Canal de Opinião por Adelino Timóteo
Estamos a acabar, mas, a cada dia que eles acabam connosco, pedem-nos que aguardemos com paciência e serenidade os resultados das investigações.
Mataram Siba-Siba Macuácua e mandaram-nos aguardar serenamente pelos resultados.
Sentámos num canto inconfortável dos nossos sofás, entre lágrimas.
Mas passam já mais de quinze anos que aguardamos serenamente pelos resultados da investigação que nunca chega ao desfecho. Eles sabem que acabam connosco, sabem que a nossa memória esquece muito rapidamente, por isso voltam a matar-nos e pedem-nos que aguardemos pacientemente pelos resultados da perícia, que nunca fazem, pedem que aguardemos pelos resultados da peritagem, que nunca fazem. Nós estamos a acabar, e eles sabem que o poder da nossa memória dilui-se, corrompe-se perante o foco das nossas preocupações que se concentram no estômago, na sobrevivência do dia-a-dia, a fome, a pobreza, a inflação, que não para de subir.
Desde
Setembro do ano passado a esta parte, acabaram com a vida de oitenta
pessoas e vieram dizer reiteradamente que estão a investigar e que
aguardemos serenamente pelos resultados, que parecem aludir o
secretismo, o apelo à espera que virá acabar connosco, como agentes que
não se interessam que conheçamos os rostos dos criminosos, pois quando
bem sabemos quais são os criminosos que levaram o país ao abismo e
compraram armas para que os deserdados se matem uns aos outros numa
guerra cuja motivação ninguém saberá explicar, os que se dedicam à
investigação olham para os lados e troçam das nossas petições.
Não cessam de acabar connosco, pois à lista de assassinados acrescem o Juiz Kutumula e a sua esposa, o Francisco Mascarenhas, o Manuel Lole e Arlindo Mucuche.
Mataram-nos quando mataram o Pedro Bem, mataram-nos quando mataram o Paulo Machava. Matam-nos ainda mais a cada dia, porque nos mandam aguardar serenamente pelas investigações que nunca chegam a conclusões nenhumas.
Estamos a acabar, e eles a reafirmarem reiteradamente que estão na pista dos criminosos, que já têm sinais, como que fazendo pouco de nós, na nossa boa-fé, e na esperança de que ainda poderão vir a esclarecer os crimes. E quando voltamos aos sofás onde aguardamos os resultados entre lágrimas, eles acabam com mais um Gilles Cistac, acabam com o Jeremias Pondeca, uma ilustre figura que dá na morgue como desconhecido.
Eles mostram o seu poderio e até mandam os seus assassinos, os seus cães de caça transmitir-nos recados, praticarem atentados, que, se não calamos, acabam connosco, mais ainda do que nos têm acabado. Assim o fizeram com Manuel Bissopo e José Macuane.
Prometeram-nos aguardar serenamente pelos resultados de investigação, e eis que, para gozarem com a nossa cara, acabaram com a vida de José Manuel.
Eles não fazem nada senão prometer, senão matar. Acabaram connosco tirando a vida de Orlando José. Acabam connosco mil vezes em cada nova morte. Fizeram-no, quando mataram Marcelino Vilankulos.
Não há assassinato que doa mais como o silêncio que nos sufraga o coração a cada vez que nos vitimam, sem que nenhuma instituição da Justiça, num Estado de Direito esclareça as mortes com que nos têm infringido.
Eles mandam-nos aguardar serenamente, mas o que não sabemos é que com este apelo nos mandam aguardar serenamente o dia em que virão impiedosa e cobardemente assassinar-nos, para depois virem com novos enigmas: não sabem de nada, estão à busca e acharam um corpo deitado no chão. (Adelino Timóteo)
CANALMOZ – 12.10.2016
Não cessam de acabar connosco, pois à lista de assassinados acrescem o Juiz Kutumula e a sua esposa, o Francisco Mascarenhas, o Manuel Lole e Arlindo Mucuche.
Mataram-nos quando mataram o Pedro Bem, mataram-nos quando mataram o Paulo Machava. Matam-nos ainda mais a cada dia, porque nos mandam aguardar serenamente pelas investigações que nunca chegam a conclusões nenhumas.
Estamos a acabar, e eles a reafirmarem reiteradamente que estão na pista dos criminosos, que já têm sinais, como que fazendo pouco de nós, na nossa boa-fé, e na esperança de que ainda poderão vir a esclarecer os crimes. E quando voltamos aos sofás onde aguardamos os resultados entre lágrimas, eles acabam com mais um Gilles Cistac, acabam com o Jeremias Pondeca, uma ilustre figura que dá na morgue como desconhecido.
Eles mostram o seu poderio e até mandam os seus assassinos, os seus cães de caça transmitir-nos recados, praticarem atentados, que, se não calamos, acabam connosco, mais ainda do que nos têm acabado. Assim o fizeram com Manuel Bissopo e José Macuane.
Prometeram-nos aguardar serenamente pelos resultados de investigação, e eis que, para gozarem com a nossa cara, acabaram com a vida de José Manuel.
