O Airbus A-321 da companhia russa Kogalymavia levava 224 pessoas a bordo. Avião ficou destruído.
Um Airbus A-321 da companhia russa Kogalymavia (também conhecida como Metrojet) despenhou-se este sábado numa zona montanhosa do Monte Sinai, com 224 pessoas a bordo, 217 passageiros e sete membros da tripulação. As autoridades egípcias confirmaram que não foram encontrados sobreviventes nas operações de busca. A bordo seguiam 17 crianças. De acordo com a embaixada russa no Egipto, todos o que seguiam a bordo tinham nacionalidade russa.
O Comité de Investigação Russo está a averiguar a suspeita de "violação de regras de segurança do voo" por parte da companhia aérea Kogalymavia e avançou com um processo crime. A companhia russa Kogalimavia foi fundada em 1993, tem base no aeroporto moscovita de Domodedovo, e realiza habitualmente voos charter (fretados).
Em comunicado, a autoridade de aviação russa Rosaviatsiya informou que o voo 7K9268 saiu de Sharm el-Sheikh às 6h51, hora de Moscovo (3h51em Lisboa) e estava previsto aterrar no aeroporto Pulkovo em São Petersburgo às 12h10.
Airspace over Sinai Peninsula when #7K9268 disappeared from Flightradar24 at 04:13 UTC pic.twitter.com/H7kJk9qL6r
À chegada ao local, as autoridades egípcias avançaram que o avião de passageiros tinha ficado completamente destruído, o que tornaria quase impossível encontrar sobreviventes. Com o decorrer das operações de salvamento, uma fonte anónima das autoridades chegou a dizer à Reuters que foram escutadas vozes de passageiros presos dentro de umas das secções do avião. Mais tarde, declarou: “Vejo um cenário trágico. Inúmeros mortos no chão e muitos ainda presos aos assentos”.
O aparelho terá ficado partido em dois: “Há uma outra secção do avião com passageiros que é preciso resgatar e as equipas de socorro estão a tentar entrar e esperam encontrar sobreviventes", disse a mesma fonte. Os destroços foram localizados ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte do Sinai. As más condições meteorológicas naquela zona central do Monte Sinai dificultam o acesso das equipas de salvamento. Quarenta e cinco ambulâncias foram enviadas para a zona do acidente.
O Presidente russo, Vladimir Putin, expressou as condolências aos familiares das vítimas que se reuniram no aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo. "Estou à espera dos meus pais, falei com eles quando já estavam dentro do avião e depois ouvi as notícias", diz Ella Smirnova, uma jovem de 25 anos que de deslocou até ao aeroporto. "Vou continuar à espera até ao fim que eles cheguem vivos, mas pode ser que nunca mais os volte a ver". Putin ordenou ainda que os aviões do Ministério da Emergência russo fossem destacados para o local e as forças militares israelitas também já ofereceram apoio.
A confirmação da queda do avião russo chegou depois de informações contraditórias que davam conta de que a aeronave teria entrado em contacto o espaço aéreo turco e estaria a salvo. Sabe-se agora que o avião da companhia aérea russa falhou o contacto com as autoridades do espaço aéreo do Chipre apenas 23 minutos após a descolagem, tendo desaparecido do radar.
O chefe do centro de tráfego aéreo egípcio confirmou que as autoridades russas perderam o contacto com a aeronave, segundo a Reuters, ainda no espaço aéreo egípcio.O primeiro-ministro do Egipto, Sherif Ismail, já convocou um gabinete de crise para lidar com as consequências do desastre.
Futebol russo cumpre um minuto de silêncio
Os jogos do campeonato de futebol da Rússia vão cumprir um minuto de silêncio em memória das vítimas. "É uma tragédia terrível. Crianças, adultos... Não há palavras", lamentou Serguéi Chebán, director executivo da divisão de honra do futebol russo.
A jornada de hoje já arrancou - o líder CSKA Moscovo recebe o Ufa e, mais tarde, o Zenit de André Villas-Boas recebe o Mordovia Saransk - e termina apenas na segunda-feira, com o Rostov a receber o Dínamo de Moscovo.
No comments:
Post a Comment