Friday, January 22, 2016

É TEMPO DE ACABARMOS COM ESTE GOVERNO DE ASSASSINOS!

Das promessas ocas de Nyusi ao atentado a Manuel Bissopo

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Editorial

O Presidente da República, Filipe Nyusi, em tão pouco tempo que assumiu o leme da governação do País, habituou-nos a uma pessoa afável, atenciosa, que até se deixa fotografar ao lado do Mr. Bow ou de qualquer comerciante anónimo.
Todavia, obriga-nos a pensar que tudo isto tem um duplo sentido. Há sempre lados escondidos.
Ou seja, o essencial da mensagem de Filipe Nyusi inclui duas atitudes antagónicas. Por um lado afirma com veemência que é pela paz e reconciliação nacional, por outro lança fogo ao barril de pólvora que é este Moçambique actual, desde que teve em Armando Guebuza o alto magistrado da nação.
Eventualmente, a melhor maneira de definir Filipe Nyusi seria dizer que se trata de uma pessoa que tem uma névoa de mistério intrigante, desafiante. É que não é possível que no seu discurso inaugural, como Presidente da República, haja dito que o seu Governo há-de ser “prático e pragmático. Com uma estrutura o mais simples possível, funcional e focado na resolução de problemas concretos do dia-a-dia do cidadão, na base da justiça e equidade social. Será um Governo orientado por objectivos de redução de custos e no combate ao despesismo” e no terreno mostrar o oposto.
Não é possível que o Chefe de Estado tenha o mesmo estribilho de que é pela paz e reconciliação e que, acima de tudo, está disposto a dialogar com Afonso Dhlakama para que essa paz se efective, quando, por outro lado, manda atacar o seu mais directo interlocutor para a paz.



Nós temos razões, até de sobra, para dizermos que Filipe Nyusi é que manda atacar a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama. É que não conhecemos nenhum outro alto magistrado da nação moçambicana a não ser Filipe Nyusi. Não conhecemos nenhum outro comandante- em- chefe das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique a não ser Filipe Nyusi. A não ser que Filipe Nyusi queira dizer que foi desobedecido pelo exército!?
Se a Renamo diz constantemente que quem a ataca são as Forças de Defesa e Segurança, não precisamos nós de nenhuma bola de cristal para decifrarmos que quem mandou as tais Forças de Defesa e Segurança atacar foi Filipe Nyusi. O que nos preocupa, no entanto, é que esta demonstração de força, por parte do Governo, não nos vai levar a lado nenhum a não ser empobrecer cada vez mais este pobre País.
Já aqui o dissemos que a aparente paz que se vive em Moçambique assenta sobre pilares débeis, corroídos por desconfiança, ódio, exclusão social e tantos outros males e que só espera por um simples safanão para cair.
Não queremos aqui dizer que foi o Governo da Frelimo que mandou alvejar, a tiro, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo. Mas temos razões de sobra para desconfiarmos do Governo da Frelimo.
É que o Governo liderado por Filipe Nyusi já nos deu motivos fortes para o desconfiarmos. Tudo o que diz é meia verdade. Desmintam-nos se estivermos enganados. Não foi o Governo da Frelimo que mandou o exército cercar a residência do líder da Renamo, na Beira? Não foi o Governo da Frelimo que mandou cercar a sede da Renamo, em Maputo? Então, quem mandou alvejar Manuel Bissopo? Quem, além da Frelimo, quer mal a Renamo?
Já ouvimos discursos de incitação à violência de alguns ministros do Governo de Nyusi, tipo Basílio
Monteiro, a dizer que “qualquer ameaça da Renamo, por mais mesquinha que pareça, vai ter a melhor resposta da nossa parte.” Quem mandou o ministro do Interior dizer isto? De que melhor resposta estava ele a falar? É que nos consta que a vida de Manuel Bissopo foi atentada quando acabava de dar algumas palestras aos membros da Renamo. E nessas palestras, evidentemente, Manuel Bissopo disse que a Renamo iria governar às províncias onde venceu a eleição. A Frelimo, em diversas ocasiões, disse que tal discurso incita à violência. Em que ficamos?
É irrefutável que nos últimos tempos, a Associação dos Combatentes da Renamo, em Maputo? Então, quem mandou alvejar Manuel Bissopo? Quem, além da Frelimo, quer mal a Renamo?
É irrefutável que nos últimos tempos, a Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) tem vindo a fortalecer a sua posição de tal sorte que até supera a organização-mãe, a FRELIMO. Tem sido ela a ventiladora dos valores mais retrógrados da diplomacia de canhoeira. De onde vem tanta força?
Afinal quem manda na Frelimo?
É perturbante a indiferença e o disfarce com que as autoridades governamentais deste País lidam com questões sensíveis de manutenção da paz e estabilidade política. Filipe Nyusi colocou alto a sua fasquia de promessas aquando do seu discurso inaugural. A sua lua de mel com o povo moçambicano já acabou, até foi longe demais. Um ano. É hora de mostrar trabalho sob risco de alicerçar, de uma vez por todas, as
palavras daquele que um dia disse que políticos bons são como discos voadores. Todo mundo diz que viu, mas ninguém tem como provar.
DN – 22.01.2016

