sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Nyusi apela aos vendedores do Zimpeto a não especularem preços

Foto de Filipe Nyusi.


Lazaro Mauricio Bamo partilhou a foto de Filipe Nyusi.
36 min
Hoje vou falar desta foto, do seu simblolisto e da poesia que flui nela. Há uma vontade e enorme desejo de parte a parte, em dar um aperto de mão, como quem diz, ESTAMOS JUNTOS IRMÃO. Neste momento o material é atropelado pelo emocional e a razão flui, aqui não se debate preco, carência, dólar, etc., aliás, nem se discute. Esta foto fala muitas linguas, as linguas mais profundas, que nos lembram que somos filhos da mesma pátria, com mesmas carências, mesmos desejos. Isto não tem preco, o carinho não está a venda, por isso o dólar para fazer o que quiser com os nossos mercados, mas não irá comprar o nosso AMOR, o sentimento que nos UNE. Neste momento o dólar não atropela o nosso desejo a nossa vontade, abandonamos tudo que vendemos a precos altos por causa do dólar, pode ser roubado não interessa, a vida está para além do dólar, única coisa que interessa é apertar a mão e sentir o calor de ser mocambicano. Não interessa se os ramos da acácia são escorregadios e fragéis para o número de pessoas que as escalam, se podemos cair e parar no hospital onde o dólar, se for privado, está reinar. Mandamos passear o dólar e vivemos a felecidade, ainda que seja por um minuto, cabe a nós multiplicar este minuto em vida eterna regada de alegria e felicidade, pois uma aperto de mão vale mais que o dólar, sobretudo quando é acompanhado por um sorriso e pela sinceridade. Lbamo




O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, instou esta quinta-feira os vendedores do mercado grossista do Zimpeto, na zona periurbana da capital Maputo, a não especularem os preços dos diversos produtos básicos durante a quadra festiva que se aproxima.
“Notamos que maior parte dos produtos exportados, grande parte provenientes da África do Sul, têm os seus preços agravados. O apelo é que os preços sejam agravados quando houver necessidade”, disse Nyusi no contacto com os vendedores na visita “relâmpago” efectuada ao mercado responsável pela provisão de diversos bens alimentares aos mercados da capital. 


No contacto com os vendedores, Nyusi procurou saber igualmente se têm reservas suficientes em produtos alimentares para fornecer aos moçambicanos durante a quadra festiva.


As vendeiras que interagiram com o presidente foram unânimes em afirmar que têm produtos alimentares em quantidades suficientes para as festas e, a semelhança dos colegas, Elsa Langa disse que o agravamento dos preços se deveu a subida do rand na África do Sul, onde tiram os produtos vendidos naquele mercado. 


Nas festividades do Natal e passagem do ano é comum o registo, nos maiores mercados do país, de subida de preços dos principais bens de consumo, situação que sufoca o bolso do pacato cidadão que fica desprovido de recursos para passar as festas em condições decentes. 

Por isso, o estadista moçambicano apontou a produção interna como uma das soluções que pode contribuir no sentido de evitar o cenário que se repete todos os anos.

O ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, tranquilizou aos moçambicanos que o crédito de USD283 milhões solicitado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) não está sujeito a condicionalismos de reestruturação económica tal como se verifica em alguns países europeus que acedem aos fundos desta instituição. O ministro da Economia e Finanças esclarece que, desde 2013, Moçambique aderiu a um programa de apoio do FMI denominado PSI, que visa alinhar a taxa de câmbio quando esta estiver acima das previsões e evitar desgaste das reservas. Segundo Maleiane, dentro das reservas, o país tem uma para socorrer-se dos choques externos e outra para manter o serviço da dívida e neste momento é preciso apoiar as reservas para os choques uma vez que é temporá- ria. Actualmente os níveis de depreciação do metical face ao dólar americano ronda os 43%, facto que já se está a fazer sentir no agravamento do custo de vida, numa altura em que entramos para a quadra festiva onde por natureza a subida de preços é inevitável. Assim, Maleiane, que falava esta segunda-feira no balanço da reunião nacional do SISTAFE, avançou que isto quer dizer que o nosso país não está nos programas rígidos de apoio estrutural do FMI, onde depois se colocam condicionalismos de reestrutura- ção da economia. Dívida pressiona câmbio Depois de louvar a forma como o país está a gerir o orçamento, alegando que as receitas correntes cobrem as despesas correntes e ainda sobra cerca de 40 biliões de meticais para o pagamento de serviço da dívida de modo a fi- nanciar uma parte do orçamento investimento, o ministro reconheceu que o serviço da dívida do país está a gerar implicações na taxa de câmbio. Numa altura em que o Banco Central anunciou medidas para conter a depreciação do metical devido à subida de importações e o mau uso dos cartões de crédito e débito, Maleiane apontou que o serviço da dívida do país influencia na taxa de câmbio. Maleiane disse que esta foi a resposta que deu aos deputados da 3ª e 4ª comissão (Plano e Orçamento e da Administração Pública e Poder Local, respectivamente) da Assembleia da República, após a apresentação do Orçamento de Estado para 2016, tendo estes lhe questionado a sua percepção em torno das causas da flutuação do câmbio. “A taxa de câmbio tem muito a ver com o serviço da dívida e com as transferências monetárias que fazemos, incluindo para as embaixadas”, disse. E devido à flutuação do câmbio, o executivo deverá buscar dinheiro noutros sectores, mas sem prejudicar os sectores da educação e saúde para acomodar as despesas causadas pela depreciação do metical.

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