29/07/2017
A(s) mão(s) de Guebuza no “dossiê M’telela”(Repetição)
Texto de Luís Nhachote*
Um documento do famigerado Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), obtido pelo Ikweli-Centro de Jornalismo Investigativo (Ikweli-CJI) sugere que os mais altos responsáveis do antigo Comité Político Permanente do Partido Frelimo foi quem “orientou” a execução extrajudicial de presos políticos mantidos no campo de reeducação de M’telela na província do Niassa.
Dos membros desse órgão do Partido Frelimo mencionados no documento, apenas Sebastião Marcos Mabote é que faleceu. Os restantes ainda encontram-se entre nós – Armando Emílio Guebuza, Alberto Joaquim Chipande e Marcelino dos Santos.
(Click nas imagens para ampliar) Barnabé Lucas Nkomo, autor do livro “Uria Simango: um homem, uma causa”, considera que foi “encontrada a prova cabal” e que as “dúvidas começam a ficar dissipadas” sobre aquilo que é considerado o crime mais bárbaro cometido pela direcção da Frelimo, pouco depois da proclamação da independência nacional.
Até hoje, a direcção do Partido Frelimo tem-se pautado por uma posição ambígua quanto à responsabilidade pelas execuções sumárias dos presos políticos moçambicanos.
Um documento do famigerado Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), obtido pelo Ikweli-Centro de Jornalismo Investigativo (Ikweli-CJI) sugere que os mais altos responsáveis do antigo Comité Político Permanente do Partido Frelimo foi quem “orientou” a execução extrajudicial de presos políticos mantidos no campo de reeducação de M’telela na província do Niassa.
Dos membros desse órgão do Partido Frelimo mencionados no documento, apenas Sebastião Marcos Mabote é que faleceu. Os restantes ainda encontram-se entre nós – Armando Emílio Guebuza, Alberto Joaquim Chipande e Marcelino dos Santos.
(Click nas imagens para ampliar) Barnabé Lucas Nkomo, autor do livro “Uria Simango: um homem, uma causa”, considera que foi “encontrada a prova cabal” e que as “dúvidas começam a ficar dissipadas” sobre aquilo que é considerado o crime mais bárbaro cometido pela direcção da Frelimo, pouco depois da proclamação da independência nacional.
Até hoje, a direcção do Partido Frelimo tem-se pautado por uma posição ambígua quanto à responsabilidade pelas execuções sumárias dos presos políticos moçambicanos.
Posted at 19:45 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
27/07/2017
“NÃO QUEREMOS FUZILAMENTOS”, : 27.05.1975. Nachingúea. Tanzânia. (Nachingwea, Tanzania)(Repetição)
Nachingueia, Farm 17, sul de
Tanzânia. Manhã de um dia diferente no mês de Janeiro de 1975. Alguns
Homens e mulheres abatidos estão perfilados perante Samora Machel, e o
então 1º Ministro Joaquim Chissano (do Governo de Transição com os portugueses, 20 Setembro 1974 - 24 Junho 1975) passando revista e verificando até que ponto a “sessão” da noite anterior no mato (tortura até ao amanhecer) tinham causado danos físicos aos apresentados (o cronista desta coluna estava num desses grupos).
O destino desses homens e mulheres está em jogo. Samora Machel dirige-se ao veterano nacionalista Adelino Gúambe (Gwambe) com a saudação (em shangane): - “Kundjane uá ly kaya?” (Como estás patrício da terra?). Adelino Gúambe responde com altivez de mãos nos bolsos: - ”Chaúane mufana uá mina”… (olá meu miúdo) …
Valentim o Pide tetense, mestre da tortura “reconvertido,” e os guardas de capacete de imediato tiram-lhe as mãos dos bolsos com brusquidão. Mas Adelino uá kaGúambe coloca-as de novo nos bolsos, em desafio. Samora sorri condescendente.
Veja em
Download Maneno Dossier Nachingwea-1
O destino desses homens e mulheres está em jogo. Samora Machel dirige-se ao veterano nacionalista Adelino Gúambe (Gwambe) com a saudação (em shangane): - “Kundjane uá ly kaya?” (Como estás patrício da terra?). Adelino Gúambe responde com altivez de mãos nos bolsos: - ”Chaúane mufana uá mina”… (olá meu miúdo) …
Valentim o Pide tetense, mestre da tortura “reconvertido,” e os guardas de capacete de imediato tiram-lhe as mãos dos bolsos com brusquidão. Mas Adelino uá kaGúambe coloca-as de novo nos bolsos, em desafio. Samora sorri condescendente.
Veja em
Download Maneno Dossier Nachingwea-1
Posted at 18:45 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
26/06/2017
OS RAPTOS DE SIMANGO E GWENJERE - AS MORTES DE SIMANGO, GWENJERE E OUTROS(Repetição)
Trata-se
de dois artigos, publicados no semanário SAVANA em 1995, que MOÇAMBIQUE
PARA TODOS aqui recorda para melhor conhecimento da História de
Moçambique.
Leia em: Download raptossimangogwenjere_savana1995.pdf
Leia em: Download raptossimangogwenjere_savana1995.pdf
Posted at 18:06 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Macau - China | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
07/11/2016
Décadas depois da sua execução extrajudicial no Niassa(Repetição)
«Reaccionária» Joana Simeão foi finalmente julgada
por LUÍS NHACHOTE
O
“Viúvo” depois de mais de trinta anos de batalha campal com as
autoridades judiciais para obter a certidão de óbito, da “falecida”, já
está “divorciado” da “reaccionária” e deve contrair matrimónio em
Setembro com a actual esposa
Joana
Francisca Fonseca Simeão, figura política incontornável da história
recente e que se destacou ao receber o epíteto de “reaccionária” pelos
seus adversários e detractores políticos, foi finalmente julgada num
caso de “divórcio contencioso”, em finais do ano passado.
Apesar
de fuzilada pelos seus guardiães (o Estado, representado pelo Partido
Frelimo), que até isso tornaram público, o mesmo Estado, que a teve, a
ela e a outros sob sua guarda, foi quem, ironicamente, a representou,
através do Ministério Público (MP), no desfecho de um caso que,
certamente, irá constar dos anais do Direito.
Estando
ela em “parte incerta”, como constava da nota que a solicitava a
responder em juízo, nada mais restou ao tribunal – depois de cerca de
três anos – que conceder o divórcio ao “viúvo” Francisco Joaquim Manuel,
com quem ela contraíra matrimónio em 1974.
Posted at 17:46 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
30/05/2016
Grande entrevista com neto de Lázaro Kavandame(Repetição)
Ala sulista da Frelimo maquinou assassinatos contra cidadãos do norte do país
– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa.
Leia em Download CMC_n178_netoKavandame
– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa.
Leia em Download CMC_n178_netoKavandame
Posted at 23:21 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
07/04/2016
04/12/2015
Os campos de reeducação tinham um objectivo nobre – Joaquim Chissano
Por Ricardo Mudaukane
Símbolos de terror e motivo de calafrios para muitas pessoas, os campos de reeducação que a Frelimo criou após a independência tinham um propósito nobre, a “reeducação e dignificação”, considera o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano.
Chissano recuou no tempo para tocar num tema altamente fracturante na sociedade moçambicana, durante uma palestra sobre os 40 anos da independência nacional, promovida, na segunda-feira, pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC).
“Acusaram-nos de criar uma Sibéria em Moçambique, mas aquilo não eram deportações, aqueles indivíduos estavam a ser reeducados”, declarou Chissano, distanciando os campos de reeducação fundados pelo partido no poder em Moçambique com os “gulags”, o sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão, em geral, que se opusesse ao regime da União Soviética, criados na inóspita Sibéria.
No Niassa, para onde foi deslocada a maioria dos desterrados, prosseguiu o ex-chefe de Estado moçambicano, há pessoas que agradecem o facto de terem sido enviadas para os campos de reeducação.
Símbolos de terror e motivo de calafrios para muitas pessoas, os campos de reeducação que a Frelimo criou após a independência tinham um propósito nobre, a “reeducação e dignificação”, considera o antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano.
Chissano recuou no tempo para tocar num tema altamente fracturante na sociedade moçambicana, durante uma palestra sobre os 40 anos da independência nacional, promovida, na segunda-feira, pelo Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC).
“Acusaram-nos de criar uma Sibéria em Moçambique, mas aquilo não eram deportações, aqueles indivíduos estavam a ser reeducados”, declarou Chissano, distanciando os campos de reeducação fundados pelo partido no poder em Moçambique com os “gulags”, o sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão, em geral, que se opusesse ao regime da União Soviética, criados na inóspita Sibéria.
No Niassa, para onde foi deslocada a maioria dos desterrados, prosseguiu o ex-chefe de Estado moçambicano, há pessoas que agradecem o facto de terem sido enviadas para os campos de reeducação.
Posted at 23:08 in História, M'Telela - Niassa e outros, Opinião | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
01/12/2015
28/10/2015
ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (25)
OS FACTOS IMPORTANTES QUE OS MOÇAMBICANOS DESCONHEÇEM DA VERDADEIRA HISTÓRIA DA FRELIMO
Eu Zeca Caliate, conheço melhor que ninguém a verdadeira história da Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, tão bem como a palma das minhas mãos e por isso, irei continuar a divulgar a realidade vivida e o percurso daquele Partido Frelimo, desde o princípio da luta armada pela Independência Nacional, que teve início no dia 25 de Setembro de 1964 nas quatro Províncias de Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, até ao ano de 1967. Parecia que tudo decorria normalmente, quando de repente, verificàmos uma inesperada e súbita tenção que alterou o bom funcionamento do quotidiano, situação essa criada pela Teia dos Renegados, que se haviam infiltrado no seio da organização que lutava pela Independência, sem que ninguém se apercebesse.
Como resultado, o pior aconteceu quando o Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Dr. Eduardo Mondlane, se deixou manipular por essa Teia de Deuses conterrâneos, naturais da Província de Gaza, autorizando-os a atuar livremente dentro da organização. Mais tarde, o grupo viria a transformar-se num bando de assassinos que desgraçaram vidas de muitos compatriotas. Esse grupo altamente perigoso, tinha duas ramificações, uma com ligações no exterior ou seja com o mundo marxista-leninista, outra tinha ligações fortes com alguns comandantes no interior do País, que pertenciam à facção de Samora Moisés Machel. Este ultimo grupo, com autorização do próprio Presidente Dr. Eduardo Mondlane, conjurava e preparava a supressão do comandante supremo Filipe Samuel Magaia, chefe dos Departamentos de Defesa e de Segurança (D.S.D.), por quem não depositavam confiança, nem nos seus quadros mais chegados. A intenção era assassinálos, causar o pânico no seio da organização para depois tomar o controlo, após liquidarem os membros principais e Fundadores do Partido Frelimo. Aniquilaram o antigo Comité Central (CC) e por fim, executaram com sucesso o Dr. Eduardo Mondlane. Ficou assim decidido o que viria a ser um futuro incerto para os Moçambicanos até aos dias de hoje.