Começou o ano de 2016. Um ano cheio de perspectivas, mas também de desafios e, que se pretendia que fosse da consolidação da Paz. Um ano que tal como referiu o Presidente Afonso Dhlakama, devemos dizer basta aos abusos e implantar uma nova ordem política, social e económica. As ameaças e os cercos, as emboscadas e prisões arbitrárias, aos baleamentos e sequestros Policiais, a arrogância e o desprezo. Tal como no passado, hoje, cabe a nós dizer basta a todo tipo de abusos. Esperamos que o novo ano renove as esperanças dos moçambicanos na luta pelos seus objectivos. Uma luta que de resto pode vir a ser difícil mas possível de ser vencida. Mas isso só será possível se quebrarmos o nosso silêncio cúmplice perante estes predadores compulsivos e sem escrúpulos que só sabem matar, roubar, sequestrar e aldrabar tal como o Satanás. Somos chamados a dizer de viva voz basta os assassinatos, os raptos, a corrupção e o nepotismo, a crise de transporte e dos preços, a inconsistência e a incoerência que caracterizam este governo. Como dissemos anteriormente, apesar de reconhecermos as dificuldades que esperamos, temos a certeza de que neste novo ano nada será como dantes. Porque a luta da RENAMO é justa e à nova ordem política se impõe que seja realidade nas seis províncias onde este partido ganhou as eleições de 2014, acreditamos que a vitória será certa. O povo moçambicano tem a responsabilidade de pôr abaixo toda a intolerância, tamanha aldrabice, mentira, incompreensão, inconsistência, incoerência e guerra que são movidos por interesses particulares. Nem Moçambique nem a RENAMO podem continuar calados e sem acção perante o aumento de preços e manobras de diversão da Frelimo. Não existe mais espaço para negociar com esta Frelimo. É já em Março que o povo deve tomar conta do poder e dizer basta. Hoje, como sempre continua e por sinal com muita intensidade, a saga de raptos, atentados e assassinatos contra os membros da RENAMO protagonizados pelos agentes do regime da Frelimo. A província de Sofala é neste momento o epicentro de toda onda de assassinatos e atentados contra os quadros da RENAMO, alguns resultaram de sequestros e outros de emboscadas. O cúmulo da desgraça aconteceu quarta-feira na cidade da Beira com o atentado contra o Secretário-geral da RENAMO, o deputado Manuel Bissopo e que resultou na morte do seu ajudante do campo, ele também membro da RENAMO. Não restam dúvidas que os mandantes do atentado contra Manuel Bissopo são do lado da Frelimo, os mesmos que mandaram matar o então deputado da RENAMO, Mascarenhas, numa vá tentativa de quererem fazer acreditar que os membros da oposição são mortos no seu bastião e por seus apoiantes. A RENAMO tal como tem vindo a prometer o Presidente Afonso Dhlakama, não se deixará intimidar nem capitular por acções de um regime em desespero e um partido moribundo. Apesar de ser bem conhecida a posição do Presidente Dhlakama de não responder taco a taco a actos terroristas, não deixa de ser pernicioso o argumento da bala como forma de silenciar os adversários, pois isso traz instabilidade ao sistema político e económico do país. A sociedade moçambicana já deixou claro que não simpatiza com o terrorismo praticado pelo Estado. Nós estamos cansados desta instabilidade institucional. Vivemos num regime de fachada, onde agora o que resta para manter-se no poleiro é só abater os adversários políticos e seus apoiantes. A impunidade vivida neste país é vergonhosa e a estabilidade propalada é uma falsidade. É tudo mentira e antidemocrático. Os assassinatos do começo do ano que já vão nos habituando, fazem parte de manobras de tentativas de sobrevivência do regime. E é a isso que não vamos ceder a qualquer preço, antes de vermos o fim deste governo de assassinos

