segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Derradeiro debate entre Trump e Clinton acontece quarta-feira




As sondagens apontam para uma vantagem de Hillary Clinton mas nada está decidido até ao último debate, que se vai realizar em Las Vegas
O terceiro e último debate antes das eleições presidenciais norte-americanas de novembro entre a democrata Hillary Clinton e o rival republicano Donald Trump acontece na quarta-feira na Universidade de Nevada, em Las Vegas.
O frente-a-frente de 90 minutos (transmitido em Portugal na madrugada de quinta-feira) vai ser moderado por Chris Wallace, um conhecido 'pivot' da estação conservadora Fox News, e os principais tópicos de discussão pré-definidos são seis: imigração, Supremo Tribunal, benefícios sociais e dívida nacional, economia, política externa e as aptidões de cada candidato para assumir o cargo de Presidente.
A cerca de 48 horas do derradeiro debate, o cenário não é favorável a Trump, que está a perder margem nas sondagens e a enfrentar novas acusações de assédio sexual.
Uma projeção nacional da estação televisiva NBC News e do jornal Wall Street Journal deu no domingo uma vantagem de dois dígitos a Hillary Clinton face ao candidato presidencial republicano.
Segundo esta sondagem, a candidata do Partido Democrata teria 48 por cento das intenções de votos, enquanto Trump ficaria com 37%.
Já numa projeção do The Washington Post/ABC, Clinton surge apenas com uma vantagem de quatro pontos, mas cerca de 70% dos eleitores afirmaram que o multimilionário terá provavelmente assediado sexualmente mulheres.
Outra sondagem da estação CBS feita em 13 estados-chaves deu a Clinton 46% e a Trump 40% das intenções de voto, com a candidata democrata a garantir uma vantagem de 15 pontos entre o eleitorado feminino.
Depois de ter perdido o primeiro debate (realizado a 26 de setembro em Nova Iorque) e de ter investido num discurso violento no segundo (a 9 de outubro em Saint Louis, Missouri), em que chegou a ameaçar mandar prender a ex-secretária de Estado, Trump passou a última semana a lançar acusações e críticas em todas as direções, de Clinton aos órgãos de comunicação social, passando pelo próprio Partido Republicano.
As mais recentes aconteceram no domingo durante um comício em Portsmouth, New Hampshire, com o magnata do imobiliário a afirmar ser vítima de uma "elite global" e de uma "imprensa corrupta" que pretende viciar a eleição de 8 de novembro a favor de Hillary.
"A eleição está a ser viciada pela imprensa corrupta que publica acusações completamente falsas e mentiras descaradas, num esforço para a eleger Presidente", referiu.
Na mesma ocasião, o multimilionário de Manhattan lançou outro ataque contra a adversária democrata e desafiou Clinton a fazer um teste de drogas antes do próximo debate presidencial, sugerindo que a candidata estava "dopada" durante o último frente-a-frente.
Na campanha de Hillary Clinton, o destaque mais recente vai para a divulgação pelo portal WikiLeaks de três dos discursos pagos que a candidata à Casa Branca fez para o banco de investimento Goldman Sachs, o que veio revelar os laços entre a democrata e Wall Street.
Num discurso proferido a outubro de 2013, Clinton sugeriu que algo devia ser feito para controlar os abusos de Wall Street "por motivos políticos". A democrata fez estes discursos pagos no período entre ter deixado o cargo de secretária de Estado e de ter lançado a sua campanha eleitoral.
A equipa de Clinton não comentou a autenticidade dos discursos, que fazem parte de um conjunto de documentos retirados do correio eletrónico do diretor de campanha John Podesta.

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