Se para muitos cidadãos a sua intervenção democrática cinge-se às eleições, muitos outros vão expressando opiniões que, assentes no valor da pluralidade, podem ser muito divergentes. Contudo, se todos podem opinar sobre a vida pública, no exercício do direito à diferença, nem todos terão o saber e o talento para o fazer. Em período de crise político-militar que vivemos, adquire especial importância a informação, as opiniões e o esclarecimento à população, quer da situação, quer dos intervenientes.
Pessoalmente, não regozijo quando alguém que de maneira reiterada vem cometendo atrocidades não cumpre a sua palavra em cometer em certa data prometida outra grosseira atrocidade, antes pelo contrário, encontro motivos para o felicitar pela sua racionalidade e distanciamento da habitual esquizofrenia paranoide. Da leitura feita ao longo da manha em diversos murais, fiquei surpreso pelo surgimento de diversos “marmiteiros”, elementos nocivos a pátria de que se dizem fazer parte, que em vez de esclarecerem e unirem os Moçambicanos em torno da Paz como imperativo, acabam por nos dividir com as suas opiniões que embora sejam fruto da sua liberdade de opinião, são, muitas delas, envenenadoras e agitadoras.
Urge a conjugação de esforços e vontades, de ambição e coragem para contornar-se com sucesso o momento menos bom que vive o País. Reconheço que muitas são as diferenças entre os Moçambicanos e se assim é, as opiniões serão sempre o reflexo dessas diferenças, do desenvolvimento intelectual e cívico de cada um, para além dos seus interesses partidários, mas por favor não “agitem águas mal paradas”….
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