A Delegação Política da RENAMO na Cidade de Maputo foi cercada pela PRM fortemente armada na manhã desta segunda-feira, 18 de Fevereiro. Arlindo Bila, delegado político provincial da nesta cidade disse a imprensa que ficou surpreendido e atónico ao ver esse aparato militar a cercar seu local de trabalho e que até as 13:00 estava a espera de qualquer ofício das autoridades policiais que explicasse as razões dessa acção. E que ele não sabia nada do que estava a acontecer. ”Estamos todos atónicos, realmente este é um movimento fora do normal. Este movimento iniciou as 6:00 da manhã e até agora (por volta das 13 horas) ainda ninguém nos contactou nem por parte da polícia ou de qualquer autoridade a nível da cidade para justificar essa presença massiva da polícia. Mas como estamos aqui nas nossas actividades normais vamos continuar contudo realmente é embaraçoso”. Disse Bila Perguntado sobre as razões da presença de agentes da Força de Intervenção Rápida (UIR) e do Grupo de Operações Especiais (GOE), algumas transportadas por blindados, o delegado Arlindo Bila disse: Se calhar como nos últimos dias temos recebido muitos cidadãos a vir oficializar suas candidaturas para ter os seus cartões de membro, sobretudo jovens, provavelmente seja esse o motivo. E com a presença da polícia, qualquer jovem ou pessoa adulta que queira vir a Delegação, pode ter receio e isso intimidado. E acrescentou que pode ser que tenham confundido a movimentação de pessoas que vem ao cortejo fúnebre no primeiro andar deste edifício em que esta situado o nosso escritório. De referir que durante o ‘briefing’ semanal da Polícia da República de Moçambique (PRM), quando questionado pelos jornalistas, Orlando Modumana, porta-voz da polícia na cidade de Maputo, disse que não tinha ainda informações sobre a operação, acrescentando, no entanto, que todas as operações levadas a cabo pela corporação visam “garantir a ordem e segurança dos cidadãos”. Arlindo Bila, delegado provincial da RENAMO na cidade de Maputo, quando foi chamado pronunciar-se sobre este posicionamento da PRM disse que essa acção é perpetrada pelo partido no poder que dá ordem a policial para intimidar os membros da RENAMO afim de não fazerem actividades políticas normais, e acrescentou que trata-se da perseguição política a semelhança do que está a acontecer noutras províncias a mando da Frelimo.

