Ataques em Morrumbala e mopeia tiram sono a frelimo
Depois das emboscadas a viaturas ao longo da Estrada Nacional número 1 perpetradas pelos homens da Renamo, e a intervenção das Forças de Defesa e Segurança para repor a ordem, há uma tendência da situação voltar a normalidade. Quem assim diz é Comandante Provincial da PRM da Zambézia que falava a Rádio Moçambique, João Mahuguele, disse ainda que neste momento e por causa desta intervenção das FDS, a circulação de pessoas e bens é tida como livre, mas ainda há focos nas zonas de Morrumbala, Mopeia na N1. Conforme Mahunguele, estes são os pontos que preocupam a corporação, porque tem havido acções esporádicas que os homens armados da Renamo tem estado na estrada ameaçando as pessoas, disparando contra viaturas de passageiros, uma situação que preocupa bastante, porque a tarefa como Força de Defesa e Segurança é manter a ordem e tranquilidade pública e criar condições para que as pessoas circulem livremente com os seus bens.
Maunguele disse ainda que, existem ainda focos típicos de Morrumbala, Murrotone na zona de Mocuba, onde igualmente são monitoradas. Entretanto, a PRM tem vindo a receber algumas inquietações das comunidades, segundo as quais os homens da Renamo tem extorquido comida da população, e face tem sido alertadas para que elas estejam a informar as FADS sempre que isso aconteça, sublinhou o Comandante.
Segundo Maunguele, neste momento as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno e a informações de que pelo menos em Morrumbala há pessoas que estão a sair das zonas para Malawi, informação que não se sabe se constitui verdade ou não. “Porque nós não estamos no território malawiano e as nossas medidas de segurança visam garantir que as comunidades trabalhem livremente, não posso precisar porque razões, puderam existir situações das quais há pessoas que estão abandonar as zonas para Malawi e qual seria a motivação, tanto que as nossas acções sempre foram para garantir a ordem segurança e tranquilidade das comunidades e sempre estamos com elas”- disse o Comandante para depois questionar que, “esse movimento que se fala de pessoas que estão a sair das suas zonas para Malawi nós não podemos aprimorar, porque não estamos no Malawi, se constitui verdade quais são as razões que alegam”, – voltou a questionar.
Já o governador da província da Zambézia Abdul Razak, disse igualmente que, a situação contínua normal, sinal disso a população continua a fazer o seu trabalho, na agricultura numa altura em que houve chuvas no mês de Março apesar da estiagem em algumas zonas, mas ultimamente tem havido uma actividade para recuperação das culturas que eventualmente podiam estar perdidas em algumas zonas. Razak aponta também actividade da piscicultura como sendo, outra que esta sendo realizada sinónimo de que a província está calma. Existem também projectos, que continuam a ter o seu percurso normal, tais como a construção da estrada Mocuba Lugela, Mocuba Milange, a construção da instalação da Unizambeze, ponte do rio Chire e há também outras actividades em curso em termos de investimento na área de infra-estruturas.
Num outro passo, Abdul Razak disse que, outro ponto onde a concentração dos homens preocupa o governo é Murrotone, mas naquele ponto não tem havido informações de ataques a civis, mas a presença de pessoas armadas que pedem comida essa situação tem perturbado, mas fundamentalmente na província não tem havido grandes repercussões em termos de situação militar, que pode por em causa o funcionamento normal das instituições e da vida do cidadão. O chefe do executivo da Zambézia disse ainda que por se considerar de crime a acção dos homens da Renamo que tem vindo a desencadear, sempre que há informação de ocorrência dessas situações as forças fundamentalmente da polícia tem se deslocado ao local caso não esteja no terreno, para tomar medidas necessárias para manter a ordem.
Ainda nesta entrevista, o governador disse que na Sessão da Assembleia Provincial que teve lugar na última segunda-feira, este e o seu executivo iriam apelar a bancada da Renamo como sendo a maioria para apelarem os seus correligionários no sentido de puderem pautar por uma acção que seja consentânea para uma sociedade em que impera a lei e a ordem. Sobre a questão de pessoas que estão a se refugiar para Malawi, Razak disse que é sabido que Morrumbala, Mopeia e Milange são zonas fronteiriças, e desde sempre houve pessoas com famílias do lado do Malawi, do Malawi tem do lado moçambicano, então são fronteiras artificiais, por isso há sempre essa circulação de pessoas de um lado para o outro que é normal, nesta zona da província. (António Munaíta)
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 28.04.2016
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