Sofala:
O grupo já tinha deixado recado em pavimento da estrada semana passada
28.03.2016 14:10
Homens armados, alegadamente da oposição Renamo, cortam a principal estrada de Moçambique com três crateras, abertas em iguais secções do troço Save-Muxúnguè, na província de Sofala, centro de Moçambique, aumentando as dificuldades e perigos de circulação.
As crateras, de 15 metros cada, foram abertas durante o fim-de-semana no troço sujeito a escoltas obrigatórias do exército desde Fevereiro, e concretamente nas zonas alvos de constantes ataques militares a colunas de viaturas.
“São ao todo três burracos enormes abertas naquele troço, todas atravessam as duas faixas de rodagem e estão a dificultar largamente a circulação de viaturas” disse uma testemunha, adiantando que a circulação no troço esta sendo feita de forma lenta e perigosa.
Disse ainda que “uma das covas foi feita perto de Ripembe, muito perto de uma posição do exército”, salientando que quando os carros chegam “nos lugares cortados, os militares dividem-se, uns tapam os burracos e outros mantém a segurança dos carros”.
Na semana passada homens armados deixaram um recado no pavimento da principal estrada de Moçambique com os seguintes dizeres: “Queremos paridade, não queremos a guerra para matar as nossas crianças. Renamo a vitória é nossa”.
As escoltas de viaturas iniciaram em Fevereiro naquele troço, depois que foram atacadas cinco viaturas, três dias após o departamento de segurança e defesa da Renamo ter anunciado a pretensão de implantar controlos nas principais estradas do centro de Moçambique.
Em 2013, a Renamo bloqueou a circulação rodoviária no troço Save-Muxúnguè (Sofala), junto a N1, com frequentes ataques a viaturas civis e militares. A situação condicionou a circulação em colunas de viaturas com escoltas militares, e cessou com a assinatura do acordo de cessassão das hostilidades militares, a 5 de Setembro de 2014, nas vésperas das eleições que o partido reivindica ter ganho ameaçando governar em seis províncias a partir deste mês de Março.
A VOA tentou sem sucesso ouvir a reacção da Polícia de Sofala.
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