GOVERNO DA FRELIMO IMPORTA PINOCHISMO PARA MOÇAMBIQUE
O ano de 2015 teve bastantes coisas positivas, mas elas ficaram todas ofuscadas pela decisão dos frelimistas que resolveram importar para Moçambique os métodos macabros de Augusto Pinochet, o ditador Chileno que destronou Salvador Allendé e usou da violência com a ilusão de poder matar o sonho de Liberdade que o Povo acalenta. Enquanto nas cidades são colocados blindados de guerra e carros de assalto com as miras apontadas para os membros e dirigentes da RENAMO, a começar pelo líder Afonso Dhlakama, nas localidades e distritos são sequestrados e mortos delegados locais e membros do Partido da Democracia, tão-somente para semear o medo no seio dos moçambicanos que querem apoiar a RENAMO e trabalhar pela concretização dos seus ideais. Frelimistas desesperados (uns porque querem ascender ao poder e não o conseguem apesar das manobras fraudulentas, outros porque têm medo de perder o pouco poder que têm e estão nervosos por não poderem abusar mais dele) partem para a violência chegando a matar outros compatriotas pelo simples facto de serem membros da RENAMO. Quem quer viver tem que ser da Frelimo. Enquanto surgem rumores dando conta que Frelimo se organiza para um Congresso a partir do qual serão eliminados “os abusos que impedem Nyusi de cumprir as suas promessas eleitorais” começam ao nível das bases as perseguições de morte aos membros da RENAMO. Querem erguer a bandeira do respeito a título póstumo. Respeitar o outro cidadão ainda vivo, não obstante as diferenças de opinião, é incómodo. Representa um perigo de ter que abandonar atitudes promotoras da injustiça, do abuso, da corrupção. Por não quererem libertar-se das gorduras que a corrupção concede, os frelimistas preferem manter o mono partidarismo apesar do painel multipartidário que as eleições confirmam de cinco em cinco anos durante as eleições deste País. Esquecem que as experiências dos outros países não podem ser transportadas para Moçambique em sistema de (copy & past) como se faz com os computadores. Moçambique não é um mundo virtual. Somos um país real. Somos um Povo com cidadãos de diferentes tendências políticas, diversas vontades e visões sobre as situações nacionais, que também não são uniformes. Temos que assumir e saber gerir essa nossa heterogeneidade, porque de outro modo passaremos ano após anos, a coleccionar desilusões como aquela que sofremos no passado dia 8 de Novembro quando assistimos a saída do Líder Afonso Dhlakama das matas para conversações com o Presidente da República, a fim de serem criadas condições para uma paz autêntica e duradoira em Moçambique. Todos, sem excluir membros e apoiantes da FRELIMO, estávamos contentes, mas fomos surpreendidos por uma autêntica desilusão ao vermos as tropas governamentais a cercarem a residência do Lí- der na Beira do mesmo modo que Pinochet fez no Chile. A salvação foi que o Povo, consciente de que aquele cerco era contra nós todos e sobretudo contra o nosso sonho de sermos livres e vivermos em dignidade, não tardou a cercar o cerco deixando os blindados embaraçados. A salvação foi também porque a clarividência do Líder se elevou ao máximo permitindo que se dirigisse aos seus guardas da forma mais astuta para que não houvesse mortes inúteis. Os fanáticos do comunismo que julgam ser omnipotentes, não tardaram a embandeirar em arco as cegueiras de que enfermam. Começaram logo a querer ir às bases “arrancar armas” aos guerrilheiros. Que aguardam pelo entendimento para serem enquadrados e reenquadrados no exercito e na policia Deixaram de lado os esforços para alcançar acordos com a RENAMO passando a tratar o Partido da perdiz como se de um grupo vulnerável e fraco se tratasse. Agora, já em 2016, vão se agudizando os conflitos políticos ao nível dos distritos, até porque foi chumbada a Lei das Autarquias provinciais e recusada a revisão pontual da Constituição da Republica, decisão que reforça agora o espírito de mono partidarismo dos conservadores da FRELIMO que recusam aceitar a convivência harmoniosa entre os moçambicanos. A RENAMO é forte, inquebrantável, esclarecida e firme nos próprios ideais. A Democracia, é uma necessidade muito concreta do Povo Moçambicano e não vai ser sufocada pelas apetências corruptas sejam elas de quem forem. Deixem o povo mandar na sua pró- pria terra. Uma boa governação tem que saber promover, motivar e defender a sã convivência entre grupos nacionais maioritários e minoritários. O partido no puder precisa de fazer um forte trabalho de educação e esclarecimento no seio dos seus membros, especialmente os que militam ao nível das bases, para saberem aceitar e respeitar os outros cidadãos que militam na RENAMO. Ninguém deve ser molestado, perseguido, morto, por virtude da sua opção partidária. Ainda é possível mudar o cenário de vergonha e humilhação que as hostes comunistas querem impor ao país. Um presidente que chegou ao poder por via das batotas eleitorais, pode romper o compromisso com os seus corruptos, e governar honestamente o país. Basta não se assustar com as ameaças internas que dizem que o Nyusi sem a Frelimo não é nada. Basta saber que a Frelimo sem o Povo é que fica reduzida a nada e esse Povo está com a RENAMO. O Presidente não deve ter medo de ser justo para a RENAMO. Com justiça, sem justiça a RENAMO vai continuar a lutar porque a vitória é certa, e o Povo, unido, jamais será vencido. Urge abandonar-se a estratégica de execuções sumarias, em esconderijos ou em vias publicas ou ainda em residências. Chega de baixaria!

