Luanda - "SOS" NITO ALVES é a nota posta a circular nas redes sociais na qual descreve o estado crítico que o activista Nito Alves se encontra e se se não for encaminhado urgentemente para cuidados intensivos "tudo poderá acontecer suplicam os familiars.
Fonte: Club-k.net
Transcrevemos na íntegra a nota:
Estou a sair agora da cadeia de Viana.
O Nito esta estendido no corredor da cadeia desde as 18h de ontem e dobrado no lençol. A dado momento pensei que ele estava morto, pois nem sequer consegui falar comigo.
Os reclusos que lhe estam acompanhar, disseram que o caso dele é muito serio e consequentemente, não conseguiram dormir "toda noite". Diarreia sem parar durante as últimas 24 horas. E neste momento é só água que sai. Febres muito altas e sem remedios para atenuar as dores.
Ontem quando eram 16h Nito Alves caio junto do director da cadeia, mas ainda assim, a direcção da prisão ignorou a situação. Os reclusos o carregaram para o corredor próximo da cela aonde se encontra ate hoje.
Passamos a noite toda a lhe limpar e lhe despejar água em todo corpo e lhe demos um paracetamol visto que a direcção do prisional recusa-se de o assistir por razoes não justificadas.
Entretanto, quando olhei para ele ainda respirava mas com muitas dificuldades. E com a voz muito funda, pedia que lhe levasse para o hospital ou mesmo numa clínica privada, pois ele desconfia meteram algo na seus haver (água, comida).
Nito Alves esta muito mal e necessitamos de ajuda.
S.O.S: Activista Mbanza Hamza espancado por guardas prisionais na CCL
O activista Mbanza Hamza foi brutalmente espancado pelos guardas prisionais na Quinta-feira, 15 de Outubro, encontra-se com ferimentos na testa e tendo decretado greve de fome há já três dias.
O activista tinha sido transferido do Hospital Prisão de São Paulo para a Comarca Central de Luanda (CCL) e posto numa cela solitária, conforme tem sido hábito. Horas depois foi informado que seria posto numa cela colectiva com presos condenados por vários crimes, e o activista recusou a orientação, tendo sugerido que, por questões de segurança, fosse posto numa cela colectiva onde devia partilhar espaço com os seus colegas detidos. A sugestão foi negada pelo vice-director da CCL, identificado por superintendente Tima João, que consequentemente ordenou a remoção forçada do activista.
Mbanza Hamza foi removido a força por cerca de 15 guardas prisionais, que o espancaram brutalmente, a ponto que contraiu ferimentos em várias partes do corpo, evidenciando-se mais na testa.
Mbanza decretou greve de fome e silêncio absoluto, não comunicando-se com os funcionários da mesma cadeia, incluindo a enfermeira-chefe, que sugeriu a transferência forçada do mesmo. Adicionalmente, o ativista nega qualquer assistência médica na enfermaria da mesma penitenciária e exige que seja transferido de volta para o Hospital Prisão de São Paulo.
Lembre-se que na quinta-feira, Luaty Beirão foi transferido para a clínica Girassol para fazer uma série de exames por ter tido dormência por cerca de 2 horas.
Entretanto, Mbanza Hamza, Hitler Samussuku, Benedito Jeremias e Bingo Bingo foram transferidos do Hospital Prisão São Paulo, para a Comarca Central de Luanda, onde encontra-se o activista José Gomes "Cheik" Hata, desde as detenções em 20 de Junho último. Podendo de momento se concluir que ficaram no Hospital Prisão São Paulo, os activistas: Manuel Nito Alves e Arante Kivuvu.
Por: Pedrowski Teca
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