Wikileaks vaza planos militares da UE contra imigrantes
Por CdB em
O WikiLeaks divulgou nesta quarta-feira um relatório confidencial que detalha as operações militares da União Europeia contra os fluxos de refugiados no Velho Continente
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Moscou:
O documento vazado, datado de 29 de janeiro de 2016, é escrito pelo comandante da chamada Operação Sophia, o contra-almirante Enrico Credendino, da Marinha italiana, e é endereçado ao Comitê Militar da União Europeia (EU) e o Comitê Político e de Segurança da UE.
Estatísticas sobre os fluxos de refugiados e detalhes sobre as fases realizadas e planejadas da operação organizada pelas forças conjuntas da UE que operam no Mediterrâneo são listadas no relatório. O documento também pede que os órgãos responsáveis da UE ajudem a acelerar o processo de formação de um governo “confiável” na Líbia, o qual pudesse “convidar” as forças da UE a operar dentro das águas territoriais do país e, mais tarde, permitir a extensão das operações militares da UE em terra.
– Através do desenvolvimento das capacidades e habilidades da Marinha e da Guarda Costeira da Líbia, seremos capazes de dar às autoridades líbias algo em troca de sua cooperação na resolução da questão da imigração irregular. Esta colaboração poderia representar um dos elementos da abordagem abrangente da UE para ajudar a garantir o convite (da Líbia) para operarmos dentro de seu território durante as atividades da Fase 2 – afirma o texto.
O novo vazamento do Wikileaks se dá em menos de cinco meses após a notícia de que a Operação Sophia seria composta por 22 Estados membros e 1,3 mil oficiais e funcionários da UE que se encarregariam de deter navios “suspeitos” no Mediterrâneo.
O objetivo principal da operação iniciada em 27 de julho de 2015, segundo o Instituto da União Europeia para Estudos de Segurança, não é parar os fluxos migratórios, mas interromper as rotas de contrabando usadas por traficantes de seres humanos.
O Instituto observou, no entanto, que há uma “real incerteza sobre se a operação será capaz, seja por razões legais ou políticas, de chegar ao núcleo do seu mandato, isto é, de neutralizar as redes de contrabando através da dissuasão ou da coerção explícita, tanto ao largo da costa da Líbia quanto em terra”.
O estudo também nota que, independentemente do apoio da operação por parte dos Estados membros da UE, “muito poucos” devem “ter as habilidades e a experiência para tais missões, para não falar da vontade”.
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EUA preparavam ciberataque contra Irã, diz jornal
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“Nitro Zeus” era uma das medidas que garantia a Obama uma alternativa à guerra de larga escala contra o Irã, no entanto, este plano teria requerido a participação de milhares de militares e agentes secretos
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Moscou:
As autoridades norte-americanas tinham preparado um plano detalhado de ciberataque contra o Irã caso os esforços diplomáticos falhassem, comunica o jornal The New Tork Times.
Segundo o jornal, o plano “Nitro Zeus”, elaborado nos primeiros anos do mandato de Barack Obama para desativar os sistemas de defesa antiaérea, sistemas de telecomunicações e elementos-chave do setor energético iranianos, foi posto de lado após o acordo de 14 de julho entre o Irã e o sexteto.
“Nitro Zeus” era uma das medidas que garantia a Obama uma alternativa à guerra de larga escala contra o Irã. No entanto, este plano teria requerido a participação de milhares de militares e agentes secretos, dezenas de milhões de dólares e colocação de implantes eletrônicos nas redes de computadores iranianos para “preparar o campo de batalha”, no jargão do Pentágono.
Ao mesmo tempo, havia outra variante do “Nitro Zeus” que incluía um ataque contra a usina de enriquecimento do urânio de Fordow. A operação devia ser secreta e, por isso, o presidente podia a sancionar mesmo que não houvesse um conflito aberto entre os países.
A edição nota que o plano foi revelado durante as filmagens do documentário Zero Days, do diretor Alex Gibney, que será mostrado no festival do cinema em Berlim nesta quarta-feira.
Em 16 de janeiro deste ano, os EUA e a União Europeia revogaram oficialmente as sanções que tinham sido impostas em relação ao Irã em 2003. Na altura, as sanções foram decretadas por medo de que o programa nuclear desse país estivesse focado na criação de uma bomba atômica.
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