Três cidadãos foram detidos na semana passada pela Polícia da República de Moçambique (PRM), no distrito Eráti, na província de Nampula, na posse de restos mortais de um cidadão que em vida sofria de albinismo.
Os indiciados, de acordo com o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Nampula, João de Deus, terão profanado uma campa num cemitério comunitário existente na localizado em Alua, com a ajuda de um parente do finado, que em vida era portador do defeito genético que impede a produção de melanina, o pigmento que dá origem à cor da pele, do cabelo e dos olhos, e causa o albinismo.
Foi graças a denúncia de populares que a polícia identificou os cidadãos numa altura em que se preparavam para viajar com destino à Tanzania, onde alegadamente iriam vender o restos mortais. O @Verdade apurou que um quarto cidadão envolvido no crime terá conseguido fugir.
A “caça” aos albinos acontece na província de Nampula desde 2014 e julga-se ser estimulada po curandeiros pagam mais de dois milhões de meticais por um conjunto completo de órgãos de um albino para usá-los em feitiços que acreditam trazer boa sorte, amor e riqueza.
De acordo com o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Lino de Almeida, até meados de Janeiro de 2016 haviam sido registados pelo menos 20 crimes contra com cidadãos portadores de albinismo nesta província do Norte de Moçambique.
Mais duas vítimas mortais de crimes violentos na cidade de Nampula |
|
|
|
Destaques - Nacional |
Escrito por Leonardo Gasolina em 15 Fevereiro 2016 |
Dois cidadãos adultos foram encontrados sem vida na semana passada nas cercanias da serra Nakuku, no bairro de Natikiri, na cidade de Nampula, com sinais de violência de armas brancas. Estas são mais duas vítimas mortais de crimes violentos, em apenas três semanas, perante a aparente impotência das autoridades em garantir a segurança dos cidadãos na chamada capital Norte de Moçambique.
A primeira vítima foi encontrada na passada terça-feira (09) nas bermas da serra Nakuku, numa zona residencial, e a sua identificação não foi possível devido ao avançado estado de decomposição do cadáver. Inclusive a equipa da Polícia de Investigação Criminal que se fez ao local tentou sem sucesso remover os restos mortais acabando por sepulta-los no local onde foi encontrado.
Santos Pinto, residente naquela zona, disse ao @Verdade que o cadáver foi descoberto por populares devido ao cheiro nauseabundo que se começou a sentir no local onde foi encontrado.
Já na manhã quinta-feira(11) populares encontraram um segundo cadáver a menos de um quilómetro do local onde havia sido encontrada a primeira vítima.
Um das cidadãs que encontrou a segunda vítima disse ao @Verdade que no local foi possível ver sinais de luta, aparentemente a vítima poderá ter-se tentado defender dos seus algozes sem sucesso. “Desde que esta zona ficou habitada tem sido escalada pelos bandidos na calada da noite. No ano passado acontecia o mesmo, encontravam-se pessoas mortas quase todos os meses. Estamos mal!”, reclamou Ancha Amido.
O porta-voz da Polícia da República de Moçambique(PRM) à nível do Comando Provincial de Nampula, João de Deus, afirmou decorrerem investigações para apurar os autores destes crimes que numa primeira análise apresentam sinais de violência por armas brancas, ao que tudo indica catanas.
Funcionários da Migração suspensos por extorsão de estrangeiro em Nampula |
|
|
|
Destaques - Nacional |
Escrito por Júlio Paulino em 10 Fevereiro 2016 |
Dois funcionários dos Serviços de Migração na cidade de Nampula foram suspensos das suas actividades profissionais após serem indiciados de extorsão a um cidadão de nacionalidade japonesa.
O crime aconteceu quando o cidadão estrangeiro, um empresário radicado na chamada capital Norte de Moçambique, foi interpelado pelos dois funcionários do Ministério de Interior afectos nos serviços provinciais de Migração, cuja identidade não foi revelada, no aeroporto Internacional de Nampula que constataram que o Documento de Identificação de Residente Estrangeiro(DIRE) estava caducado havia seis dias.