O LEÃO DE GAZA
Falo-vos de uma figura importantíssima na história da luta de resistência à ocupação colonial, uma figura que foi capaz de manter seu império no vale de limpopo sobre o fogo cruzado da ambição colonial e de vá- rios ambiciosos, esta figura no seu apogeu chegou a estender seu império do rio Zambeze a rio Maputo, até que um dia foi traído pelos seus tios e primos que não se fizeram presente na frente de combate em Coolela, a 7 de Novembro de 1895. O que fez com que o leão de Gaza decidisse entregar-se aos portugueses e solicitar clemência porém não o fez e só viria a tombar no dia 28 de Dezembro de 1895. Queridos leitores falo-vos nada mais e nada menos no filho do Mzila o senhor Mudungazi ou simplesmente Reinaldo Frederico Gungunhana nome adoptado no baptismo, mais conhecido por Ngungunhane (o leão de Gaza), esta figura que no ano 1884 ascende ao trono como consequência da morte do seu pai Mzila que outrora pegara em armas para combater seu irmão Mawewe. Mawewe filho de Sochangane e irmão de Mzila era um indivíduo ambicioso que queria a todo custo tirar o poder dos seus irmãos, mas para seu azar seu irmão Mzila não deixou que isso acontecesse. Tal como a ambição de Mawewe hoje em dia temos muitos Mawewes que a todo o custo lutam para humilhar os moçambicanos e instalar uma guerra que só a eles beneficia e espalhar luto no país. Falo-vos dos socialistas moçambicanos com acções capitalistas. Tal como Mudungazi foi traído pelos seus aliados, hoje vimos a traição do capitão Rodrigues Mandlate por coincidência, ambos conhecidos por Ngungunhane. Em quanto que Mudungazi foi traído lutando contra a ocupa- ção colonial do seu império, o capitão Rodrigues teria sido tra- ído pela ambição de um regime belicista que o enviou para emboscar o presidente e General Afonso Dhlakhama em Zipinga no dia 25 de Setembro de 2015, local onde viria a perder a vida. O triste desse cenário é que diferentemente de Mudungazi (Ngungunhane) que segundo Despacho Normativo nº 98/83, de 25 de Outubro assinado pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, João Basco Soares da Mota Amaral que autorizava a trasladação do restos mortais de Mudungazi( Ngungunhane) ao governo Português, que posteriormente viriam a ser entregue ao governo de Moçambique, na celebração do décimo aniversário de Moçambique independente, os restos mortais do capitão Rodrigues só viriam a ser disponibilizados pelas FDAM depois de uma das suas esposas ir acampar de fronte do quartel do Estado-Maior General como se a família não tivesse o direito de saber o paradeiro do seu membro. Aliás deviam estes senhores saber que a mentira tem pernas curtas e mesmo ocultando este dado a família um dia viria a saber. Tal como os traidores de Mudungazi (Ngungunhane) e o acto macabro de Mouzinho de Albuquerque que ordenou fuzilamento imediato e sem julgamento do conselheiro de Mudungazi (Ngungunhane) o velho Mahune e do ancião Queto, vieram à tona após prisão do leão de Gaza em Chaimite, a morte do capitão Rodrigues Mandlhate veio a publico de forma muito triste. Quantos Rodigues Mandlates jazem pelas matas de Zipinga, Muxungue e outros tantos locais palcos de confrontação militar? Porquê lhes tirar o direito de uma sepultura digna? A quem beneficia este silêncio? Porquê mandar dizimar jovens só para satisfazer ambições absurdas e sem fundamento? Será que reclamar o que é teu de direito num estado de direito democrático é crime? Na minha humilde opinião acho que não. Então, senhor da Frelimo chega de se comportarem como Mawewe, Augusto Pinochet e Mouzinho de Albuquerque. Opinião Quantos Rodigues Mandlates (Ngungunhane) jazem pelas matas de Zipinga, Muxungue e outros tantos locais palcos de confrontação militar? Porquê lhes tirar o direito de uma sepultura digna? A quem beneficia este silêncio? Porquê mandar dizimar jovens só para satisfazer ambições absurdas e sem fundamento?

