O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, desloca-se na segunda a Lilongwe, para uma cimeira tripartida com Malaui e Zâmbia, e dedicará igualmente atenção à situação dos refugiados moçambicanos em território malauiano.
"Durante a reflexão conjunta, a questão dos moçambicanos no Malaui merecerá uma atenção especial", declara a Presidência da República num comunicado enviado à Lusa.
Na cimeira tripartida, Filipe Nyusi, junta-se aos homólogos do Malaui, Peter Mutharika, e da Zâmbia, Edgar Lungu, para abordar "questões de interesse comum sobre a maximização da utilização das infraestruturas de transporte entre os três países e a exploração de oportunidades de energia que a região oferece".
Nyusi viaja para o país vizinho acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Balói, do Interior, Jaime Basílio Monteiro, e dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
O Alto Comissariados das Nações Unidas calcula que 10 mil moçambicanos fugiram para o Malaui, relatando queixas de perseguições e maus-tratos das Forças de Defesa e Segurança na província de Tete, uma das regiões que tem sido palco de confrontações com o braço armado da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana).
O Governo moçambicano tem evitado a utilização da palavra refugiados, ao mesmo tempo que assegura estar a criar condições de segurança para o regresso daquelas pessoas às suas terras de origem.
Quase toda a África Austral enfrenta uma seca severa, que levou Moçambique a elevar o seu nível de alerta para vermelho e o Malaui a declarar o estado de catástrofe natural.
HB // MSF
Lusa – 24.04.2016
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