Samora:
30 anos sem Samora
No ano em que completava 30 anos de idade, o enfermeiro Samora Moisés Machel decide dar novo rumo à sua vida. Abandona o país e vai juntar-se à Frente de Libertação de Moçambique, na Tanzânia. Uma viagem longa, com muita sorte à mistura, pois, quando passa por Botswana, cruza-se com Joe Slovo, que viria a ser presidente do Partido Comunista Sul-africano, e um grupo de membros do ANC, que decidem levá-lo na sua aeronave para Dar-es-Salaam.
Chegado à capital tanzaniana, ainda no ano de 1963, Samora Machel é integrado no segundo grupo, que beneficiou de treinos militares na Argélia, onde revela as suas qualidades militares. Por conta disso, foi imediatamente indicado para o posto de comandante.
É nessa qualidade que Samora Machel participa activamente na preparação do início da Luta Armada de Libertação Nacional, a 25 de Setembro de 1964, elaborando os planos, seleccionando os combatentes e organizando a sua infiltração no território nacional.
Devido ao sucesso do seu trabalho, foi-lhe dada a responsabilidade de treinar as forças da Frelimo em terras tanzanianas.
Em 1965, lidera o desencadeamento da luta armada no sector oriental de Niassa, enquanto organiza o grande centro de preparação político-militar de Nachingwea, onde se preparam política e militarmente os quadros da revolução moçambicana.
Em 1966 é assassinado Filipe Samuel Magaia, então secretário do Departamento de Defesa e Segurança, e Samora Machel é eleito para o substituir, tendo, entretanto, ficado apenas com a Defesa, sendo que a Segurança passou para a responsabilidade de Joaquim Chissano. Na verdade, antes mesmo da morte de Samuel Magaia, Joaquim Chissano conta que a direcção da Frelimo já havia decidido separar as duas áreas, razão pela qual foi enviado à União Soviética, para se formar em questões de segurança. Na altura, sugeriu que seguisse com Samora Machel, facto que não aconteceu devido ao tempo longo que a formação levaria e as responsabilidades que Samora tinha no terreno.
Já na qualidade de secretário do Departamento de Defesa, Samora Machel reorganiza e reestrutura as Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM), desencadeando-se um processo intenso de formação política e ideológica dos combatentes e de elevação da sua capacidade técnica e combativa.
Em 1967, Samora Machel criou o Destacamento Feminino (DF), com vista a envolver as mulheres moçambicanas na luta de libertação. As mulheres foram submetidas a treinos militares e passam a ajudar no transporte de material bélico para o interior do país, uma vez que a guerrilha não dispunha de meios circulantes para o efeito. Mas também cuidavam de crianças órfãs ou cujos país estavam na frente de combate, leccionavam e faziam outros serviços sociais nas zonas libertadas.
Em 1968, sob seu comando, foi reaberta a “Frente de Tete”, descrita como sendo a forma inteligente como Samora respondeu a dissidências dentro do movimento, reforçando a moral dos guerrilheiros.
A 3 de Fevereiro de 1969, Eduardo Mondlane, então presidente da Frelimo, foi assassinado com uma encomenda-bomba. O vice-presidente, Uria Simango, assumiu a presidência e o Comité Central, reunido em Abril, decidiu rodeá-lo de duas figuras, Samora Machel e Marcelino dos Santos, formando um triunvirato.
Em Maio de 1970, noutra sessão do Comité Central, Simango foi expulso da Frelimo e Samora Machel foi eleito presidente, com Marcelino como “vice”.
Com o poder político e militar nas mãos, Samora conseguiu organizar a guerrilha, de forma a neutralizar a ofensiva militar portuguesa, comandada pelo general Kaúlza de Arriaga - um homem de grande visão militar a quem foi dado um enorme exército de 70 000 homens e mais de 15 000 toneladas de bombas - e organizar as zonas libertadas.
Fruto desse entendimento, Samora dirigiu, também, uma ofensiva diplomática em que granjeou apoio não só dos aliados socialistas, inclusive do Vaticano, um aliado tradicional de Portugal. Opapa era na altura Paulo VI.
A 25 de Abril de 1974, dá-se o golpe de Estado em Portugal, que teve como efeito imediato a incapacidade de resolver a questão colonial pelas armas. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Mário Soares, encabeçou uma delegação a Lusaka, que propôs à Frelimo o cessar-fogo e um referendo para decidir se os moçambicanos queriam a independência, conforme pretendia o general António de Spínola, primeiro presidente da República Portuguesa depois do 25 de Abril.
Samora Machel recusou-se e preferiu prosseguir com a guerra. Em Julho do mesmo ano, são retomadas as conversações, que culminariam com a assinatura do Acordo de Lusaka, a 7 de Setembro de 1974. Nos termos desse acordo, formou-se, no mesmo mês, um governo de transição, com elementos nomeados por Portugal e pela Frelimo, chefiado por Joaquim Chissano.
atira uma pedra contra o parabrisas de um carro e em seguida ha um acidente a responsabilidade nao e de quem estava ao volante mas de quem partiu o vidro. Um piloto zimbabweno telefonou para uma agencia de informacFADM receberaao a dizer que o aviao tinha seguido os sinais que recebeu e os pilotos seguiram as orientacoes recebidas. Os pilotos receberam na sua formacao a consigna -mind the instruments-. Segue os dados dos instrumentos de navegacao a noite. Uma posicao do exercito mocambicano recebeu uma comunicacao do aviao informando que os aparelhos estavam a dar indicacoes erradas. Outra posicao do exercito viu o aparelho no seu radar durante 14 segundos.
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