O MIREME está sem ministro porque quem estava indicado era mesmo Max Tonela. A equação envolvia uma eventual mudança do Ministro Celso Correia para a HCB, como PCA, visto como um golpe de asa no meia de dividas a banca (BPI, CGD, Banco Austral e uma ainda não falada ao BIM). Seria um golpe de asa porque Celso teria na HCB um grande poder de influencia no sector financeiro local e estrangeiro, sobretudo no quadro de eventual de um project finance para viabilizar a Central Norte de HBC.
Mas foi o que se viu. Na véspera desse anúncio (em que Pedro Couto iria substituir Adriano Maleiane na Economia e Finanças) surge a indicação em dois jornais de referencia de Lisboa (Publico e Jornal de Negócios) de que Celso devia muitos milhões de Euros a BPI e a CGC, numa jogada de antecipação de quem está empenhado em “destruir” a carreira do Ministro da Terra e do Ambiente. Com Paulo Muxanga ja de saída da HCB, Nyusi terá protelado o envio de Celso para a HCB, tendo colocado Pedro Couto quase que a contragosto porque, como se viu, na EDM e na ENH (Moises Magala e Omar Mitha, respectivamente) em empresas estratégicas o PR teve sempre a tendência de colocar gente com quem partilhou relações, amizades e origens no passado. E esse não é Pedro Couto. Seria Celso Correia porque, apesar de tudo, ele ainda continua nas boas graças do Presidente.
Mas despoletadas as suas dívidas no circuito mediático de Lisboa, através de um lobby luso-moçambicano muito poderoso, Nyusi terá sido desaconselhado a indicar Celso para a HBC. E também desaconselhado a nomear quem justamente estava na calha para o Mireme: Max Tonela, cujo desejo manifestado em circuitos fechados era justamente ir presidir à HCB. Mas... a indicação de Tonela foi vazada para as redes sociais e Nyusi fez aquilo que fez doutras vezes que a opinião publica tomou conta das suas pretensas remodelações: não tomar uma medida já antecipada ao público.
De modo que Maleiane terá ainda de esperar. Descartado da ultima visita a Washingnton, centrada em assuntos do seu pelouro, ele já estava de malas aviadas. E quem deve ter saído furioso com este desfecho é Max Tonela, que terá de continuar a fazer uma coisa para a qual não está talhado. Há quem pensa que Celso Correia está acabado política e empresarialmente. Mas tambem ha quem considere sua relacao com Nyusi é sólida que longe está a possibilidade de ele ser descartado. Hoje soube que Celso está a desfazer-se de todos os seus aneis, permitindo um encaixe financeiro que lhe permitirá sair dos negocios e sedimentar sua aventura política.
Até quando o Mireme vai ficar sem Ministro?
Até quando o Mireme vai ficar sem Ministro?
As lucubrações de Marcelo Mosse
O texto que partilho a seguir é da autoria do Marcelo Mosse. Partilho o texto aqui, porque concita curiosidade(s)...
------ INÍCIO DE TEXTO PARTILHADO ------
A incompleta remodelação do Presidente
O MIREME está sem ministro porque quem estava indicado era mesmo Max Tonela. A equação envolvia uma eventual mudança do Ministro Celso Correia para a HCB, como PCA, visto como um golpe de asa
------ FIM DE TEXTO PARTILHADO ------
Agora seguem as minhas curiosidades, em jeito de comentário.
1. «O MIREME está sem ministro porque quem estava indicado era mesmo Max Tonela. A equação envolvia uma eventual mudança do Ministro Celso Correia para a HCB, como PCA, visto como um golpe de asa no meia de dividas a banca (BPI, CGD, Banco Austral e uma ainda não falada ao BIM).»
Bem, "golpe de água" pode significar qualquer das seguintes expressões: proeza; façanha; acto de coragem, censurável ou escandaloso. No contexto em que o Marcelo Mosse usa esta expressão no trecho do texto citado acima, ela significa "acto censurável ou escandaloso". Ou seja, Marcelo está a dizer-nos que nomear Celso Correia para PCA da HCB seria visto como um acto escandaloso, por causa das dívidas que se diz ele (Celso Correia) ter com instituições financeiras portuguesas. A minha questão é: Como é que Marcelo Mosse tem certeza do que está a dizer? Foi o Presidente Filipe Nyusi que lhe disse?
2. «Celso Correia [...], apesar de tudo, [...] ainda continua nas boas graças do Presidente.»
"Aié"! Será que o Presidente Filipe Nyusi priva com Marcelo Mosse, e lhe conta quem está nas suas graças? Ou o Ministro Celso Correia priva comMarcelo Mosse, e conta a este que o Presidente Filipe Nyusi o tem nas suas graças? Estas perguntas surgem, porque esta afirmação está cheia de "certezas".
3. «Descartado da ultima visita a Washingnton, centrada em assuntos do seu pelouro, ele já estava de malas aviadas. E quem deve ter saído furioso com este desfecho é Max Tonela, que terá de continuar a fazer uma coisa para a qual não está talhado.»
Afinal! Como é que o Marcelo Mosse tem certeza do que diz nesta passagem do seu texto? Terá ele relações pessoais com Adriano Maleiane e com Max Tonela, e estes terão dito ao Marcelo Mosse o que lhes vai nas mentes?
Sem comentários:
Enviar um comentário