No país
O Fundo Monetário Internacional (FMI) denuncia enormes riscos nos projectos de Gás Natural Liquefeito (GNL) da Bacia do Rovuma, em termos de arrecadação de receitas e impacto significativo na economia de Moçambique, devido à persistente queda do preço do gás no mercado internacional, num contexto de fraca procura do recurso por parte dos países emergentes e de aumento da oferta do produto por parte de países como Estados Unidos de América (EUA) e Austrália.
Espera-se que as multinacionais tomem a decisão final de investimento no gás da Bacia do Rovuma, até meados deste ano, de tal maneira que, em 2017, inicie a construção das plataformas de liquefacção, na expectativa de a produção e a exportação do GNL arrancarem em 2021.
Um documento do FMI revela que os preços de venda do gás poderiam flutuar e ficar abaixo dos pressupostos tomados como referência pelos consórcios das áreas 1 e 4 da Bacia do Rovuma. “Uma desaceleração duradoura da economia mundial poderia desencadear novas quedas dos preços internacionais do gás. Para além disso, se as primeiras decisões forem adiadas consideravelmente por algum motivo e, neste meio tempo, outros projectos mundiais de GNL suprirem a maior parte da procura dos consumidores por gás, os preços de venda poderiam ser mais baixos e as receitas orçamentais poderiam ser, especialmente, sensíveis à queda dos preços do gás, pois a maior parte das receitas está relacionada aos lucros dos projectos”, alerta o documento do FMI.
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