A partir de 1969 para diante, Samora Moisés Machel e a sua seita, receberam muito apoio material e moral do Governo Tanzâniano, liderado por Júlios Kambraji Nyerere Presidente de Tanganiyka, pois o golpe final, havia sido consumado dentro da Frelimo. Será que os Moçambicanos se deram bem conta de isso??? Foi assim que os ventos de Liberdade, mudaram de uma vez por todas até a Independência!!! O que eles vos contam, não é verdade, apenas querem cobrir o mal que fizeram ao longo da história. Por isso, aqui publico uma lista nominal dos principais autores de muitos assassinatos cometidos no seio da chamada Frente de Libertação/Liquidação de Moçambique, que são os seguintes:
1- Em 1969, Samora Moisés Machel, proclamou-se Unilateralmente Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, após ter assassinado o seu chefe Filipe Samuel Magaia, com consentimento do próprio Presidente da Frelimo Dr. Eduardo Mondlane, que mais tarde viria a ser também vítima de assassinato sem que ninguém assumisse culpas, para se salvaguardarem e culparem a PIDE/DGS Portuguesa. Não é verdade, é tudo falso, foram eles mesmos os autores das mortes de Magaia, Modlane, Simango, Nungu etc.
Eu Zeca Caliate, conheço melhor que ninguém a verdadeira história da Frente de Libertação de Moçambique, Frelimo, tão bem como a palma das minhas mãos e por isso, irei continuar a divulgar a realidade vivida e o percurso daquele Partido Frelimo, desde o princípio da luta armada pela Independência Nacional, que teve início no dia 25 de Setembro de 1964 nas quatro Províncias de Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, até ao ano de 1967. Parecia que tudo decorria normalmente, quando de repente, verificàmos uma inesperada e súbita tenção que alterou o bom funcionamento do quotidiano, situação essa criada pela Teia dos Renegados, que se haviam infiltrado no seio da organização que lutava pela Independência, sem que ninguém se apercebesse.
Como resultado, o pior aconteceu quando o Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, Dr. Eduardo Mondlane, se deixou manipular por essa Teia de Deuses conterrâneos, naturais da Província de Gaza, autorizando-os a atuar livremente dentro da organização. Mais tarde, o grupo viria a transformar-se num bando de assassinos que desgraçaram vidas de muitos compatriotas. Esse grupo altamente perigoso, tinha duas ramificações, uma com ligações no exterior ou seja com o mundo marxista-leninista, outra tinha ligações fortes com alguns comandantes no interior do País, que pertenciam à facção de Samora Moisés Machel. Este ultimo grupo, com autorização do próprio Presidente Dr. Eduardo Mondlane, conjurava e preparava a supressão do comandante supremo Filipe Samuel Magaia, chefe dos Departamentos de Defesa e de Segurança (D.S.D.), por quem não depositavam confiança, nem nos seus quadros mais chegados. A intenção era assassinálos, causar o pânico no seio da organização para depois tomar o controlo, após liquidarem os membros principais e Fundadores do Partido Frelimo. Aniquilaram o antigo Comité Central (CC) e por fim, executaram com sucesso o Dr. Eduardo Mondlane. Ficou assim decidido o que viria a ser um futuro incerto para os Moçambicanos até aos dias de hoje.
A partir de 1969 para diante, Samora Moisés Machel e a sua seita, receberam muito apoio material e moral do Governo Tanzâniano, liderado por Júlios Kambraji Nyerere Presidente de Tanganiyka, pois o golpe final, havia sido consumado dentro da Frelimo. Será que os Moçambicanos se deram bem conta de isso??? Foi assim que os ventos de Liberdade, mudaram de uma vez por todas até a Independência!!! O que eles vos contam, não é verdade, apenas querem cobrir o mal que fizeram ao longo da história. Por isso, aqui publico uma lista nominal dos principais autores de muitos assassinatos cometidos no seio da chamada Frente de Libertação/Liquidação de Moçambique, que são os seguintes:
1- Em 1969, Samora Moisés Machel, proclamou-se Unilateralmente Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, após ter assassinado o seu chefe Filipe Samuel Magaia, com consentimento do próprio Presidente da Frelimo Dr. Eduardo Mondlane, que mais tarde viria a ser também vítima de assassinato sem que ninguém assumisse culpas, para se salvaguardarem e culparem a PIDE/DGS Portuguesa. Não é verdade, é tudo falso, foram eles mesmos os autores das mortes de Magaia, Modlane, Simango, Nungu etc.
15/10/2015
Testemunhas de Geová e a Frelimo - um depoimento(repetição) (A propósito da actual religiosidade dos maiores da Frelimo)
Eu vivi isso e fico pasmado sem saber quando é que esta gente faz teatro e ou se só fazem teatro.
Em 1977 +/- por ai mês de Abril viva eu arredores da cidade de Lourenço Marques, petiz que era costumava empurrar um pneu com paus para facilitar o trabalho de empurrar metia um pouco de água ensaboada espumando, foi exactamente num dia que em não tinha ido a escola pois era sábado, brincava com a minha turma e simulava-mos ser eu motorista de um machimbombo, claro que tal machimbombo era produto da nossa imaginação os passageiros iam agarrados uns aos outros, eu simulava aqueles guinchares dos travões e a campainha do machimbombo, de repente minha mãe gritou com aquela voz que lhe era característica Khanga Hanhanhou (chamou pelo meu real nome e não este), eu menino obediente larguei o guiador do meu machimbombo e passei a tarefa para o passageiro imediato, sai correndo para casa que distava por ai uns 15 metros do local onde brincava-mos.
Chegado a casa a minha mãe mandou-me lavar as mãos para ir cumprimentar o meu tio Grawuane (professante da fé testemunho de Jeová), eu que adorava o meu tio fui correndo lavei as mãos, limpei-as e fui a sala cumprimentar o meu tio, no acto este como sempre tirou dois pirolitos que eu adorava feito um doido, logo virei e sai correndo minha mãe chamou de novo e perguntou, filho quando alguém te oferece algo o que se diz? Eu embaraçado voltei para junto do meu tio e disse obrigado tio, enquanto falava tinha os olhos cabisbaixo de vergonha pois aquela falta era de facto sancionável dentro dos domínios da minha família.
Em 1977 +/- por ai mês de Abril viva eu arredores da cidade de Lourenço Marques, petiz que era costumava empurrar um pneu com paus para facilitar o trabalho de empurrar metia um pouco de água ensaboada espumando, foi exactamente num dia que em não tinha ido a escola pois era sábado, brincava com a minha turma e simulava-mos ser eu motorista de um machimbombo, claro que tal machimbombo era produto da nossa imaginação os passageiros iam agarrados uns aos outros, eu simulava aqueles guinchares dos travões e a campainha do machimbombo, de repente minha mãe gritou com aquela voz que lhe era característica Khanga Hanhanhou (chamou pelo meu real nome e não este), eu menino obediente larguei o guiador do meu machimbombo e passei a tarefa para o passageiro imediato, sai correndo para casa que distava por ai uns 15 metros do local onde brincava-mos.
Chegado a casa a minha mãe mandou-me lavar as mãos para ir cumprimentar o meu tio Grawuane (professante da fé testemunho de Jeová), eu que adorava o meu tio fui correndo lavei as mãos, limpei-as e fui a sala cumprimentar o meu tio, no acto este como sempre tirou dois pirolitos que eu adorava feito um doido, logo virei e sai correndo minha mãe chamou de novo e perguntou, filho quando alguém te oferece algo o que se diz? Eu embaraçado voltei para junto do meu tio e disse obrigado tio, enquanto falava tinha os olhos cabisbaixo de vergonha pois aquela falta era de facto sancionável dentro dos domínios da minha família.
Posted at 23:09 in Defesa, História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
13/10/2015
ZECA CALIATE - VOZ DA VERDADE (23)
A Frelimo...querem saber!?...devia estar já depositada numa gaveta do museu Histórico de Moçambique
Pela primeira vez, oiço um dirigente da Frelimo, o ex-presidente de Moçambique Joaquim Alberto Chissano, falar de reconciliação de todos os Moçambicanos, para se alcançar a paz pretendida no País. São verdadeiramente estranhas tais afirmações de Chissano. Então não se recorda que ele foi dos elementos da Teia Renegada que desprezou as outras forças políticas que existiam no País?? Este facto, é do conhecimento de todos. Enquanto na vizinha África do Sul, após a guerra, houve entre o regime do Apartheid e o ANC e as outras forças políticas, um convénio de forma que a seguir á Independência do País, se constituísse uma comissão para a reconciliação Nacional, sem olhar o passado, salvaguardando negros, brancos, mestiços etc. Em todos os Sul-Africanos criaram um sentimento e um clima de confiança, unindo-os num esforço comum para o desenvolvimento do País.
A Frelimo, não quis nem aceitou sentar-se à mesma mesa da auto-critica, com os outros partidos, quando chegou ao poder. Tomou todos os demais como 100% reaccionários e inimigos da Pátria. Razões egoístas e de oportunidade política, desde logo quiseram monopolizar o Poder e dividi-lo entre eles, não obstante o País não ser propriedade exclusiva de um só grupo de Moçambicanos. O Dr. Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, em várias ocasiões nas suas conferências quando em vida, se lhe perguntavam qual seria o futuro da Frelimo após alcançar a vitória final, dizia sempre que a Frelimo, era apenas um movimento que lutava pela liberdade e Independência Nacional. Depois de alcançada a vitória, iria ocupar um lugar no Museu da História de todos os Moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e de Zumbo ao Oceano Índico. Significava esta afirmação que os Moçambicanos poderiam livremente formar os seus Partidos e disputar eleições livres e democráticas. O vencedor formaria governo e naturalmente não devia excluir a presença e a actividade da oposição. Eu, assisti a vários discursos do Presidente Dr. Eduardo Mondlane, em Bagamoyo, Kongwa, etc. Estive na sua residência em Oster-Bay como segurança e via jornalistas entrarem e saírem, mas nunca ouvi da boca do Presidente, dizer que depois de Portugal descolonizar Moçambique, seriamos nós Frelimo, que continuaria-mos a colonizar ou escravizar os Moçambicanos.
Pela primeira vez, oiço um dirigente da Frelimo, o ex-presidente de Moçambique Joaquim Alberto Chissano, falar de reconciliação de todos os Moçambicanos, para se alcançar a paz pretendida no País. São verdadeiramente estranhas tais afirmações de Chissano. Então não se recorda que ele foi dos elementos da Teia Renegada que desprezou as outras forças políticas que existiam no País?? Este facto, é do conhecimento de todos. Enquanto na vizinha África do Sul, após a guerra, houve entre o regime do Apartheid e o ANC e as outras forças políticas, um convénio de forma que a seguir á Independência do País, se constituísse uma comissão para a reconciliação Nacional, sem olhar o passado, salvaguardando negros, brancos, mestiços etc. Em todos os Sul-Africanos criaram um sentimento e um clima de confiança, unindo-os num esforço comum para o desenvolvimento do País.