Eles não fazem nada senão prometer, senão matar. Acabaram connosco tirando a vida de Orlando José. Acabam connosco mil vezes em cada nova morte. Fizeram-no, quando mataram Marcelino Vilankulos.
Não há assassinato que doa mais como o silêncio que nos sufraga o coração a cada vez que nos vitimam, sem que nenhuma instituição da Justiça, num Estado de Direito esclareça as mortes com que nos têm infringido.
Eles mandam-nos aguardar serenamente, mas o que não sabemos é que com este apelo nos mandam aguardar serenamente o dia em que virão impiedosa e cobardemente assassinar-nos, para depois virem com novos enigmas: não sabem de nada, estão à busca e acharam um corpo deitado no chão. (Adelino Timóteo)
CANALMOZ – 12.10.2016
Lembro-me servir de jury num caso de violaçao sexual aqui no Canada e antes do nosso jury de 12 pessoas ser sequestrado e metido num hotel com a nossa equipa completamente isolada para decidirmos o caso, o juiz alertou-nos no tribunal, dizendo: "façam conta de que nao leram nada nos jornais sobre caso. Esqueceçam daquilo que leram. Considerem os factos sobre o caso e perante o tribunal e decidam o vosso verdicto e tragam-mo aqui amanha quando o julgamento resumir."
Dito e feito, fomos discutir e tiramos o nosso verdicto que apresentamos ao juiz que o aceitou. Chegamos aquilo que em inglês se chama "hung jury" (verdicto sem decisao unanime de culpar ou absolver o acusado) visto que havia indices de que a rapariga tinha incitado a agressao sexual.
O jury considera factos e deve voltar 100% para condenar or absolver um arguido. Ficamos divididos. Era a terceira vez que o homem estava a ser julgado e cada vez com o mesmo caso de hung jury e podia ser julgado indefinitivamente na medida em que nenhum jury chegasse a um verdicto unanime de 100%. O juiz considera a lei em relaçao ao caso.
O Juiz pode discordar com o jury e decidir contrariamente se quizer. Mas em geral, e segundo a tradiçao inglesa que o Direito Comum ingles (Common Law) que vigora no Canada inglês, o juiz aceita a decisao do jury.
de facto como e possivel endividar um pais e deixar seus cidadaos com fome? e o sr. grande mestre chefe, patrao, heroi chipande , dizer de boca cheia que e normal e que as dividas continue, sera que ele pensou de verdade para falar aquilo? vamos esperar para ver
E ele sabe muito bem quais sao os perigos. Basta ver como ele da rodeios e tenta mesmo dizer que nao ha esquadroes da morte em Moçambique e que so duas fontes falaram disto. So duas fontes.... Nem é questao de duas fontes. É questao de que ha esquadroes da morte que abatem muita gente. O caso do Afonso Dhlakama em Manica, caso de valas comuns, muitos homens da Renamo que sao abatidos. E este senhor faz rodeios ao ponto mesmo de defender a Frelimo e de dizer que tudo é culpa dos rumores.
Ele diz que as pessoas julgam antes de darem instituiçoes competentes tempo para investigar. Que ideia rata e barata. Porque é que a policia nunca disse nada sobre os ataques contra Dhlakama que é o chefe da oposiçao, portanto um homem muito importante.
Este senhor nunca me impressionou. Vi-o ja na STV a fazer os mesmos rodeios para nao ofender a Frelimo principalmente.
Sr Francisco leia e entenda a ideia do Vaz e não a se concentre apenas em ataques pessoais contra este individuo.
o senhor nao entedeu ainda o problema do pais? dividas e o partido no poder recusa-se a aceitar uma auditoria, vala comum o governo recusa-se a ceitar uma comissao das naçaoes unidas mais o que seu doctor burro.
pena de ti, o tempo julgara a todos nos
A verdade é que o regime da Frelimo e as suas instituiçoes nao sao funcionais pelo que nunca investigam coisas e trazem as verdades a superficie visto que muitos males sao cometido pelo regime. E foi sempre assim. Onde o regime nao explica nada, ai abre a porta para os boatos e rumores que no caso especifo de Moçambique acertam em cheio.
Todos males sao o feito da manguçada da Frelimo. Deriva da sua incapacidade de administrar o pais.
A Frelimo nunca explicou as circunstancias da morte do Filipe Magaia, embora se saiba visto que o homem que o abateu foi preso por guerrilheiros no lugar onde o abateu e o entregaram aos tanzanianos e depois ele revelou a razao porque ele tinha abatido Magaia, esta sendo que tinha sido instrumentalisado por Mondlane, Uria Simango, Samora Machel e os outros gangsters da liderança da Frelimo. Esta verdade nao veio da Frelimo que disse que Magaia tinha morrido ao tombar num encontro com soldados portugueses. Uma mentira que a Frelimo veiculou por escrito em Dar es Salaam.
