Moçambique pertence ao grupo dos 10 países mais atrasados do mundo, ainda que seja detentor de imensos recursos naturais, tais como carvão mineral, gás natural, jazidas de areias pesadas, minas de ouro, ferro, bauxite, uma floresta tropical e pesqueiros, mas não tem sabido aproveitar essas potencialidades para alavancar a sua economia nacional. Tem um imenso território agricultável, pois, possui cerca de 36 milhões de hectares de terra arável, mais de 60 rios com curso de água permanente, porém, é um excelente importador de produtos como a batata, arroz, cenoura, tomate, cebola, alho, pimento, etc. não se sabe bem se é disso que o Presidente se orgulha.
Nyusi orgulha-se de estar a conduzir um barco sem destino cujo leme foi tomado de assalto por piratas e comerciantes de banha de porco, seus colegas na arte de bem cavalgar o povo. Se for o caso, julgo que Nyusi não deve ter motivos bastantes para se orgulhar, antes pelo contrário devia envergonhar-se de um país que está sendo empurrado à falência pelos seus velhos camaradas dotados de uma tremenda ganância de um enriquecimento rápido e sem causa, que se apropriaram do destino comum de todo o povo moçambicano. Nem mesmo que Nyusi tente refugiar-se na sua insatisfação, pouco faz para sair dela.
O país não precisa de insatisfeitos, mas, de homens e mulheres laboriosos, dedicados à pátria e comprometidos com o povo e, fundamentalmente, com a sua causa de libertar do neocolonialismo. Não basta que o Presidente se sinta insatisfeitos com a presente situação, pois esta foi criada por si e, principalmente, pelos seus camaradas. O povo quer acções concretas que possam imprimir outro dinamismo ao desenvolvimento.
O povo quer ponha a máquina estatal que o Presidente dirige mude o rumo das coisas e deixe a insatisfação para si e seus amigos. O povo votou, se votou, em si, Presidente, e não naqueles que falam muito e não fazem nada de concreto para melhorar as condições de vida de todos os moçambicanos.
Se o Presidente da República não está satisfeito, mas o povo está muito insatisfeito com a postura do comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Jorge Khalau, e com o ministro do Interior, Jaime Monteiro, por andarem a incitar à violência e promoverem o desarmamento compulsivo dos homens da Renamo, à margem dos entendimentos e acordos alcançados.
Eles têm muita lábia sem proveito algum e o povo pode desconfiar que eles tenham conhecimento quem são os raptores e assassinos que intimidam os moçambicanos e moçambicanas que ganham a sua vida honestamente. Não se sabe muito bem se são se desobedientes ao seu comandante-chefe que, depois de anunciar, de forma tímida trémula, que o desarmamento compulsivo vai parar, mas eles continuam na dianteira dessa brincadeira de mau gosto, ateando o país e levantando o machado de guerra.
Persistem dúvidas sobre quem não entende, se é o Presidente ou os belicosos Jaime Monteiro e Jorge Khalau, que este é um problema resultante de uma megafraude que a “cinquentenária” Frelimo levou protagonizou para continuar no poder. Um problema político deve ser resolvido por métodos políticos e não pela força das armas, como pretendem os belicistas do regime da Frelimo. Sabemos, incluindo o Presidente Nyusi, que o paretido Frelimo e o seu candidato não venceram as eleições de 15 de Outubro de 2014. Isso é um segredo aberto.
Se o Presidente Nyusi quiser ficar satisfeito, afaste-se dos que apostam na “savimbização” de Dhlakama e faça o que o povo quer – traga a paz a qualquer preço. Esqueça para sempre os conselhos belicosos de Alberto Chipande, seu predilecto conselheiro, de Jorge Khalau, o fala-barato, e de Jaime Monteiro e de Salvador Mutumuke, seus ministros do Interior e da Defesa, e de outros que, de guerra só entendem dos manuais clássicos sobre esse fenómeno sócio-político. Que o Presidente não se deixe enganar mais com impostores e mentirosos que querem “lixar” o nosso país!
Sem comentários:
Enviar um comentário