A Frelimo, não quis nem aceitou sentar-se à mesma mesa da auto-critica, com os outros partidos, quando chegou ao poder. Tomou todos os demais como 100% reaccionários e inimigos da Pátria. Razões egoístas e de oportunidade política, desde logo quiseram monopolizar o Poder e dividi-lo entre eles, não obstante o País não ser propriedade exclusiva de um só grupo de Moçambicanos. O Dr. Eduardo Mondlane, primeiro Presidente da Frente de Libertação de Moçambique, em várias ocasiões nas suas conferências quando em vida, se lhe perguntavam qual seria o futuro da Frelimo após alcançar a vitória final, dizia sempre que a Frelimo, era apenas um movimento que lutava pela liberdade e Independência Nacional. Depois de alcançada a vitória, iria ocupar um lugar no Museu da História de todos os Moçambicanos, do Rovuma ao Maputo e de Zumbo ao Oceano Índico. Significava esta afirmação que os Moçambicanos poderiam livremente formar os seus Partidos e disputar eleições livres e democráticas. O vencedor formaria governo e naturalmente não devia excluir a presença e a actividade da oposição. Eu, assisti a vários discursos do Presidente Dr. Eduardo Mondlane, em Bagamoyo, Kongwa, etc. Estive na sua residência em Oster-Bay como segurança e via jornalistas entrarem e saírem, mas nunca ouvi da boca do Presidente, dizer que depois de Portugal descolonizar Moçambique, seriamos nós Frelimo, que continuaria-mos a colonizar ou escravizar os Moçambicanos.
18/09/2015
Recordando: Entrevista com Marcelino dos Santos por Emílio Manhique, Televisão de Moçambique,19 de Setembro de 2005 no Programa: “No Singular”
Emílio Manhique:
Lázaro Nkavandame, Gwenjere, Joana Simeão foram mortos depois da
independência, mas a Frelimo tinha dito que iam ser reeducados, que iam
servir de exemplo. Porque é que foram mortos sem sequer nenhum
julgamento?
Marcelino dos Santos: Naturalmente... primeiro porque consideramos que era justiça.
Manhique: Justiça popular?
Marcelino dos Santos: Altamente popular, exercida...
Manhique:... mas foi uma justiça de um movimento guerrilheiro, não de um partido.
Marcelino dos Santos: Justiça contra traidores porque qualquer um deles se aliou ao colonialismo português.
Manhique: Mas porque é que a Frelimo primeiro disse que iam servir de exemplo?
Marcelino dos Santos: Sim, e depois sobreveio a acção, a tentativa do inimigo de buscar elementos moçambicanos descontentes, em particular aqueles que pudessem ser-lhes bastante úteis. Então, aquela consciência que nós tínhamos inicialmente de que são traidores e que, portanto, deveriam ser executados. Bom, numa certa medida podemos dizer que surgiram as condições que forçaram a implementação de uma preocupação e de um sentimento muito, muito, muito antigo porque é bom não esquecer que Lázaro Nkavandame...
Manhique: E porque é que não se informou o povo?
Marcelino dos Santos: Naturalmente... primeiro porque consideramos que era justiça.
Manhique: Justiça popular?
Marcelino dos Santos: Altamente popular, exercida...
Manhique:... mas foi uma justiça de um movimento guerrilheiro, não de um partido.
Marcelino dos Santos: Justiça contra traidores porque qualquer um deles se aliou ao colonialismo português.
Manhique: Mas porque é que a Frelimo primeiro disse que iam servir de exemplo?
Marcelino dos Santos: Sim, e depois sobreveio a acção, a tentativa do inimigo de buscar elementos moçambicanos descontentes, em particular aqueles que pudessem ser-lhes bastante úteis. Então, aquela consciência que nós tínhamos inicialmente de que são traidores e que, portanto, deveriam ser executados. Bom, numa certa medida podemos dizer que surgiram as condições que forçaram a implementação de uma preocupação e de um sentimento muito, muito, muito antigo porque é bom não esquecer que Lázaro Nkavandame...
Manhique: E porque é que não se informou o povo?
Posted at 10:28 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos, Uria Simango | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
29/07/2015
História da Frelimo - O Assassinato do Zambeziano Pedro Câmara
O
«Moçambique para Todos» por várias vezes referiu-se ao caso do
zambeziano, Pedro Câmara, que na década de 70 desertou das fileiras do
exército colonial para se juntar à luta pela independência nacional.
Foram diversas as fontes a que o «Moçambique para Todos» fez referência,
nomeadamente:
Um estudo do académico americano, Harry West, publicado há uns anos em Lisboa com o título «Kupilikula: o Poder e o Invisível em Mueda, Moçambique»,, aponta a Base Moçambique na Província de Cabo Delgado, como sendo o local de execuções sumárias, da justiça popular, dos encontros com a morte. Harry West diz na sua obra que a Base Moçambique estava dividida em 4 quatro bases, nomeadamente Moçambique A (ou base de artilharia), Moçambique B (base de defesa antiaérea), Moçambique C (base de produção agrícola e pecuária), e Moçambique D (base de segurança interna).
Moçambique D tinha como comandante Salésio Teodoro Nalyambipano, chefe provincial do Departamento de Segurança da Frelimo em Cabo Delgado. Lagos Lidimo era o adjunto de Salésio Nalyambipano.
- O livro de memórias de Raimundo Pachinuapa
- O depoimento de um antigo comandante da Frelimo, Zeca Caliate, autor do livro «Odisseia de um Guerrilheiro»
- Uma reportagem do jornal tanzaniano, «Daily News», edição de 22 de Outubro de 1972
- O livro de memórias de Sérgio Vieira, «Participei, por isso testemunho»
Um estudo do académico americano, Harry West, publicado há uns anos em Lisboa com o título «Kupilikula: o Poder e o Invisível em Mueda, Moçambique»,, aponta a Base Moçambique na Província de Cabo Delgado, como sendo o local de execuções sumárias, da justiça popular, dos encontros com a morte. Harry West diz na sua obra que a Base Moçambique estava dividida em 4 quatro bases, nomeadamente Moçambique A (ou base de artilharia), Moçambique B (base de defesa antiaérea), Moçambique C (base de produção agrícola e pecuária), e Moçambique D (base de segurança interna).
Moçambique D tinha como comandante Salésio Teodoro Nalyambipano, chefe provincial do Departamento de Segurança da Frelimo em Cabo Delgado. Lagos Lidimo era o adjunto de Salésio Nalyambipano.
Posted at 00:56 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
26/06/2015
23/06/2015
18/06/2015
Segundo General Jacinto Veloso: "Não lutamos para ser pobres"
O
General na Reserva e antigo Combatente da Luta de Libertação Nacional,
Jacinto Veloso, diz que apesar de existir um fosso muito grande entre
pobres e ricos,40 anos depois da independência do país, é justo que os
combatentes da primeira linha tenham riqueza. O ministro de Segurança na
governação de Samora Machel considera que, “não lutamos para ser
pobres”. Em grande entrevista ao Debate, Veloso diz que comportamentos
incorrectos de alguns “camaradas” trazem consequências negativas na
Frelimo, facto que reflecte no comportamento do eleitorado.
Para ele, o que mancha a democracia moçambicana é o facto de continuarmos com um partido armado, uma situação estranha, no seu sentimento, devendo ser a única no mundo. Veloso avança que Afonso Dhlakama deveria encontrar uma outra saída, que não seja ameaça de guerra. Num outro diapasão, o também autor de “Memórias de Voo Rasante”, diz que este não é o país que se tinha sonhado quando se desencadeou a guerra de libertação nacional. Quarenta anos depois, a fonte diz que Moçambique ainda tem muitos desafios pela frente para poder alcançar o bem-estar. Acompanhe na íntegra a conversa com o general.
Debate (D) – A independência nacional era um imperativo para todos os moçambicanos, porém, só foi possível, na altura, com um grupo de jovens, do qual você faz parte, que decidiram juntar-se, em Dar-es-Salam, Tanzânia, fundando a FREFIMO, movimento que desencadeou a guerra que culminou com a proclamação da independência, a 25 de Junho de 1975. Volvidos 40 anos, será que é este Moçambique que se almejava nas várias vertentes?
Para ele, o que mancha a democracia moçambicana é o facto de continuarmos com um partido armado, uma situação estranha, no seu sentimento, devendo ser a única no mundo. Veloso avança que Afonso Dhlakama deveria encontrar uma outra saída, que não seja ameaça de guerra. Num outro diapasão, o também autor de “Memórias de Voo Rasante”, diz que este não é o país que se tinha sonhado quando se desencadeou a guerra de libertação nacional. Quarenta anos depois, a fonte diz que Moçambique ainda tem muitos desafios pela frente para poder alcançar o bem-estar. Acompanhe na íntegra a conversa com o general.
Debate (D) – A independência nacional era um imperativo para todos os moçambicanos, porém, só foi possível, na altura, com um grupo de jovens, do qual você faz parte, que decidiram juntar-se, em Dar-es-Salam, Tanzânia, fundando a FREFIMO, movimento que desencadeou a guerra que culminou com a proclamação da independência, a 25 de Junho de 1975. Volvidos 40 anos, será que é este Moçambique que se almejava nas várias vertentes?
Posted at 20:03 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink
|
Comments (5)
ShareThis
14/06/2015
STV-Operação Produção2(video)
Parabéns à STV por relembrar (embora de forma suave) estes terríveis
tempos do Moçambique independente. Lastimo que nenhum dos responsáveis
se tivesse retratado ou, ao menos, pedisse desculpa por tanto mal que
então foi feito e nunca reparado. Porque não foi ouvido Armando Guebuza?
Ou recusou? Como disse Vieira Mário(único) foi um atentado aos Direitos
Humanos. Para quando o julgamento dos responsáveis? Por baixo, fala-se
em mais de 40.000 pessoas com uma sobrevivência mínima. Mas os
responsáveis estão quase todos vivos e bem na vida.
Vejam http://blog.macua.us/moambique_para_todos/2015/06/stv-opera%C3%A7%C3%A3o-produ%C3%A7%C3%A3ovideo.html
Vejam http://blog.macua.us/moambique_para_todos/2015/06/stv-opera%C3%A7%C3%A3o-produ%C3%A7%C3%A3ovideo.html
14/05/2015
"O poder do poder: Operação Produção (1983) e a produção dos 'improdutivos' urbanos no Moçambique pós - colonial", por Carlos Domingos Quembo
Resumo
Com ênfase em sociologia política e particularmente no processo da produção social de políticas, este artigo traz uma outra interpretação, das várias existentes, sobre a Operação Produção (1983). Longe do discurso político que sugere uma ligação entre esta medida e a necessidade política e económica de tornar 'produtivo' e úteis à sociedade os 'improdutivos' urbanos, sem menosprezar o aspecto racional (no sentido sociológico do termo) e o valor do discurso político, aqui procurar-se-á mostrar que é mais a construção social, a representação, a percepção e o sistema de referênciais sobre os 'improdutivos', partilhadas no seio da Frelimo, nos anos 1980, que leva à Operação de Produção e ao seu modus operandi. Baseado em entrevistas, em documentos de imprensa escrita da época, principalmente Notícias e Tempo*, a literatura estrangeira e nacional acessível, directa ou indirectamente relacionada com o objecto de estudo, no cruzamento de métodos da ciência política e da sociologia histórica da politica, este estudo pretende ser uma contribuição à literatura sobre a trajectória política do Moçambique pós-Colonial.
