Por Osvaldo Agostinho -
Out 27, 2015
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A Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN) considera um insulto e falta de respeito a denominação “regressados de Nachingweia”, usada pela bancada da Renamo no discurso de abertura da II sessão ordinária da VIII legislatura da Assembleia da República, proferido pela respectiva chefe, Maria Ivone Soares.
Segundo Fernando Faustino, secretário-geral da ACLLIN, a independência nacional se deveu à entrega dos jovens pertencentes à geração de 25 de Setembro, os quais consentiram sacrifícios e nalguns casos deram as suas vidas pela autodeterminação do povo moçambicano e, mais recentemente, pela paz e democracia.
“Portanto, é um insulto e falta de consideração tratar-nos como ‘regressados de Nachingweia’. Ao tratar-nos desta maneira a chefe da bancada da Renamo, Ivone Soares, falta ao respeito também aos seus progenitores e, no caso concreto, à sua mãe, Arminda Dhlakama, que integrou também o grupo dos jovens treinados em Nachingweia para lutarem contra a ocupação estrangeira em Moçambique”, desabafou Fernando Faustino, acrescentando que a própria Ivone Soares está hoje no Parlamento mercê da luta dos combatentes pela liberdade e democracia em Moçambique (in notícias, 26.10)
Na mesma ocasião o secretário da ACLLIN desmentiu e considerou como deturpação da história, a ideia segundo a qual a democracia em Moçambique é fruto da guerra dos 16 anos movida pela Renamo, recordando que esta guerra tinha apenas como objectivo desestabilizar o país, e lembra as milhares de vítimas mortais e deficientes físicos que até hoje vivem com o drama.
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