Depois veio a morte do Mondlane, do Machel que a frelimo atribuiu aos portugueses e dos politicos de Mitelela que que Sérgio Vieira disse que morreram num ataque da Renamo ao campo onde eles estiveram enqaunto foi ele que dirigiu a chacina e a Renamo nao tinha atingido Niassa em 1977. E a Frelimo nunca revela nada.
Sera que Vaz quer negar que Moçambique nao é uma republica das bananas. Se tal uma republica das bananas existe, o Moçambique da frelimo é o exemplo classico e por excelencia por ter lideres gatunos, esquadroes da morte que ele tenta dizer que nao existem ou existem, exercito partidario, policia nao funcional que é tal qual como os tonton macoutes do regime do François Papa Doc Duvalier de Haiti e cidadaos sem direitos. E por cima uma oposiçao dirigida por um louco.
E é obviamente produtor de bananas. Republica das bananas refere-se a paises do terceiro mundo sob ditaduras como Moçambique onde nada funciona e a insanidade daqueles que exercem o poder é a regra do dia.
1 - Jeremias Pondeca foi encontrado morto na Morgue do Hospital Central de Maputo!!!
ou
a PRM o encontrou morto??? (suposta e alegadamente numa/na praia).
Uma coisa é uma coisa, outra coisa já é outra coisa.
Os familiares afirmaram que ele saira de manhã para habituais ginásticas matinais de onde não regressou.
Os familiares aperceberam-se do ocorrido no dia seguinte.
Muito estranhos estes factos.
O malogrado saiu de manha para se ginasticar, o que fazia com regularidade - tinha/teria, certamente, rotinas estabelecidas - almoçava?, lanchava?, jantava? JUNTO com a família.
Dormia em casa???
Estou já no supônhamos.
Mal que pergunte - como é que a família SÓ se apercebeu "do ocorrido no dia seguinte".
ESTRANHO, bué de estranho.
Uma coisa é certa, certamente.
Já que a PRM fez saber que:
"Foi a PRM quem afirmou ter recolhido o corpo da praia ou imediações da Costa do Sol tendo-o depositado na Morgue"
Ora, para a PRM o depositar na Morgue, suponho que o malogrado JÁ estaria morto.
Esta é a grande certeza que TODOS têm/temos.
Na luta do povo ninguém cansa.
FUNGULANI MASSO
LEMBREM BEM
QUEM NÃO LUTA, PERDE SEMPRE
A LUTA É CONTÍNUA
Por favor seja honesto. Em vez de estar a dar voltas sobre o mesmo assunto, sugiro que vá directo ao assunto dizendo a verdade única que é: O sr. Basílio Monteiro é o chefe dos esquadrões da morte da Frelimo e que o assassinato do sr. Jeremias Pondenca foi encomendado pela comissão política da Frelimo.
Duas coisas nao catolicas com a maneira como o adagio foi tratado. Para a palavra o caçador nao é preciso angariar uma palavra portuguesa visto que o Sena tem a sua propria palavra para caçador que é Nyakusodza (de kusodza para dizer caçar). O adagio devia ser NYAKUSODZA ASAFA NA NFUTI YATCHE (transliteraçao a inglesa) ou Nhacusodza asafa na nfuti iatche (transliteation sena-portuguesa).
A dificuldade de escrever numa lingua indigena como o sena e todas as outras africanas e que estas linguas sao orais e nao escritas como o francês principalmente que se escreve da mesma maneira como decidida pela academia francesa no século 17. O inglês ja é pouco diferente visto que ha palavras que os americanos escrevem diferentemente dos britanicos. O mesmo com o português havendo palavras que os portugueses escrevem diferentemente dos brasileiros.
A rendiçao do adagio como "o caçador morre com a sua arma nao bate bem." Implicito no adagio sena é o suicidio e nao a bravura. O adagio deve ser traduzido como O CAÇADOR MORRE DA SUA ARMA. Se se tratasse de bravura, o adagio seria Nyakusodza asafa na nfuti yatche m'mandja (o caçador morre de arma na mao).
É possivel que eu esteja errado. Qualquer mestre que vive com a lingua pode me corrigir desde que ja nao vivo com esta lingua que ainda nao esqueci para viver com a lingua inglesa, uma lingua dos imperialistas, segundo a Frelimo e para onde os terroristas da Frelimo me empurraram.
A traduçao dada no titulo em portug
O Académico que sempre esperei ver e ouvir e este, o Dr. Vaz, quando se despe das bandeiras tribalistas vira um sabujo de se lhe tirar o chapéu tal contundência de análise fundamentada e argumentada de forma sóbria e responsável elucida e alimenta a sede de elevar a moçambicanidade para níveis de maior responsabilidade e cidadania.
Eu gosto dos pensam fora da caixa, obrigado Dr. Vaz, confesso que também sou um dos que não fez nada, seja por medo e ou bloqueio institucional a verdade e que ate hoje ainda não ganhei coragem para frontalmente apontar o dedo a BICHO a luz do Sol, apesar de eu a consciência de que todos conhecemos o BICHO.
Bem haja a pensadores como o senhor
Khanga Hanha Muzai