A peça é escrita e encenada por Marcelo Mosse. Aquele mesmo que anda seguindo os passos de Carlos Cardoso, Salomão Moyana e, afinal também, do Luís de Brito. Esse mesmo! Na peça ele me escolheu como um dos personagens ao lado de uma figura colectiva, a que ele chama de G40, e do lado oposto de uma figura fictícia e outra bem identificada, às quais eu não quero fazer referência neste 'mural' por quão nojentas que são. Sim, não quero enojar este espaço onde partilho coisas da vida real com os meus amigos e visitantes.
Na sua peça, o Marcelo Mosse apresenta-se não como jornalista que faz jornalismo de investigação—que é o seu fascínio—, mas sim com um papel de um advogado. Trata-se de uma tentativa de encontrar algo mais que fazer para se tornar mais útil e, quiçá, amealhar mais um cheque-prémio ou troféu. Isso anima. Afinal os prémios são sempre bons. Mas e eu pensava que eram assim quando alguém os receber sem ter trabalhado trabalhar por eles e para eles. Só que caçar prémios é o que parece fascinar mais o Marcelo Mosse, pelo que para isso trabalha. Não tenho inveja dele por isso. Mas parece que ele tem inveja de mim pelo mero facto de eu não ter inveja dele. Isso é problema dele!
Na sua nova peça, o Marcelo Mosse apresenta-se como advogado, pois a transição para esta nova actividade parece ser mais fácil para alguém que vem trilhando o jornalismo de investigação com algum sucesso, a medir pelo reconhecimento recebido mesmo sem ser merecido. E ele parece estar embalado na euforia que o reconhecimento causa a quem realmente nada faz sem focar atenção na recompensa. Quem age embalado na euforia só produz mais êxtase para si mesmo em detrimento de desenvolver capacidade para gerar algo útil.
De facto, quem lê o Marcelo Mosse sabe que ele de jornalismo de investigação pouco sabe, se souber alguma coisa. Pode chamar-se-lhe amador de jornalismo de investigação, se isso não ofender os verdadeiros amadores desta arte. Grosso modo, as peças de Marcelo Mosse são de fofoca. Isto é dito por alguém com conhecimento de causa; alguém que tem um domínio considerável sobre as "fontes" que o Marcelo Mosse usa para produzir as suas peças. Ficais avisados, vós leitores do Marcelo Mosse, que não se deve levar a sério este jornalista, porque ele não conta estórias verdadeiras. O estilo característico das suas peças é o sensacionalismo, com substância mínima ou nenhuma. E eu, afinal, acho já sei porquê: é a veia do Luís de Brito que lhe entrou. Como pesquisador, Luís de Brito tem lacunas que vem transmitindo aos seus discípulos. Valida este argumento, o jornalismo que faz Marcelo Mosse. Simples!
Na sua peça mais recente, na qual tive a desonra de ser escolhido como actor, mesmo sem querer, o Marcelo Mosse apresenta-se como alguém que conhece a linha de que sou cozido. Sabe nada ele, a meu respeito! Na preparação da peça em que me faz um dos seus actores, ele andou buscando informação sobre as suas escolhas sem conseguir notar que alguém estava na sombra das suas "fontes". Como se pode pensar que alguém tão desatento assim pode ser um bom jornalista de investigação? E quanto mais um advogado! Se fme osse solicitada alguma opinião, recomendaria ao Mia Couto e ao Luís de Brito, os ora defendidos por Marcelo Mosse, para prescindirem dos serviços deste "advogado". Os serviços de Marcelo Mosse só podem tornar piores as imagens destes dois concidadãos aos olhos dos seus adversários e inimigos. Sim, porque quem tem acólitos e amigos, também tem adversários e inimigos. Marcelo Mosse não pode nada contra os adversários e inimigos de Mia Couto e Luís de Brito, que os têm.
Enfim, este parágrafo é para ti, caro amigo Marcelo Mosse, meu compatriota e 'cooriginário'. Quero dizer-te que definitivamente eu não sou bom actor para as tuas peças. Esta escolha que acabas de fazer em mim é má para o teu negócio. Não estraga o teu 'core business' por causa desta má escolha. Descarta-a. Quem avisa, amigo é! Mas não precisas ficar pávido; apenas mais prudente. Eu sei melhor da linha de que me tenho cozido do qualquer um que te possa falar de mim. A melhor fonte sobre mim sou eu mesmo e mais ninguém, agora que já não tenho mãe! Mesmo ela (a minha falecida mãe) pouco ou nada sabia da minha vida adulta activa. Se tu quiseres saber algo de mim, fala comigo directamente! Por não teres feito isso, acabaste produzindo mais uma fofoca. E é por isso que chamo "oficina de fofoca" à tua página aqui no Facebook. Ódio eu não tenho por ninguém, pois sei que o ódio só faz sofrer a quem o tem e nunca a quem se odeia. Papista sou, mas só para outro papista. E para que estejas bem informado a meu respeito, também sou outras coisas, como sejam: sou filho para o meu pai; sou pai para os meus filhos; sou irmão para os meus irmãos; sou amigo para os meus amigos; sou desprezível para os desprezíveis; sou burro para os burros; sou touro para os touros; sou bom para os bons; sou mau para os maus. Não consigo ser é desonesto para os desonestos; para com estes, eu sou honesto: digo-lhes que são o que são—desonestos. E os desonestos incluem bandidos de todas as estirpes psicológicas e categorias sociais, com ou sem diploma(s). O ateu amor pela fofoca pode levar a que sejas incluso neste grupo!
Obrigado a vós demais, pela atenção que tendes dispensado! Podeis ter a certeza de que não abuso da vossa atenção.
Boa resto de quinta-feira para todos vós, amigos e compatriotas (moçambicanos)!
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