Monday, July 31, 2017

Banco Mundial classifica de proibitivos juros praticados em Moçambique


Banco Mundial considera proibitivas taxas de juro médias praticadas em Moçambique pelos bancos comerciais nos empréstimos que concedem
Na sua mais recente análise sobre a Actualidade Económica de Moçambique, o Banco Mundial conclui que as taxas de juro médias praticadas pelos bancos comerciais nos empréstimos são proibitivas, ou seja, sufocam grande parte das empresas e famílias.
Como soluções, os economistas do Banco Mundial propõem que haja maior fortalecimento da taxa de câmbio, redução geral dos preços e das taxas de juro nos créditos, que, momento situam-se nos 30%. No entanto, para que a retoma económica tenha sucesso, consideram necessária uma política fiscal robusta do lado do Governo.
“A situação fiscal de Moçambique continua a ser insustentável e o ajuste fiscal, a nível geral, tem sido limitado. Não havendo progressos no processo de reestruturação da dívida do país até à data, a posição da mesma continua a ser insustentável”, considera o Banco Mundial na análise.
Para a instituição financeira, as dívidas em atraso acumuladas e o financiamento doméstico estão a impedir o ajuste fiscal. Por outro lado, o banco diz que os custos salariais continuam a ser uma fonte significativa de pressão, enquanto os recentes cortes dos orçamentos para investimentos estão a afectar os sectores económicos e sociais e a piorar a composição orçamental.
Além disso, o Banco Mundial alerta que os riscos fiscais, principalmente, de algumas das grandes empresas estatais de Moçambique, estão a materializar-se, podendo vir a comprometer os esforços de recuperação fiscal, se não forem geridos de forma proactiva.
Segundo os economistas da instituição, “o progresso nas negociações de reestruturação da dívida é fundamental para restabelecer a estabilidade fiscal e travar a acumulação de dívidas em atraso junto aos credores”.
Entretanto, o banco considera que após uma desaceleração acentuada do crescimento em 2016, o primeiro trimestre de 2017 mostra sinais de melhoria, impulsionado pelo sector extractivo.
 

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