Leia em Download CQuemboCdhM20121
Com ênfase em sociologia política e particularmente no processo da produção social de políticas, este artigo traz uma outra interpretação, das várias existentes, sobre a Operação Produção (1983). Longe do discurso político que sugere uma ligação entre esta medida e a necessidade política e económica de tornar 'produtivo' e úteis à sociedade os 'improdutivos' urbanos, sem menosprezar o aspecto racional (no sentido sociológico do termo) e o valor do discurso político, aqui procurar-se-á mostrar que é mais a construção social, a representação, a percepção e o sistema de referênciais sobre os 'improdutivos', partilhadas no seio da Frelimo, nos anos 1980, que leva à Operação de Produção e ao seu modus operandi. Baseado em entrevistas, em documentos de imprensa escrita da época, principalmente Notícias e Tempo*, a literatura estrangeira e nacional acessível, directa ou indirectamente relacionada com o objecto de estudo, no cruzamento de métodos da ciência política e da sociologia histórica da politica, este estudo pretende ser uma contribuição à literatura sobre a trajectória política do Moçambique pós-Colonial.
Leia em Download CQuemboCdhM20121
Posted at 19:46 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
17/11/2014
The Life and Walks of Dr. José C. Massinga (1930-2010), por Solomon Mondlane(Repetição)
(Tradução automática. Texto original em inglês no link ao fundo)
"Nenhuma verdade, sem futuro" Desmond Tutu
A vida e passeios a pé do Dr. José Chicuarra Massinga é a extraordinária história real de um político que sofria de sua infância até os dias quando ele pensou que estavam todos os sofrimentos.
Ele começou a política quando era jovem, desafiando a autoridade do seu distrito na Guma depois que o governador Português mudou sua chieftaincy tribal para outra tribo.
Ele também desafiou os professores onde estudou em ssues desleal que lhes digam respeito os estudantes. Embora ele foi brilhante, que foi demitido da sua escola onde ele estava fazendo uma última classe no seminário Namaacha.
Dr. Massinga queria mais educação. Ele tentou aplicar a muitas escolas do Marques de Lorenzo, em seguida, mas ele não foi aceite. Ele teve a oportunidade de conhecer o Dr. Eduardo Mondlane Chivambo o primeiro moçambicano preto para obter um doutorado e o primeiro moçambicano preto para trabalhar nos escritórios de UN. Dr. Mondlane ajudou Massinga Dr. para obter uma bolsa para estudar no exterior. Não foi fácil para o Dr. Massinga deixar o país para o português não permitiria que o fazer. Ele foi preso sob a lei portuguesa, que impediu os negros para ir fora do país. Ele escapou através da Suazilândia.
Posted at 15:58 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
A Clown In A President - Samora Moises Machel ~A Comedian and A Dictator, por Solomon Mondlane
INTRODUCTION
During the 3rd century, the Bantu tribes - mainly from Central and Western Africa - moved into Mozambique. In the 11th century, the Shona also moved into the country, in great numbers, and, consequently, occupied a large portion of Mozambique.
In 1498, Vasco da Gama led the first Portuguese settlers into Mozambique. This influenced many Arabs and Indians to partake in the trading market. The Portuguese moved into the country in large numbers and, eventually, appropriated the land, as well as the mineral resources, from the Indigenous Mozambicans.
In the 18th century, Mozambique became a market centre for slave trade. The slave industry existed until 1842, when it was officially banned. By then, Mozambique had become a Portuguese colony, which resulted in Mozambique becoming one of Portugal’s provinces under the Salazar government. All the laws that were passed in Lisbon were made effective in Mozambique.
Leia tudo em Download A Clown In A President
During the 3rd century, the Bantu tribes - mainly from Central and Western Africa - moved into Mozambique. In the 11th century, the Shona also moved into the country, in great numbers, and, consequently, occupied a large portion of Mozambique.
In 1498, Vasco da Gama led the first Portuguese settlers into Mozambique. This influenced many Arabs and Indians to partake in the trading market. The Portuguese moved into the country in large numbers and, eventually, appropriated the land, as well as the mineral resources, from the Indigenous Mozambicans.
In the 18th century, Mozambique became a market centre for slave trade. The slave industry existed until 1842, when it was officially banned. By then, Mozambique had become a Portuguese colony, which resulted in Mozambique becoming one of Portugal’s provinces under the Salazar government. All the laws that were passed in Lisbon were made effective in Mozambique.
Leia tudo em Download A Clown In A President
Posted at 15:42 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
16/11/2014
Filho quer saber onde está o pai preso pela Frelimo(Repetição)
José Zitha desapareceu após famosos julgamentos de "reaccionários" em Nachingwea
Pode ter a resposta o Presidente Armando Guebuza
“Mesmo agora talvez a situação tenha melhorado mas é muito difícil."
O filho de um cidadão moçambicano que desapareceu após ter sido preso pela FRELIMO durante o período de transição para a independência do país diz que tenciona levantar o caso junto das instâncias jurídicas do país.
Isto depois da Comissão de Direitos Humanos da União Africana ter rejeitado um pedido para decidir sobre o caso afirmando que não tinham ainda sido esgotados os recursos jurídicos moçambicanos sobre o caso.
José Zitha foi preso em finais de 1974 durante o período de transição em Moçambique. Sabe-se que foi levado para o campo de Nachingwea na Tanzânia onde juntamente com centenas de outros foi alvo de um julgamento da Frelimo (o actual partido no poder em Moçambique) sob acusações de colaboração com o regime colonial ou de actividades contra revolucionárias.
O seu filho Pacelli Zitha, com a ajuda de uma advogada holandesa, levou o caso á Comissão de Direitos Humanos da União Africana.
Posted at 11:28 in História, M'Telela - Niassa e outros, Nacionalidade-Cidadania - Direitos Humanos, África - SADC | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
05/11/2014
PALMIRA!
XIPALAPALA por: João de Sousa
joaodesousa47@gmail.com
Palmira era uma das esbeltas negras da Craveiro Lopes. Morava na zona das Lagoas, ali bem perto da esquadra da polícia. Vendia, coitada, o corpo a troco de 20 escudos. Tinha dois filhos. Hoje não sabe deles e “se calhar também eles já se esqueceram que têm mãe”. Foi muito recentemente à Rádio Moçambique colocar um anúncio nas emissões em língua ronga e changane, solicitando a quem soubesse do paradeiro das “crianças”, hoje com mais de 30 anos de idade, que entrassem em contacto com ela via celular. Já passam 15 dias e nada.
A Palmira que encontrei há dias não é (nem podia ser) a mesma que deambulava pelas noites das Lagoas à procura de clientes. Mais velha, agora na casa dos quase 70 anos de idade, mas deixando transparecer que beleza foi coisa que passou por aquele corpo na década de 60.
Hoje, e volvidos mais de 30 anos, ainda sofre os efeitos duma maldita e mal implementada “operação produção” de Junho de 1983, que só na cidade de Maputo afectou entre 50 e 100 mil pessoas. Quem conseguisse provar que trabalhava ou estudava, tinha direito a ficar. Quem não provasse seguia outro rumo, desconhecido por todos e até, talvez, pelos mentores da dita medida, que, revolucionariamente, visava limpar os centros urbanos de pessoas improdutivas, numa tentativa, já naquele tempo, de travar o hoje preocupante êxodo rural para as cidades.
joaodesousa47@gmail.com
Palmira era uma das esbeltas negras da Craveiro Lopes. Morava na zona das Lagoas, ali bem perto da esquadra da polícia. Vendia, coitada, o corpo a troco de 20 escudos. Tinha dois filhos. Hoje não sabe deles e “se calhar também eles já se esqueceram que têm mãe”. Foi muito recentemente à Rádio Moçambique colocar um anúncio nas emissões em língua ronga e changane, solicitando a quem soubesse do paradeiro das “crianças”, hoje com mais de 30 anos de idade, que entrassem em contacto com ela via celular. Já passam 15 dias e nada.
A Palmira que encontrei há dias não é (nem podia ser) a mesma que deambulava pelas noites das Lagoas à procura de clientes. Mais velha, agora na casa dos quase 70 anos de idade, mas deixando transparecer que beleza foi coisa que passou por aquele corpo na década de 60.
Hoje, e volvidos mais de 30 anos, ainda sofre os efeitos duma maldita e mal implementada “operação produção” de Junho de 1983, que só na cidade de Maputo afectou entre 50 e 100 mil pessoas. Quem conseguisse provar que trabalhava ou estudava, tinha direito a ficar. Quem não provasse seguia outro rumo, desconhecido por todos e até, talvez, pelos mentores da dita medida, que, revolucionariamente, visava limpar os centros urbanos de pessoas improdutivas, numa tentativa, já naquele tempo, de travar o hoje preocupante êxodo rural para as cidades.
11/10/2014
SOBRE A RENAMO, O APARTHEID E A GUERRA CIVIL EM MOÇAMBIQUE(Repetição)
Por: Barnabé Lucas Ncomo
Recentemente, reflectindo sobre o Ser e o Estar de algumas pessoas no nosso país, escreviamos que um dos grandes males que grassam na nossa sociedade é o fazer de conta, descambado este na institucionalização do acto de saber fingir colectivamente.
Numa
comunicação feita na Suíça por ocasião do 30° aniversário da
independência nacional, o jornalista/escritor moçambicano Mia Couto, a
certa altura da sua dissertação afirmou:
“Hoje fala-se da guerra civil em Moçambique como se esse conflito tivesse tido apenas contornos endógenos. É preciso não esquecer nunca:
essa guerra foi gerada no ventre do apartheid, estava desde o início
inscrita na chamada estratégia de agressão total contra os vizinhos da
África do Sul” (Mia Couto, 16 de junho de 2005. o sublinhado é nosso).
Em
última análise, Couto tenta transferir as responsabilidades do regime
da Frelimo no surgimento da guerra civil mocambicana para terceiros.
Concretamente, defende a tese de que a determinação dos mocambicanos em
lutar pelo estabelecimento duma ordem democratica foi inspirada no
apartheid e não nas condições específicas criadas em Mocambique na
sequência do estabelecimento de um regime totalitário de índole
marxista-leninista. Tal como Salazar, que repetia amiúde que durante a
vigência do regime fascista não havia uma oposição em Portugal, também a
Frelimo e os seus “acólitos” defendiam a mesma posição relativamente a
Moçambique no pós-independência. Mia Couto apenas apresenta-a de uma
forma diferente.
Posted at 00:01 in História, M'Telela - Niassa e outros, Opinião | Permalink
|
Comments (14)
ShareThis
20/09/2014
"Na Frelimo era norma fuzilar", Mariano Matsinhe em 04.09.2009(Repetição)
No contexto da Revolução “Na Frelimo era norma fuzilar pessoas”
Por Francisco Carmona e Emídio Beúla
Fotos de Naíta Ussene
Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória.
Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.
Sr. General, passam 34 anos após a proclamação da independência nacional. Este Setembro comemoramos 45 anos após a insurreição armada e 35 anos dos acordos de Lusaka. Quando olha para trás, que balanço faz deste Moçambique?
Recorde aqui Download Mariano-matsinhe--na-frelimo-era-norma-fuzilar-pessoas
Por Francisco Carmona e Emídio Beúla
Fotos de Naíta Ussene
Mariano Matsinhe (72anos), um dos símbolos da gesta de 25 de Setembro, confessa que não lhe agrada ouvir falar de órgãos de comunicação independentes. Para a velha guarda da Frelimo melhor se a designação passasse para órgãos independentes da Frelimo. Porque, acredita, dependentes o são de alguma coisa. Mas nem com isso, o homem que abandonou a engenharia civil (cursava o segundo ano) em Portugal para se juntar à Frelimo em 1962, não se coibiu em conversar com o SAVANA por quase uma hora, revivendo um percurso político sempre em reconstrução. Pelo caminho disse, entre outras revelações, que havia uma certa precipitação (necessária?) na tomada de decisões, que os campos de reeducação não foram um erro e que, volvidos quase 45 anos após o início da luta, não se arrepende de nada. Nem dos fuzilamentos, apesar de reconhecer alguns excessos do SNASP, um órgão do regime e de triste memória.
Acompanhe alguns extractos da conversa mantida última sexta-feira em Maputo.
Sr. General, passam 34 anos após a proclamação da independência nacional. Este Setembro comemoramos 45 anos após a insurreição armada e 35 anos dos acordos de Lusaka. Quando olha para trás, que balanço faz deste Moçambique?
Recorde aqui Download Mariano-matsinhe--na-frelimo-era-norma-fuzilar-pessoas
Posted at 15:44 in História, M'Telela - Niassa e outros, Morte Eduardo Mondlane - 03.02.1969 | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
05/09/2014
A(s) mão(s) de Guebuza no “dossiê M’telela”
Texto de Luís Nhachote*
Um documento do famigerado Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), obtido pelo Ikweli-Centro de Jornalismo Investigativo (Ikweli-CJI) sugere que os mais altos responsáveis do antigo Comité Político Permanente do Partido Frelimo foi quem “orientou” a execução extrajudicial de presos políticos mantidos no campo de reeducação de M’telela na província do Niassa.
Dos membros desse órgão do Partido Frelimo mencionados no documento, apenas Sebastião Marcos Mabote é que faleceu. Os restantes ainda encontram-se entre nós – Armando Emílio Guebuza, Alberto Joaquim Chipande e Marcelino dos Santos.
(Click nas imagens para ampliar) Barnabé Lucas Nkomo, autor do livro “Uria Simango: um homem, uma causa”, considera que foi “encontrada a prova cabal” e que as “dúvidas começam a ficar dissipadas” sobre aquilo que é considerado o crime mais bárbaro cometido pela direcção da Frelimo, pouco depois da proclamação da independência nacional.
Até hoje, a direcção do Partido Frelimo tem-se pautado por uma posição ambígua quanto à responsabilidade pelas execuções sumárias dos presos políticos moçambicanos.
Um documento do famigerado Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), obtido pelo Ikweli-Centro de Jornalismo Investigativo (Ikweli-CJI) sugere que os mais altos responsáveis do antigo Comité Político Permanente do Partido Frelimo foi quem “orientou” a execução extrajudicial de presos políticos mantidos no campo de reeducação de M’telela na província do Niassa.
Dos membros desse órgão do Partido Frelimo mencionados no documento, apenas Sebastião Marcos Mabote é que faleceu. Os restantes ainda encontram-se entre nós – Armando Emílio Guebuza, Alberto Joaquim Chipande e Marcelino dos Santos.
(Click nas imagens para ampliar) Barnabé Lucas Nkomo, autor do livro “Uria Simango: um homem, uma causa”, considera que foi “encontrada a prova cabal” e que as “dúvidas começam a ficar dissipadas” sobre aquilo que é considerado o crime mais bárbaro cometido pela direcção da Frelimo, pouco depois da proclamação da independência nacional.
Até hoje, a direcção do Partido Frelimo tem-se pautado por uma posição ambígua quanto à responsabilidade pelas execuções sumárias dos presos políticos moçambicanos.
Posted at 12:38 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (7)
ShareThis
04/09/2014
Uria e Celina Simango (video)
Posted at 22:21 in História, M'Telela - Niassa e outros, Musica, vídeo, cinema | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
04/08/2014
VIRGEM MARGARIDA, de Licínio Azevedo, estreia em Cabo Verde
A estreia ocorre na cidade da Praia, em Santiago, no Cine Praia, dia 15 de Agosto. A exibição prolonga-se até dia 21.
Em 1975 várias prostitutas de norte a sul de Moçambique foram levadas para centros de reeducação na convicção de que corrigissem a “má vida” e se transformassem na “mulher nova” socialista. Entre leões, galinhas enfeitiçadas, castigos corporais e tentativas de fuga, encontramos Margarida, uma jovem camponesa de dezasseis anos, enviada para um dos campos por engano. Baseado em factos reais, esta é a sua história.
VIRGEM MARGARIDA teve a sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em 2012, e desde aí tem tido uma longa carreira em festivais internacionais, tendo ganho mais de dez prémios.
Veja aqui Download Virgem Margarida PT
Em 1975 várias prostitutas de norte a sul de Moçambique foram levadas para centros de reeducação na convicção de que corrigissem a “má vida” e se transformassem na “mulher nova” socialista. Entre leões, galinhas enfeitiçadas, castigos corporais e tentativas de fuga, encontramos Margarida, uma jovem camponesa de dezasseis anos, enviada para um dos campos por engano. Baseado em factos reais, esta é a sua história.
VIRGEM MARGARIDA teve a sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, em 2012, e desde aí tem tido uma longa carreira em festivais internacionais, tendo ganho mais de dez prémios.
Veja aqui Download Virgem Margarida PT
Posted at 19:12 in Cabo Verde, História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Musica, vídeo, cinema | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
08/06/2014
MOZAMBICAN OPPOSITION LEADER CLAIMS LAZARO KAVANDAME, JOANA SIMIÃO, URIAH SIMANGO STILL IN PRISON CAMP
Ao
contrário do que foi alegado por Sérgio Vieira, os presos políticos no
campo de reeducação de M’telela não estavam à mercê do respectivo
comandante - que por sua alta recreação os teria mandado executar - mas
sob a alçada directa do Presidente
Samora Machel, conforme deixa transparecer um telegrama «Confidencial»
da Embaixada dos Estados Unidos em Maputo endereçado ao Secretário de
Estado em Washington, D.C. Adiante as partes de relevância do telegrama
datado de 19 de Janeiro de 1977.
CONFIDENTIAL
PAGE 01 MAPUTO 00068 191522Z
R 191035Z JAN 77
FM AMEMBASSY MAPUTO
TO SECSTATE WASHDC 5417
INFO AMEMBASSY DAR ES SALAAM
AMEMBASSY LUSAKA
AMEMBASSY PRETORIA
AMCONSUL CAPETOWN
AMEMBASSY LISBON
AMEMBASSY LILONGWE
AMEMBASSY LONDON
C O N F I D E N T I A L MAPUTO 68
CAPETOWN FOR EMBASSY
SUBJ: MOZAMBICAN OPPOSITION LEADER CLAIMS LAZARO KAVANDAME, JOANA SIMIAO, URIAH SIMANGO STILL IN PRISON CAMP
CONFIDENTIAL
PAGE 01 MAPUTO 00068 191522Z
R 191035Z JAN 77
FM AMEMBASSY MAPUTO
TO SECSTATE WASHDC 5417
INFO AMEMBASSY DAR ES SALAAM
AMEMBASSY LUSAKA
AMEMBASSY PRETORIA
AMCONSUL CAPETOWN
AMEMBASSY LISBON
AMEMBASSY LILONGWE
AMEMBASSY LONDON
C O N F I D E N T I A L MAPUTO 68
CAPETOWN FOR EMBASSY
SUBJ: MOZAMBICAN OPPOSITION LEADER CLAIMS LAZARO KAVANDAME, JOANA SIMIAO, URIAH SIMANGO STILL IN PRISON CAMP
08/05/2014
Retrospectiva sobre a execução de Joana e outros(Repetição)
“Nós não estamos arrependidos” Marcelino dos Santos Emílio
Manhique, apresentador do programa “No Singular” na TV pública
moçambicana (TVM), entrevistou, em 2005, o antigo membro da Frente de
Libertação de Moçambique e mais tarde ministro de Samora Machel,
presidente da Assembleia Popular, e membro do Bureau Político (mais
tarde Comissão Política Permanente) do Comité Central do partido Frelimo
marxista leninista.
Dos arquivos do «Canal de Moçambique» extraímos parte dessa entrevista relativa aos fundadores e combatentes da Luta de Libertação Nacional que defendiam um regime como o que hoje vigora em Moçambique e com a alegação de que por isso eram anti-patrióticos e “reaccionários” foram sumariamente abatidos no fim da década de 70, princípio de 80, já depois de Moçambique ser membro das Nações Unidas, sem que tenham sido observados os mais elementares princípios do Direito consagrado em sociedades civilizadas.
Emílio Manhique : “Lazaro Nkavandame, Gwenjere, Joana Semião foram mortos depois da independência, mas a Frelimo tinha dito que iam ser reeducados, que iam servir de exemplo. Porque é que foram mortos sem sequer nenhum julgamento?” Marcelino dos Santos: “Naturalmente... primeiro porque consideramos que era justiça.”
Dos arquivos do «Canal de Moçambique» extraímos parte dessa entrevista relativa aos fundadores e combatentes da Luta de Libertação Nacional que defendiam um regime como o que hoje vigora em Moçambique e com a alegação de que por isso eram anti-patrióticos e “reaccionários” foram sumariamente abatidos no fim da década de 70, princípio de 80, já depois de Moçambique ser membro das Nações Unidas, sem que tenham sido observados os mais elementares princípios do Direito consagrado em sociedades civilizadas.
Emílio Manhique : “Lazaro Nkavandame, Gwenjere, Joana Semião foram mortos depois da independência, mas a Frelimo tinha dito que iam ser reeducados, que iam servir de exemplo. Porque é que foram mortos sem sequer nenhum julgamento?” Marcelino dos Santos: “Naturalmente... primeiro porque consideramos que era justiça.”
