O PLANO “D"
É sempre assim: tudo começa quando Dhlakama desaparece, e se refugia nos confins da parte incerta... E piora quando ele reaparece.
Em meio a esses dois momentos - nunca se sabe quanto demora - vão-se sucedendo os acontecimentos (já) habituais: ameaças, clima de medo e insegurança, mortes desnecessárias, emboscadas e atentados, palavras e atitudes musculadas, e promessas de dialogo, de parte a parte.
Andamos neste rame-rame, faz agora 3 anos.
Tirando as sucessivas contestações aos resultados das diversas (todas) eleições – independente de se justas ou não - e tirando, também, algumas “escaramuças” de pequena monta, “nós” e “eles” convivemos em paz e harmonia, por cerca de 20 anos. Mas bastou Dhlakama um dia decidir fazer as malas e mudar-se para a Sandundjira (Outubro de 2012) , começou este “Deus que nos acuda!”....
Ora o homem la’ decidiu reaparecer esta quinta-feira e apresentar o seu plano D. “D” de Dhlakama. As leituras sobre este reaparecimento divergem, conforme os “interesses”.
Para mim, sinceramente, o lider da perdiz so’ se agigantou ao (1) saber escolher o timmg certo para dar as caras – vésperas do prometido Março , logo a seguir a uma reunião magna da Frelimo, que, neste aspecto, deixou muito a desejar; ao (2) reafirmar que nao quer a guerra, mas que não e’ do tipo que leva desaforo para casa: “ provocam, levam tatau!”; e (3) ao dar a entender, claramente, que o esta’ em causa, são as províncias onde ganhou nas ultimas eleições, e que essa ladainha dos “constrangimentos legais e do desarmamento” não passam de detalhes facilmente ultrapassáveis, bastando para tal que haja entendimento.
Em suma, se por um lado (para nós, povão, especialmente) esta reaparição de Dhlakama tem o efeito de desanuviar o ambiente, por outro vem deixar claro que tudo continua no mesmo impasse: a bola continua do lado do PR, que (coitado) por estas alturas deve estar ‘a beira de um ataque de nervos... A solução esta’ nas mãos dele!
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