Ele foi acusado de perturbar a ordem ao dizer que o "julgamento é uma palhaçada".
08.02.2016 16:11
O activista Nito Alves foi condenado nesta segunda-feira a seis meses de prisão efectiva num julgamento sumário por perturbar a ordem do Tribunal Provincial de Luanda.
O caso aconteceu na audiência de hoje em que foram ouvidos alguns declarantes no julgamento dos 17 activistas acusados de rebelião e de preparar um golpe de Estado em Angola.
"Não temo pela minha vida e este julgamento é uma palhaçada", disse Alves em alta voz no tribunal, tendo o juiz Januário Domingos José acusado o activista de perturbar a ordem.
De seguida, foi feito um julgamento sumário de Nito Alves, tendo o juiz condenado o activista a seis meses de prisão efectiva como medida correccional.
O activista já foi conduzido à Comarca de Viana.
(Em actualização)
Duas dezenas de jovens pedem libertação de Nito e Mavungo
Manifestantes exibiram cartazes com dizeres "o julgamento é uma palhaçada".
09.02.2016 16:14
As activistas Laurinda Gouveia e Rosa Conde, arguidas no processo contra os 17 que estão a ser julgados por rebelião e por prepararem um golpe de Estado em Angola, e mais duas dezenas de jovens manifestaram-se nesta terça-feira em frente à Cadeia da Comarca de Viana, onde está preso Nito Alves.
O activista foi condenado a seis meses de prisão efectiva num julgamento sumário ontem por injúria, depois de ter dito no Tribunal Provincial de Luanda não temer pela sua vida e que o julgamento era uma farsa.
Os jovens ligados ao auto-denominado Movimento Revolucionário Angolano exibiram cartazes em que se podia ler que o julgamento é uma palhaçada, panfletos e gritaram palavras de ordem a pedir a libertação de Nito Alves e de José Marcos Mavungo, condenado a seis anos de prisão em Cabinda.
A reacção de Nito Alves no tribunal aconteceu ontem enquanto o pai era ouvido como declarante no processo dos 17 activistas.
O pai de Nito Alves justifica a atitude do filho com "o desespero e a pressão que existe sobre eles e os colegas activistas que estão há muito tempo há espera do fim desse processo".
Fernando Baptista diz que as perguntas que lhe foram feitas no tribunal visavam intimidá-lo.
Refira-se que os protestos das duas dezenas de jovens foram acompanhados mais de 100 oficiais da polícia mas não houve confrontos.
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