05.02.2016 • 10h55
Mais de um quarto da população sofre de insegurança alimentar. Nas zonas mais atingidas, 75% das colheitas estão perdidas.
Por REDE ANGOLA.
A seca já matou mais de 16.500 cabeças de gado no Zimbabwe[ Philimon Bulawayo/REUTERS ]
O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, declarou hoje o “estado de calamidade” em todos os distritos rurais atingidas por uma seca severa, numa altura em que mais de um quarto da população enfrenta a escassez de alimentos.
“As indicações iniciais eram as de que 1,5 milhões de pessoas sofria de insegurança alimentar com todos os 60 distritos rurais afectados”, disse o ministro das Obras Públicas, Saviour Kasukuwere, citado pela France Presse. “No geral, a população que sofre de insegurança alimentar aumentou desde então para 2,44 milhões, 26 por cento da população”, acrescentou.
Com a “ameaça continuada da seca causada pelo El Niño, sua excelência o presidente declarou o estado de calamidade nas áreas severamente afectadas”, adiantou o ministro.
A seca regional tornou-se mais severa devido à acção do fenómeno atmosférico El Niño. que está a afectar o sul de Angola, o Zimbabwe, a África do Sul, o Malawi e a Zâmbia. As barragens estão vazias, as colheitas pereceram e o gado está a morrer, naquela que é a pior seca dos últimos anos.
Segundo o porta-voz da Programa Alimentar Mundial da ONU, David Orr, “a colheita de Abril no Zimbawe foi 50 por cento inferior à do ano passado”. Com a continuação da seca “é provável que o número de pessoas a sofrer de insegurança alimentar suba e continue a subir”, sublinhou.
O ministro referiu que 16.500 cabeças de gado já morreram por causa da seca, enquanto 75 por cento das colheitas nas zonas mais atingidas foram dadas como perdidas.
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