Posted at 20:21 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
02/04/2014
RENAMO - EM DEFESA DA DEMOCRACIA EM MOÇAMBIQUE, de Sibyl W. Cline(1989)(2)
Em
1987, quando estive em África com os consultores dos Negócios
Estrangeiros para os candidatos presidenciais republicanos, houve dois
«massacres» atribuídos à RENAMO. Um foi em Homoine e outro em
Manjacaze, ambos perto da costa sudeste, a menos de 320 km a norte de
Maputo. Homoine foi o primeiro. Os relatos do que aconteceu em Homoine
foram divulgados com inconsistência lógicas e continham referências, mas
a versão do Governo fez durante semanas um empolamento do caso na
imprensa internacional. O Governo clamou que 300 a 600 soldados da
RENAMO, atacaram Homoine, dirigindo-se primeiro ao hospital, onde
fuzilaram os doentes. Em seguida, juntaram 386 civis e mataram-nos. Os
atacantes escreveram nas paredes do edifício frases e temas pró-RENAMO.
Depois, supostamente, enterraram todos os mortos numa vala comum. Nunca
ficou bem esclarecido que os corpos fossem alguma vez identificados ou
contados.
Existem
vários problemas relacionados com este caso. Primeiro, as forças da
RENAMO quase nunca viajam em grupos tão grandes como 300 a 600. Não têm
botas ou uniformes novos. Segundo, seria difícil juntar 386 civis, a fim
de os fuzilar. Os africanos desaparecem no mato ao primeiro som de um
disparo. Do mesmo modo, vestir os uniformes do inimigo e cometer
atrocidades é uma táctica de guerra em África que o tempo honrou. Além
disso, apenas repórteres situacionistas tiveram de imediato acesso ao
local. Todos os outros tiveram de esperar dez dias a duas semanas. No
entanto, a imprensa internacional levantou um coro de gritos e
protestos contra as atrocidades provocadas pela RENAMO.
02/03/2014
“Ouvi quem esteve à beira da execução”(Repetição)
Parte da entrevista concedida pelo Juiz Almiro Rodrigues ao CORREIO DA
MANHÃ e que esteve no Tribunal Penal Internacional(TPI) para a
ex-Jugoslávia, em missões da ONU na Costa do Marfim, foi candidato à
Presidência do TPI, Juíz na Câmara de Crimes de Guerra de Sarajevo,
tendo agora tomado posse como juíz do Tribunal Constitucional do
Kosovo:
"……………..
Acredita que a justiça que foi feita pode compensar o drama humano que existiu?
A
resposta é, claramente, não, mas é muito mais do que não haver justiça.
O que tínhamos antes era uma situação de total impunidade. Os líderes
mundiais, os chefes militares, faziam o que lhes apetecia e não eram
chamados à responsabilidade. Creio que nem o próprio Milosevic acreditou
que alguma vez fosse possível ir a tribunal. Acredito que a justiça é
decisiva porque o ouvi da boca das vitimas. Imensa gente disse-me: “eu
sofri imenso para chegar aqui, eu reservei esta história para ser
contada aqui, porque é aqui, é na justiça que este problema tem que ser
resolvido”. Portanto as pessoas acreditam efectivamente em termos
internacionais que a justiça é decisiva.
Os crimes relacionados com direitos humanos prescrevem?
Posted at 11:40 in História, Justiça - Polícia - Tribunais, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
28/02/2014
Omar Ribeiro Thomaz fala das pessoas que foram levadas para os chamados campos de reeducação (Repetição)
Em
um processo difícil, de guerras entre brancos e negros, nativos e
colonizadores, Moçambique conseguiu sua independência em 1975, mas o
período de transição foi marcado pela instituição de medidas impopulares
que deixaram cicatrizes em boa parte da população.
Por Simone Pallone
O historiador
e antropólogo Omar Ribeiro Thomaz, da Universidade Estadual de
Campinas, voltou recentemente de uma de suas viagens a Inhambane, uma
província de Moçambique, onde tem acompanhado um grupo de pessoas que
foram levadas pela Frelimo
– Frente de Libertação de Moçambique, na década de 1980 - para
trabalhar em campos que abrigavam pessoas tidas como desocupadas,
inúteis, indesejadas, pelo governo e que, então, deveriam ser
reeducadas, a partir do trabalho braçal no campo. Esse projeto,
denominado Operação Produção, foi uma das medidas adotadas. Nesta
entrevista, Thomaz dá uma idéia do contexto histórico em que essas ações
acontecem e fala um pouco sobre o destino das pessoas que passaram pela
Operação Produção.
ComCiência
- Em seu trabalho o senhor trata dos deportados no período pós-colonial
em Moçambique, pessoas que eram levadas dos centros urbanos para os
campos de reeducação criados logo após a independência. O que o senhor
tem descoberto pelas narrativas dessas pessoas? A atuação da Frelimo
marca realmente uma ruptura entre o período colonial e o pós-colonial?
Posted at 23:48 in História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
09/02/2014
Queixa contra o Estado moçambicano implica Armando Guebuza(Repetição)
Execuções sumárias da Frelimo chegam a fórum africano
Queixa contra o Estado moçambicano implica Armando Guebuza
A
participação foi remetida ao Secretariado da Comissão Africana dos
Direitos Humanos e dos Povos, pela advogada da família Zitha, a
Professora Dra. Liesbeth Zegveld, em nome de José Eugêncio Zitha, e do
filho deste, o professor universitário, Paceli Zitha, soube-se em Abuja
onde decorre a 44.ª Sessão da Comissão Africana dos Direitos Humanos e
dos Povos
Foi
oficialmente aberta segunda-feira última na capital nigeriana, Abuja, a
44ª Sessão Ordinária da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos
Povos. Este organismo da União Africana vai discutir, entre outros
pontos, uma queixa apresentada contra o Estado moçambicano em nome de
José Eugêncio Zitha, e do filho deste, o professor universitário, Paceli
Zitha. A queixa foi remetida ao Secretariado da referida Comissão pela
advogada da família Zitha, a Professora Dra. Liesbeth Zegveld.
Posted at 19:57 in História, Justiça - Polícia - Tribunais, M'Telela - Niassa e outros, África - SADC | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
01/09/2013
As feridas abertas pelo processo de reeducação em Moçambique
Entre 1974 e o
início da década de 1980, milhares de pessoas – entre elas prostitutas,
dissidentes políticos e Testemunhas de Jeová – foram forçadas a ir para campos
de reeducação. A maior parte não voltou.
Os primeiros anos da história de Moçambique
independente foram um período conturbado. Ainda antes da independência de
Moçambique (1975), o governo marxista da FRELIMO (Frente de Libertação de
Moçambique) sentia a necessidade de eliminar os comportamentos e costumes
associados ao colonialismo português e ao sistema capitalista, criar uma nova
mentalidade e uma sociedade socialista.
Pelo que ainda em 1974, Armando Guebuza, atual chefe de Estado e na época ministro da Administração Interna do governo de transição, anunciou a criação de campos ou centros de reeducação. Este tipo de programa foi característica de outros regimes totalitários socialistas, como o da antiga União Soviética ou da China, por exemplo.
Pelo que ainda em 1974, Armando Guebuza, atual chefe de Estado e na época ministro da Administração Interna do governo de transição, anunciou a criação de campos ou centros de reeducação. Este tipo de programa foi característica de outros regimes totalitários socialistas, como o da antiga União Soviética ou da China, por exemplo.
29/05/2013
URIA SIMANGO - Um homem, Uma causa de Barnabé Lucas Ncomo(excerto)
Sétima
parte
Para adquirir http://www.amazon.co.uk/URIA-SIMANGO-homem-Uma-causa/dp/1468177591/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1365717739&sr=1-1&keywords=uria+simango
NAS MÃOS
DOS ALGOZES
Malawi na berlinda: A
prisão no Aeroporto de Chileka.
O Malawi é
um pequeno país refém geográfico. Encravado entre Moçambique, a Zâmbia e, no
extremo nordeste, a Tanzânia, é praticamente dependente dos portos moçambicanos
para o seu acesso ao mar. O seu líder histórico, Dr. Kamuzu Banda, viu-se numa
situação em que simultaneamente tinha que agradar a Deus e ao diabo.
Por ocasião
das festividades da independência nacional do Malawi, Banda foi citado como
tendo dito que a independência do seu país só teria sentido se Moçambique se
libertasse, igualmente, do jugo colonial. Com efeito, em 1965, quando começaram
a afluir ao Malawi milhares de refugiados de Moçambique, o governo de Banda
proporcionou-lhes alojamento em zonas como Likoma-Island, Mlanje e Cholo. Tacticamente
Banda entendia-se com os revolucionários moçambicanos. Os operacionais dos
movimentos guerrilheiros, tanto da Frelimo, como posteriormente do Coremo,
entravam no Malawi para acções de recrutamento político apesar de não
possuírem aí bases militares. Banda evitava hostilidades directas com Portugal,
pois se por um lado queria a independência de Moçambique, por outro, dependia
economicamente dos portos portugueses em Moçambique.
Leia em http://www.macua.org/livros/NASMAOSDOSALGOZES.htmPara adquirir http://www.amazon.co.uk/URIA-SIMANGO-homem-Uma-causa/dp/1468177591/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1365717739&sr=1-1&keywords=uria+simango
Posted at 15:40 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
05/05/2013
CARTA ABERTA PARA ALCIDO CHIVITE: ARREPENDIMENTO OU MANOBRA DE DIVERSÃO?
Estás de parabéns A.
Chivite, por teres sido libertado pelos teus camaradas, pois nem todos tiveam a
mesma sorte que tiveste nas cadeias da renovada FRELIMO.
Isto porque circula
por aí uma lista enorme de milhares de militantes desse mesmo partido, bem como
de outros Moçambicanos, que foram presos sem culpa formada e desapareceram sem
deixar rastro. Como conseguiste sair vivo e criticá-los na praça pública sem
que houvesse represálias?
Na tua entrevista
deixaste algumas afirmações contraditórias e polémicas: Por exemplo dizes que o
Chissano, caiu para evitar derrota da FRELIMO. Joaquim Chissano, não foi herói
e nunca será O SALVADOR DA PÁTRIA. Ele quando se sentiu apertado e quando os
seus interesses, dos seus familiares e amigos foram seriamente ameaçados, viu-se obrigado a
subir até aos Romanos, junto ( O
Santo Egídio ), para
o ajudarem a
meditar e a confessar
os seus pecados, que ele e o
seu grupo cometeram
e continuam, a curvar-se de
perante o General Afonso Dlhacama, rogando para lhes perdoar . É Tudo uma palhaçada,
para ganhar tempo. Por isso, o Chissano, assinou muito depressa os acordos com a
RENAMO, em Roma e não passou disso mesmo. O Senhor J. Chissano, quando caiu
trouxe consigo os ficheiros que mandou arquivar, tudo continua na mesma ou
pior, porque os lideres da FRELIMO não querem paz com ninguém e julgam que a
FRELIMO é uma dinastia para Governar perpetuamente os moçambicanos. Mas enganam
-se, Moçambique é para todos aqueles que amam a paz e o progresso.
Posted at 22:05 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos, Vidas | Permalink
|
Comments (5)
ShareThis
30/04/2013
Alcido Chivite em entrevista ao Dossiers & Factos (29.04.2013)
Termina a entrevista, como poderão ler, dizendo:
"Há uma particularidade muito esquisita, porque muita gente não entende como Chissano apareceu à frente. Para mim ele foi enviado por Deus para vir salvar a Frelimo da derrota e o Povo moçambicano da Guerra. Ele conseguiu converter a derrota em vitória porque em termos práticos, a Frelimo militarmente tinha Perdido a Guerra com a Renamo."
