Mais dois ataques hoje ao longo da Estrada Nacional nr.1, nos troços Save-Muxungue e Maringue-Caia. O país está a ser destruído por interesses de gulosos. Estamos lixados. Agora as colunas militares vão iniciar no rio Save até o rio Zambeze.
De novo, os disparos no troço Save - Muxúnguè
Mas há quem ainda continue a dizer que o país está em paz efectiva
Numa altura em que o Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança (FDS), Filipe Nyusi, continua a tentar liderar um discurso que possa vender uma imagem de tranquilidade e paz efectivas, (apesar de algumas situações pontuais de criminalidade), no terreno, o cenário que se assiste é cada vez mais degradante.
Com efeito, para completar a triste realidade dos milhares de refugiados moçambicanos em terras malawianas e ainda dos raptos e assassinatos de membros da Frelimo e da Renamo, esta quinta-feira, por volta das 5h30 minutos, os fortes e barulhentos tiroteios regressaram ao troço problemático (Save-Muxúnguè).
Felizmente, para começar, não houve registo de mortes. Entretanto, três pessoas contraíram ferimentos que podem ser considerados ligeiros. Houve ainda o registo de danos materiais (também ligeiros) em cinco viaturas civis, das quais um camião do Ministério da Saúde, que transportava medicamentos.
O mediaFAX falou telefonicamente com a porta-voz da Polícia da República de Moçambique na província de Sofala, Sididi Paulo. Ela falou de ataques que aconteceram no intervalo das 5h30 até 7 horas. Disse que cinco viaturas foram atacadas em momentos separados, exactamente na mesma zona: a região de Zove, que dista cerca de 12 quilómetros da sede do posto administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava, província de Sofala. Zove faz também do distrito de Chibabava.
Sididi Paulo diz não ter dúvidas que a acção foi protagonizada por homens armados da Renamo. Recorreu ao modus operandi e a zona dos acontecimentos para identificar os atacantes, mais concretamente o “ataca e foge”.
Diz que é assim como os “bandidos” da Renamo agem.
O mediaFAX soube que os três feridos foram assistidos no Hospital Rural de Muxúnguè e não correm perigo de vida.
A porta-voz policial assegurou, igualmente, que logo depois da ocorrência, brigadas das autoridades moçambicanas foram destacadas para o local e, neste momento (tarde de ontem) as viaturas continuam a circular normalmente.
“As FDS estão no terreno a monitorar a situação no sentido de garantir a livre circulação de bens e pessoas” – assegurou.
Entretanto, apresentando números tanto ou quanto diferentes, o chefe do Posto Administrativo de Muxúnguè, falando ao canal público de rádio, disse terem sido quatro, as viaturas atacadas.
São viaturas particulares que tinham duas pessoas cada, precisou Domingos Fernandes. Do ataque resultaram três feridos, depois de terem sido atingidos por estilhaços de vidros dos carros.
Todas as viaturas faziam o trajecto rio Save – Muxúnguè e tudo aconteceu entre as 6h30 e 7 horas.
Os tiroteios acontecem três dias depois de o chefe de mobilização e propaganda da Renamo em Sofala, Horácio Calavete, ter anunciado a instalação de postos de controlo ao longo da Estrada Nacional Número Um e Número Seis. A montagem de postos de fiscalização visa, segundo a Renamo, impedir a circulação de viaturas que levam agentes das FDS, supostamente, com missão de raptar e matar membros e dirigentes da Renamo.
MEDIAFAX – 12.02.2016
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