Conflitos de Interesse e Promiscuidade entre Negócios Privados e o Estado 
Newsletter Edição Nº 42/2016 - Janeiro - Distribuição Gratuita a Transparência CENTRO DE INTEGRIDADE PÚBLICA MOÇAMBIQUE Boa Governação - Transparência - Integridade Por: Edson Cortez O Ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, efectuou na Quarta-Feira, dia 13 de Janeiro de 2016, uma visita de trabalho ao Porto da Beira. Esta visita tinha como objectivo abordar os problemas relacionados com a segurança do sistema ferro-portuário no país, mais concretamente deste porto. Porém, a actuação do Ministro Carlos Mesquita neste sector levanta sempre questões relacionadas com conflitos de interesse e promiscuidade entre a polí- tica e os negócios, prática profundamente enraizada na gestão do Estado em Moçambique. Ora vejamos: Antes da sua nomeação para as actuais funções, Carlos Mesquita, desempenhava as funções de Administrador da empresa que detém a concessão da gestão do Porto da Beira, a Cornelder Moçambique S.A. Após a sua nomeação ao cargo de Ministro dos Transportes e Comunicações, o seu irmão Adelino Mesquita passou a ocupar o cargo anteriormente exercido pelo Ministro Carlos Mesquita. Por via desse facto, o Ministro Carlos Mesquita, quando efectua visitas de trabalho a este e outros portos como, por exemplo, o de Quelimane, onde ele tem interesses económicos, conforme demonstra o BR nº29, III Série de 21 de Julho de 2004, a questão que se levanta é se ele o faz na qualidade de titular de cargo público ou de empresário interessado em defender os seus interesses empresariais. A propósito, o número 1 do artigo 34 da Lei de Probidade Pública, que versa sobre o objecto do sistema de conflitos de interesses, estabelece o seguinte: “O objecto do sistema de conflito de interesses é promover a confiança pública sobre a integridade da actuação pública e sobre o processo de tomada de decisões pelos servidores públicos, mediante o estabelecimento de normas e procedimentos que têm por finalidade assegurar que actuem de acordo com os valores do primado da lei, da ética, justiça, do respeito pelos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, probidade e profissionalismo”. As intervenções do Ministro deste pelouro, principalmente aquelas directamente relacionadas com as áreas nas quais ele tem interesses privados, não promovem a confiança pública, pois no caso em questão a fronteira entre o interesse público e os interesses privados de Carlos Mesquita é bastante ténue ou esbatida. Nesta visita o Ministro Carlos Mesquita fez-se acompanhar pelo Ministro do Interior, Basílio Monteiro, sendo que uma das principais preocupações de ambos estava relacionada com os frequentes roubos que aquele porto tem sofrido. Mas será que Carlos Mesquita estava preocupado com os roubos nos portos nacionais ou com os prejuízos que a Cornelder Moçambique S.A está a 2 FICHA TÉCNICA Director: Adriano Nuvunga Equipa Técnica do CIP: Anastácio Bibiane, Baltazar Fael, Borges Nhamire, Celeste Filipe, Edson Cortez, Egídio Rego, Fátima Mimbire, Jorge Matine, Stélio Bila; Assistente de Programas: Nélia Nhacume Layout & Montagem: Nelton Gemo Endereço: Bairro da Coop, Rua B, Número 79, Maputo - Moçambique Contactos: Fax: + 258 21 41 66 25, Tel: + 258 21 41 66 16, Cel: (+258) 82 301 6391, E-mail: cip@cip.org.mz Website: http://www.cip.org.mz PARCEIROS Parceiro de assuntos de género: sofrer devido aos roubos no Porto da Beira, entidade da qual se afastou apenas na gestão directa, mas com a qual continua a manter um vínculo? Não estará o Ministro dos Transportes a viabilizar os seus interesses empresariais de forma indirecta? O que se deve tomar em atenção é que Mesquita, tendo interesses nesta área e, diga-se de passagem, vastos, sempre que intervir em qualquer acto respeitante às empresas em que se encontra ligado, mesmo afastado da sua gestão corrente, questões de suspeição serão levantadas. Portanto, sendo suspeitas as suas intervenções, é um Ministro que se encontra e se deve encontrar sempre sob permanente escrutínio. Assim, e a bem da credibilização do Estado mo- çambicano, o ministro Carlos Mesquita, para salvaguardar a sua imagem, devia abandonar o cargo voluntariamente ou ser exonerado pelo Presidente da República. 

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