Os dois membros da Renamo, raptados segunda-feira (6), quando tentavam reabrir a sede do partido em Honde, distrito de Báruè, na província de Manica, continuam desaparecidos e não foram confirmadas informações da sua morte.
Citado pela VOA, Sofrimento Matequenha, delegado político da Renamo em Manica, disse que investigações, junto com a Polícia, não produziram novos elementos, sabendo-se que as vítimas teriam sido conduzidas a um cemitério para menores, mas não foram encontrados vestígios dos corpos.
“Fomos até o tal cemitério, mas não foram achados. Seria inútil continuar a vasculhar em vão uma mata inteira, sem pistas concretas”, precisou Sofrimento Matequenha, condenando a provocação que culminou com o desaparecimento daqueles quadros.
Um delegado local e um mandatário distrital da Renamo foram raptados por desconhecidos na zona de Honde, o epicentro da reedição, em 2016, do conflito político militar que opôs o Governo e a Renamo, quando tentavam uma audiência com as autoridades locais, para reabertura de uma sede, que já tinha sido tomada de assalto por membros da Frelimo, partido no poder.
Contudo, Matequenha não tem dúvidas que o rapto dos membros está ligado à “ignorância política” dos membros da Frelimo, a quem acusou de serem os protagonistas das escaramuças que levaram ao espancamento e desaparecimento dos dois quadros da Renamo.
“Porque usurparam e destruíram a nossa sede no tempo de confusão (conflito), construíram a casa deles neste local, içaram a bandeira da Frelimo ali, portanto quando viram a brigada da Renamo fizeram confusão”, revelou Matequenha.
A Polícia ainda não se pronunciou sobre o incidente, prometendo esclarecimento.
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