Leia tudo aqui Download Chivite_29.04.2013a
NOTA: Só por masoquismo pode este Homem ainda pertencer à Frelimo. Ou não?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
"Há uma particularidade muito esquisita, porque muita gente não entende como Chissano apareceu à frente. Para mim ele foi enviado por Deus para vir salvar a Frelimo da derrota e o Povo moçambicano da Guerra. Ele conseguiu converter a derrota em vitória porque em termos práticos, a Frelimo militarmente tinha Perdido a Guerra com a Renamo."
Leia tudo aqui Download Chivite_29.04.2013a
NOTA: Só por masoquismo pode este Homem ainda pertencer à Frelimo. Ou não?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
31/01/2013
Antigo estudante bolseiro da Frelimo vai lançar autobiografia
“Memórias de um Rebelde”
“Memórias de um Rebelde” é o título de uma obra autobiográfica a ser lançada nas próximas semanas da autoria de um antigo estudante bolseiro da Frelimo, Antonio Disse Zengazenga. O Canalmoz obteve o manuscrito do livro de Zengazenga no qual o autor narra a sua experiência como estudante nos seminários católicos do Zóbuè e Namaacha, a sua permanência na Frelimo, o rompimento com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a vida no exílio, as ligações à Renamo e outras actividades políticas.
O autor aderiu à Frelimo em Dar es Salam cerca de um mês apos a fundação do movimento que se propunha lutar pela libertação de Moçambique. Permaneceu poucos meses na capital tanzaniana, seguindo em Dezembro desse ano para o Cairo com a promessa de que iria prosseguir os estudos. Conta o autor de “Memórias de um Rebelde” que ao ficar hospedado num hotel de Cairo, “informaram-nos que estávamos ali para treinar. Dos sete apenas quatro aceitaram a oferta. Os outros regressaram a Dar-es-Salaam. Os treinos tiveram início a 7 de Janeiro, em pleno Ramadão, e terminaram a 28 de Maio de 1963.”
“Memórias de um Rebelde” é o título de uma obra autobiográfica a ser lançada nas próximas semanas da autoria de um antigo estudante bolseiro da Frelimo, Antonio Disse Zengazenga. O Canalmoz obteve o manuscrito do livro de Zengazenga no qual o autor narra a sua experiência como estudante nos seminários católicos do Zóbuè e Namaacha, a sua permanência na Frelimo, o rompimento com a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), a vida no exílio, as ligações à Renamo e outras actividades políticas.
O autor aderiu à Frelimo em Dar es Salam cerca de um mês apos a fundação do movimento que se propunha lutar pela libertação de Moçambique. Permaneceu poucos meses na capital tanzaniana, seguindo em Dezembro desse ano para o Cairo com a promessa de que iria prosseguir os estudos. Conta o autor de “Memórias de um Rebelde” que ao ficar hospedado num hotel de Cairo, “informaram-nos que estávamos ali para treinar. Dos sete apenas quatro aceitaram a oferta. Os outros regressaram a Dar-es-Salaam. Os treinos tiveram início a 7 de Janeiro, em pleno Ramadão, e terminaram a 28 de Maio de 1963.”
Posted at 11:02 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
24/01/2013
O PODER REVELADOR DA HISTÓRIA (Repetição)
Colocado como comentário, destaco:
I. O PODER REVELADOR DA HISTÓRIA
1.0- A Natureza da História
“O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos” - Leonor D. Roosevelt.
Numa obra histórica desta natureza que pretende propor e oferecer um novo paradigma da história de um povo – o povo moçambicano - não teria sentido se as estruturas metodológicas e conceptuais aceites, não nos servirem de guia para as nossas conclusões científicas.
Tendo como um praxis a compreensão de conceitos históricos fundamentadas na natureza humana, é importante também notar como em que a história no geral, e história de Moçambique em particular, joga um papel revelador da essência humana e sua integração dentro da sociedade complexa.
A história de Moçambique, como qualquer história das sociedades africanas, é uma história com tendências regressivas que se opõe as tendências progressistas da história europeia. Ela é reveladora da essência das estruturas sociais porque buscam e harmonizam o ser africano as realidades conjunturais modernas.
1.0- A Natureza da História
“O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos” - Leonor D. Roosevelt.
Numa obra histórica desta natureza que pretende propor e oferecer um novo paradigma da história de um povo – o povo moçambicano - não teria sentido se as estruturas metodológicas e conceptuais aceites, não nos servirem de guia para as nossas conclusões científicas.
Tendo como um praxis a compreensão de conceitos históricos fundamentadas na natureza humana, é importante também notar como em que a história no geral, e história de Moçambique em particular, joga um papel revelador da essência humana e sua integração dentro da sociedade complexa.
A história de Moçambique, como qualquer história das sociedades africanas, é uma história com tendências regressivas que se opõe as tendências progressistas da história europeia. Ela é reveladora da essência das estruturas sociais porque buscam e harmonizam o ser africano as realidades conjunturais modernas.
Posted at 18:37 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
20/01/2013
OS CAMPOS DA VERGONHA - A história inédita dos "centros de reeducação" em Moçambique(Repetição)
Castigos
corporais, humilhações colectivas, assassínios. Pela primeira vez, os
"centros de reeducação" surgem em público em toda a extensão da tragédia
que representaram, durante quase uma década de poder absoluto da
FRELIMO em Moçambique. Dados a conhecer por quem neles esteve.
Acompanhados de fotografias inéditas, tiradas entre 1975 e 1984. Um
documento a que ninguém poderá ficar indiferente. In MAGAZINE,
suplemento do Jornal Público, nº 277 de 25.06.1995 Veja
em:
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO
P.S.: Aguarde, pois pode demorar um pouco a baixar.
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO1
P.S.: Só de leitura(mais rápido)
Recorde este artigo de Ya-qub Sibindy, últimamente tão chegado à FRELIMO, em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/04/srgio_vieira_gi.html
NOTA:
Repito para lembrança ao Sr. 1º Ministro Aires Aly.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
NOTA DE HOJE:
Será que estas imagens farão parte da exposição da vida e obra de Armando Emílio Guebuza?
Não deixe de recordar a entrevista dada pelo neto de Lázaro Kavandame em
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/12/grande-entrevista-com-neto-de-l%C3%A1zaro-kavandame.html
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO
P.S.: Aguarde, pois pode demorar um pouco a baixar.
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO1
P.S.: Só de leitura(mais rápido)
Recorde este artigo de Ya-qub Sibindy, últimamente tão chegado à FRELIMO, em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/04/srgio_vieira_gi.html
NOTA:
Repito para lembrança ao Sr. 1º Ministro Aires Aly.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
NOTA DE HOJE:
Será que estas imagens farão parte da exposição da vida e obra de Armando Emílio Guebuza?
Não deixe de recordar a entrevista dada pelo neto de Lázaro Kavandame em
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/12/grande-entrevista-com-neto-de-l%C3%A1zaro-kavandame.html
Posted at 11:53 in História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink
|
Comments (26)
ShareThis
11/01/2013
Portugal: Missionário apresenta livro sobre assassinato pela Renamo de 24 catequistas em Inhambane
“Morreram
23 catequistas, massacrados à baioneta. Alguns fugiram e conseguiram
sobreviver, enquanto algumas crianças foram poupadas”
O padre Diamantino Antunes, director do Centro Catequético do Guiúa, em Inhambane apresenta hoje na cidade portuguesa do Porto o livro ‘Véu de morte numa noite de luar’, que narra a história dos 23 catequistas mortos há 20 anos naquela instituição.
Na madrugada de 22 de março de 1992 as famílias que frequentavam um curso no Centro foram “sequestradas, interrogadas e levadas para um local a 3 km da instituição” por militares da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), contou o sacerdote ao programa ECCLESIA transmitido esta quarta-feira (9) na canal público luso, RTP-2.
“Morreram 23 catequistas, massacrados à baioneta. Alguns fugiram e conseguiram sobreviver, enquanto algumas crianças foram poupadas”, recordou o missionário da Consolata, acrescentando que o acontecimento “marcou profundamente Igreja em Moçambique”.
O padre Diamantino Antunes, director do Centro Catequético do Guiúa, em Inhambane apresenta hoje na cidade portuguesa do Porto o livro ‘Véu de morte numa noite de luar’, que narra a história dos 23 catequistas mortos há 20 anos naquela instituição.
Na madrugada de 22 de março de 1992 as famílias que frequentavam um curso no Centro foram “sequestradas, interrogadas e levadas para um local a 3 km da instituição” por militares da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), contou o sacerdote ao programa ECCLESIA transmitido esta quarta-feira (9) na canal público luso, RTP-2.
“Morreram 23 catequistas, massacrados à baioneta. Alguns fugiram e conseguiram sobreviver, enquanto algumas crianças foram poupadas”, recordou o missionário da Consolata, acrescentando que o acontecimento “marcou profundamente Igreja em Moçambique”.
Posted at 11:28 in História, M'Telela - Niassa e outros, Sociedade | Permalink
|
Comments (5)
ShareThis
08/01/2013
MEMÓRIAS DE UM REBELDE, de António Disse Zengazenga(5)
(Presidentes Kenneth Kaunda, Julius Nyerere e Samora Machel. «Aqueles homens e mulheres que estão ali devem sentir-se muito felizes por terem nascido em Moçambique... » - Disse Nyerere zombando deles.)
Desta obra, a publicar dentro de pouco tempo, com prefácio do Dr. Máximo Dias, transcrevo mais o seguinte texto:
… …O encontro de Nashingweya marcou o fim do apoio que a Zâmbia dava ao Coremo pela entrega dos seus membros à Frelimo e pelo corte total das relações que a Tanzânia tinha com a facção de Nkavandame.
Em sinal de gratidão, a Frelimo nomeou duas das grandes avenidas Kaunda e Nyerere. Os apoiantes do Coremo e outros partidos opositores da Frelimo (Egipto e Gana) saíram com as mãos quase vazias.
A declaração do II Congresso, realizado entre 20 e 25 de Julho de 1968, não merece crédito, pois não se refuta o adversário, citando ao que se opunha, confirmando-o em seguida no seu posto.
Posted at 17:44 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
16/12/2012
Grande entrevista com neto de Lázaro Kavandame
Ala sulista da Frelimo maquinou assassinatos contra cidadãos do norte do país
– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa.
Leia em Download CMC_n178_netoKavandame
– acusa o neto do histórico Lázaro Kavandame, assassinado por figuras da Frelimo juntamente com os “reaccionários” reverendo Urias Simango, Joana Simeão e muitos outros, em Mtelela, no Niassa.
Leia em Download CMC_n178_netoKavandame
Posted at 23:45 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (15)
ShareThis
03/12/2012
Crimes da FRELIMO antes e depois da independência(Repetição)
Varanda de Lisboa
Por Manuel Amaro Bernardo
(...) Uria Simango, Joana Simeão e Lázaro Kavandame são apenas alguns dos milhares de opositores mortos em condições degradantes pelo regime de Samora Machel (...)