Os funcionários informaram o cidadão japonês da situação irregular porém enganaram-o relativamente ao valor da multa e ao impedimento de seguir viagem enquanto a pagasse. Entretanto fizeram-no saber que por 15 mil meticais a situação podia ser resolvida.
O empresário estrangeiro pagou o suborno porém mudou de ideias e decidiu não viajar e apresentou queixa do sucedido junto à sua embaixada em Moçambique.
O @Verdade apurou que a embaixada do Japão reportou o crime de extorsão ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que por sua vez solicitou que o Ministério do Interior esclarecesse o sucedido o que culminou com a identificação dos dois funcionários corruptos.
A extorsão a cidadãos estrangeiros, que ignoram os requisitos para a sua permanência no país ou as taxas aduaneiras, por agentes da migração, polícia e alfândegas é uma prática comum em Moçambique.
Menor com albinismo raptado em Tete, é a sexta vítima na província em menos de três meses |
|
|
|
Destaques - Nacional |
Escrito por Redação em 09 Fevereiro 2016 |
Os albinos continuam a viver dias difíceis em Moçambique, no passado sábado(06) um menor de sete anos de idade, portador deste defeito genético hereditário, foi raptado da residência dos seus familiares na localidade de Penda, no distrito de Moatize. É a sexta vítima na província de Tete desde que o Governo criou uma comissão inter-ministerial para estancar o rapto e o tráfico dos moçambicanos portadores de albinismo.
O menor foi levado por sete malfeitores, portadores de arma de fogo, que durante a noite introduziram-se na residência da família, ameaçaram a sua mãe e fugiram numa viatura que haviam estacionado nas proximidades.
“Eu gostaria que arranjassem uma forma de protegermos estes dois menores que ficaram(que também são albinos), não sei como é que posso fazer” afirmou impotente o tio da vítima à Rádio Moçambique.
A “caça” aos albinos não é um crime novo mas agravou-se no nosso país em 2015 e tinha como epicentro a província de Nampula. Contudo no início de Dezembro, pouco depois do Executivo de Filipe Nyusi criar uma comissão, envolvendo vários instituições, com vista a garantir segurança e protecção das pessoas portadoras de albinismo, registou-se o primeiro rapto na província de Tete, uma criança de cinco anos de idade foi raptada quando estava na companhia do seu pai na região de Chirodzi.
De acordo com o ministro moçambicano da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Lino de Almeida, até meados de Janeiro de 2016 haviam sido registados 20 casos na província de Nampula, 15 na Zambézia, alguns no Niassa e dois em Inhambane. Pelo menos meia centena de indivíduos foi detida pela Polícia da República de Moçambique e indiciados pelo rapto e assassinato de albinos contudo nenhum deles identificou o(s) mandante(s).
Os albinos são portadores de um defeito genético hereditário que os impede de produzir a melanina, o pigmento que dá origem à cor da pele, do cabelo e dos olhos.
Em Março de 2015 a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o aumento de ataque contra pessoas com albinismo em vários países do sul e leste de África devido a proximidade de eleições em vários países onde políticos recorrem a rituais de bruxaria para aumentar as suas hipóteses de chegar ao poder.
Populares acham mais um cadáver na via pública em Nampula |
|
|
|
Destaques - Nacional |
Escrito por Leonardo Gasolina em 04 Fevereiro 2016 |
Mais um cidadão de aparentemente 40 anos de idade, cujo nome não apurámos, foi encontrado morto na quarta-feira (03), no bairro suburbano de Napipine, concretamente nas proximidades da Fábrica de Coca-Cola, na cidade de Nampula, por causas ainda não esclarecidas.
Alguns citadinos ouvidos pelo @Verdade contaram que suspeitam que se trata de um assassinato, uma vez que o corpo da vítima apresentava sinais de agressão física. Os braços do malogrado estavam atados e a boca estava cheia de plásticos, que teriam sido introduzidos como forma de impedir que ele gritasse em pedido de socorro.
Ademais, no local onde foi descoberto o cadáver, havia também vestígios de sapatos de mais de três pessoas e marcas de rastos que fazem crer que a vítima tentou resistir antes de morrer nas mãos de supostos malfeitores.
