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Escrito por Adérito Caldeira em 01 Março 2016 |
Mais de uma semana após o desabamento da parede da entrada principal da piscina olímpica do Zimpeto, que feriu nove pessoas e causou a morte do treinador de natação Frederico dos Santos, ainda não são conhecidos os resultados do inquérito que terá sido já concluído pela equipa multi-sectorial criada para investigar as causas do sinistro. A culpa ainda é do vento!
No dia seguinte à tragédia, que inicialmente foi atribuída ao tempo quente seguido de vento forte que se fez sentir no passado dia 20 de Fevereiro, Adamo Bacar, o director do Fundo de Promoção Desportiva, entidade que tem sob a sua alçada a gestão do complexo de natação construído em 2011 para os Jogos Africanos que Moçambique acolheu nesse ano, prometeu que até a passada sexta-feira(26) a comissão de inquérito, que foi entretanto criada para investigar o sinistro, iria divulgar as causas preliminares.
A comissão de inquérito é liderada pelo Ministério da Juventude e Desportos e integra os Ministérios das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos; da Saúde; do Trabalho, Emprego e Segurança Social; Governo Municipal de Maputo e o Laboratório de Engenharia de Moçambique. A Polícia da República de Moçambique também está a investigar a queda da parede.
A piscina olímpica foi construída por um consórcio formado pelas empresas portuguesas Mota-Engil e Soares da Costa, sem concurso público, e que na altura se vangloriou de ter conseguindo edificar a obra reduzindo em três meses o prazo inicial.
“Quanto às prováveis causas da queda do muro, face ao que nos é possível observar, somos de opinião que o que poderá estar na origem do derrube em causa é uma conjugação extraordinária de dois fenómenos anormais e imprevisíveis: a ocorrência de altas temperaturas e a ocorrência de ventos atípicos de extrema intensidade”, afirmou o consórcio português em comunicado de imprensa após a tragédia declarando que cumpriu com todas as formalidades constantes do contrato de execução da piscina olímpica.
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terça-feira, 1 de março de 2016
Mais de uma semana após o desabamento da parede da piscina olímpica do Zimpeto a culpa ainda é do vento
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