Paula d' Oliveira, in "DN" de 4-10-2004
Esta leitora do "Diário de Notícias" salienta, em carta ao Director, que "não se compreende, aliás, o burburinho que o livro de Barnabé Lucas Ncomo tem vindo a originar". É intitulado "Uria Simango; Um Homem, Uma Causa" e foi apenas publicado em Moçambique. No entanto, teve direito a uma página daquele matutino lisboeta, que incluía uma entrevista com o autor. Seria de muito interesse que a Ed. Notícias, do mesmo grupo editorial do "DN", lançasse a sua edição, em Portugal, para os portugueses o poderem apreciar convenientemente ...
De facto o assunto já tinha sido noticiado noutros jornais portugueses, como eu refiro no meu trabalho, publicado em 2003 ("Combater em Moçambique; 1964-1975"). O primeiro a fazê-lo terá sido "O Diabo" de 1-3-1983, onde se afirma nomeadamente que "apesar da FRELIMO ter afirmado estarem vivos e internados num campo de reeducação, o seu fuzilamento é igualmente confirmado por um dos textos do Ministério da Segurança de Moçambique divulgados pela revista «Scope», não obstante a garantia dada por Samora Machel, ao rei dos belgas, de que as vidas dos políticos oposicionistas seriam poupadas, foram condenados à morte e executados".
Por Manuel Amaro Bernardo
(...) Uria Simango, Joana Simeão e Lázaro Kavandame são apenas alguns dos milhares de opositores mortos em condições degradantes pelo regime de Samora Machel (...)
Paula d' Oliveira, in "DN" de 4-10-2004
Esta leitora do "Diário de Notícias" salienta, em carta ao Director, que "não se compreende, aliás, o burburinho que o livro de Barnabé Lucas Ncomo tem vindo a originar". É intitulado "Uria Simango; Um Homem, Uma Causa" e foi apenas publicado em Moçambique. No entanto, teve direito a uma página daquele matutino lisboeta, que incluía uma entrevista com o autor. Seria de muito interesse que a Ed. Notícias, do mesmo grupo editorial do "DN", lançasse a sua edição, em Portugal, para os portugueses o poderem apreciar convenientemente ...
De facto o assunto já tinha sido noticiado noutros jornais portugueses, como eu refiro no meu trabalho, publicado em 2003 ("Combater em Moçambique; 1964-1975"). O primeiro a fazê-lo terá sido "O Diabo" de 1-3-1983, onde se afirma nomeadamente que "apesar da FRELIMO ter afirmado estarem vivos e internados num campo de reeducação, o seu fuzilamento é igualmente confirmado por um dos textos do Ministério da Segurança de Moçambique divulgados pela revista «Scope», não obstante a garantia dada por Samora Machel, ao rei dos belgas, de que as vidas dos políticos oposicionistas seriam poupadas, foram condenados à morte e executados".
Posted at 18:34 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink
|
Comments (5)
ShareThis
25/10/2012
Destacados membros da Frelimo contradizem-se em público(2)(Repetição)
O documento do desacordo:
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/07/destacados-membros-da-frelimo-contradizem-se-em-p%C3%BAblico.html
(Click para ampliar)
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/07/destacados-membros-da-frelimo-contradizem-se-em-p%C3%BAblico.html
(Click para ampliar)
Posted at 18:31 in História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink
|
Comments (2)
ShareThis
04/07/2012
Jornalistas de Moçambique colaboram nos "Feitos de Nachingwea" 1975
A
Rússia de Estaline (1879-1953) teve os trágicos “Processos de Moscovo”
na década de 1934-1944, com milhões de “desaparecidos.”
Contraditoriamente e três décadas depois em território de outro país –
Tanzânia, elementos de uma «Frente de Libertação de Moçambique»
encenariam uma “paródia trágica” aos “Processos de Moscovo” – os seus
“Processos de Nachingwea” de 1975. Esboçava-se assim ‘a justiça’ do
futuro regime político no Moçambique pós-colonial. Os repórteres de
Moçambique aspirantes a jornalistas e a futuros escribas de Moçambique
tiveram um papel muito importante na propaganda desses processos ou
“Feitos de Nachingwea” 1975, e na promoção do culto da personalidade do
“grande líder” do País. A prestação de serviços dos escribas –
jornalistas ao futuro regime seria decisiva.
Leia tudo em Download Maneno dossier3 nachingwea
Leia tudo em Download Maneno dossier3 nachingwea
Posted at 15:47 in História, Informação - Imprensa, João Craveirinha - Diversos, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (4)
ShareThis
29/06/2012
NACHINGWEA 1975 (TANZANIA): “LABORATÓRIO” DE TORTURA DA FRELIMO, COM “COBAIAS” HUMANAS MOÇAMBICANAS.
REPOSIÇÃO [reciclada pelo colunista de maNENO, com o distanciamento consciente e lúcido, necessários, ainda que doloroso in Relatos de Nachingwea, Tanzania, onde foi preso político nessa altura. Trata-se de um testemunho inédito, na primeira pessoa. JK©].
___________________________________
“OS QUE ESQUECEM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”
Escreveu George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol / norte-americano.
O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira - 28/06/12, Edição nº 2371 – Página 3-4
Leia aqui Download Maneno Dossier2 Nachingwea
___________________________________
“OS QUE ESQUECEM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”
Escreveu George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol / norte-americano.
O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira - 28/06/12, Edição nº 2371 – Página 3-4
Leia aqui Download Maneno Dossier2 Nachingwea
Posted at 08:30 in História, João Craveirinha - Diversos, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
16/06/2012
NACHINGWEA 1975 (TANZANIA): “LABORATÓRIO” DE TORTURA DA FRELIMO, COM “COBAIAS” HUMANAS MOÇAMBICANAS.
Tanzania, Nachingwea
(Nachingu-eia) 11 a 12 de Maio 1975. África oriental. Vésperas da
Independência de Moçambique, a 25 Junho. Quartel-general da Frente de
Libertação de Moçambique – FRELIMO. Samora Machel, Presidente da
FRELIMO, recebia os Presidentes da Tanzânia Julius K. Nyerere e Kenneth
Kaunda da Zâmbia. Desse encontro ficariam registados para a História os
discursos dos quais transcrevemos alguns excertos proferidos pelo
Presidente do Movimento de Libertação moçambicano, Samora Moisés Machel,
no dia 12 de Maio de 1975:
Veja em: Download Maneno Dossier2 Nachingwea
Veja em: Download Maneno Dossier2 Nachingwea
Posted at 22:58 in História, João Craveirinha - Diversos, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (2)
ShareThis
15/06/2012
Filho quer saber onde está o pai preso pela Frelimo
José Zitha desapareceu após famosos julgamentos de "reaccionários" em Nachingwea Pode ter a resposta. Presidente Armando Guebuza
“Mesmo agora talvez a situação tenha melhorado mas é muito difícil."
O filho de uma cidadão moçambicano que desapareceu após ter sido preso pela FRELIMO durante o período de transição para a independência do país diz que tenciona levantar o caso junto das instâncias jurídicas do país.
Isto depois da Comissão de Direitos Humanos da União Africana ter rejeitado um pedido para decidir sobre o caso afirmando que não tinham ainda sido esgotados os recursos jurídicos moçambicanos sobre o caso.
José Zitha foi preso em finais de 1974 durante o período de transição em Moçambique. Sabe-se que foi levado para o campo de Nachingwea na Tanzânia onde juntamente com centenas de outros foi alvo de um julgamento da Frelimo (o actual partido no poder em Moçambique) sob acusações de colaboração com o regime colonial ou de actividades contra revolucionárias.
O seu filho Pacelli Zitha, com a ajuda de uma advogada holandesa, levou o caso á Comissão de Direitos Humanos da União Africana.
Posted at 23:54 in 25 de Abril de 1974, História, Justiça - Polícia - Tribunais, M'Telela - Niassa e outros, África - SADC | Permalink
|
Comments (0)
ShareThis
10/06/2012
Processo de Nachingwea (3ª Parte)
Como a PGR induziu a Comissão Africana de Direitos Humanos em erro
Casos de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima)
Conforme referimos na edição anterior (nr. 150 – 2.a do Processo de Nachingweia, que começámos a publicar na edição 149), ao defender os autores do crime de Nachingwea perante a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) serviu-se de dois argumentos. No primeiro argumento, a PGR considerava que a Comissão Africana não possuía competência ratione temporis (1) para lidar com a Queixa apresentada contra o Estado moçambicano pela advogada Liesbeth Zegveld em nome de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima). No segundo argumento, escorado, tal como no anterior, no Artigo 6 da Carta Africana dos Direitos Humanos, a PGR argumentou que ambas as vítimas não haviam “esgotado os mecanismos de Direito nacionais” e que por esta razão a Queixa não devia sequer ter sido aceite pela Comissão Africana.
Ressalta da leitura da decisão da Comissão Africana que ao longo dos seus argumentos a PGR projectou uma imagem distorcida do regime político instaurado em Moçambique e da realidade concreta do sistema jurídico nacional, mormente durante a fase em que a Primeira Vítima começou por ser presa sem o amparo de qualquer mandado judicial e, depois, à margem dos tribunais e sem o conhecimento dos familiares, levada à força para uma base militar num país estrangeiro tendo aí sido submetida, juntamente com centenas de outros cidadãos moçambicanos, a um simulacro de julgamento que se pautou pela ausência de advogados de defesa.
Casos de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima)
Conforme referimos na edição anterior (nr. 150 – 2.a do Processo de Nachingweia, que começámos a publicar na edição 149), ao defender os autores do crime de Nachingwea perante a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) serviu-se de dois argumentos. No primeiro argumento, a PGR considerava que a Comissão Africana não possuía competência ratione temporis (1) para lidar com a Queixa apresentada contra o Estado moçambicano pela advogada Liesbeth Zegveld em nome de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima). No segundo argumento, escorado, tal como no anterior, no Artigo 6 da Carta Africana dos Direitos Humanos, a PGR argumentou que ambas as vítimas não haviam “esgotado os mecanismos de Direito nacionais” e que por esta razão a Queixa não devia sequer ter sido aceite pela Comissão Africana.
Ressalta da leitura da decisão da Comissão Africana que ao longo dos seus argumentos a PGR projectou uma imagem distorcida do regime político instaurado em Moçambique e da realidade concreta do sistema jurídico nacional, mormente durante a fase em que a Primeira Vítima começou por ser presa sem o amparo de qualquer mandado judicial e, depois, à margem dos tribunais e sem o conhecimento dos familiares, levada à força para uma base militar num país estrangeiro tendo aí sido submetida, juntamente com centenas de outros cidadãos moçambicanos, a um simulacro de julgamento que se pautou pela ausência de advogados de defesa.
Posted at 23:36 in História, Justiça - Polícia - Tribunais, M'Telela - Niassa e outros | Permalink
|
Comments (1)
ShareThis
No comments:
Post a Comment