O malogrado, disseram testemunhas, era residente daquela zona, mas até à altura da retirada da nossa Reportagem o corpo ainda não tinha sido reclamado nem apurada a sua identidade. Brígida Carlos, habitante no bairro, disse à nossa Reportagem que não ouviu gritos durante na noite em que o finado foi assassinado e não se apercebeu de nenhuma movimentação estranha, pelo que ficou estupefacto quando soube da morte.
Segundo a nossa entrevistada, não é a primeira vez que um crime similar acontece naquela parcela da urbe, mas é o primeiro caso este ano. O último assassinato aconteceu em Novembro do ano passado. A falta de patrulhamento é a principal razão da ocorrência de homicídio em Napipine, de acordo com Brígida.
Até por volta das 13h00, momento em que nos retiramos do sítio, o corpo do finado ainda encontrava-se exposto a tudo e todos, pese embora as autoridades comunitárias já tivesse comunicado à Polícia sobre a ocorrência.
Importa referir que a cidade de Nampula tem vindo a registar, de há tempos para cá, vários crimes, em particular homicídio, em quase todos os bairros da urbe. Porém, poucos casos ou nenhum foi, até agora, esclarecido.
|
|
|
Preços de alimentos começam 2016 no seu nível mais baixo em 7 anos, mas em Moçambique não param de aumentar |
|
|
|
Destaques - Nacional |
Escrito por Redação em 10 Fevereiro 2016 |
O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu em Janeiro 1,9% em relação ao seu nível de Dezembro de 2015, para o seu nível mais baixo nos últimos sete anos. Entretanto em Moçambique os preços dos produtos alimentares não param de aumentar, durante o primeiro mês de 2016 aumentaram mais 4,14%.
O índice de preços da FAO é um índice com base nas trocas comerciais que faz o acompanhamento nos mercados internacionais dos cinco principais grupos de alimentos básicos: cereais, óleos vegetais, produtos lácteos, carne e açúcar. Enquanto no mês passado a FAO registou quedas em todos os preços dos produtos, em particular do açúcar, no nosso país o índice de Preços ao Consumidor cresceu em 4,76%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas(INE).
O açúcar, que Moçambique até é produtor e exportador, teve o seu preço agravado e um quilograma, de açúcar amarelo custa agora 55 meticais na capital do país.
O índice de preços dos cereais da FAO caiu 1,7% em relação a Dezembro, porém no nosso país o preço do saco de arroz(25 quilogramas) ultrapassou os 900 meticais e o saco de farinha de milho (12,5 quilogramas) aumentou para cerca de 400 meticais.
O Executivo de Filipe Nyusi atribuiu este aumento de preços dos produtos alimentares, que era previsível no nosso país, à desvalorização do metical face ao dólar norte-americano, uma vez que Moçambique importa a maioria da comida que consome.
De acordo com o índice do INE, que mede as transacções de bens essenciais nas cidades de Maputo, Beira e Nampula, a inflação acumulada dos últimos doze meses foi de 11,25%, acima dos 10,55% verificados ao longo de 2015.
Além dos produtos alimentares aumentaram significativamente os preços do vestuário e calçado, mobiliário e artigos de coração de habitação e a educação em Moçambique, de acordo com o INE.
O Governo prevê uma inflação de 5,6% em 2016, tendo em conta a fase que a economia nacional atravessa de diminuição das exportações, aumento da dívida pública, redução do investimento estrangeiro e ajuda externa e ainda desaceleração do crescimento do produto interno bruto.
Recorde-se que entre Janeiro a Dezembro em 2015 o nosso país registou a mais alta subida de preços em cinco anos, com uma inflação acumulada de 10,55%.
FAO aumenta previsão das reservas mundiais de cereais
Já para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura a queda do preço dos alimentos deve-se as provisões agrícolas em geral abundantes, a desaceleração económica mundial e a valorização do dólar norte-americano.
A FAO também aumentou a sua previsão das reservas mundiais de cereais em 2016, como resultado da redução projectada do consumo e do aumento das perspectivas de produção em 2015.
Quanto às perspectivas para 2016, a organização destacou que os padrões climáticos associados com o El Niño enviam sinais mistos para as colheitas de cereais, especialmente no hemisfério sul.
|
|
|
Sem comentários:
Enviar um comentário