos da Air Seychelles. Elogiamo-los pelo que fizeram", informou a companhia em comunicado.
Já a Emirates admitiu ter recebido um relatório sobre um "episódio" que aconteceu no dia 14 de julho, relativo a uma "separação de aviões" que envolveu o voo EK703 da companhia enquanto sobrevoava o espaço aéreo das Maurícias, tendo garantido que irá colaborar numa eventual investigação. "A segurança dos nossos passageiros e da nossa tripulação é da maior importância", frisou a companhia.

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