sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Deputados da AR convidados a fazer teste de HIV

Deputados da AR convidados a fazer teste de HIV

Postado 2015/12/04
Os deputados da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, foram mais uma vez convidados a efectuar testagem para saber o seu estado de sero prevalência bem como criar uma forma de atrair a sociedade para aderir ao teste.
O convite foi formulado esta quarta-feira pelo presidente do Gabinete de Prevenção e de Combate ao HIV e SIDA da AR, Saimone Macuiane, durante a apresentação do informe, no plenário, sobre as acções parlamentares no âmbito da prevenção e combate ao HIV e SIDA.

O convite deste gabinete parlamentar foi acolhido, por aclamação, pelas três bancadas da AR, nomeadamente, Frelimo, no poder em Moçambique, a Renamo, o maior da oposição, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o segunda força política da oposição.

Segundo Macuiane, que é deputado pela bancada parlamentar da Renamo, a razão do convite cinge-se no facto de que os cidadãos, ao observar a adesão dos deputados ao teste, sentir-se-ão motivados em também afluírem aos Gabinetes de Aconselhamento e Testagem Voluntária (GATV’s), a fim de efectuar o mesmo.

“A lei não obriga o deputado a fazer o teste, mas nós queremos convidar, em nome do Gabinete (Parlamentar de Prevenção e de Combate ao HIV e SIDA), para fazermos o teste. Se a população visse os membros da Comissão Permanente, os chefes das bancadas, a presidente da Assembleia, e tantos outros, seria uma forma de criar motivação para todo mundo fazer o teste”, disse.

Macuiane frisou não fazer sentido o Gabinete Parlamentar de Prevenção e Combate ao HIV e SIDA (GPPCHIV e SIDA) estar a apelar às comunidades a aderir ao teste enquanto, por si, se mostra distante do acto.

O Gabinete pediu aos deputados para, junto dos seus círculos eleitorais, sensibilizarem, cada vez mais, as mães grávidas a se deslocarem aos gabinetes de Aconselhamento e Testagem do Vírus (GATV’s) antes de completarem três meses, pois há uma probabilidade de terem bebés livres de HIV.

“Gostaríamos que fosse multiplicado esse apelo pelos senhores deputados para que a população saiba que, em qualquer hospital do nosso território nacional, uma mãe grávida quando for ao hospital nos primeiros três meses de gravidez pode nascer crianças livres de HIV e SIDA”, disse.

Durante visitas de trabalho efectuadas em Tete, Manica e Sofala, províncias do centro de Moçambique, no período entre Julho a Novembro do corrente ano, o GPPCHIV e SIDA detectou que os grupos de maior risco e vulnerabilidade são trabalhadoras sazonais, nas indústrias extractivas, garimpo, obras públicas e nas plantações, bem como camionistas de longo curso.

Macuiane apontou outros grupos vulneráveis como professores, enfermeiros, polícias e militares, recomendando um maior fortalecimento e articulação dos deputados com os seus círculos eleitorais, na discussão, busca e disseminação de soluções para o combate a pandemia.

Recomendou ainda a promoção de acções concretas de combate aos casamentos prematuros nos círculos eleitorais e advocacia junto das comunidades para a sua adesão à circuncisão masculina médica segura.

No entanto, a presidente da AR, Verónica Macamo, incumbiu ao GPPCHIV e SIDA a elaborar a resolução do informe, para ser apreciada na plenária da AR, a acontecer próxima Segunda-feira, num dia em que também está agendado o debate em torno do projecto de lei de revisão pontual da Constituição da República.

O projecto de lei de revisão pontual da Constituição da República foi submetido pela bancada parlamentar da Renamo.

Sem comentários: