Formadores de agentes do IV Recenseamento Geral da População e Habitação, que vai decorrer em agosto, em Moçambique, paralisaram a atividade em várias províncias devido a más condições de trabalho, noticia hoje o jornal Notícias.
Segundo o maior diário moçambicano, na província de Gaza, sul do país, 300 formadores recusaram-se, por algumas horas, a assistir à sessão de capacitação na quarta-feira, devido à alimentação precária, falta de transporte e de alojamento.
Os formadores também paralisaram a atividade no distrito de Mocuba, província da Zambézia, e na Beira, Sofala, onde 400 formadores se queixaram num encontro com a governadora da província, Helena Taipo, da falta de alimentação e alojamento.
Em declarações à Lusa, o porta-voz do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), Cirilo Tembte, afirmou que os formadores já retomaram a atividade e que a paralisação resultou de mal entendidos e de algumas deficiências no processo.
Cirilo Tembe disse que o INE não prometeu o pagamento de um subsídio, porque “ainda são candidatos a formadores”.
O responsável admitiu que devido ao elevado número de candidatos a formadores, pode ter havido deficiências no fornecimento da alimentação, mas o INE deu-lhes a opção de receberem, cada, 1.500 meticais (21,8 euros) por dia para custearem pessoalmente as despesas de alimentação e alojamento.
"O candidato a formador que optar por contar com alojamento e alimentação pagos pelo INE tem esse direito e o que quiser receber o dinheiro e fazê-lo pessoalmente, também tem essa garantia", declarou.
Fonte: LUSA – 06.07.2017
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